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O PROFESSOR FRENTE AOS DESAFIOS DA VIOLÊNCIA ESCOLAR

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O PROFESSOR FRENTE AOS DESAFIOS DA VIOLÊNCIA ESCOLAR 
 
SEVERO, Susana da Silva Gonçalves – UTP 
sjsevero@gmail.com 
 
FRANCO, Adriana de Fátima – UEM 
adriffranco@hotmail.com 
 
Eixo Temático: Violências nas Escolas 
Agência Financiadora: não contou com financiamento 
 
 
Resumo 
 
Neste trabalho nos propomos a levantar alguns questionamentos oriundos de uma das 
questões mais inquietantes da contemporaneidade: a violência, e de maneira particular a 
violência escolar. A violência no contexto das escolas tem trazido desconforto e vários 
questionamentos para sociedade e a educação, dando origem a uma reflexão teórica a respeito 
da formação que estamos proporcionando aos nossos jovens. Nosso objetivo é realizar uma 
análise a respeito das responsabilidades do professor, diante da problemática da violência no 
contexto da escola. Nesse sentido, surgiu a necessidade de refletirmos a formação do 
professor, enquanto profissional da educação, em relação às demandas que se apresentam 
como verdadeiros desafios na atuação docente. Numa perspectiva histórico-dialética, 
focalizamos alguns pontos como a categoria violência, a violência escolar, o papel do 
professor, a tendência atual para a Cultura de Paz. Inicialmente discutimos o conceito de 
violência e da violência que ocorre no ambiente da escola. O conceito de violência no 
contexto escolar apresenta-se de forma ampla, porque pode ser considerado desde o bulling, 
incluindo apelidos e agressões verbais, até agressões graves ou simplesmente, serem 
consideradas comportamentos comuns no relacionamento entre crianças e adolescentes, sem a 
conotação de gravidade. Por outro lado, a escola sempre foi considerada um lugar de paz e 
tranquilidade que promove a formação das novas gerações, e a violência produzida em seu 
interior parece chocar a sociedade. No decorrer do texto apresentamos os vários tipos de 
violência que ocorrem na escola e a seguir discutimos a responsabilidade do professor e as 
novas apropriações que seu cargo impõe, bem como as dificuldades encontradas na realização 
de sua atividade. Finalizamos analisando a proposta da Cultura de Paz como uma forte 
tendência entre os educadores, bem como, a crítica a essa proposta. 
 
Palavras-chave: Violência escolar. Professor. Educação para Paz. 
Introdução 
Nas duas últimas décadas, temos verificado um significativo avanço da violência no 
583 
 
contexto internacional e brasileiro, desvelando um cenário que, se manifesta em diferentes 
espaços e épocas. A violência tem se revelado de maneira ostensiva nos relacionamentos 
humanos no contexto da sociedade, e esta, tem reproduzido-a nos diversos circuitos e com 
múltiplas características. 
A violência é um conceito que consideramos imprescindível no desenvolvimento deste 
artigo, especialmente porque a violência escolar não está dissociada da violência social. Neste 
sentido, Sposito1 afirma que, a violência é uma categoria de difícil explanação, porém a mais 
amplamente aceita é a que “é todo ato que implica na ruptura de um nexo social pelo uso da 
força. Nega-se, assim, a possibilidade da relação social que se instala pela comunicação, pelo 
uso da palavra, pelo diálogo e pelo conflito”. 
Marilena Chauí (1998) expõe alguns conceitos a respeito de violência, argumentando 
que “etimologicamente, violência vem do latim vis, força, e significa: Tudo o que age usando 
a força para ir contra a natureza de algum ser (é desnaturar); Todo ato de força contra a 
espontaneidade, a vontade e a liberdade de alguém (é coagir, constranger, torturar, brutalizar); 
Todo ato de violação da natureza de alguém ou de alguma coisa valorizada positivamente por 
uma sociedade (é violar); Todo ato de transgressão contra aquelas coisas e ações que alguém 
ou uma sociedade define como justas e como um direito.” 
A partir dessas compreensões, Marilena Chauí (1998) argumenta que 
“Consequentemente, violência é um ato de brutalidade, sevícia e abuso físico e/ou psíquico 
contra alguém e caracteriza relações intersubjetivas e sociais definidas pela opressão, 
intimidação, pelo medo e pelo terror”. De acordo com a autora a violência se opõe à ética 
porque trata seres humanos, com suas peculiaridades racionais e sensíveis como seres dotados 
de linguagem e de liberdade como se fossem coisas. 
O Brasil é um país de enormes disparidades sociais e que esta situação tem marcado a 
nossa história que remonta seu descobrimento e sua colonização. Encontramos em nosso país 
contrastes alarmantes, enquanto grande parte da sociedade tem dificuldades para sobreviver, e 
muitos vivem abaixo da linha da miséria, uma minoria é beneficiada com uma vida de 
conforto, luxo e consumismo exacerbado. Os últimos são beneficiados por todas as formas de 
progresso e das inovações que a sociedade moderna dispõe. 
______________ 
 
1 Artigo publicado pelo IEA - USP 
584 
 
Os dados do IBGE (SIS, 2010)2 comprovam que em 2009, houve um crescimento da 
frequência à escola das crianças de 0 de 5 anos de idade, visto que o percentual das que 
frequentavam escolas ou creches atingiu 38,1%, enquanto em 1999 era de 23,3%. No entanto, 
apesar do crescimento ainda é insuficiente, considerando que a população atendida não chega 
a 50%. Na faixa de 6 a 14 anos, desde a década de 90, praticamente todas as crianças 
frequentavam escola (94,2% em 1999 e 97,6% em 2009). Não obstante, a situação dos jovens 
entre 15 a 17 anos é preocupante, pois em 2009, a taxa de frequência à escola alcançou 
85,2%, porém, o percentual de alunos que frequentavam o ensino médio, que seria o nível 
adequado à sua idade, era de 50,9%. Assim, apesar de estar tendo acesso à educação escolar, a 
metade dos adolescentes estão atrasados nos seus estudos. Entre jovens de 18 a 24 anos que 
estudam, os que cursam ensino superior apresentam um percentual de 48,1% em 2009. A 
taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais chega em torno de 9,7% no mesmo 
ano. Quase 10% da população é analfabeta, sendo que a maioria pertence a região Nordeste e 
vivem com ½ salário mínimo de renda familiar per capita. 
Ainda é necessário que apontemos alguns dados sobre o saneamento básico que atinge 
62,6% dos domicílios urbanos com abastecimento de água, rede de esgoto e coleta de lixo. 
No Brasil, em 2009, apenas 21,1% dos domicílios tinham simultaneamente energia 
elétrica, telefone fixo, internet, computador, geladeira, TV em cores e máquina de lavar (em 
2004, eram 12,0%). 
De acordo com Milani (2004) a disparidade econômica acarreta injustas consequências 
sobre a qualidade de vida da população sobre vários aspectos, notadamente, nas áreas da 
saúde, educação, moradia, segurança, entre outros, gerando por assim dizer, a violência 
vertical. No momento em que as necessidades básicas não estão sendo atendidas, aliadas a 
outros problemas como o não desenvolvimento de valores, a aproximação com as drogas e o 
narcotráfico, a facilidade para ingressar no mundo dos crimes e a impunidade, podem ser 
considerados como facilitadores para o avanço da violência social. 
Ao voltarmos à atenção para a escola, seus alunos, professores, perguntamos sobre a 
relação entre a violência social e àquela presente no ambiente escolar. Esta realidade, esta 
vivência em meio a atos violentos, não estaria gerando na consciência de nossa sociedade, de 
nossos jovens estudantes, a ideia de que este comportamento acontece, e que deve ser 
______________ 
 
2 Síntese de Indicadores Sociais - IBGE, 2010. 
585 
 
considerado natural? Será que ao chegar à escola o aluno transfere a realidade violenta e 
violentada para o interior da mesma? 
Assim, entre os variados lugares em que a violência é exercida, temos o contexto 
escolar, no qual vem tomando proporções alarmantes, com recorrência cada vez mais 
banalizada, seja na mídia ou no cotidiano da maioria dos brasileiros. 
Por ser a violência um problema da sociedade como um todo, particularmente 
quando atingem determinadospatamares de intensidade, ela repercute logicamente 
no meio escolar, de várias maneiras e por várias razões. (PINO, 2007, p. 786) 
Nesta direção, a violência no meio escolar, tem sido uma questão vista com bastante 
preocupação por parte da família, professores, pesquisadores e demais membros da sociedade, 
notadamente aqueles vinculados à educação dos jovens. 
Conforme explicita Abramovay (2009) a violência no contexto da escola têm se 
apresentado como uma situação, de certa forma corriqueira, mas que precisa ser debatida na 
sociedade para que não se torne uma banalização. 
Atos de intolerância, que culminam em violência física, verbal, entre outras, são 
frequentes nas escolas do país e envolvem tanto estudantes quanto professores e 
funcionários, cada qual em diferentes posições, conforme o caso. Ora, são vítimas, 
ora, perpetradores de comportamentos violentos. As motivações também são 
variadas: machismo (como no episódio da UniBan), homofobia, racismo, 
intolerância religiosa etc. (ABRAMOVAY, 2009). 
Para Ruotti, Cubas e Alves (2006), quando usamos um termo tão amplo como 
‘violência’, que abrange desde agressões graves até as pequenas incivilidades presentes na 
escola, o problema pode tornar-se impensável devido aos inúmeros tipos de situações 
envolvidas, ou simplesmente, estigmatizar padrões de comportamento comuns no ambiente 
escolar. Dessa forma, condutas consideradas normais no relacionamento entre crianças e 
adolescentes, podem ser consideradas como sinal de violência sem, no entanto, ter a 
gravidade apontada. 
De acordo com Charlot (2002), definir violência escolar apresenta algumas 
dificuldades, não somente porque esta remete a fenômenos difíceis de delimitar, mas também, 
porque desestrutura as representações sociais que possuem valores definidos na sociedade 
586 
 
como: aquela da infância que traduz inocência, a da escola considerada um refúgio de paz e a 
da própria sociedade como sendo pacificada no regime democrático. Portanto, o surgimento 
da necessidade de definir e investigar a violência escolar são, no mínimo, um choque de 
realidade para a sociedade. 
Embora o autor traga à tona, a inexistência de um consenso em relação ao significado 
escolar, é importante notar que, se observarmos o tema, pelo foco dos direitos humanos, há 
um consenso possível. A Constituição Federal/1988 em seu artigo 227 3, bem como, o 
Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8069/90, nos artigos 4º 4 e 5º 5, contemplam 
a defesa e garantia de direitos da infância e juventude, bem como o esforço para impedir 
qualquer tipo de ameaça ou violação, contra crianças e adolescentes. Assim, a violência não 
pode ser considerada subjetiva, possui critérios, padrões que servem de base para que as ações 
possam ser julgadas. Entretanto, está na dependência de cada cultura perceber a atitude como 
violenta ou não violenta. 
Segundo Debarbieux a violência no cotidiano das escolas está associada a três 
dimensões distintas: 
Em primeiro lugar, à degradação no ambiente escolar, isto é, à grande dificuldade de 
gestão das escolas, resultando em estruturas deficientes. Em segundo, a uma 
violência que se origina de fora para dentro das escolas, que as torna “sitiadas” 
(Guimarães, 1998) e se manifesta por intermédio da atuação de gangues, do tráfico 
de drogas e da crescente visibilidade da exclusão social na comunidade escolar. Em 
terceiro, relaciona-se a um componente interno das escolas, específico de cada 
estabelecimento. Há escolas que historicamente têm-se mostrado violentas, e outras 
que passam por situações de violência. É possível observar a presença de escolas 
seguras em bairros ou áreas reconhecidamente violentos e vice-versa, sugerindo que 
não há determinismos nem fatalidades, mesmo em períodos e em áreas 
caracterizadas por exclusões. Desse modo, é possível conceber que ações ou reações 
localizadas no sentido de combater a violência podem ser eficazes. 
(DEBARBIEUX, 2002, p.33). 
______________ 
 
3 Art. 227 – CF - “É dever da família, da sociedade e do estado assegurar à criança e ao adolescente, com 
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, 
à dignidade, ao respeito, à liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de forma 
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão” 
 
4 Art. 4º ECA – “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com 
absoluta prioridade, a efetivação dos direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”. 
 
5 Art. 5º - ECA - “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer será objeto de qualquer forma de 
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer 
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”. 
 
587 
 
 
Assim, é imprescindível voltarmos nossa atenção a respeito de que tipo de homem 
nossa sociedade está formando. A sociedade capitalista na qual estamos inseridos, e 
consequentemente seu modo de produção, com todos os mecanismos de exclusão social, vem 
determinando um perfil de ser humano com perdas de valores, individualista e, nas formas 
mais acentuadas, com comportamentos violentos. 
Segundo Bourdieu e Passeron (1992) ao referir-se à violência, asseveram que existe 
outra violência que não poderíamos deixar de considerar, como sendo as práticas mais 
perspicazes do que a violência ostensiva. A violência simbólica que traz a tona como a ação 
pedagógica impõe a cultura dominante aos dominados. 
Todo poder de violência simbólica, isto é, todo poder que chega a impor 
significações e a impô-las como legítimas, dissimulando as relações de força que 
estão na base de sua força, acrescenta sua própria força, isto é, propriamente 
simbólica, a essas relações de força. (BOURDIEU; PASSERON, 1992, p. 19) 
Saviani (1997) afirma que os autores desta obra, tomam como ponto de partida, a ideia 
de que todas as sociedades estão estruturadas sob um sistema de relações de força material 
(capital econômico) entre grupos ou classes. Assim, sobre a força material, e por ordem dela, 
cria-se um sistema de relações de força simbólica (capital cultural) que de forma dissimulada, 
fortalece as relações de força material. 
A violência simbólica se manifesta de múltiplas formas: a formação da opinião 
pública através dos meios de comunicação de massa, jornais etc.; a pregação 
religiosa; a atividade artística e literária; a propaganda e a moda; a educação familiar 
etc. (SAVIANI, 1997, p. 30). 
Não obstante, podemos notar que Bourdieu e Passeron, apresentam uma visão realista, 
porém, pessimista da educação e da escola, ao passo que Saviani acredita na superação das 
relações de dominação da classe hegemônica, por meio da educação, sendo a escola um 
agente de mudanças. 
Desta forma, a educação não está condenada a reproduzir a pobreza, as desigualdades 
ou a violência social. Cabe a ela no conjunto de seus educadores ampliar a visão de mundo, 
588 
 
proporcionando as condições necessárias para formar educandos com um pensamento crítico 
e autônomo. 
O educador e a violência no interior das escolas 
O papel do educador vem passando por um intenso processo de modificação nas 
últimas décadas, reflexo também de constantes mudanças na sociedade, gerando novos 
desafios e demandas e, entre estes se encontra a violência no contexto da escola. 
Segundo Oliveira (2009) é preciso enxergar o espaço escolar como um ambiente 
propício para a vivência de relações interpessoais. As questões ligadas à moral e à vida em 
grupo devem ser tratadas como conteúdos de ensino, caso contrário, corre-se o risco de 
permitir que as crianças tornem-se adultos autocentrados e indisciplinados em qualquersituação, incapazes de dialogar e cooperar, partindo sempre para agressão quando algo lhes 
desagrada. 
Segundo Arroyo (2007) a violência na escola traz a tona indagações para o repensar da 
teoria e prática educativa. Argumenta que termos como “violência infanto-juvenil” faz 
referência à classificação de condutas de um determinado coletivo de crianças, adolescentes 
ou jovens, termo que os classifica e segrega como coletivo. Por exemplo, alunos que antes 
eram considerados indisciplinados, porém, indisciplina sempre aconteceu na escola, passaram 
a ser classificados como violências, elevando as condutas a uma condição que segrega e 
produz estigmas. 
O autor destaca que pesquisas vêm mostrando as conexões entre a violência infanto-
juvenil e as violências de que crianças, adolescentes e jovens padecem. Entretanto, as 
indagações e as reações concentram-se mais na condição de réus e agentes infanto-juvenis, de 
atos de violência, do que na sua condição de pacientes e vítimas. 
Temos pouca reflexão acumulada sobre como a condição de pacientes, vítimas de 
tantas formas de violência, afeta os processos de socialização, formação intelectual 
e ética, identitária e cultural, como afeta os processos de desenvolvimento humano 
de tantos coletivos de educandos. (ARROYO, 2007) 
Quando se aborda a responsabilidade do professor frente à violência escolar muitos 
aspectos devem ser considerados, entre eles seria a valorização do profissional da educação e 
a formação docente. 
589 
 
A sociedade, principalmente através das ações governamentais e representações de 
classe, precisa garantir melhores condições de trabalho e a adequada qualificação dos 
educadores. Existe neste sentido, um agravante que é a desvalorização da carreira docente, 
baixos salários e planos de carreira ínfimos, desmotivando o trabalho docente. 
Segundo Chaves (2004) a formação geral do professor deveria ter um foco formativo 
maior, domínio de novas tecnologias, a inclusão da problemática dos alunos portadores de 
necessidades sociais como: envolvimento e exposição ao crime, trabalho precoce, desestrutura 
familiar e em especial o trabalho coletivo interdisciplinar e o incentivo às pesquisas. 
Dessa forma, a política de formação de professores devem incluir discussões quanto 
aos comportamentos agressivos que se manifestam nos alunos, o que lhes cabe para que a 
violência seja superada, e busquem parcerias com os pais e a comunidade como um todo. 
 De acordo com Pereira (2001) dizer não à violência implica em manifestar-se contra 
as correntes que originam a violência. O não à violência somente será legítimo, na medida em 
que houver o compromisso de luta, contra todos os que alimentam a violência no mundo e 
quando os direitos essenciais e a dignidade humana dos cidadãos estiverem assegurados. 
Neste sentido, um dos caminhos mais importantes para acabar com as injustiças sociais é o 
das reformas sociais, que promovam transformações substanciais no atual sistema, e um 
sólido trabalho de formação de nossos jovens nas escolas, para isso, é preciso que haja sólida 
formação dos professores. 
Muito há que se pensar sobre soluções e caminhos para que o ambiente escolar possa 
realmente, oferecer a alunos e professores, as condições adequadas para o pleno 
desenvolvimento do processo educativo. Um ponto deve ser fortemente valorizado e 
explorado: a importância do papel do educador, não apenas diante de comportamentos 
inadequados, como também diante da possibilidade de tornar-se um agente transformador no 
desenvolvimento de seu aluno. 
A proposta da Educação para Paz 
A educação para a paz tem aparecido como um instrumento importante para a 
realização de uma cultura de paz. Esta proposta surgiu no diálogo entre as sociedades, não 
somente como um novo objeto de pesquisa, mas expressando a ideia de bem, onde se coloca a 
questão do sentido da humanidade, e este como finalidade da educação. 
590 
 
Segundo Corrêa (2003) definir o conceito educação para a paz não é fácil. A expressão 
contém dois termos altamente problemáticos: "educação/educar" e "paz". Os vocábulos 
educação e educar fazem parte do processo de socialização, uma atividade que não se pode 
considerar neutra, porque supõe o objetivo de acomodar os indivíduos aos valores 
predominantes da sua sociedade. 
 Nesta direção, as ideias e valores que cada sociedade engendra no seu percurso 
histórico vão sendo assimiladas desde a infância. A educação possui um papel superior na 
transmissão destas concepções, que vão denotar ou representar o próprio educando e a sua 
construção no mundo. Portanto, segundo Corrêa (2003), a educação em si, possui uma 
configuração de violência, porque impõe ao sujeito uma assimilação de valores já construídos 
e solidificados pela sociedade. 
De acordo com Corrêa (2003) a palavra paz tem diversos significados. Dentro de uma 
análise linguística podemos distinguir duas grandes concepções, a negativa e a positiva, 
conjuntamente com duas definições de violência, a direta e a estrutural. A paz negativa seria 
simplesmente não guerra, ou seja, a ausência de violência direta, o que não exclui outro tipo 
de violência como, restrições econômicas, boicotes, entre outras. A paz positiva pressupõe um 
nível reduzido de violência direta, e um elevado nível de justiça. Procura-se a harmonia 
social, a justiça, a igualdade e, portanto, a mudança radical da sociedade, a eliminação da 
violência estrutural. 
No entanto a autora afirma: 
a paz positiva pressupõe também que os indivíduos e os grupos comprometidos 
tenham um campo de atuação próprio (as iniciativas desde baixo) e buscar também a 
auto-realização das pessoas. A paz não é uma meta, um fim utópico, senão um 
PROCESSO, algo que pretendemos alcançar e construir. Tampouco existe um 
desprezo do conflito, co-substancial ao ser humano, senão um intento de aprender a 
fazê-lo aparecer, enfrentá-lo e resolver de forma alternativa. A paz, em síntese, não é 
o contrário da guerra, senão a ausência de violência estrutural, a harmonia do ser 
humano consigo mesmo, com os outros e com a natureza (CORRÊA, 2003, p. 110). 
Segundo Jares (1999) “educar para a paz está se tornando uma expressão e uma 
necessidade educativa cada vez mais conhecida e assumida por boa parte dos que se dedicam 
a tarefas formativas, tanto na educação formal como na educação não formal”. 
No dizer de Milani (2003) promover a cultura da paz significa trabalhar de forma 
integrada em prol das grandes mudanças, ansiadas pela maioria da 
591 
 
humanidade: justiça social, igualdade entre os sexos, eliminação do racismo, 
tolerância religiosa, respeito às minorias, educação universal, equilíbrio 
ecológico e liberdade política. 
Na questão da violência Milani (1999) afirma que a fome, opressão, exclusão social, 
racismo e desigualdade social são causadores da violência, mas esta é só uma parte da 
verdade. A pobreza não é exclusivamente a geradora da violência, mas sim, um conjunção de 
fatores em múltiplos níveis (individual, grupal, cultural e socioeconômico), que interagem 
para produzir o fenômeno da violência. Para o autor temos que sair do paradigma da 
repressão, que combate à violência com medidas de força (redução de idade penal, construção 
de presídios, etc). Já o paradigma estrutural acredita que enquanto não se resolver a fome e o 
desemprego, por exemplo, não se pode falar em paz. 
Segundo Milani (1999) estes paradigmas provocam uma paralisia que faz a violência 
crescer ainda mais. O paradigma da Cultura de Paz traz uma visão mais ampla, pensa na 
educação e na mudança de comportamento. Acredita que ao invés das pessoas colocarem 
problemas macros como impedimento, deveria agir no nível micro, do dia-a-dia, sem 
abandonar os problemas maiores, como a fome. 
Nesta direção, nossos educadores estão sendo de certa forma, orientados para assumir 
a proposta da Cultura de Paz, com o objetivo de superar a violência manifestadano interior de 
nossas escolas. No entanto a Cultura da Paz, tão amplamente difundida nos meios 
educacionais, tanto internacionais como nacionais, precisa ser questionada para que a paz 
preconizada não signifique apaziguamento para obediência e servidão. 
As considerações de Lapierre e Aucouturier (1988) ao se referirem à agressividade nas 
crianças, demonstram que esta é o resultado de um conflito entre desejo de afirmação (pela 
ação) e os obstáculos e interdições que essa afirmação encontra. Os obstáculos seriam as 
limitações objetivas (dificuldades psicomotoras) que não ameaçam o equilíbrio psíquico do 
indivíduo, ele aprende pela experiência a superá-los, contorná-los ou aceitá-los. 
As interdições pelo contrário, podem ser internalizadas de forma inconsciente. Elas 
não podem ser superadas, a não ser pela transgressão, que é um ato agressivo. A agressividade 
é então uma maneira de relacionar-se com o outro, é uma comunicação. É uma maneira de dar 
e receber, ainda que sejam golpes. 
Assim, Lapierre e Aucouturier (1988) argumentam que, proibir a agressão, reprimi-la 
por meios coercitivos, é entrar no jogo da agressividade e reforçá-lo. Tolerar a agressão sem 
592 
 
responder a ela aumenta sua intensidade, porque o agressor quer uma resposta, uma relação, 
de certa forma está chamando a atenção para si ou para suas dores. Portanto, é através do 
domínio da agressividade, que começa a adaptação ao outro. Os autores defendem a não 
proibição da agressividade, mas a expressão simbólica, através de jogos em grupo que 
trabalham as noções de companheirismo e adversários, a noção de equipe como também a de 
competição, fazer melhor que o outro grupo. 
Naturalmente se referem às crianças com dificuldades psicomotoras, mas entendemos 
que servem para todos os alunos, especialmente para os inseridos na escola pública, até 
porque aí, se encontram os filhos da classe trabalhadora, que necessitam canalizar esse 
impulso de agressividade, tornando-se questionadores e críticos com as imposições do 
capitalismo. 
Neste sentido, os autores postulam: 
Esta energia combativa nos esforçaremos para orientá-la, individual e coletivamente, 
não mais contra o outro, mas contra o mundo exterior, não mais para destruí-lo, mas 
para construí-lo e dominá-lo. Nessa conquista do mundo, o outro não deve ser um 
obstáculo, mas sim uma ajuda. Aí esta o investimento positivo da ciência e da 
técnica. (LAPIERRE .& AUCOUTURIER, 1988) 
Não obstante, para Vázquez (1977), toda a práxis é um processo de transformação de 
uma matéria, dessa forma, o sujeito imprime uma determinada forma à matéria, depois de tê-
la desarticulado ou violentado, somente assim, ocorre a transformação real e efetiva, sem o 
que, as possibilidades de alteração não podem se realizar concretamente. Quando essa 
transformação ocorre sobre um objeto real, físico, podemos qualificá-lo como violenta e os 
atos que culminaram na alteração como violentos. 
O autor ainda considera a violência como constitutiva do homem e exclusiva dele, 
porque recorre a ela quando humaniza a natureza, isto é, por não conseguir viver em plena 
harmonia com a natureza, como os animais o fazem, emprega a força para submetê-la às suas 
necessidades. Assim, temos a práxis produtiva, o humano se opõe ao não humano, neste caso 
se refere à natureza. 
Para Vázquez (1997) o papel da violência na práxis social (quando o homem não é 
apenas sujeito, mas também objeto da ação) representa uma ação de indivíduos sobre outros, 
ou como produção, depois de subverter a realidade social estabelecida. Dessa maneira, a 
práxis social assume a forma da atividade prática revolucionária para construir outra nova 
593 
 
estrutura e, para isso, precisa vencer a resistência da matéria (social, humana) que se pretender 
alterar. Assim, a violência se insere na práxis, na medida em que se faz uso da força. 
Segundo Vázquez (1997), Marx e Engels sempre reconheceram a necessidade 
histórica de métodos violentos, na transformação revolucionária da sociedade, e apontavam 
que as classes dominantes nunca hesitaram usá-la quando se viam ameaçadas, apesar de 
sempre negarem sua utilização. No entanto, não faziam apologia da violência e não a 
consideravam um fim em si mesmo ou como o único método de luta. Para eles o uso da 
violência era uma necessidade imposta pelas contradições inconciliáveis de uma sociedade 
dividida em classes. 
De acordo com Vázquez (1997) no marxismo a violência revolucionária aparece 
como uma necessidade histórica que necessariamente desaparecerá ao desaparecer as 
condições histórico-sociais que a engendram. 
Assim, o autor esclarece que a violência como ‘parteira da história’ acompanhou a 
práxis social humana em suas reviravoltas, no entanto, trabalhou contra si mesmo, porque 
trabalhou contra a violência de amanhã. Ao tornar a práxis humana não violenta a violência 
revolucionária se dirige contra uma violência particular de classe (dominante), como também 
a violência em geral, ao passar a um Estado não violento. Somente quando a práxis social 
deixar de ser violenta, terá uma dimensão autenticamente humana. 
Diante desta discussão entre a formação e/ou adesão dos professores à proposta de 
Cultura de Paz, há que se ter muita cautela, para que a paz preconizada não se transforme em 
apaziguamento, retirando no dizer de Lapierre e Aucouturier, a energia combativa dos sujeitos 
e que se transforme em obediência ao sistema vigente. 
Considerações finais 
A sociedade e a escola estão envolvidas por uma crise, especialmente nas relações 
entre os sujeitos. No entanto, diante da questão da violência escolar podemos encará-la de 
duas formas distintas, por um lado, visualizar como algo ameaçador e tentar superá-la, 
reforçando ainda mais os mesmos valores que são a causa dos problemas existentes, ou seja, 
combater a violência com atitudes de coerção e atos violentos e, por outro lado, visualizar a 
violência da escola como uma enorme oportunidade para corrigir os erros, buscar novas 
soluções, usar a criatividade, rever os modelos, buscando compreender a totalidade do 
fenômeno. 
594 
 
A violência escolar está sendo considerado um grande problema, mas por detrás dessa 
violência existe um pedido, uma reivindicação de direitos, de valorização como ser humano e 
cidadania. Neste sentido, é necessário compreender que estamos vivenciando uma crise 
profunda e multidimensional, que afetam todas as relações entre os sujeitos inseridos numa 
sociedade. Eis aí o grande desafio da educação e, por conseguinte dos educadores. 
A educação nas palavras de Martins (2004) é uma das condições pelas quais o homem 
desenvolve suas capacidades ontológicas essenciais. Assim, além de ser produto da evolução 
biológica das espécies, o homem é um produto histórico. O indivíduo está em processo de 
construção e autoconstrução e a função básica do processo educativo é a humanização. Nesta 
concepção, o professor tem um papel de vital importância, porque é na escola que a formação 
do sujeito se efetiva e mesmo que a educação esteja determinada por esta sociedade, ela 
possui uma responsabilidade crucial no processo de edificação e transformação desta 
sociedade. 
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