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DOENÇAS PARASITARIAS

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS 
CURSO BACHARELADO EM BIOMEDICINA PARASITOLOGIA 
DOCENTE: CARLA DE CASTRO SANT ANNA 
DISCENTE: VIVIANE BATISTA DOS SANTOS 
 
 
	DOENÇAS PARASITÁRIAS 
	AGENTE ETIOLOGICO 
	CICLO BIOLOGICO 
	TRANSMISSÃO 
	SINTOMAS 
	DIAGNÓTICOS 
	TRATAMENTO 
	PROFILAXIA 
	GIARDÍASE 
	Giárdia lamblia 
	 
Apresenta duas formas evolutivas: o cisto que é oval, possui membranas destacadas do citoplasma e tem de dois a quatros núcleos e um número variável de fribilas. E o trofozoíto que tem formato de pera, com 4 pares de flagelos que se origina de befaroplastos ou corpos basais situados nos polos anteriores dos 2 núcleos. 
	 
Fecal-oral. Direta, pela contaminação das mãos e 
consequentemente ingestão de cistos existentes em dejetos de pessoa infectadas, ou indireta, por meio de ingestão de água ou alimento contaminado. 
	 
Diarreias 
acompanhadas 
de 	dores 
abdominais devido a lesões na 	parede intestinal. 
	 
Clinico: pacientes com diarreia crônica o diagnósticos é feito pelo exame de fluido duodenal, em raras ocasiões poderá ser realizada biópsia duodenal. Laboratorial: 
demonstração de parasitos nas fezes, detecção de antígenos que pode ser realizada pela ELISA. 
 
	Medicamento: 
metromidozol, tinidazol e secnidazol. 
	Higiene pessoal, saneamento básico, tratamento de água. 
	AMEBÍASE 
	Entamoeba hitolystica 
	 
Após se ingerido o cisto, vai parar no íleo do intestino delgado. La se transforma em metacisto. Já no intestino grosso cada metacisto libera 4 amebas assim ocorre a colonização no intestino grosso e ele passa agir na forma de trofozoíto. Alguns se diferenciam em pré-cisto, forma a membrana cística e torna-se cisto. 
	Ingestão de alimentos ou água 
contaminados por 
fezes contendo cistos amebianos maduros. 
	Diarreias com sangue e muco 
devido a lesão na parede intestinal. 
	Presença de trofozoítos ou cistos do parasito 
encontrado nas fezes; em aspirados ou 
raspados, obtidos 
através de endoscopia 
ou proctoscopia; ou em 
aspirados de abcesso ou cortes de tecido. A ultra-sonografia e 
tomografia axial 
computadorizada são 
úteis no diagnósticos de abcessos amebianos. 
	Forma assintomática: teclozan e 
metronidazol. 
 
Forma grave: 
metronidazol 
 
Intestinais: 
secnidazol 
 
Extra intestinais: tinidazol. 
	Saneamento básico, educação em saúde, 
controle dos indivíduos que manipulam 
alimentos, higiene pessoal e alimentar. 
	TRICOMONÍASE 
	Trichomonas vaginalis 
	Vivem como organismos das vias geniturinárias do homem. Na mulher a infecção é facilitada pela diminuição de glicogênio nas células epiteliais, aumento da descamação, diminuição da acidez vaginal, modificação na flora bacteriana. 
	Através de relações sexuais com homens 
transmissores ou pelo uso de instalações 
sanitárias ou objetos contaminados. 
	Corrimentos e infecções 
vaginais e uretais. 
	O quando clinico não sendo especifico, o 
diagnóstico requer uma pesquisa de parasitos nos exsudatos. 
	Metronidazol, ornidazol, tinidazol, nimorazol, 
administrados aos 
pacientes e parceiros sexuais. 
Medicamentos de aplicação tópica. 
	Higiene pessoal, medidas de prevenção das DSTs. 
	MALÁRIA 
	Plasmodium vivax 
– agente da “febre terçã benigma” 
 
Plasmodium falciparum – que produz a “febre 
terçã maligna” 
 
Plasmodium ovale 
 
Plasmodium malariae 
	A fêmea de mosquitos anofelinos inocula com sua saliva, os esporozoítos infectantes na circulação humana. Eles s multiplicam no fígado esquizogonia e se diferenciam em merozoítos que voltam ao sangue e invadem as hemácias. Nas hemácias os merezoitos evoluem para esquizontes que dão origem a novos merozoítos e também produzem gametócitos. Esse último é sugado pelos anofelinos e no estômago do inseto faz ciclo sexuado (esporogonia), dando início a formação do zigoto. Este invade o epitélio gástrico e dá origem a um ooscisto. 
Neste formam-se numerosos esporozoítos que migram para as glândulas salivares do inseto. 
	A transmissão se dá pela picada de insetos 
go gênero anopheles, infectada pelo Plasmodium. 
	Febres e malestares cíclicos devido a 
substâncias 
tóxica liberadas 
pelo protozoário no sangue. 
	Diagnóstico clínico: 
pacientes com febre intermitente 
procedentes de áreas endêmicas. 
 
Laboratorial: busca de plasmódios no sangue. 
	Antimaláricos 
(cloroquina, primaquina, entre outros). 
	Erradicação e controle dos mosquitos 
transmissores, com uso de inseticidas, 
mosquiteiros e telas nas janelas. 
	Leishmaniose
	Leishmania sp
	Ao se alimentarem de sangue, as flebotomíneas injetam promastigotas metacíclicos de sua probóscide. Os promastigotas são fagocitados pelos macrófagos e outras células mononucleares fagocíticas. Nessas células, os promastigotas se transformam em amastigotas. Os amastigotas se multiplicam por divisão simples e infectam outras células fagocíticas mononucleares. Ao se alimentarem do sangue de um hospedeiro infectado, as flebotomíneas são infectadas pela ingestão de macrófagos infectados por amastigotas. No intestino médio das flebotomíneas, os amastigotas se transformam em promastigotas. Aí, se multiplicam, se desenvolvem e migram para a probóscide.
	Picada de insetos hematófagos pertencentes ao gênero Lutzomyia conhecidos no Brasil por birigui, mosquito-palha e tatuquira, entre outros.
	As leishmanioses tegumentares causam lesões na pele, mais comumente ulcerações e, em casos mais graves (leishmaniose mucosa). Já a leishmaniose visceral, afeta as vísceras, sobretudo fígado, baço, gânglios linfáticos e medula óssea, podendo levar à morte quando não tratada. Os sintomas incluem febre, emagrecimento, anemia, aumento do fígado e do baço, hemorragias e imunodeficiência. Doenças causadas por bactérias ou manifestações hemorrágicas.
	O diagnóstico é feito pela demonstração de parasitas em amostras ou culturas e, cada vez mais, por ensaios baseados em PCR em centros de referência. Sorologia pode ser útil no diagnóstico da leishmaniose visceral, mas não da forma cutânea
	O tratamento da leishmaniose visceral é com anfotericina B lipossomal ou miltefosina. As alternativas são desoxicolato de anfotericina B, compostos antimônicos pentavalentes se a doença foi adquirida em áreas onde é provável que as espécies de Leishmania são suscetíveis. Há uma variedade de tratamentos tópicos e sistêmicos disponível para leishmaniose cutânea dependendo das espécies causadoras e manifestações clínicas.
	Diminuir o contato direto entre humanos e os flebotomíneos. Uso de repelentes, evitar os horários e ambientes onde esses vetores possam ter atividade, a utilização de mosquiteiros de tela fina e, dentro do possível, a colocação de telas de proteção nas janelas.
	Doença de Chagas
	Trypanossomo cruzy
	Tem início quando parasita entra na corrente sanguínea da pessoa e invade as células, se transformando em amastigota, que é a fase de desenvolvimento e multiplicação desse parasita. Os amastigotas podem continuar invadindo células e se multiplicando, mas também podem ser transformados em tripomastigotas, destruírem as células e ficarem circulantes no sangue.
	Se dá pelas fezes do "barbeiro" depositadas sobre a pele da pessoa, enquanto o inseto suga o sangue, transfusão de sangue de doador portador da doença, a transmissão vertical via placenta (mãe para filho), a ingestão de carne contaminada ou acidentalmente em laboratórios.
	Febre, aparecimento de gânglios, crescimento do baço e do fígado, alterações elétricas do coração e/ou inflamação das meninges nos casos graves.
	O diagnóstico é feito pela detecção de tripanossomos no sangue periférico ou em aspirado de órgãos infectados. Testes de anticorpos são sensíveis e podem ser úteis.
	O tratamento é com nifurtimox ou benznidazol.
	Combate ao barbeiro, triagem de doações sanguíneas, vigilância sanitária, repelentes e melhoria dos habitantes rurais.
	Toxoplasmose
	Toxoplasma gondii
	Possui dois estágios evolutivos, que são taquizoítos e bradizoítos, que é a forma evolutiva que é encontrada na carne crua dos animais. Com isso, podem adquirir a infecção ao entrar em contatocom os cistos do parasita presente nas fezes de gatos ou por meio do consumo de carne crua ou mal cozida contendo bradizoítos.
	Ingestão de alimentos contaminados pelos cistos do parasita ou por meio do contato com as fezes de gatos infectados.
	Variam de nenhum à linfadenopatia benigna, uma doença semelhante à mononucleose, ou doença do sistema nervoso central ou envolvimento de outros órgãos em pessoas imunocomprometidas. Encefalite pode se desenvolver em pacientes com aids e baixas contagens de CD4. Retinocorioidite, convulsões e retardo mental ocorrem na infecção congênita
	O diagnóstico é por sorologia, histopatologia ou PCR.
	Tratamento é normalmente realizado com pirimetamina mais sulfadiazina ou clindamicina
	Consumir água potável, filtrada ou mineral. Cozinhar bem as carnes e evitar o consumo de carnes mal passadas. Usar uma luva ao limpar a caixa de areia e ao recolher as fezes dos gatos.
	Teníase e Cisticercose
	Taenia Salium e Taenia Saginata
	A pessoa infectada contamina o ambiente depositando suas fezes em locais irregulares, com isso os animais entram em contato com o ambiente contaminado e ingerem os ovos da tênia. Os cisticercos se alojam no corpo do animal e as carnes e embutidos originários desses animais são consumidos pelo ser humano e a larva da tênia se fixa e se desenvolve no corpo do hospedeiro (ser humano). Uma vez infectada a pessoa libera proglotes através das fezes.
	Teníase: Ingestão de carne suína ou bovina, crua ou malcozida, infectada pelo cisticerco de cada espécie de Taenia. Cisticercose: Adquirida pela ingestão acidental de ovos viáveis de T. solium que foram eliminados nas fezes de portadores de teníase.
	Teníase: aumento ou perda do apetite, desconforto intestinal, diarréia, enjoo, irritação, fadiga, insônia, pode ser assintomática. Cisticercose: dores de cabeça, convulsões, vômitos, dificuldade de andar, cefaleia, epilepsia e edema.
	Para infecções por tênia adulta, exame microscópico das fezes. Para doença larval, exames de imagem. Imunológico (ELISA, Western blotting).
	Teníase: mebendazol, niclosamida.
Cistecicercose: praziquantel.
	Teníase: não comer carne mal assada, fiscalização de carne e derivados, saneamento básico, vermifrigação de rebanhos.
Cistecicercose: educação sanitária, lavar as mãos, saneamento básico.
	Esquimossome
	Schistosoma mansoni
	O S.masoni é um parasita que apresenta um hospedeiro intermediário: o caramujo, e um hospedeiro definitivo: o ser humano.
	Penetração ativa dascercárias na pele e mucosa penetram mais frequentemente nos pés e nas pernas.
	Sintomas agudos são dermatite, seguida após várias semanas por febre, calafrios, náuseas, dor abdominal, diarreia, mal-estar e mialgia. Os sintomas crônicos variam com as espécies, mas incluem diarreia sanguinolenta (p. ex., com S. mansoni e S. japonicum) ou hematúria (p. ex., com S. haematobium).
	Laboratorial: Parasitológico, exame de fezes: Kato-Katz (concentração), Lutz (sedimentação espontânea). Biópsia retal, biópsia hepática. Imunológico. ELISA, hemaglutinação, imunofluorescência
	Medicamentos: praziquantel e oxamniquine.
	Tratamento dos doentes, Controle do molusco (drogas ou biológico), saneamento básico e educação
	Ascaridíase
	Ascaris lumbricoides
	Tem início quando as fêmeas adultas presentes no intestino colocam seus ovos, que são eliminados para o ambiente juntamente com as fezes. Esses ovos passam por um processo de maturação no solo para que se torne infectante. Como está no solo, os ovos podem ficar grudados em alimentos ou serem transportados pela água, havendo contaminação das pessoas. Após serem ingeridos, a larva infectante presente no interior do ovo é liberada no intestino, o perfura e se desloca para os pulmões, onde sofre processo de maturação. Após desenvolvimento nos pulmões, as larvas sobrem para a traqueia e podem ser eliminadas ou deglutidas.
	Ingestão de alimentos ou água contaminados.
	Na maioria dos casos,  é assintomática. Mas, podem apresentar sintomas na fase de migração da larva ou durante a fase adulta do verme. As manifestações clínicas mais comuns: pulmonares, gastrointestinais.
	Laboratorial: pesquisa de ovos nas fezes (Kato-katz).
	Medicamentos: Albendazol 400 mg em dose única. Mebendazol 100 mg, 2 vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos. Levamisol 150 mg, em dose única. No caso de obstrução intestinal pelo áscaris, as drogas indicadas são a Piperazina.
	Educação sanitaria, construção de fossas, lavar as mãos, tratamento em massa da população e proteção de alimentos contra insetos. 
	Filariose
	Wuchereria bancrofti
	Apresenta dois ciclos de biológico, sendo um no mosquito e outro nas pessoas. O mosquito Culex quinquefasciatus, ao picar uma pessoa infectada, inspira microfilárias, também chamadas de L1, que desenvolvem-se por um período de 14 a 21 dias no intestino do mosquito até a fase L3 e depois migram para a boca. Ao picar outra pessoa, o mosquito transmite a larva L3, que migra para os vasos linfáticos e desenvolvem-se até o estágio L5, que corresponde ao estágio adulto e de maturação sexual. A larva L5, após período de incubação, começa a liberar as microfilárias que ficam circulantes no sangue
	Se dá basicamente pela picada do mosquito Culex quinquefasciatus (pernilongo ou muriçoca) infectado com larvas do parasita.
	Pode ser assintomáticos, no entanto, podem apresentar sintomas: Febre, calafrios, aumento dos gânglios linfáticos, inchaço das extremidades, popularmente conhecido como elefantíase, podendo afetar as pernas, principalmente, testículos ou seios. Aumento da quantidade de eosinófilos no sangue, conhecido como eosinofilia.
	Laboratorial: exame direto em lâmina, hemoscopia positiva, testes imunológicos, especialmente apoiados em cartões ICT. Ultrassonografia, que pode demonstrar a presença de filarias nos canais linfáticos e PCR.
	Medicamento: Citrato de dietilcarbamazina (DEC), via oral por 12 dias – repetido várias vezes até desaparecer a parasitemia. Em alguns casos pode ser recomendado também o uso de Ivermectina.
	Tatamento de pessoas parasitadas, combate ao inseto vetor, melhoria sanitária, educação em saúde.

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