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luxação, entorse e fratura

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Luxação, Entorse e Fratura 
Luxação 
É a perda de contato entre as 
superfícies articulares 
o Traumática: por um 
traumatismo direto 
ou indireto. 
A luxação 
traumática aguda: 
primeiro episódio 
A luxação traumática recidivante: mais de três 
episódios de luxação. 
Pode ocorrer isoladamente ou estar associada à fratura 
(fratura luxação). 
o Congênita: algo que está presente desde o seu 
nascimento. 
o Patológica: a causa da luxação é por uma doença pré-
existente 
Quadro Clinico 
Dor, limitação dos movimentos, deformidade e impotência 
funcional. 
Tratamento 
A luxação deve ser reduzida o mais rapidamente possível, sob 
anestesia local, plexular ou geral, na dependência da região 
acometida, com manobras delicadas 
Em alguns casos, está indicada a redução cirúrgica, em geral, na 
articulação coxofemoral, pela presença de fragmento ósseo intra-
articular. 
O tempo de imobilização varia entre três e seis semanas, na 
dependência da articulação em questão, tipo de lesão e 
tratamento realizado, para que ocorra cicatrização da cápsula 
articular e dos ligamentos. 
As complicações da Luxação 
recidiva da luxação, rigidez articular, calcificação periarticular e 
necrose asséptica. 
A necrose asséptica tende a ocorrer em algumas articulações 
com enfoque sob a cabeça do fêmur, na dependência 
principalmente do tempo decorrido entre a luxação e a sua 
redução. Na luxação coxofemoral, com mais de 24 horas de 
evolução, a necrose da cabeça do fêmur, parcial ou total, ocorre 
praticamente em 100% dos casos. 
Em se tratando de luxação recidivante, sendo a mais comum na 
articulação escapuloumeral, o tratamento é cirúrgico e o 
prognóstico é bom. 
A importância para a fisioterapia está no fato de que após a 
imobilização da região acometida, sempre necessária, deve-se 
promover a recuperação muscular, ou seja, reforçá-la e trazer o 
retorno da mobilidade articular. 
Em consideração à articulação escapuloumeral, deve-se 
hipertrofiar adutores e rotadores internos do ombro e evitar 
movimentos de abdução e rotação externa, fatores 
desencadeantes da luxação 
Entorse 
Uma entorse é uma ruptura ou estiramento doloroso de um dos 
ligamentos. Os ligamentos são faixas de tecido curtas e 
resistentes, que seguram seus ossos nas articulações. 
Uma entorse é leve, moderada ou grave, conforme o ligamento 
estiver distendido, parcialmente rompido ou completamente 
rompido. 
como no caso de: 
o Uma lesão provocada por esportes 
o Quedas 
Se há ruptura total de um ligamento, os ossos na articulação 
podem se separar. A isso se dá o nome de luxação. Mesmo sem 
um deslocamento, a articulação pode ficar bamba. A isso se dá o 
nome de articulação instável. 
Quadro Clinico 
Os sintomas mais comuns são: 
o Dor – dói ao toque, ao se colocar peso sobre a parte 
afetada ou ao usá-la 
o Inchaço 
o Dificuldade para usar a parte lesionada normalmente 
o O ligamento rompido pode sangrar sob a pele. Pode 
aparecer um hematoma após um dia ou dois. 
Diagnostico 
Os médicos examinam a sua articulação lesionada e as áreas 
próximas a ela, e podem mover a articulação delicadamente para 
ver se está funcionando corretamente e qual a gravidade da dor. 
Se os médicos suspeitarem de que um osso esteja fraturado ou 
fora de lugar, eles farão: 
o Radiografia 
Como as entorses não aparecem em radiografias, os médicos 
nem sempre fazem radiografias. Se os médicos precisam ver a 
extensão dos danos em um ligamento, eles podem fazer 
uma ressonância magnética. 
Tratamento 
Nas primeiras 24 horas depois de uma entorse, os médicos 
adotam o procedimento chamado PRICE, que significa: 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/luxa%C3%A7%C3%B5es/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-luxa%C3%A7%C3%B5es
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/fatos-r%C3%A1pidos-assuntos-especiais/exames-de-imagem-comuns/radiografias-simples
o Protect - Proteger a lesão com uma bandagem de 
compressão ou tala 
o Rest - Repouso para a parte do corpo lesionada, 
limitando sua atividade ou não exercendo peso sobre 
ela (por exemplo, usando muletas) 
o Ice - Gelo aplicado na área lesionada, por meio de uma 
bolsa envolta em uma toalha 
o Compress - Comprimir (enrolar) a área com uma 
bandagem elástica para limitar o inchaço 
o Elevate - Elevar a parte do corpo lesionada até a altura 
do coração ou mais, para reduzir o inchaço 
 
Para diminuir a dor, os médicos dirão para: 
o Tomar paracetamol ou anti-inflamatórios não esteroides 
(AINEs), como ibuprofeno 
o Aplicação de gelo em intervalos de poucas horas, 
durante 15 ou 20 minutos por vez 
o Após dois dias, usar uma compressa quente por 15 a 20 
minutos por vez 
Pergunte ao médico sobre quando você pode começar a mover a 
parte afetada: 
o Se você tiver uma entorse leve, os médicos podem 
dizer que você deve começar a mover a parte afetada 
assim que puder 
o Se você tiver uma entorse moderada, pode precisar de 
uma tala ou tipoia durante alguns dias 
o Uma entorse grave pode precisar de gesso ou cirurgia 
Depois de uma entorse grave, você pode precisar fazer exercícios 
de reabilitação. Os exercícios ajudam a fortalecer os músculos ao 
redor da articulação e a tornam menos rígida. 
As complicações da entorse 
o A articulação pode ficar rígida, especialmente se você 
usar uma tala ou gesso 
o A articulação pode ter mais probabilidade de sofrer 
outra entorse, mesmo após esta ter se curado 
o A articulação pode não ficar estável 
Quanto mais tempo você usar uma tala ou gesso, maior será o 
enrijecimento da articulação e mais fracos ficarão os músculos. 
Em seguida, será mais difícil recuperar a força e a flexibilidade. 
A articulação pode ficar sempre um pouco rígida e mais 
propensa a entorses, caso a pessoa se machuque novamente. 
Fratura 
Lesão traumática associada à solução de continuidade do osso. 
Classificação 
podem ser classificadas de acordo com os seguintes tópicos: 
Contato do foco de fratura com o meio exterior 
Fechada: não existe 
contato do foco de 
fratura com o meio 
exterior. 
Exposta ou aberta: 
quando existe contato do 
foco de fratura ou seu 
hematoma com o meio 
exterior, agravando o 
prognóstico. 
Gravidade da exposição 
a classificação de Gustilo e Anderson é a mais utilizada 
universalmente. 
o Tipo 1. Ferimento com extensão menor do que 1cm, 
pequena conta minação (grama, terra, sujeira) e 
associado a traumatismo de pequena energia. 
o Tipo 2: Ferimento com extensão maior do que 1 cm, 
média contaminação e associado a traumatismo de 
média energia. 
o Tipo 3.A. Ferimento com 10cm de extensão, ou mais, 
determinado por acidente de grande energia, contendo 
vasta contaminação e apresentando quantidade 
suficiente de tecidos moles para cobertura do osso 
exposto. 
o Tipo 3.B. Ferimento com 10cm, ou mais, determinado 
por acidente de grande energia, contendo grande 
contaminação e não havendo tecidos moles para 
cobertura óssea. 
o Tipo 3.C. Ferimento com 10cm, ou mais, determinado 
por acidente de grande energia, apresentando grande 
contaminação e associado à lesão arterial 
Mecanismo de produção da fratura 
Traumatismo indireto: O agente contundente produz 
indiretamente a fratura. O trauma se localiza em um ponto e a 
lesão ocorre em outro local. 
O traumatismo indireto pode ocorrer por: 
o Compressão. Ocorre principalmente nos ossos 
esponjosos, a exemplo da coluna e calcâneo, nas 
quedas de altura (desnível). 
o Flexão. Ocorre nos ossos longos quando estes são 
forçados no sentido da flexão. • 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/fundamentos/reabilita%C3%A7%C3%A3o/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-reabilita%C3%A7%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/fundamentos/reabilita%C3%A7%C3%A3o/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-reabilita%C3%A7%C3%A3o
o Torção. Quando o mecanismo indireto é a torção, em 
ossos longos, produzindo as fraturas com traço 
helicoidal. Durante a deambulação, na fase 
monopodálica, a torção interna ou externa do corpo, 
estando o pé fixo ao solo,é o exemplo mais típico 
deste tipo de fratura. 
Traumatismo direto. O agente contundente choca-se diretamente 
com o segmento corporal, determinando a fratura 
Quanto à presença de fator predisponente da fratura 
o Patológica. Em decorrência do enfraquecimento da 
estrutura óssea, por uma doença preexistente, tal como 
tumor, infecção, etc. 
o Traumática. Produzida por agente contundente que 
atua por trauma direto ou indireto 
Quanto à localização no sentido longitudinal do osso 
o Epifisária. A fratura ocorre ao nível da epífise e 
frequentemente atinge a articulação. É de prognóstico 
reservado, tende a evoluir com rigidez, necessitando de 
maiores cuidados, entre estes, da fisioterapia. 
o Fisária. A fratura atinge a cartilagem de crescimento e 
pode estar as sociada à fratura da epífise ou metáfise, 
como também a sequelas pela lesão do fise. 
o Metafisária. Atinge a região metafisária do osso. 
o Diafisária. Localiza-se na diáfise 
 
Quanto à solução de continuidade do osso 
o Completa. Quando o traço de fratura atinge as duas 
corticais, envolvendo toda a estrutura óssea 
o Incompleta. Quando o traço de fratura não secciona 
completamente o osso. Mais comum em crianças, a 
exemplo das fraturas subperiósticas ou em “galho 
verde”. 
Quanto ao tipo de desvio 
considerando a posição do fragmento distal, o desvio pode ser 
classificado em: 
o Posterior. 
o Anterior. 
o Lateral. 
o Medial. 
o Angulatório. 
o Varo. 
o Valgo 
o Retrocurvato. 
o Antecurvato. 
o Rotatório. Quando existir torção do eixo dos fragmentos 
ósseos fraturados. 
Quanto ao traço de fratura 
o Transversal. 
o Oblíqua. 
o Esquirolosa. Apresenta fragmento intermediário entre 
os segmentos ósseos fraturados. 
o Helicoidal. Quando o traço de fratura for em espiral. 
o Comutativa. Quando o foco de fratura apresentar vários 
fragmentos ósseos. 
Quadro Clinico 
Na maioria das vezes, há história clínica de traumatismo, seguida 
de alterações típicas: 
o Dor localizada. 
o Crepitação. 
o Aumento de volume localizado. 
o Impotência funcional (incapacidade de utilizar o 
membro acometido). 
o Deformidade. 
o Encurtamento. 
ESTUDO PELA IMAGEM I 
o Estudo Radiológico Permite a confirmação da hipótese 
diagnóstico e caracteriza o tipo de fratura em suas 
diferentes formas, orientando o tratamento e o 
prognóstico. Em geral, as radiografias são feitas nas 
incidências em AP e perfil. Às vezes, incidências 
especiais são realizadas. 
o Tomografia computadorizada fornece detalhes que 
podem ser relevantes na indicação e realização do 
tratamento 
o Ressonância magnética auxilia sobremaneira na 
identificação do acometimento de partes moles, a 
exemplo das lesões medulares, cauda eqüina e nervos 
espinhais. 
Tratamento 
Tem como objetivo restaurar o membro acometido o mais 
anatomicamente te possível e no menor tempo. O tratamento 
pode ser conservador ou cirúrgico e as intercorrências são 
previsíveis, pois, a traumatologia é uma especialidade de meios e 
não fins 
Tratamento conservador 
Quando não se intervém cirurgicamente. Pode, ou não, necessitar 
de redução incruenta. 
Tratamento conservador sem redução incruenta 
Quando os fragmentos fraturados se encontram em posição 
anatômica, ou aceitável, o tratamento conservador consiste 
unicamente na imobilização do membro fraturado em gesso ou 
outro dispositivo de imobilização, até sua consolidação 
Tratamento conservador com redução incruenta 
Quando os fragmentos se encontram em posição não aceitável, 
sendo possível o seu tratamento por métodos conservadores 
através de manipulação, promovendo-se a configuração e o ajuste 
dos fragmentos ósseos em posição anatômica ou dita aceitável, 
seguido, então, de imobilização. 
Tratamento cirúrgico 
Quando não for possível ou não estiver indicado o tratamento 
conservador. Intervém-se através de métodos cruentos, 
amoldando os fragmentos fraturados, causando o menor dano em 
partes moles durante o procedimento, podendo se utilizar 
material de síntese interna como fios, parafusos, placas, hastes, 
etc., ou fixadores externos. 
As fraturas expostas sempre são tratadas cirurgicamente e se 
embasam em quatro cuidados gerais: irrigação abundante 
(limpeza com soro fisiológico), desbridamento (retirada de todo 
tecido necrosado e/ou com potencial de infecção), estabilização 
(fixador externo, pela menor possibilidade de infecção) e 
antibioticoterapia. 
Apesar de todos os cuidados de assepsia e antissepsia, as 
fraturas expostas podem evoluir, entre outras complicações, para 
gangrena gasosa (riscos de amputação e da própria vida), artrite 
séptica (infecção da articulação) e osteomielite (infecção óssea)

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