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Direito Processual Penal procedimentos crininais

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1 
 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
2 
 
SUMÁRIO 
 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
3 
 
PROCEDIMENTOS CRIMINAIS: 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS: 
 
1.1. ENQUADRAMENTO TERMINOLÓGICO: 
 
A) PROCEDIMENTO: É uma sequência lógica de atos concatenados em lei e destinados 
a uma finalidade. 
 
B) PROCESSO: É um procedimento em contraditório animado pela relação jurídica 
entre os sujeitos processuais. 
 
C) AÇÃO: É um Direito público e subjetivo positivado na CF de exigir do estado-juiz 
a aplicação da lei ao caso concreto, para a solução da demanda penal. 
 
D) RITO: É a amplitude assumida por determinado procedimento. 
 
 
1.2. CLASSIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS: 
 
1.2.1. Procedimento Comum: 
Pode assumir 3 ritos diferentes. 
a) Ordinário; 
b) Sumário; e 
c) Sumaríssimo. 
 
ADVERTÊNCIA: O Rito ORDINÁRIO é empregado para suprir eventuais lacunas 
dos demais procedimentos criminais. 
 
1.2.2. Procedimentos Especiais: 
A especialidade do procedimento é definida em razão da natureza do crime ou do 
órgão jurisdicional perante o qual o procedimento é deflagrado, vejamos: 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
4 
 
a) JÚRI (Arts. 406 e seguintes); 
b) Lei de Drogas (Lei 11.343/06); 
c) Crimes de responsabilidade dos funcionários públicos (Arts. 513 – 518, CPP); 
d) Ações originárias em Tribunal (Lei 8.038/90); 
e) Crimes contra a propriedade imaterial que deixam vestígios (Arts. 524 – 530-I, CPP); 
f) Crimes contra a honra (Arts. 519 – 523, CPP). 
 
 
1.3. ESCOLHA DO RITO NO PROCEDIMENTO COMUM: 
O critério definidor é quantitativo. 
 
A) RITO ORDINÁRIO: 
Para os crimes com pena máxima igual ou superior a 4 anos. 
 
B) RITO SUMÁRIO: 
Aplicado aos crimes com pena máxima inferior a 4 anos. 
 
C) RITO SUMARÍSSIMO: 
Aplicado aos crimes de menor potencial ofensivo (pena máxima de até 2 anos) e 
contravenções penais, independentemente da quantidade de pena da contravenção. 
 
 
OBS1: O Rito sumário eventualmente acomoda infrações de menor potencial ofensivo 
que não possam tramitar no juizado. É o que ocorre por inexistir citação por edital no juizado 
ou quando a complexidade do fato impede a oferta oral da denúncia no juizado. 
 
ADVERTÊNCIA: Vale lembrar que a Lei dos Juizados é INAPLICÁVEL NA VIOLÊNCIA 
DOMÉSTICA (Art. 41 da Lei 11.340/06). 
 
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra 
a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 
9.099, de 26 de setembro de 1995. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
5 
 
 
Logo, infrações de menor potencial ofensivo no contexto da violência doméstica 
devem seguir o RITO SUMÁRIO. 
 
OBS2: CONCURSO MATERIAL: Devemos somar as penas máximas na definição do 
Rito. 
 
OBS3: CAUSA DE AUMENTO DE PENA: Devemos SOMAR a pena máxima com a 
fração máxima incidente sobre ela. 
 
OBS4: CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA: Devemos reduzir a pena máxima da fração 
mínima incidente sobre ela. 
 
OBS5: ESTATUTO DO IDOSO: Os crimes com pena máxima de até 4 anos seguem 
o rito SUMARÍSSIMO com o objetivo de trazer celeridade na persecução penal. 
Conclusão1: O Estatuto do idoso não promoveu a redefinição do conceito de menor 
potencial ofensivo. 
 
Conclusão2: Nos crimes contra o idoso com pena de até 2 anos, aplicamos a lei dos 
juizados na sua integralidade. 
 
Conclusão3: Se o crime contra o idoso tem pena de até 4 anos, o rito sumaríssimo é 
aplicado para imprimir celeridade na prestação jurisdicional. Assim, sendo superior a 2 e até 4 
anos se aplicará o sumaríssimo, mas não caberá transação penal. O entendimento do STF é no 
sentido de que o dispositivo legal do Estatuto (Art. 94) deve ser interpretado em favor do seu 
específico destinatário e não de quem lhe viole os direitos. 
 
 
2. ESTRUTURA DO PROCEDIMENTO COMUM DE RITO ORDINÁRIO: 
O procedimento comum está tripartido em sua estrutura. 
 
2.1. 1ª ETAPA – FASE POSTULATÓRIA: 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
6 
 
Temos aqui alguns passos: 
 
a) 1º PASSO: Oferta da inicial acusatória, seja ela a denúncia (ação pública) ou a 
queixa (ação privada). 
 
OBS1: Os requisitos formais da inicial acusatória estão no Art. 41 do CPP. 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com 
todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou 
esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime 
e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
 
Devemos atentar que o dispositivo ordena a apresentação do rol de testemunhas. 
 
OBS2: Para a doutrina majoritária, caso a acusação não aponte as suas testemunhas, 
haverá preclusão. 
Todavia, o STJ já considerou a apresentação do rol a destempo, desde que antes 
de formada a relação processual. 
 
ATENÇÃO: Para a defesa não existe nenhuma previsão jurisprudencial nesse sentido, devendo-
se seguir o que diz o texto da lei. 
 
OBS3: No procedimento comum ordinário podem ser arroladas até 8 testemunhas 
para cada fato criminoso imputado. 
 
 
b) 2º PASSO: Realização do juízo de admissibilidade: 
Aqui, o juízo será realizado pelo juiz das garantias (lembrando que está suspenso). 
 
b.1) JUÍZO NEGATIVO: Nesse caso, a inicial será rejeitada. 
Rejeição: É o ato do juiz (das garantias) que nega início ao processo já que a inicial não 
atendeu aos correspondentes requisitos legais. 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
7 
 
Hipóteses de rejeição: elas estão catalogadas no Art. 395 do CPP: 
 
I) Inépcia: O CPP não conceitua o que é inépcia. Conforme o STF, é um defeito 
formal grave na inicial e que normalmente compromete a narrativa dos fatos. 
Conclusão: Tal fenômeno é rotulado de CRIPTOIMPUTAÇÃO. 
 
II) Ausência de condição da ação ou de pressuposto processual: Aqui não 
importa como está o tema no âmbito processual civil, pois o CPP trouxe as 
condições. A doutrina no processo penal já vem defendendo a criação de 
condições próprias do processo penal (cite-se o professor AURY LOPES JR). 
 
III) Por ausência de Justa Causa: Trata-se do lastro probatório mínimo que dá 
sustentação à inicial. Cite-se, todavia, que o professor AFRÂNIO SILVA JARDIM 
escreveu ensaio mudando a definição da justa causa. 
 
Conclusão: Para a doutrina majoritária, a falta de justa causa revela a 
ausência de lastro probatório mínimo dando sustentação a inicial acusatória, 
caracterizando a demanda como temerária. 
 
Sistema Recursal: 
i) REGRA GERAL: A decisão é desafiada por recurso em sentido estrito (Art. 
581, I, CPP); 
ii) EXCEÇÃO: No JUIZADO ESPECIAL, a rejeição da inicial é desafiada por 
apelação (Art. 82, Lei 9.099/95). 
 
 
Questões complementares: 
1) De acordo com a súmula 707 do STF, deve o juiz intimar a defesa para apresentar 
contrarrazões ao recurso, sob pena de NULIDADE. A omissão do juiz não é suprida 
pela mera nomeação de advogado dativo. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
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Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer 
contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a 
suprindo a nomeação de defensor dativo. 
 
2) De acordo com a súmula 709 do STF, o provimento do recurso autoriza que o 
tribunal receba a inicial. Todavia, caso o tribunal declare a nulidade da decisão de 
rejeição, devolverá os autos para que o juiz de primeiro grau profira uma nova decisão. 
Salvo quando nula a decisão de primeiro grau, o acórdão que provê o 
recurso contra a rejeição da denúncia vale, desde logo, pelo recebimento 
dela. 
 
 
b.2) JUÍZO POSITIVO: Nesse caso, a inicial será recebida. 
Recebimento: É o ato do juiz que demarca o início do processo, já que a inicial atende 
aos correspondentesrequisitos legais. Haverá aqui uma análise inversa (a contrario sensu) do 
Art. 395 do CPP. 
 
Conclusão: Promoveremos uma análise inversa do Art. 395, CPP. 
 
Consequências jurídicas do recebimento: 
i) Início do processo; 
ii) O sujeito vira réu; 
iii) Interrupção da prescrição (Art. 117, I, CP); 
iv) Fixação da prevenção (Art. 83, CPP). 
 
Natureza jurídica do recebimento: 
1ª Posição: A doutrina majoritária entende que o ato é promovido por meio de decisão 
interlocutória simples, exigindo-se a correspondente motivação, na valoração inversa do Art. 
395 do CPP. 
 
2ª Posição: Para os tribunais superiores, o ato é formulado por meio de DESPACHO, 
dispensando-se a motivação. 
Conclusão: Para tal corrente, admitimos o recebimento implícito da inicial. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
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Sistema Recursal: 
Aqui, não temos previsão de cabimento de RESE. Atenção, portanto. 
O ato é irrecorrível por ausência de previsão no Art. 581, CPP. 
Conclusão: A defesa poderá impetrar um HC com o objetivo de trancar o processo (Art. 
648, I, CPP). 
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se 
achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade 
de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar. 
 
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: 
I - quando não houver justa causa; 
 
 
Competência: 
Atenção para a novidade do Pacote Anticrime. 
Caberá ao juiz das garantias o juízo de admissibilidade da inicial (Art. 3º-B, XIV, CPP). 
 
 
c) 3º PASSO: Realização da citação: 
 
c.1) Conceito: É o ato de comunicação processual que informa ao réu sobre o início do 
processo e o convoca a apresentar defesa. 
 
OBS1: Intimação X Notificação: Para a comunicação de todos os demais atos da 
persecução, teremos a intimação ou a notificação. 
Conclusão1: O CPP não promove distinção entre os institutos (intimação e notificação). 
Conclusão2: para a doutrina, entretanto, a intimação envolve ato pretérito (intimar 
de...). Já a notificação é para que o sujeito faça algo (notificação para...). 
 
OBS2: De acordo com o Art. 363 do CPP, o processo terá concretizada a sua formação 
com a implementação da citação. 
Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada 
a citação do acusado. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
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OBS3: Quando a citação é viciada, o reconhecimento do vício é rotulado de 
CIRCUNDUÇÃO. 
Conclusão: De acordo com o Art. 564, III, “e”, 1ª parte, CPP, o vício na citação é fato 
gerador de NULIDADE ABSOLUTA. TODAVIA, admitimos a convalidação se a defesa 
comparecer oportunamente e implementar o ato pretendido (Art. 570, CPP). 
Art. 570. A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação 
estará sanada, desde que o interessado compareça, antes de o ato 
consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de argüi-la. O 
juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando 
reconhecer que a irregularidade poderá prejudicar direito da parte. 
 
c.2) Modalidades de Citação: 
 
1) CITAÇÃO PESSOAL; 
2) CITAÇÃO POR EDITAL; 
3) CITAÇÃO POR HORA CERTA. 
 
ADVERTÊNCIA1: Inexiste previsão legal de citação por e-mail ou por AR (correios) na esfera 
penal. 
 
ADVERTÊNCIA2: O STJ indicou a possibilidade de citação eletrônica desde que devidamente 
identificada a linha, a titularidade das correspondentes mensagens e a leitura. 
 
 
Vejamos agora as modalidades de citação: 
 
c.3) CITAÇÃO PESSOAL (REAL): 
 
Conceito: Implementada por meio de oficial de justiça, que promove a leitura do 
mandado, entregando ao réu uma cópia. 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
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Situações Especiais: 
i) Pessoa Jurídica: Ela é citada por meio do correspondente representante 
legal. 
 
ii) Inimputável: Ele será citado por meio do curador. 
 
Requisitos da implementação da citação: 
 
1) Requisitos Extrínsecos: Eles refletem o próprio procedimento para a 
implementação da citação (Art. 357, CPP). 
Art. 357. São requisitos da citação por mandado: 
I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na 
qual se mencionarão dia e hora da citação; 
II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua 
aceitação ou recusa. 
 
 
2) Requisitos Intrínsecos: Eles dizem respeito à elaboração do mandado de 
citação (Art. 352, CPP). 
Art. 352. O mandado de citação indicará: 
I - o nome do juiz; 
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; 
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais 
característicos; 
IV - a residência do réu, se for conhecida; 
V - o fim para que é feita a citação; 
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; 
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. 
 
 
Citação do Militar: 
O militar é citado por meio do superior, prestigiando a hierarquia militar e o princípio 
da inviolabilidade do quartel. 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
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Citação do funcionário público civil: 
Haverá a citação pessoal. Todavia, o chefe da repartição será informado para que possa 
adotar as medidas necessárias por eventual falta do funcionário público. 
 
Citação do RÉU PRESO: 
De acordo com o Art. 360 do CPP, o réu preso é citado pessoalmente e não por meio do 
diretor do estabelecimento prisional. 
 
ADVERTÊNCIA: De acordo com a súmula 351 do STF, se o réu está preso na mesma unidade 
federativa onde tramita o processo e foi citado por edital, haverá NULIDADE. 
É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da federação 
em que o juiz exerce a sua jurisdição. 
 
Conclusão1: Se o réu está preso em outra unidade federativa e tal elemento é de 
conhecimento do juiz, haverá carta precatória para viabilizar a citação pessoal. 
Conclusão2: Se o réu está preso em outra unidade federativa e o juiz desconhece, de 
forma que foi citado por edital, inexiste nulidade (STJ, HC 162.339). 
 
 
c.4) CITAÇÃO POR EDITAL (FICTA): 
Aqui não há má-fé do réu. Ele não está se ocultando. 
Ela é promovida por publicação na imprensa ou no átrio do Fórum, pois o sujeito não foi 
localizado para ser citado pessoalmente. 
 
OBS1: Inexiste má-fé do réu. 
 
OBS2: INEXISTE CITAÇÃO POR EDITAL NO JUIZADO ESPECIAL. 
 
OBS3: Prazo do edital: 15 dias (Art. 361, CPP). 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
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Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo 
de 15 (quinze) dias. 
 
 
c.5) CITAÇÃO POR HORA CERTA (FICTA): 
 
Conceito: Evidenciamos a MÁ-FÉ do réu, que está se escondendo para não ser citado 
pessoalmente (Art. 362, CPP). 
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de 
justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na 
forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro 
de 1973 - Código de Processo Civil. 
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não 
comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo. 
 
 
Procedimento: 
É o mesmo adotado no CPC. 
 
d) 4º PASSO: Apresentação da resposta a acusação: 
 
Conceito: 
 É a peça defensiva que resistirá aos termos da inicial, alimentando a esperança de que 
o réu seja absolvido do processo, dispensando-se a audiência de instrução, debates e 
julgamento. 
 
Embasamento normativo: 
Arts. 396 e 396-A 
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia 
ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará 
a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no 
prazo de 10 (dez) dias. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art227
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art227
Material elaboradopor Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
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Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa 
começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado 
ou do defensor constituído. 
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e 
alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e 
justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, 
qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. 
§ 1º A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 
95 a 112 deste Código. 
§ 2º Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, 
não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, 
concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. 
 
 
Capacidade postulatória: 
A peça é privativa de advogado, sob pena de nulidade absoluta por ausência de defesa 
técnica (Súmula 523 do STF). 
No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, 
mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo 
para o réu. 
Prazo: 
Cuidado para não confundir com o sistema do processo civil (data de juntada). No 
processo penal, não temos a formalidade da juntada como marco de contagem. 
O prazo será de 10 dias contados da citação, pouco importando a data de juntada 
aos autos do mandado cumprido. 
 
OBS1: O prazo é processual, de forma que o primeiro dia é excluído e o ultimo é 
computado (Art. 798, CPP). 
Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e 
peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. 
 
OBS2: O prazo começa do primeiro dia útil subsequente à realização da citação. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art95
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art95
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
@materiasdedireito.doc 
15 
 
OBS3: Se o prazo acabar em final de semana ou feriado, será prorrogado ao 1º 
dia útil subsequente. 
 
OBS4: Teremos dias corridos, ao contrário do CPC. 
 
Conteúdo: 
A defesa poderá apresentar: 
 
a) Preliminares: Teses de nulidade do processo. 
b) Teses de mérito que justifiquem a absolvição sumária (Art. 397, CPP). 
c) Pelo princípio da eventualidade, a defesa vai protestar por todas as provas 
pertinentes, arrolando, sob pena de preclusão, as suas testemunhas (Até 8 para 
cada crime imputado). 
 
ADVERTÊNCIA: As exceções (Art. 95, CPP) podem ser apresentadas em peça separada, pois 
deflagram um procedimento incidental. 
 
Obrigatoriedade: 
A peça é obrigatória. A lei exige que a resposta seja apresentada. 
Todavia, as consequências da não apresentação da peça dependem da 
modalidade de citação implementada, vejamos: 
 
1) Citação Pessoal: Se a resposta à acusação não for apresentada, cabe ao juiz 
declarar a revelia, nomeando advogado dativo para apresentar a peça, 
devolvendo o prazo de 10 dias. 
Conclusão: O réu revel não mais será intimado pessoalmente para os atos 
subsequentes do processo, salvo a sentença. Todavia, o advogado será intimado 
normalmente pelos meios legais. 
 
2) Citação por hora certa: As consequências da não apresentação da resposta à 
acusação são as mesmas da citação pessoal. 
 
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
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3) Citação por EDITAL: Diante da não apresentação da resposta à acusação, cabe 
ao juiz suspender o processo e a prescrição (Art. 366, CPP). 
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir 
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo 
prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das 
provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, 
nos termos do disposto no art. 312. 
 
OBS1: A preventiva só poderá ser decretada se estiverem presentes os 
requisitos do Art. 312 do CPP. 
 
OBS2: PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS: De acordo com a Súmula 
455 do STJ, o mero decurso do tempo não autoriza a produção antecipada quando o 
processo estiver suspenso por força do Art. 366 do CPP. 
A decisão que determina a produção antecipada de provas com 
base no art. 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, 
não a justificando unicamente o mero decurso do tempo. 
ADVERTÊNCIA: Nada impede que sejam antecipadamente produzidas provas na 
iminência de perecimento, pressupondo deliberação judicial motivada. 
 
OBS3: SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO: O prazo prescricional ficará suspenso 
tomando como referência o Art. 109 do CP, que orienta todos os prazos de 
prescrição (Súmula 415 do STJ; STF e doutrina majoritária). 
O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo 
máximo da pena cominada. 
 
ADVERTÊNCIA: Percebe-se que a resposta à acusação é uma CONDIÇÃO DE 
PROSSEGUIBILIDADE, pois sem ela o processo não pode prosseguir. 
 
 
2.2. 2ª ETAPA – FASE INTERMEDIÁRIA / FASE DO JULGAMENTO ANTECIPADO DO 
MÉRITO / DECISÃO DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA: 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art312.
Material elaborado por Genesis da Silva Honorato 
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1) CONCEITO: 
É a sentença que julga antecipadamente o mérito da causa reconhecendo a inocência do 
réu, dispensando a realização da audiência de instrução, debates e julgamento. 
 
2) HIPÓTESES (Art. 397, CPP): 
Todas elas exigem juízo de certeza, vejamos: 
 
a) Excludente de tipicidade; 
b) Excludente de ilicitude; 
c) Excludente de culpabilidade; 
ADVERTÊNCIA: A inimputabilidade não autoriza a absolvição sumária no 
procedimento comum, pois anteciparia a imposição de medida de segurança, o 
que não é favorável ao réu (Art. 397, II, CPP). 
 
d) Extinção da punibilidade. 
OBS1: Percebe-se atecnia do legislador, afinal, extinção da punibilidade é 
matéria de ordem pública, podendo ser declarada a qualquer tempo (Art. 61, CPP) e não 
se confundindo com o decreto absolutório. 
 
OBS2: A doutrina defende a interpretação extensiva do Art. 397 do CPP, para 
incluir a negativa de autoria e a inexistência do fato. 
 
3) SISTEMA RECURSAL: 
A sentença de absolvição sumária é desafiada por apelação (Art. 593, I). 
Conclusão1: Tal apelo não tem efeito suspensivo. Logo, o réu preso será 
imediatamente libertado. 
 
Conclusão2: De acordo com a Súmula 604 do STJ, o MP não pode impetrar MS para 
obter efeito suspensivo que não foi conferido por lei ao recurso. 
 O mandado de segurança não se presta para atribuir efeito 
suspensivo a recurso criminal interposto pelo Ministério Público. 
 
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OBS: Se o juiz não absolver o réu sumariamente, deverá marcar a audiência de 
instrução e julgamento. 
 
ADVERTÊNCIA: O ato é irrecorrível por ausência de previsão legal. Todavia, a defesa 
poderá impetrar HC (ação autônoma) com o objetivo de trancar o processo. 
 
 
2.3. 3ª ETAPA – FASE DE INSTRUÇÃO, DEBATES E JULGAMENTO: 
Teremos aqui audiência una para instruir, debater e julgar a causa. 
 
OBS1: A audiência não precisa ser exaurida em um só dia. 
 
OBS2: PRAZO: 60 dias, pouco importa se o réu está preso ou solto. 
Conclusão1: O prazo é impróprio. 
Conclusão2: Em que pese a omissão da lei quanto ao marco inicial, a doutrina 
defende que o prazo é contado do recebimento da denúncia ou da queixa-crime. 
 
OBS3: ORGANIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA: 
 
I) INSTRUÇÃO (PRODUÇÃO PROBATÓRIA): 
 
a) Oitiva da vítima: É o primeiro ato instrutório. 
OBS1: A ausência injustificada do ofendido autoriza a condução coercitiva. 
OBS2: Nos crimes de ação privada, a ausência injustificada provoca perempção, 
ocasionando a extinção da punibilidade (Art. 60, III, CPP c/c Art. 107, IV do 
CP). 
OBS3: O teor das declarações será analisado diante do conjunto probatório. 
ADVERTÊNCIA: Para o STJ, as declaraçõesdo ofendido podem lastrear eventual 
condenação, notadamente nos crimes de pouca visibilidade. 
 
 
 
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b) Oitiva das testemunhas: 
OBS1: A inversão da ordem ocasiona NULIDADE RELATIVA, exigindo 
demonstração de prejuízo (STF). 
OBS2: primeiro as perguntas são formuladas por quem arrolou as testemunhas. 
Em seguida, pela parte contrária (cross examination). Ao final, o magistrado 
pode formular indagações complementares. 
ADVERTÊNCIA: As perguntas são formuladas diretamente e não por meio 
do juiz presidente. 
 
 
c) Interpelação do perito e do assistente técnico: 
OBS1: As partes podem requerer ao juiz a correspondente convocação (Art. 159, 
§5º, I, CPP). 
§ 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto 
à perícia: 
I – Requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para 
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos 
ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com 
antecedência mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas 
em laudo complementar; 
 
OBS2: O perito deve ser intimado com antecedência mínima de 10 dias, podendo 
apresentar laudo complementar. 
 
d) Acareações: 
OBS1: Podem ser acareados todos aqueles que prestaram algum depoimento 
relevante e divergente. Perceba que não temos limitação nesse sentido. 
 
 
e) Reconhecimento de pessoas e objetos: 
OBS1: Adotamos o reconhecimento simultâneo, afinal, a pessoa a ser reconhecida 
será colocada, quando possível, ao lado de outras com características similares. 
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OBS2: Quando mais de um sujeito cai realizar o reconhecimento, a atuação é 
necessariamente SEPARADA. 
OBS3: O reconhecimento fotográfico é visto como prova inominada. Todavia, o 
pressuposto de validade é o atendimento ao procedimento do reconhecimento 
pessoal. 
 
f) Interrogatório do réu: (último ato da instrução) 
OBS1: Com a atual redação do Art. 400 do CPP, o interrogatório é o último ato 
da instrução, prestigiando a ampla defesa. 
OBS2: Tal entendimento interfere na legislação especial, mesmo com 
disposição em sentido contrário, a exemplo das ações originárias em tribunal (Lei 
9.038/90), Lei de Drogas e CPPM. 
 
OBS3: De acordo com o STF, quando o interrogatório é antecipado, temos 
NULIDADE RELATIVA, leia-se, pressupomos demonstração de prejuízo. 
 
 
II) DEBATES ORAIS: 
A reforma do CPP introduziu a oralidade como regra. 
 
OBS1: A reforma de 2008 prestigiou o princípio da oralidade, com as alegações finais 
orais. 
OBS2: DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL: 
a) Acusação: Em 20 minutos, prorrogáveis por mais 10. 
Advertência: O assistente de acusação fala logo após o MP, dispondo de 10 
minutos improrrogáveis. 
 
b) Defesa: Em 20 minutos, prorrogáveis por mais 10. 
Advertência: Quando o assistente utiliza o tempo disponível, a defesa terá outros 
10 minutos. 
 
 
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III) SENTENÇA: 
 
OBS1: A sentença pode ser condenatória (Art. 387, CPP) ou absolutória (Art. 386, CPP). 
Conclusão: Vale lembrar que a certeza da inocência ou a dúvida da culpa (debilidade 
probatória) autorizam a absolvição. 
 
OBS2: Se o juiz não decidir em audiência, terá 10 dias com prorrogação por mais 10 
dias. 
 
3. QUESTÕES COMPLEMENTARES: 
 
a) Princípio da Oralidade: 
Importante destacar que deste princípio decorrem 3 outros. 
Usualmente prepondera a palavra falada, de forma que encontramos 3 outros princípios 
decorrentes, vejamos: 
 
I) Princípio da concentração: Os atos instrutórios estão reunidos em audiência 
uma. 
II) Princípio da imediatidade: Os atos instrutórios serão produzidos perante o 
juiz. 
III) Princípio da identidade física do juiz: O magistrado que presidir a 
instrução deverá julgar a causa (Art. 399, §2º, CPP). 
 
ADVERTÊNCIA: A identidade física vem sofrendo inúmeras mitigações diante das 
contingências do caso concreto. 
 
 
b) Mitigação ao princípio da oralidade: 
De acordo com o §3º do Art. 403 e de acordo com o Art. 404, CPP, os debates orais 
podem ser substituídos por memoriais nas seguintes hipóteses: 
 
 
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I) Complexidade da causa; 
II) Pluralidade de réus; 
III) Surgimento da necessidade de prova complementar em razão da instrução. 
 
ATENÇÃO: MERA IRREGULARIDADE: 
O STJ admite a substituição fora das hipóteses legais, caracterizando mera 
irregularidade. Ou seja, temos vício de menor importância, não havendo nulidade no processo. 
 
OBS: ESTRUTURA DO PROCEDIMENTO: 
i) O juiz vai sobrestar a audiência logo após o interrogatório do réu; 
ii) O juiz vai intimar a acusação para apresentar memoriais, tendo o prazo de 5 
dias; 
iii) O juiz vai intimar a defesa para formulação de memoriais, dispondo do prazo 
de 5 dias; 
iv) Os autos serão conclusos ao juiz para proferir sentença no prazo de 10 dias 
com prorrogação por mais 10 dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROCEDIMENTO DO JÚRI: 
4. CONSIDERAÇÕES INICIAIS: 
 
4.1. EVOLUÇÃO NO BRASIL: 
 
a) 1º Momento: O júri surge em 1822 para apreciar os crimes praticados pela 
imprensa. 
 
b) 2º Momento: Em 1824 o júri foi expressamente contemplado na Constituição 
Imperial. 
 
c) 3º Momento: Durante a fase republicana, o juro foi contemplado em todas as 
Constituições, salvo a de 1937, em pleno Estado Novo. 
 
d) 4º Momento: Atualmente o júri foi contemplado no Art. 5º, XXXVIII da CF, 
tendo o status de cláusula pétrea. 
 
Conclusão1: O júri é um direito fundamental de participação popular na 
administração da justiça. 
 
Conclusão2: O júri é garantia fundamental de julgamento por pessoas comuns do povo, 
ao praticarmos crime doloso contra a vida. 
 
Conclusão3: Em que pese a posição topográfica, é pacífico que o júri integra o poder 
judiciário, dentro da justiça estadual ou federal. 
 
 
4.2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONIAIS ESPECIALIZANTES: 
 
1) PLENITUDE DE DEFESA: 
Atenção para este princípio, pois recentes decisões que o impactaram. 
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Além dos argumentos técnicos, podem ser empregados elementos metajurídicos, afinal, 
o jurado é um juiz leigo. 
 
OBS1: No júri tem relevo a figura do laudador, que é a pessoa que vai depor sobre o 
histórico de vida do sujeito (testemunha de beatificação). 
 
OBS2: O STF consignou que haverá NULIDADE quando é invocada a legitima defesa da 
honra para justificar o feminicídio, criando um grande entrave na abrangência da plena defesa. 
 
 
2) PRINCÍPIO DO SIGILO DAS VOTAÇÕES: 
O sigilo deve ser interpretado na questão ambiental e procedimental. 
 
OBS1: Os jurados votam os quesitos em sala especial, para que não ocorra qualquer tipo 
de ingerência externa. 
 
OBS2: Os jurados votam os quesitos de forma impessoal, já que o voto não é 
identificado. 
 
Conclusão: Atualmente, está vedada a unanimidade. Logo, com 4 votos em 
determinado sentido, o quesito estará devidamente julgado. 
 
 
3) PRINCÍPIO DA SOBERANIA DOS VEREDICTOS: 
O mérito da decisão dos jurados deve ser respeitado pelos demais órgãos do poder 
judiciário. 
 
OBS: MITIGAÇÕES: 
i) Julgando revisão criminal, o tribunal poderá absolver aquele que foi 
injustamente condenado pelo júri em sentença com trânsito em julgado. 
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ii) Julgando o recurso de apelação, o tribunal pode cassar o julgamento quando 
os jurados decidirem de forma manifestamente contrária a prova dos autos. 
Em tal hipótese, o réu será levado a um novo júri com outros jurados. 
 
 
4) PRINCÍPIODA COMPETÊNCIA MÍNIMA PARA JULGAMENTO DOS CRIMES 
DOLOSOS CONTRA A VIDA, TENTADOS OU CONSUMADOS: 
 
OBS1: Os crimes dolosos contra a vida estão catalogados nos Arts. 121 a 128 do CP. 
 
OBS2: Além dos crimes dolosos contra a vida, o júri pode julgar as demais infrações 
comuns interligadas por conexão ou continência. 
 
OBS3: O júri pode atrair infrações de menor potencial ofensivo interligadas, respeitando-
se a aplicação da composição civil e da transação penal. 
 
OBS4: A existência de morte não necessariamente imprime o status de crime doloso 
contra a vida. É o que ocorre com o latrocínio, que é crime patrimonial (SÚMULA 603, STF). 
A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do 
juiz singular e não do tribunal do júri. 
 
5. CARACTERÍSTICAS DO JÚRI: 
 
1) Tribunal Heterogêneo: 
O tribunal é composto por um juiz togado e 25 juízes leigos. 
OBS1: Dos jurados presentes, serão sorteados 7 para integrar o conselho de sentença. 
 
OBS2: CLASSIFICAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS EM RAZÃO DO ÓRGÃO 
PROLATOR: 
i) Decisão subjetivamente simples: é aquela proferida por um órgão 
monocrático. 
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ii) Decisão Subjetivamente plúrima: é aquela proferida por um órgão 
colegiado homogêneo. Exemplo: Câmara de TJ. 
iii) Decisão subjetivamente complexa: é aquela proferida por órgão colegiado 
heterogêneo. Exemplo: Júri. 
 
2) Tribunal Horizontal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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JURISPRUDÊNCIA CORRELATA 
 
 
 
 
 
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LEGISLAÇÃO CORRELATA 
 
 
	1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
	1.1. ENQUADRAMENTO TERMINOLÓGICO:
	1.2. CLASSIFICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS:
	1.2.1. Procedimento Comum:
	1.2.2. Procedimentos Especiais:
	1.3. ESCOLHA DO RITO NO PROCEDIMENTO COMUM:
	2. ESTRUTURA DO PROCEDIMENTO COMUM DE RITO ORDINÁRIO:
	2.1. 1ª ETAPA – FASE POSTULATÓRIA:
	2.2. 2ª ETAPA – FASE INTERMEDIÁRIA / FASE DO JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO / DECISÃO DE ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA:
	2.3. 3ª ETAPA – FASE DE INSTRUÇÃO, DEBATES E JULGAMENTO:
	3. QUESTÕES COMPLEMENTARES:
	4. CONSIDERAÇÕES INICIAIS:
	4.1. EVOLUÇÃO NO BRASIL:
	4.2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONIAIS ESPECIALIZANTES:
	5. CARACTERÍSTICAS DO JÚRI:
	JURISPRUDÊNCIA CORRELATA
	LEGISLAÇÃO CORRELATA

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