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Núcleos da base anatomia O que são núcleos da base? Locais de substância cinzenta dentro da substância branca, reuniões de corpos celulares na base do crânio, conjunto de corpos neurais no SNC na base do crânio Os núcleos da base são corpos neuronais na porção mais próxima do diencéfalo e na porção mais interna e basal do cérebro. Função motora -> clinicamente é a mais importante Quais são os núcleos da base? · Núcleo caudado – desenha todo o contorno do ventrículo lateral (bilateralmente) · Putâmen – um pouco mais lateral e posterior ao núcleo caudado · Globo pálido – um pouco mais medial e posterior ao núcleo caudado A união do putamen com o globo pálido é chamado de núcleo lentiforme · Núcleo accumbens – porção anteroposterior do estriado No momento que você consome uma droga, não é ele que dá a sensação de prazer, mas sim a sensação de que valeu a pena, de recompensa. É aqui que faz com que a gente busque novamente Dependência de drogas – hiperativação do núcleo accumbens Tálamo não é considerado núcleo da base apesar de ser fundamental nas relações com os núcleos na base No centro do cérebro está o tálamo, abaixo temos os núcleos subtalamicos e no mesencéfalo temos as substâncias negras funcionalidade Motora Modulação de movimentos Geralmente temos um estímulo externo -> direcionado para regiões anteriores do córtex (regiões de planejamento de movimento) -> núcleos da base (refinar o movimento para que seja feito da melhor maneira possível) -> córtex (para efetuar o movimento de fato) É fundamental para que tenhamos movimentos harmônicos e adequados Oculomotora A parte oculomotora envolve o controle conjugado do olhar. É a parte que planeja o movimento dos nossos olhos. Se a gente precisa olhar para um copo a nossa frente, os dois olhos se direcionam para aquele copo e forma apenas uma imagem Executiva/comportamental Tem relação muito grande com o lobo frontal Lesões na região frontal podem modificar comportamentos. Emoção Relacionado com o giro do cíngulo; a região anterior é muito importante. Neurônio “espelho” – gera em nós a empatia. Circuito: A informação que está chegando no núcleo da base geralmente vem do córtex e existe um processamento (dou valor a informação), e vai repassar de volta para o córtex. Funcionalidades: inputs e outputs Algumas estruturas envolvendo núcleos da base vão ficar responsáveis por receber informações e outras por passar a informação Funcionalidade: Vias diretas e indiretas Existem dois circuitos envolvendo a parte da motricidade: uma via direta e uma via indireta Via direta: Via excitatória O córtex vai ser quem vai dar informação para os núcleos da base e depois vai receber de volta. Do ponto de vista motor, vai ser uma espécie de balança, ou vai aumentar um estímulo ou diminuir, gerando um equilíbrio. O córtex vai mandar um estímulo para o striatum (vai excitar). Neurotransmissor é glutamato O striatum vai receber essa informação, mas o estímulo que ele passa é de inibição. Neurotransmissor é GABA. Como sua mensagem é de inibição, ao ser estimulado, ele vai inibir o globo pálido interno A função do globo pálido interno também é de inibir. Se eu inibo uma estrutura que tem como função inibir, eu acabo estimulando. Estímulo o tálamo O tálamo não está mais sendo inibido pelo globo pálido. O tálamo vai excitar a próxima etapa, que é justamente o córtex. No final, a via é excitatória Via indireta: É chamada de via indireta porque vai passar por outras estruturas que não foram passadas até então. O córtex vai estimular o striatum, o striatum vai inibir o globo pálido externo. O globo pálido externo é inibitório. Quando eu inibo alguém que inibe, acabo excitando O globo pálido então vai deixar de inibir o núcleo subtalâmico (excitatório). O subtalâmico vai excitar o globo pálido interno (inibitório). O globo pálido interno inibe o tálamo. Como não consegue suprir seu papel de excitar, então passa uma resposta bem fraquinha. Vou acabar inibindo o córtex O tálamo tem um estímulo contínuo que pode ser aumentado ou diminuído. Tem um estímulo tônico, um estímulo basal. Essas duas vias são importantes para que haja a modulação adequada do movimento. A substância negra excita ou inibe? Os dois Não é ela que determina no final das contas se vai inibir ou excitar. O que vai determinar é o receptor dopaminérgico. O receptor D1 vai excitar e D2 inibir Via hiperdireta: No final das contas, é indireta também funcionalidade Modulação motora: · Preparação de programas motores · Execução automática de programas motores já aprendidos · Amplitude e velocidade dos movimentos · Sequenciamento · Regulação do tônus e força muscular Efeitos da dopamina no striatum: · Via direta (d1): facilitação do movimento · Via indireta (D2): “frear” ou suavizar o movimento Correlação clínica: Doença de parkinson O Parkinson é uma doença do sistema nervoso. Dentre as várias áreas prejudicadas, a substância negra é a que damos mais atenção, mas é uma doença que afeta diversas estruturas Manifestações motoras: Tétrade clássica: · Tremor em repouso: geralmente assimétrico, piorando com o estresse emocional e melhorando durante o movimento voluntário · Hipocinesia/acinesia: lentidão do movimento voluntário e redução no movimento automático (ex: fácies em máscara) · Rigidez: hipertonia e alteração de postura · Instabilidade postural -> é diferente de desequilíbrio; a instabilidade envolve uma outra questão, é a capacidade que a gente tem de ao estar desequilibrado, de voltar a postura normal. Manifestações não-motoras: · Disautonomias: constipação, urgência miccional, hipotensão postural · Distúrbios do sono · Distúrbios psiquiátricos: depressão, ansiedade · Declínio cognitivo · Disfunção executiva Correlação clínica: coreia A coreia caracteriza-se por movimentos repetitivos e involuntários, de início abrupto, explosivo, geralmente de curta duração Síndromes coréicas agudas: Coreia de Sydenham (reumática) · Causa mais frequente de coreia na infância · Complicação pós-infecção estreptocócica hemolítica do grupo A · Manifestação clínica tardia (1 a 6 meses após o quadro infeccioso) Normalmente se resolve espontaneamente. Dura algumas semanas e depois vai diminuindo até passar Manifestações clínicas · Movimentos involuntários bruscos em extremidade e face · Disartria · Movimentos menos intensos podem ser confundidos com inquietude ou agitação · Sintomas obsessivos-compulsivos ou alterações comportamentais Correlação clínica: distonia Movimentos involuntários, geralmente em torção, variando em velocidade, de rápidos a lentos Fisiopatologia desconhecida Quanto à etiologia podem ser: primárias ou secundárias Podem ser classificadas de acordo com o território muscular envolvido em: · Focal – uma região especifica (a mão, o pé) · Segmentar – pega um segmento inteiro (um braço todo, o rosto todo...) · Hemidistonia – pega um hemicorpo · Multifocal – pega pontos específicos, mas mais de um · Generalizada – pega vários segmentos Faz o movimento, fica um tempo, depois vai relaxando e passa, depois faz outro movimentos... pode ser doloroso. É um movimento muito mais lento do que a coreia Referências para estudo: machado – neuroanatomia funcional