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Complexo principal de histocompatibilidade (MHC)

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Retomada: imunidade inata 
 A imunidade inata é a primeira linha de 
defesa do organismo, composta principalmente pelas 
barreiras epiteliais, pelas células fagocíticas, células 
NK, citocinas e proteínas plasmáticas. 
 A grande função da imunidade inata é 
estimular a resposta imune adquirida, específica. 
 
Descoberta 
 Tecidos trocados entre indivíduos não 
idênticos são rejeitados, enquanto os mesmos 
enxertos realizados entre gêmeos idênticos são 
aceitos. Esses estudos mostraram que a rejeição 
tecidual é geneticamente determinada. 
 A região genética que controlava a rejeição 
aos enxertos e continha vários genes ligado foi 
denominada complexo principal de 
histocompatibilidade (MHC). 
 Foi descoberto que pacientes que receberam 
múltiplas transfusões sanguíneas e transplantes de 
rins tinham anticorpos que reconheciam células de 
doadores de sangue ou de rim. As proteínas 
reconhecidas por esses anticorpos foram chamadas 
de antígenos leucocitários humanos (HLA). 
 A herança de genes (alelos HLA) 
codificadores de antígenos HLA particulares 
constitui um dos principais determinantes de 
aceitação ou rejeição de enxertos nas doações de 
órgãos e tecidos e transfusões sanguíneas. 
 Assim, os genes determinantes dos destinos 
dos tecidos enxertados estão presentes em todas as 
espécies de mamíferos, e esses genes são os 
chamados genes do MHC. 
 
Conceito 
 A sigla MHC significa complexo principal de 
histocompatibilidade. Essa molécula é um gene 
herdado geneticamente, altamente polimórfico (ou 
seja, expresso de maneira diferente em cada 
indivíduo, podendo apresentar várias formas) e seus 
produtos são expressos na superfície de uma 
variedade de células. 
 
Genes do MHC 
 
Função 
O locus do MHC contém dois tipos de genes 
MHC polimórficos, o MHC de classe I e o MHC de 
classe II. As classes de MHC, de um modo geral, têm 
a função de codificar dois grupos de proteínas 
estruturalmente distintas, mas homólogas. 
As moléculas de MHC classe I e II têm a 
função de exibir o antígeno para o reconhecimento 
pelos linfócitos TCD4 e TCD8. Ou seja, em outras 
palavras, ligar o fragmento proteico do antígeno e 
apresentá-lo ao linfócito T. 
 
MHC de classe I 
 O MHC de classe I apresenta fragmentos 
peptídicos do antígeno que possuem origem 
endógena (vírus, bactérias intracelulares, tumores 
etc.). 
 Além disso, todas as células nucleadas são 
capazes de expressar o MHC de classe I e apresentar 
ao TCD8. 
 
MHC classe II 
 O MHC classe II apresenta fragmentos 
peptídicos de antígenos exógenos (bactérias, fungos, 
parasitas, vacinas, vírus na circulação etc.) e são 
apresentados via MHC de classe II ao linfócito 
TCD4. 
 As principais células que expressam o MHC 
de classe 2, apresentando ao linfócito TCD4 são: 
a) Células apresentadoras de antígenos (APC); 
b) Células dendríticas; 
c) Linfócitos B; 
d) Macrófagos; 
e) Células epiteliais. 
 
 
 
Processamento e apresentação de antígenos às 
células TCD4 via MHC de classe II 
 Os antígenos proteicos sofrem proteólise que 
ocorre dentro da célula fagocítica, onde acontece a 
degradação desse antígeno e, consequentemente, a 
sua fragmentação. 
 Esse fragmento proteico se liga à molécula de 
MHC numa etapa sequencial: 
 
 O gene MHC de classe II é um gene presente 
no retículo endoplasmático das células, em proteínas 
presentes no citosol. Então, enquanto o MHC 
reconhece a proteína, liga-se ao fragmento proteico, 
sendo, após isso, expresso na superfície das células. 
 
Processamento e apresentação de antígenos às 
células TCD8 via MHC de classe I 
 Os fragmentos proteicos de origem 
intracelular (endógenos) são apresentados via MHC 
classe I aos linfócitos TCD8, então esses antígenos 
proteicos estão no citosol da célula. 
 Os antígenos podem ser degradados por 
proteossomas e os peptídeos que foram degradados 
do antígeno são transportados do citoplasma ao 
retículo endoplasmático. 
 
 Esse transporte ocorre por meio de uma 
proteína chamada TAP. Assim, no retículo 
endoplasmático ocorre a ligação de MHC classe I 
com os peptídeos, pois lá é gerada essa molécula, ou 
seja, MHC I reconhece os peptídeos antigênicos e vai 
se mover atrás do complexo de golgi até ser 
transportado à superfície celular. 
 Na superfície da célula, o MHC de classe I, 
ligado aos fragmentos peptídicos de antígenos, 
apresenta linfócitos TCD8 e, assim, ocorre o 
reconhecimento do antígeno pelo linfócito TCD8 via 
MHC de classe I. 
 
Importância da 
apresentação de antígenos 
 A apresentação de antígenos serve para 
direcionar e regular a resposta imunológica. 
 
 
Ativação de linfócito B 
 Quando o linfócito reconhece o antígeno, ele 
irá se diferenciar em diferentes células (TH1, TH2 e 
TH17). O que proporciona essa diferenciação celular 
são os antígenos e as citocinas que a célula 
apresentadora de antígeno libera. 
 Independente da célula produzida, há 
produção de citocinas, que diferenciará o tipo a partir 
da célula em específico. Qualquer citocina liberada 
vai ativar o linfócito B, que, quando ativado, os 
plasmócitos liberam os anticorpos. 
 
Estrutura da molécula 
 
MHC de classe I 
 MHC de classe I é formada por duas cadeias, 
a cadeia alfa e a cadeia beta: 
a) Cadeia alfa: codificadas por genes próprios do 
MHC, 
b) Cadeia beta: codificadas por genes fora do 
MHC. 
Para o MHC de classe I, o fragmento 
peptídico deve ter de 8 a 10 aminoácidos. 
 
MHC de classe II 
 A diferença estrutural básica entre MHC 
classe I e II é que a fenda do MHC de classe II em 
contato com o antígeno consegue um fragmento 
maior, de 12 a 17 aminoácidos.

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