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SAÚDE MENTAL

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Ana de Luca
SEMIOLOGIA PSICOPATOLÓGICA
Sinais e sintomas
Clusters (agrupamentos): mais ou menos frequentes. Definem, 
portanto, as síndromes. 
Entidades nosológicas, doenças ou transtornos específicos 
(como esquizofrenia, doença de Alzheimer, anorexia nervosa, 
etc). São fenômenos mórbidos nos quais se pode identificar (ou 
pelo menos presumir) certas causas, ou fatores casuais 
(etiologia), o curso relativamente homogêneo, certos padrões 
evolutivos e estados terminais. 
Entrevista ! principal ferramenta
A anamnese, ou seja, histórico de sinais e sintomas que o 
indivíduo apresenta ao longo de sua vida, seus antecedentes 
pessoais e familiares, assim como de sua família e meio social. 
O exame psíquico, também chamado de exame do estado 
mental atual.
Avaliação física: pacientes com transtornos mentais graves em 
geral são negligênciados expectativa de vida reduzida em 15 a 20 
anos. 
• Variáveis do paciente.
• Contexto institucional → emergência, ambulatório (avaliação 
longitudinal,…), psicoterapia.
• Objetivos da entrevista.
• Personalidade do entrevistador.
Evitar:
• Posturas rígidas.
• Atitude excessivamente neutra ou fria.
• Reações exageradamente emotivas.
• Julgamentos.
• Reações emocionais intensas de pena ou compaixão.
• Responder com hostilidade ou agressão.
• Entrevistas excessivamente prolixas.
• Fazer muitas anotações.
Exame psíquico:
• Aspecto geral e comunicação não verbal: cuidado pessoal, 
higiene, trajes, postura, mímica, atitude global do paciente.
• Nível de consciência.
• Orientação alo e autopsíquica.
• Atenção.
• Memória (fixação e evocação).
• Sensopercepção.
• Pensamento (curso, forma e conteúdo).
• Linguagem.
• Inteligência.
• Juízo de realidade (presença de delírios, ideias prevalentes, 
etc.)
• Vida afetiva (estado de humor basal, emoções e sentimentos 
predominantes).
• Volição.
• Psicomotricidade.
• Consciência e valoração do Eu.
• Vivência do tempo e do espaço.
• Personalidade.
• Descrever sentimentos contratransferenciais.
• Crítica em relação a sintomas e insight.
• Desejo de ajuda.
Apresentação e atitude: 
Apresentação:
• Cuidado pessoal, higiene, trajes, postura, mímica, 
• Atitude global do paciente: colaborativo, pouco colaborativo, 
dissimulado, simulado.
Nível de consciência 
Estado total de alerta: Consciente.
Níveis de redução da consciência: 
I. 1º Obnubilação: turvação da consciência ou sonolência 
patológica leve.
II. 2º Torpor: é um grau mais acentuado de rebaixamento da 
consciência. O paciente está evidentemente sonolento.
III. 3º Sopor: marcante e profunda turvação da consciência, de 
sonolência intensa, da qual o indivíduo pode ser despertado 
apenas por um tempo muito curto, por estímulos muito 
enérgicos.
IV. 4º Coma: perda completa da consciência, o grau mais 
profundo de rebaixamento de seu nível. Não é possível 
qualquer atividade voluntária consciente.
Alterações qualitativas de consciência: 
• Estados crepusculares: relativa conservação da atividade 
motora coordenada, estreitamento transitório do campo da 
consciência, surge de forma abrupta, amnésia lacunar.
• Estado segundo: atividade psicomotora coordenada, mas 
permanece estranha à personalidade do sujeito acometido
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana de Luca
• Dissociação da consciência: fragmentação/divisão do campo 
da consciência. Afeta também a memória, a percepção, a 
identidade e o controle motor.
• Transe: Estado de alteração qualitativa da consciência que se 
assemelha a sonhar acordado.
• Perplexidade patológica: estranheza inquietante, perda de 
uma sensação de naturalidade.
Doenças físicas mais frequentes são 
• Diabetes tipo II e resistência à insulina, dislipidemia, doenças 
cardiovasculares (HAS, arritmias cardíacas), obesidade.
• Neoplasias malignas.
• HIV/aids, hepatite C.
• Osteoporose, hiperprolactinemia.
• Tabagismo, uso de álcool e de outras substâncias.
• Efeitos colaterais dos psicofármacos.
Exames complementares
• Hemograma completo.
• Glicemia de jejum.
• Perfil lipídico (Triglicérides + Colesterol).
• Eletrólitos (Na, K, Ca total, Cai).
• Uréia e Creatina.
• Bilirrubinas.
• Enzimas hepáticas (TGO, TGP, FA, GGT).
• TSH + T4L.
• Teste de gravidez.
• Prolactina.
• Coagulograma. 
• Vitaminas B12 e D. 
Exame de imagem do encéfalo: 
• RNM ou TC sem contraste.
• Eletrocardiograma de repouso com D II Longo.
• Sorologias: HIV, Sífilis, Hepatite B e C, sempre avisar e solicitar 
o consentimento do paciente. 
Atenção
• Voluntária: concentração ativa e intencional. 
• Espontânea: incidental, interesse momentâneo.
• Voltada a processos internos (Interna) ou externos (externa)
• Focal ou dispersa.
• Tenacidade: capacidade do indivíduo de fixar e manter sua 
atenção sobre determinado estímulo.
• Vigilância aspecto da atenção relacionado a mudança de foco 
(Hipervigil, hipovigil).
Orientação
Orientação autopsíquica: é aquela do indivíduo em relação a si 
mesmo. Revela se o sujeito sabe quem é: seu nome, idade, 
profissão, estado civil, com quem mora, etc.
Orientação alopsíquica diz respeito à capacidade de orientar-se 
em relação ao mundo, quanto ao espaço (orientação espacial ou 
topográfica) e quanto ao tempo (orientação temporal).
Senso percepção e suas alterações
• Sensação: fenômeno passivo.
• Percepção: fenômeno ativo.
• A imagem (real) sensoperceptiva se caracteriza:
• Nitidez.
• Corporeidade. 
• Estabilidade.
• Extrojeção.
• Ininfluenciabilidade voluntária. 
• Completude.
Representação é a reapresentação de uma imagem na 
consciência, sem a presença real, externa, do objeto que, em um 
primeiro momento, gerou uma imagem sensorial. Se caracteriza 
por:
• Pouca nitidez.
• Pouca corporeidade. 
• Instabilidade.
• Introjeção. 
• Incompletude. 
A imaginação é uma atividade psíquica, geralmente voluntária, 
que consiste na evocação de imagens percebidas no passado 
(imagem mnêmica) ou na criação de novas imagens (imagem 
criada).
Ilusão: percepção deformada, alterada, de um objeto real e 
presente.
Alucinação: percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, 
imagem) sem a presença de objeto estimulante real.
Fases da memória
Codificação: captar, adquirir e codificar informações.
Armazenamento: reter as informações de modo fidedigno.
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana de Luca
Recuperação ou evocação: também denominada de 
lembranças ou recordações; é fase em que as informações são 
recuperadas para distintos fins.
Tipos de memória
Memória de trabalho: a memória de trabalho (working memory) 
situa-se entre os processos e habilidades da atenção e os da 
memória imediata.
Exemplos de memória de trabalho:
• Ouvir um número telefônico e retê-lo na mente para, em 
seguida, discálo.
• Dirigir em uma cidade desconhecida, perguntar sobre um 
endereço, receber a informação e a sugestão do trajeto e, 
mentalmente, executar o itinerário de forma progressiva.
Memória episódica: trata-se de memória explícita, de médio e 
longo prazos, relacionada a eventos específicos da experiência 
pessoal do indivíduo, ocorridos em determinado contexto: 
recordação consciente de fatos reais.
Exemplo: Relatar o que foi feito no último fim de semana Ela 
corresponde a eventos específicos e concretos.
Memória semântica: a representação de longo prazo dos 
conhecimentos que temos sobre o mundo.
Exemplos: o significado das palavras, dos objetos e das ações.
Hiperminésia: muita memória.
Amnésias:
• Amnésia anterógrada, o indivíduo não consegue mais fixar 
elementos mnêmicos a partir do evento que lhecausou o dano 
cerebral. 
• Amnésia retrógrada (verificável na amnésia dissociativa), o 
indivíduo perde a memória para fatos ocorridos antes do início 
do transtorno (ou trauma).
• Confabulações (ou fabulações): produções de relatos, 
narrativas e ações que são involuntariamente incongruentes 
com a história passada do indivíduo, com sua situação 
presente ou futura.
• As confabulações são caracterizadas por três aspectos:
1. Elas são memórias ou recordações falsas; a 
falsidade repousa ou no seu conteúdo, ou no seu 
contexto.
2. A pessoa que confabula não sabe da falsidade de 
suas recordações.
3. Confabulações são recordações plausíveis, ou seja, 
elas se parecem com o que poderia ter acontecido, 
mas que não aconteceu.
Vida afetiva
• Sentimentos e emoções.
• Afeto: Tonus, modulância e ressonância.
• Humor: Eutímico, deprimido, hipotímico.
• Maníaco, hipertímico.
Volição
A vontade, ou volição, é uma dimensão complexa da vida mental, 
relacionada intimamente com as esferas instintiva, afetiva e 
intelectiva (que envolve avaliar, julgar, analisar, decidir), bem 
como com o conjunto de valores, princípios, hábitos e normas 
éticas socioculturais do indivíduo. Não é ponto pacífico se ela 
depende mais da esfera instintiva, de forças inconscientes, do 
âmbito afetivo, de valores culturais ou de componentes 
intelectuais conscientes.
Processo volitivo:
1. Fase de intenção ou propósito: esboçam as tendências 
básicas do indivíduo, suas inclinações e interesses. Nesse 
momento, impulsos, desejos e temores inconscientes 
exercem influência decisiva sobre o ato volitivo, muitas vezes 
imperceptíveis para o próprio indivíduo.
2. Fase de deliberação: ponderação consciente. O indivíduo 
faz uma análise básica do que seria positivo ou negativo, 
favorável ou desfavorável, benéfico ou maléfico em sua 
decisão. É um momento de apreciação, consideração dos 
vários aspectos e das implicações de determinada decisão.
3. Fase de decisão propriamente dita: instante que demarca o 
começo da ação.
4. Fase de execução constitui a etapa final do processo 
volitivo, na qual os atos psicomotores simples e complexos, 
decorrentes da decisão, são postos em funcionamento, a fim 
de realizar e consumar aquilo que mentalmente foidecidido e 
aprovado pelo indivíduo.
Alterações de psicomotricidade:
• Aceleração.
• Lentificação.
• Parkinsonismos.
• Inibição.
• Catatonia.
• Estereotipias motoras.
• Maneirismo.
• Conversão.
• Praxia.
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana de Luca
Pensamento
O curso do pensamento: modo como o pensamento flui, sua 
velocidade e seu ritmo ao longo do tempo.
Forma do pensamento: é sua estrutura básica, sua arquitetura, 
preenchida pelos mais diversos conteúdos e interesses do 
indivíduo. 
Conteúdo do pensamento: pode ser definido como aquilo que 
lhe dá substância, seus temas predominantes, o assunto em si. 
Há tantos conteúdos de pensamento quantos são os temas de 
interesse do ser humano.
• Pensamento inibido.
• Pensamento vago.
• Pensamento prolixo.
• Pensamento concreto ou concretismo.
• Pensamento deficitário (relacionado à deficiência intelectual).
• Pensamento demencial.
• Pensamento confusional.
• Pensamento desagregado.
• Pensamento obsessivo.
• Ruminações ou pensamento ruminativo perseverativo.
Alterações de curso
• Aceleração do pensamento.
• Lentificação do pensamento.
• Bloqueio ou interceptação do pensamento.
• Roubo do pensamento.
• Fuga de ideias.
Juízo de realidade
Delírio:
• Convicção extraordinária.
• É impossível a modificação do delírio pela experiência objetiva.
• Irremovível/irrefutável.
• Alterações do juízo são alterações do pensamento 
prejudicando a avaliação da realidade.
• Em geral ao final do exame psíquico podemos concluir se o 
juízo está preservado ou prejudicado.
Resumo: Apresentação, atitude com o examinador, atenção, 
orientação (temporo-espacial auto e holopsiquicamente), 
memória, pensamento (fluxo, forma, conteúdo), fala (fluxo, forma, 
conteúdo, congruência com o pensamento), psicomotricidade 
(aumento, redução, parkinsonismo...), humor (Deprimido, 
disfórico, elado, maníaco), afeto (Tonus, ressoancia e 
modulancia), alteração da senso percepção, ideação suicida e/ou 
homicida, critica de estado mórbido, juízo realidade. 
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana de Luca
TRANSTORNOS DE HUMOR
QUANDO IMPACTA O FUNCIONAMENTO → TRANSTORNO.
O humor é o estado emocional basal do indivíduo e é expresso 
de forma difusa. 
São considerados transtornos do humor as doenças que tem 
como principal alteração o estado de humor. 
São caracterizados principalmente por alterações patológicas de 
humor, cognitivas e psicomotoras. Tratam-se de doenças fásicas 
que evoluem em episódios únicos ou repetidos e podem ter início 
súbito e remitir espontaneamente ou apresentar curso crônico ao 
longo da vida com sintomas de intensidade leve e grave ou 
incapacitantes.
Quando os transtornos são corretamente identificados e tratados, 
o prognóstico é bom e as chances de recuperação são máximas, 
desde que o tratamento seja mantido por tempo suficiente, de 
meses a vitalício. 
São multifatoriais, resultantes da combinação de fatores 
ambientais (dieta, álcool, ritmos biológicos), individuais 
relacionados a personalidade e dos relacionamentos pessoais.
Se observam alterações de provas funcionais, modelos de 
integração neuroquiímicos e de comportamento nos processos 
de prazer, recompensa e perturbações dos ritmos circadianos. 
A convergência desses fatores provocam desequilíbrio das 
aminas biogênicas, especialmente a noradrenalina, a serotonina 
e, em segundo plano, a dopamina, e dos sistemas de 
mensageiros secundários e peptídeos neuroativos. 
Geralmente os fatores psicossociais representam 
desencadeantes dos transtornos de humor (ex:perda do 
emprego, ente querido, separações).
Não existem traços de personalidade predisponentes para os 
transtornos do humor.
Fatores genéticos tem importante papel para o surgimento de 
alguns transtornos, principalmente no transtorno bipolar.
- Cerca de 50% dos TAB I têm pelo menos um dos pais com 
transtorno afetivo, especialmente depressão; se um dos pais é 
portador de TAB I, a chance de um dos filhos apresentar 
transtorno do humor é de 25%, que sobe para 50 a 75% no 
caso de ambos os pais serem afetados. 
Caso clínico
História Clínica:
L. F., 48 anos, masculino, natural e proveniente de Foz do Iguaçu/
PR, casado, desempregado (taxista como profissão), pai de 4 
filhos, esposa gesta do 5o filho, Ensino Fundamental Completo, 
evangélico. Vem acompanhado da esposa N. M. F. na primeira 
consulta. 
Paciente relata sensação de “Vazio no peito”, “Pensamento de 
morte” e sua esposa refere que L. F. também se queixa por “Não 
conseguir fazer mais nada”. 
Esposa relata que paciente teve depressão há 16 anos, quando 
ela estava grávida do filho mais velho, e há 4 meses demonstra 
sinais de nova depressão, em período que coincide com evento 
de AVC da mãe do paciente, o que resultou em abandono do 
emprego de taxista para cuidar desta. 
Desde então, a esposa relata que o paciente apresenta insônia, 
cansaço, sem ânimo para as atividades diárias e perda de peso 
durante o período de aproximadamente 20 Kg. 
Em consulta com outro médico psiquiatra, estava sob tratamento 
com paroxetina e quetiapina (25 mg), porém relata não obtermelhora e abandou o tratamento, alegando que a causa atual se 
trata de problema espiritual. 
Quando questionado sobre a presença de doenças, L. F. refere 
HAS. Sedentário. Nega etilismo e tabagismo. Faz uso de losartan 
(25Mg). 
Exame físico:

BEG, perda ponderal de 20 Kg Pressão Arterial: 125/75 mmHg 
Exame psíquico:

Avaliação Geral da Pessoa: Auto cuidado pouco preservado, 
indiferente.

Nível de Consciência: Vigil.

Estado Cognitivo: orientado autopsiquicamente (sabe sobre si 
mesmo) e alopsiquicamente (orientado em tempo e espaço); 
hipovigil ( com relação a espontaneidade, não consegue 
perceber o entorno dele, como quem entra na sala ou se algo 
cai// se tiver hipotenacidade, não consegue se concentrar em 
um objeto só); memória imediata algo prejudicada; prejuízo 
crítico; 
 
Pensamento: lentificado, ora bloqueado, com predomínio de 
conteúdo negativo com pensamentos de morte; sem delírios 
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana de Luca
aparentes. 

Linguagem: preservada, com paralisia do olhar. 

Sensopercepção: algo preservado, porém o paciente relatou 
ouvir voz masculina que não caracteriza alucinação auditiva. 
Humor: hipotímico, com afeto hipomodulado não ressoante. 
Psicomotricidade: algo lentificado. 
Os principais transtornos de humor são depressão e transtorno 
bipolar. Além desses, existem outros transtornos do humor como 
transtorno disfórico pré-menstrual, ciclotimia e transtorno 
disruptivo da desregulação do humor. 
Transtorno depressivo maior
Transtorno de humor no qual o paciente apresenta episódios 
onde são percebidas alterações no afeto, na cognição e em 
funções neurovegetativas.
Embora o diagnóstico seja dado com apenas um episódio 
depressivo, a doença normalmente apresenta recorrência se não 
tratada.
Os sintomas devem causar sofrimento significativo e prejuízo 
funcional. Além de estarem presentes quase todos os dias, na 
maior parte do dia. 
Episódio depressivo: alteração do estado basal do paciente por 
um período mínimo de 2 semanas, nas quais ele deve apresentar 
pelo menos 5 dos critérios abaixo, sendo obrigatório a presença 
do critério 1 ou do critério 2. 
No tratamento da depressão, a escolha do medicamento é 
determinada por fatores clínicos, características do episódio 
depressivo, fatores sociodemográficos e associados às 
características farmacológicas dos medicamentos. 
Os familiares e o paciente devem ser orientados quanto aos 
efeitos benéficos e colaterais e principalmente em relação ao 
período de latência entre a introdução do medicamento e o início 
da melhora dos sintomas, de duas a três semanas. 
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana de Luca
Transtorno afetivo bipolar
Doença crônica cíclica com grande morbimortalidade, na qual os 
pacientes apresentam episódios de mania, hipomania e 
depressão ao longo da vida. 
Geralmente, suas manifestações iniciam final da adolescência e 
início da vida adulta. 

A presença de um desses episódios caracteriza a fase aguda da 
doença. Porém, o paciente também experimenta momentos de 
eutimia entre um episódio e outro. Durante a eutimia, eles tem 
funcionalidade normal. 

Episódio Maníaco:
Período de exaltação ou irritação persistente do humor com 
duração de pelo menos 1 semana, presente quase todos os dias, 
na maior parte do dia. Necessariamente, precisa ser diferente do 
comportamento normal do paciente e causar prejuízo funcional. 
Episódio Hipomaníaco:
Período de exaltação do humor ou humor irritável persistente 
com duração de pelo menos 4 dias consecutivos presente quase 
todos os dias, na maior parte do dia, de forma diferente do 
funcionamento basal do paciente em um grau significativo. 

Menos grave e com menor duração do que a mania.

No tratamento de escolha do TAB, utiliza-se os estabilizadores de 
humor, sendo o lítio o principal. 

A terapia medicamentosa visa restaurar o comportamento, 
controlar os sintomas agudos e prevenir a ocorrência de novos 
episódios. 


Os pacientes com risco de suicídio, de violência ou de 
comportamentos de risco devem ser monitorados de perto, e a 
internação hospitalar está indicada em casos de ameaça a si ou a 
outras pessoas, complicações psiquiátricas ou médicas, resposta 
inadequada ou ausência de resposta anterior a tratamento. 

A intervenção farmacológica é necessária e imprescindível, mas 
não suficiente para a recuperação e sua manutenção. A 
psicoeducação do paciente, da família ou do cuidador é 
fundamental e tem por objetivo oferecer informações sobre a 
doença, seu prognóstico e as opções de tratamento, propiciando 
maior entendimento do processo terapêutico e aumentando a 
adesão. 
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana de Luca
DEPRESSÃO
Introdução
Diagnóstico amplo e heterogêneo.
Manuais de diagnóstico → CID-10, da Organização Mundial da 
Saíde. + DSM-5 da American Psychiatric Association.
Devem ser presentes:
- Pelo menos 2 semanas de sintomas.
- Comprometimento funcional.
Curso de remissão e recorrência, alguns sintomas podem 
persistir entre os episódios. 
Objetivo principal: remissão (alívio completo dos sintomas).
Epidemiologia
A depressão é um transtorno altamente prevalente.
A depressão é um transtorno crônico, recorrente e progressivo, 
que afeta 300-350 milhões de pessoas em todo o mundo.
A prevalência de TDM permaneceu muito consistente: 4,4%.
Ao longo da vida:
- Aumenta continuamente entre os 3 e 19 anos.
- Picos entre 20 e 64 anos.
- Diminui entre 65 e 74 anos.
Estima-se que, a cada ano, 6,9% da população da UE sofre de 
MDD.
Neurobiologia
• Desregulação da neurotransmissão cerebral → hipótese 
monoaminérgica. 
• Alterações neuroendócrinas anatômicas e autoimunes → 
Eixo HHA.
• Alterações de cascatas intracelulares, expressão gênica e 
fatores neurotróficos. BDNF → fator neurotrófico derivado do 
cérebro → numero de dendritos vai diminuindo.
Organismo tenta se adaptar criando mais receptores, mas 
continua não tendo aminas → ISRS → bloqueia a recaptação e 
disponibiliza mais serotonina na fenda. 
Hipótese 
monoaminérgica
Síndrome depressiva sinais e sintomas
Sinais → fenômenos objetivos observados pelo médico → choro, 
lentificação psicomotora, lentificação do pensamento.
Sintomas → queixas subjetivas que o paciente descreve → 
tristeza, perda do prazer e interesse. 
• Humor deprimido.
• Anedonia.
• Fadiga.
• Inutilidade / culpa → menos autoestima e autoconfiança. 
Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada 
(podem ser delirantes). Eventos neutros ou triviais vivenciados 
como evidência de defeitos pessoais. 
• Mudança de peso / apetite → aumento ou diminuição do 
apetite. Perda de peso significativa (sem dieta) / ganho de peso 
(desejo por alimentos específicos). 
• Distúrbios de sono → insônia ou hipersonia.
• Disfunção cognitiva → capacidade prejudicada: pensar/ 
concentrar/ lembrar de coisas/ tomar decisões menores. 
Sentimento de incapacidade de realizar atividades que 
demandem esforços cognitivos. 
• Agitação / retardo psicomotor → agitação: incapacidade de 
ficar parado, inquietação das mãos, manipulação das roupas 
ou outros objetos. Retardo: fala, pensamento e movimentos 
corporais lentos, aumento das pausas antes de responder, 
volume diminuído da fala, inflexão, quantidade ou variedade de 
conteúdo ou mudes. 
• Pensamentos de morte / suicídio → desejo passivo de não 
acordar pela manhã, crença de que os outros estariam melhor 
se o indivíduo estivesse morto, pensamentos transitórios, mas 
recorrentes de cometer suicídio, plano específico de suicídio, 
tentativa de suicídio. 
Ana Carolina de Luca Machado
Ana Carolina deLuca Machado
Ana Carolina de Luca Machado
Ana de Luca
Humor deprimido:
• Tristeza.
• Desesperança.
• Desânimo.
• Sentimento de falta de sentimento.
• Sensação de ansiedade.
• Pouca variação ao longo dos dias.
• Pouca resposta as circunstâncias. 
Anedonia: 
• Perda de interesse ou prazer em todas ou quase todas as 
atividades.
• Menos interesse em hobbies.
• Não importam mais.
• Sem prazer em atividades anteriormente consideradas 
prazerosas.
• Redução significativa do interesse ou desejo sexual.
Exame das funções psíquicas na síndrome 
depressiva
1. Aparência geral
Postura geral: passiva, apática, indiferente ao que acontece na 
entrevista.
Apresentação: descuidada, roupas desalinhadas ou sujas, maus 
cuidados de higiene.
Atitude global: deprimida, indiferente, inibida, lamuriosa.
Contato: pode ser difícil. 
2. Nivel de consciência
Vigil → lúcido.
3. Atenção
Voluntária → diminuída. Espontânea → diminuida. 
= Hipoprosexia.
4. Orientação
Alopsíquica → desorientação apática.
Autopsíquica → diminuição da consciência de existência do eu, 
chegando a abolição na síndrome de Cotard. 
Síndrome de Cotard: delírio niilista de negação. Crença delirante 
→ que já está morto, que não existe, que o corpo está em 
putrefação, que perdeu de sangue, que os órgãos pararam de 
funcionar. 
5. Memória
Fixação: diminuída, em função do desinteresse.
Evocação: 
- Hipermnésia seletiva: evocação de fatos ruins, geradores de 
culpa.
- Alomnésia: distorções no sentido de um conteúdo de tristeza, 
ruína ou culpa.
- Hipomnésia: quando a inibição psíquica é muito intensa. 
6. Inteligência
Deterioração intelectiva reversível e secundária → prejuízo da 
atenção, falta de motivação, inibição do pensamento.
7. Linguagem
Oligolalia (ou laconismo); mutismo; bradilalia (fala devagar); 
hipofonia (fala baixo), aumento de latência de resposta; 
hipoprosórdia (monótona).
8. Pensamento
Curso (velocidade) → lentificado, alentecido.
Forma (estrutura) → prevalentes.
Conteúdo (temática) → niilista, de culpa ou ruína.
Tipo de pensamento: 
- Inibido → diminuição da velocidade, número de conceitos, 
juízos e representações. Lento, rarefeito e pouco produtivo.
9. Juízo de realidade
Delírios:
- Congruentes com o humor deprimido.
- Ruína (ou niilista).
- Culpa (ou autoacusação).
- Hipocondríaco.
- Negação de órgãos (sd. De Cotard).
- Incongruentes com o humor deprimido.
- Persecutório (sem a ideia de merecer ser perseguido).
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Características dos delírios → convicção extraordinária, 
conteúdo impossível, conteúdo irremovível, idiossincrático. 
10.Sensopercepção
Quantitativas:
- Hipoestesias: 
- O mundo parece mais escuro e sem brilho.
- A comida é insossa.
- Os sons são abafados.
Qualitativas:
- Ilusões catatímicas: deformação de um objeto a partir de um 
afeto intenso.
- Alucinações auditivas → ouve vozes.
11.Humor
Tônus afetivo que a pessoa se encontra em determinado 
momento. 
Deprimido (tristeza patológica). Hipotímico (melancólico). 
Disfórico (ou desproporcionalmente irritável).
12.Afeto
Qualidade do tônus emocional que acompanha uma ideia ou 
representação. 
Ressonante. Apático. Sentimento ou falta de sentimento. 
Anedonia. Rigidez afetiva (hipomodulado). 
13.Volição
Hipobulia → desânimo, falta de energia, perda de iniciativa, da 
espontaneidade, interesse, indecisão, dificuldade de tomar 
decisões.
Enfraquecimento de instintos:
- Diminuição do apetite.
- Insônia (inicial ou terminal).
- Diminuição da libido.
14.Psicomotricidade
Lentificação. Estupor. Inquietação (se 
sintomas ansiosos associados). 
15.Crítica
Plena, parcial ou ausente (depressões psicóticas).
16.Pragmatismo
Capacidade de colocar em prática, de forma eficaz, aquilo que 
deseja. Hipopragmatismo.
Critérios diagnósticos
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Em um primeiro episódio depressivo, a chance de recorrência é 
de 50%. Com 2 episódios → 70%. Com 3 → 90%.
Fatores de risco para recorrência: 
- História de múltiplos ou frequentes episódios.
- Início após os 60 anos de idade.
- Duração longa dos episódios.
- História familiar de doença afetiva.
- Pobre controle da sintomatologia.
- Ansiedade ou abuso de drogas.
Tratamento - orientações gerais
O médico deve:
- Mostrar empatia e interesse → orientar que é uma doença e 
não um defeito de carácter, fraqueza ou falta de ocupação.
- Recuperação é a regra, não a exceção → explicar que os 
tratamentos são efetivos e tem muitas opções.
- Manter o monitoramento próximo → esclarecer que o risco de 
recorrência é significativo.
- Medicamento não causa dependência → explicar sobre o 
tratamento medicamentoso como antidepressivos aumenta a 
adesão.
O médico não deve:
- Dizer que não é nada, só nervosismo → minimizar as queixas e 
o sofrimento do paciente.
- Encaminhar para psicoterapia → evitar se envolver com as 
queixas do paciente.
- Confundir tristeza com depressão → tristeza pode ser uma 
mudança adaptativa. Depressão implica prejuízo funcional.
- Procurar razões pra depressão → modelo estresse-diátese.
Tratamento - terapias não farmacológicas
Psicoterapias: terapia comportamental + psicoterapia 
interpessoal + terapia cognitiva comportamental (CBT) + terapia 
cognitiva baseada em mindfulness (MBCT).
Métodos de estimulação 
cerebral → 
eletroconvulsoterapia (ECT) + 
estimulação do nervo vago 
(VNS) + estimulação 
magnética transcraniana 
(TMS) + estimulação cerebral 
profunda (DBS). 
Tratamento farmacológico
Manejo dos antidepressivos: 
Fase aguda (6 a 12 semanas): 
Escolha do antidepressivo:
1. Perfil de efeitos colaterais, segurança e tolerabilidade.
2. Resposta anterior individual ou em membros da família. 
3. Preferência do paciente.
4. Evidências disponíveis.
5. Custo do tratamento.
6. Apresentação clínica dos sintomas depressivos.
Reavaliar após quatro a oito semanas pra verificar se houve pelo 
menos uma melhora moderada. Se não, verificar adesão fatores 
fármacocinéticos e fármacodinâmicos.
Fase de continuação (4 a 9 meses).
- Prevenção de recaídas.
Fase de manutenção (1 ou mais anos):
- Prevenção de recorrências.
- Risco de recorrência: episódios anteriores, sintomas residuais, 
diagnóstico psiquiátrico não afetivo associado, presença de 
transtorno médico geral crônico.
- Gravidade do episódio. 
- Efeitos colaterais.
- Preferência do paciente.
Manter a dose da medicação utilizada na fase aguda.
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Diabetes gestacional
A prevalência dos sintomas depressivos na gestação é de 7,4% 
no primeiro trimestre, 12,8% no segundo trimestre, 12% no 
terceiro trimestre. 
Os fatores de risco incluem: 
• Ansiedade materna. 
• Eventos negativos da família (divórcio ou morte de um familiar).
• Episódio depressivo anterior.
• Baixo suporte social e do parceiro.
• Violência doméstica.
• Gravidez não planejada.
Os três primeiros tem maior força.
Os maiores riscos de suicídio incluem: adolescentes grávidas, 
após o nascimento de um natimorto, mulheres com antecedentes 
de transtornos psiquiátricos graves.
Depressão pós-parto
Transtorno do humor puerperal: 
- TBH: início em 2 semanas após-nascimento.
- TDM: até 5 meses após o nascimento.
Sintomas de depressão entre 2 e 4 semanas após o parto: 
rastrear para depressão bipolar.
Prevalência de depressão no puerpério: 14,5% um novo 
episódio nos primeiros três meses após o parto. Início de novos 
episódios mais frequentes nas primeiras cinco semanas de pós 
parto.
Impacto da depressão pós-parto: prejuízodo cuidado com o 
recém-nascido (sub-nutrição infantil, desenvolvimento cognitivo, 
comportamental, neurológico e emocional do recém-nascido); 
problemas na relação entre mãe e filho, estresse marital, 
idealização suicida materna.
Tratamento da depressão gestacional e pós 
parto
Uso de antidepressivos durante a gestação e aleitamento:
- ISRS podem ser usados com cautela durante a gravidez.
- A fluoxetina, por haver mais estudos, é o ISRS de escolha na 
gestação.
- ISRS após 20 semanas na gestação → maior risco de 
hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido. 
- Na amamentação, preferência pela sertralina → níveis baixos 
do leite materno.
Não prescrever anti depressivos para mulher deprimida, ou 
suscetível a ter uma recorrência durante a gestação, gera riscos 
maiores para mulheres se o feto do que os riscos de exposição a 
medicação.
ECT → considerar se alto risco de suicídio → não é teratogênica, 
não precipita trabalho de parto e não traz efeitos de longo prazo 
sobre o feto ou RN. 
Psicoeducação
Deve ser instruir o paciente sobre: a realidade da doença, os 
tratamentos disponíveis, os motivos da necessidade de 
tratamento, a possibilidade de efeitos colaterais e seus manejos. 
Deve-se também, eliminar os preconceitos de que a depressão 
decorre de fraqueza da vontade de efeito moral. Iniciar terapia 
somente após o entendimento dos objetivos da necessidade da 
adesão ao tratamento exceto em situações emergenciais.
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REFORMA PSIQUIÁTRICA E REDE DE ATENÇÃO 
PSICOSSOCIAL
MOMENTOS HISTÓRICOS
Psiquiatria antiga e greco latina
2000 anos a.C → primeiros registros de patologias psiquiátricas, 
encontradas em papiros egípcios de Kahun. Termo = histeria → 
principalmente apresentada por mulheres → útero da mulher teria 
vida própria, era independente e conseguia se deslocar pelo 
corpo da mulher → disfunção sexual.
Recomendação: que as meninas casassem e as viúvas usassem 
fumegações (fumaças de plantas medicinais assopradas na 
vagina pro útero se realocar). 
Psiquiatria medieval
Idade das trevas.
Ideia de que quem tinha comportamento disruptivos estavam 
possuídos → cunho mágico-religiosa. Chamava exorcista. 
Período marcado por exorcismo, intolerância e perseguição aos 
enfermos mentais e execução em fogueira e incentivo a 
crueldade, que só no início da Idade Moderna teve fim com a 
criação dos brutais manicômios.
Primeira Revolução Psiquiátrica - escola Francesa
Fundação de locais que cuidavam dos doentes mentais → 
fundação de hospitais psiquiátricos e casas de saúde.
Reconheciam a loucura como potência (pintores, músicos,..) e 
dignos de cuidados médicos, reduzindo o estigma de serem 
temidos, rejeitados, possuídos, …
Visto como uma doença que devia ser tratado por médicos → 
objeto da psiquiatria.
Surgiu o método psicopatológico e classificação das doenças 
mentais. 
Philippe pinel
Pioneiro no tratamento de doentes mentais e um dos precursores 
da psiquiatria moderna.
Constituiu o saber psiquiátrico por meio da observação e 
análise sistemática dos fenômenos perceptíveis da doença.
Publicou o tratado sobre alienação mental. Observou a influência 
da hereditariedade na evolução do distúrbio mental e aponta as 
causas morais como as mais prováveis para a alienação.
Considerava a alienação mental como qualquer outra doença 
orgânica, considera como um distúrbio das funções intelectuais 
(funções superiores do sistema nervoso), sem constatar 
inflamação ou lesão estrutural. 
Identificou 3 causas pra loucura:
1. Causas físicas que se ligam as fisiológicas.
2. Causas ligadas a hereditariedade.
3. Causas morais (paixões intensas, excessos, irregularidades, 
hábitos de vida).
Defendia a cura da loucura pelo tratamento moral → ampla 
pedagogia normalizadora com horários e rotina rigidamente 
estabelecidos, medicamentos receitados somente pelo médico e 
atividades de trabalho e lazer. 
REFORMA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL
Teve como primeira fonte o psiquiatra Franco Basagli → 
reintegrar os “loucos" na sociedade. Desenvolveu uma 
abordagem de reinserção territorial e cultural do paciente na 
comunidade. Ao invés de isolar e etc.
Essa abordagem de Basaglia passou a ser recomendada pela 
OMS. Em 1978 teve um racha na Divisão Nacional de Saúde 
Mental (Dinsam - órgão vinculado ao ministério da Saúde) → 
profissionais denunciaram as condições de degradação humana 
que acontecia na maioria dos hospitais psiquiátricos.
Em 1979 foi criado o Movimento dos Trabalhadores em saúde 
Mental (MTSM) e em 1987 o movimento antimanicomial.
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REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL
A RAPS tem como objetivos gerais: 
I. Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em 
geral.
II. Promover a vinculação das pessoas com transtorno mental e 
com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e 
outras drogas e de suas famílias aos pontos de atenção. 
III. Garantir a articulação e a integração dos pontos de atenção 
das redes de saúde no território, qualificando o cuidado por 
meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da 
atenção às urgências.
Além disso, destacam-se os seguintes objetivos específicos: 
I. Promover cuidados em saúde especialmente a grupos mais 
vulneráveis (crianças, adolescentes, jovens, pessoas em 
situação de rua e populações indígenas).
II. Prevenir o consumo e a dependência de álcool e outras 
drogas e reduzir os danos provocados pelo consumo.
III. Promover a reabilitação e a reinserção das pessoas com 
transtorno mentais e com necessidades decorrentes do uso 
de álcool e outras drogas por meio do acesso ao trabalho, à 
renda e à moradia solidária.
IV. Produzir e ofertar informações sobre os direitos das pessoas, 
as medidas de prevenção e cuidado e os serviços disponíveis 
na rede.
V. Regular e organizar as demandas e os fluxos assistenciais da 
Rede de Atenção Psicossocial.
VI. Monitorar e avaliar a qualidade dos serviços mediante 
indicadores de efetividade e resolutividade da atenção.
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UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE (UBS) – ATENÇÃO PRIMÁRIA
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA – ESF (estratégia preconizada 
para implantação). Vai até a família ao invés de esperar o 
paciente vir pra UBS.
Os usuários com questões relacionadas à saúde mental 
receberão seus cuidados na atenção primária quando, mesmo 
com a doença, apresentarem POUCO OU NENHUM PREJUÍZO 
EM SUAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA. 
Doenças crônicas em quadros estáveis. 
CENTRALIZADOR DO CUIDADO.
Em caso de crise e/ou mudança significativa do quadro, avaliar 
se o paciente apresenta demanda para os CAPS ou para a Rede 
de Urgência e Emergência. 
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL– ATENÇÃO 
SECUNDÁRIA
Os CAPS são um lugar de referência e tratamento para as 
pessoas que sofrem com transtornos mentais e problemas 
decorrentes do uso de álcool e outras drogas. 
CAPS III oferece hospitalidade noturna (max 30 dias, previsto é 
15 dias).
CAPS I → infância e adolescência. 0 a 18 anos.
CAPS AD → alcoól e drogas.
CAPS adulto → sem uma substância como base. Adulto. 
Os casos atendidos por esse serviço se caracterizamcomo 
quadros graves, persistentes ou em situação de crise. 
Realiza acompanhamento clínico e a reinserção social dos 
usuários do serviço pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos 
direitos civis e fortalecimento dos laços familiares. 
Os casos atendidos no CAPS são prioritariamente aqueles em 
que os usuários apresentem prejuízos importantes nas 
atividades de vida diárias.
REDE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA – ATENÇÃO TERCIÁRIA 
ALTA COMPLEXIDADE! 
Samu.
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• Intoxicação e abstinência grave.
• Intoxicação exógena.
• Atentado à integridade física por auto e/ou heteroagressividade. 
• Intensa agitação psicomotora.
• Tentativa de suicídio.
• Recusa alimentar ou distúrbio alimentar com riscos clínicos 
agudos.
• Quadros orgânicos.
AÇÕES- ESTRATÉGIA DE REDE!
Estabilização do quadro até condição de encaminhamento para a 
rede (UBS/ CAPS ou transferência para o Hospital Municipal de 
referência territorial - leitos em hospitais gerais).
Se precisar de internação, que seja breve e em leito de hospital 
geral.
Quando entra em hospital psiquiátrico, tem que entrar com 
previsão de saída.
INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA: somente será realizada mediante 
laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos. 
- Internação Voluntária: aquela que se dá COM o 
consentimento do usuário (assinado por ele uma declaração de 
que optou por esse regime de tratamento. O término do 
tratamento será realizado a pedido do paciente e/ou 
determinação do médico responsável). 
- Internação Involuntária: aquela que se dá SEM o 
consentimento do usuário e a pedido de terceiro (deverá ser 
comunicado no prazo de 72 horas ao MP pelo responsável 
técnico do estabelecimento, devendo o mesmo procedimento 
ocorrer na alta. 
- Internação Compulsória: aquela determinada pela Justiça (é 
determinada pelo juiz competente).
Ana de Luca
TRANSTORNO DE ANSIEDADE E ASSOCIADOS 

+ BENZODIAZEPÍNICOS
Conceitos gerais
Epidemiologia: 
• Fobia específica 6 a 12% da pop.
• Tr. ansiedade social 10%.
• Agorafobia pura 2%.
• Ansiedade de separação na infância 2 a 3%.
• Pânico 2 a 5%.
• TAG 3 a 5%.
Importância para a saúde pública: 
A ansiedade é responsável por 10% das causas de incapacidade, 
ajustada para todos os tr. mentais. Atrás apenas de tr. depressivo 
maior.
Combinação de fatores: alta incidência, instalação precoce, 
elevado tempo de sintomas sem tratamento, uso abusivo de 
substâncias psicoativas associado, outras comorbidades 
psiquiátricas associadas e elevada comorbidade clínica.
Medo x Ansiedade: 
A ansiedade e a preocupação patológicas constituem-se como 
fenômenos qualitativamente distintos de suas manifestações 
normais.
A diferença entre as condições funcional e clínica é apenas 
dimensional (Intensidade, duração e frequência).
A morbidade não está em suas manifestações primárias, mas nas 
relações que o indivíduo estabelece com essas vivências 
internas.
Ansiedade em geral
Amigdala: área límbica!
Envolvida em uma série de reações relacionados ao medo e 
também a ataques de pânico, funciona como um alarme.
Hipocampo:
Centro de armazenamento de memórias e experienciais.
Fornece essas informações a amigdala que confere se é 
desconhecido fornecendo um alarme ou então se conhecido qual 
a qualidade daquela experiencia. 
TAG
• Preocupação crônica e persistente que é altamente aversiva e 
incontrolável, multifocal, saúde, finanças,.. 
• TAG em crianças se manifesta como dores abdominais.
• Crianças costumam ter mais sintomas físicos e muitas faltas na 
escola.
Um dos tr. Mais comuns na atenção primária!
7 a 8 % dos pacientes raramente os sintomas vem como 
preocupação mas surgem como sintomas somáticos.
Proporção de mulheres para homens 2:1.
Parentes em primeiro grau com TAG dobram a prevalência de 
ansiedade e aumenta em 5 a 6 vezes a prevalência de TAG
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Idade de início variável, picos início da vida adulta e final da vida 
adulta.
Sintomas devem durar mais de 6 meses.
Etiologia desconhecida!
Teorias: personalidade + processamento cognitivo e função 
comportamental + fatores psicossociais.
Transtorno de pânico
Critérios Diagnósticos 300.02 (F41.1)
A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa 
apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo 
menos seis meses, com diversos eventos ou atividades 
(tais como desempenho escolar ou profissional).
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três 
(ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos 
alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis 
meses).
Nota: Apenas um item é exigido para crianças.
1. Inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da 
pele.
2. Fatigabilidade.
3. Dificuldade em concentrar-se ou sensações de “branco” 
na mente.
4. Irritabilidade.
5. Tensão muscular.
6. Perturbação do sono (dificuldade em conciliar ou manter o 
sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
D. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos 
causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo.
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma 
substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra 
condição médica (p. ex., hipertireoidismo).
F. A perturbação não é mais bem explicada por outro 
transtorno mental (p. ex., ansiedade ou preocupação quanto 
a ter ataques de pânico no transtorno de pânico, avaliação 
negativa no transtorno de ansiedade social [fobia social], 
contaminação ou outras obsessões no transtorno obsessivo-
compulsivo, separação das figuras de apego no transtorno 
de ansiedade de separação, lembranças de eventos 
Critérios Diagnósticos 300.01 (F41.0)
A. Ataques de pânico recorrentes e inesperados. Um 
ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou 
desconforto intenso que alcança um pico em minutos e 
durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes 
sintomas:
Nota: O surto abrupto pode ocorrer a partir de um estado 
calmo ou de um estado ansioso.
1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia.
2. Sudorese.
3. Tremores ou abalos.
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento.
5. Sensações de asfixia.
6. Dor ou desconforto torácico.
7. Náusea ou desconforto abdominal.
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou 
desmaio.
9. Calafrios ou ondas de calor.
10. Parestesias (anestesia ou sensações de 
formigamento).
11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou 
despersonalização (sensação de estar distanciado
de si mesmo).
12. Medo de perder o controle ou “enlouquecer”.
13. Medo de morrer.
Nota: Podem ser vistos sintomas específicos da cultura (p. 
ex., tinido, dor na nuca, cefaleia, gritos ou choro 
incontrolável). Esses sintomas não devem contar como 
um dos quatro sintomas exigidos.
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Transtorno de Ansiedade Social
B. Pelo menos um dos ataques foi seguido de um mês 
(ou mais) de uma ou de ambas as seguintes
características:
1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de 
ataques de pânico adicionais ou sobre
suas consequências (p. ex., perder o controle, ter um 
ataque cardíaco, “enlouquecer”).
2. Uma mudança desadaptativa significativa no 
comportamento relacionada aos ataques (p.
ex., comportamentos que têm por finalidade evitarter 
ataques de pânico, como a esquiva de
exercícios ou situações desconhecidas).
C. A perturbação não é consequência dos efeitos 
psicológicos de uma substância (p. ex., droga de
abuso, medicamento) ou de outra condição médica (p. 
ex., hipertireoidismo, doenças cardiopulmonares).
D. A perturbação não é mais bem explicada por outro 
transtorno mental (p. ex., os ataques de pânico
não ocorrem apenas em resposta a situações sociais 
temidas, como no transtorno de ansiedade
social; em resposta a objetos ou situações fóbicas 
circunscritas, como na fobia específica;
em resposta a obsessões, como no transtorno 
obsessivo-compulsivo; em resposta à evocação
de eventos traumáticos, como no transtorno de 
estresse pós-traumático; ou em resposta à separação
de figuras de apego, como no transtorno de ansiedade 
de separação).
Critérios Diagnósticos 300.23 (F40.10)
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de uma ou 
mais situações sociais em que o indivíduo é exposto a 
possível avaliação por outras pessoas. Exemplos incluem 
interações sociais (p. ex., manter uma conversa, 
encontrar pessoas que não são familiares), ser observado 
(p. ex., comendo ou bebendo) e situações de 
desempenho diante de outros (p. ex., proferir palestras).
Nota: Em crianças, a ansiedade deve ocorrer em 
contextos que envolvem seus pares, e não apenas em 
interações com adultos.
B. O indivíduo teme agir de forma a demonstrar sintomas 
de ansiedade que serão avaliados negativamente (i.e., 
será humilhante ou constrangedor; provocará a rejeição 
ou ofenderá a outros).
C. As situações sociais quase sempre provocam medo 
ou ansiedade.
Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser 
expresso chorando, com ataques de raiva, imobilidade, 
comportamento de agarrar-se, encolhendo-se ou 
fracassando em falar em situações sociais.
D. As situações sociais são evitadas ou suportadas com 
intenso medo ou ansiedade.
E. O medo ou ansiedade é desproporcional à ameaça real 
apresentada pela situação social e o contexto 
sociocultural.
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, 
geralmente durando mais de seis meses.
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Fobia específica
Agorafobia
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento 
clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento 
social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do 
indivíduo.
H. O medo, ansiedade ou esquiva não é consequência dos 
efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de 
abuso, medicamento) ou de outra condição médica.
I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado 
pelos sintomas de outro transtorno mental, como 
transtorno de pânico, transtorno dismórfico corporal ou 
transtorno do espectro autista.
J. Se outra condição médica (p. ex., doença de Parkinson, 
obesidade, desfiguração por queimaduras ou ferimentos) está 
presente, o medo, ansiedade ou esquiva é claramente não 
relacionado ou é excessivo.
Critérios Diagnósticos
A. Medo ou ansiedade acentuados acerca de um objeto ou 
situação (p. ex., voar, alturas, animais, tomar uma injeção, ver 
sangue).
 Nota: Em crianças, o medo ou ansiedade pode ser 
expresso por choro, ataques de raiva, imobilidade ou 
comportamento de agarrar-se.
B. O objeto ou situação fóbica quase invariavelmente provoca 
uma resposta imediata de medo ou ansiedade.
C. O objeto ou situação fóbica é ativamente evitado ou 
suportado com intensa ansiedade ou sofrimento.
D. O medo ou ansiedade é desproporcional em relação ao 
perigo real imposto pelo objeto ou situação específica e ao 
contexto sociocultural.
E. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente 
com duração mínima de seis meses.
F. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento 
clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, 
profissional ou em outras áreas importantes da vida do 
G. A perturbação não é mais bem explicada pelos sintomas 
de outro transtorno mental, incluindo medo, ansiedade e 
esquiva de situações associadas a sintomas do tipo pânico 
ou outros sintomas incapacitantes (como na agorafobia); 
objetos ou situações relacionados a obsessões (como no 
transtorno obsessivo-compulsivo); evocação de eventos 
traumáticos (como no transtorno Transtornos de Ansiedade 
de estresse pós-traumático); separação de casa ou de figuras 
de apego (como no transtorno de ansiedade de separação); 
ou situações sociais (como no transtorno de ansiedade 
social).
Critérios Diagnósticos 300.22 (F40.00)
A. Medo ou ansiedade marcantes acerca de duas (ou mais) das 
cinco situações seguintes:
1. Uso de transporte público (p. ex., automóveis, ônibus, trens, 
navios, aviões).
2. Permanecer em espaços abertos (p. ex., áreas de 
estacionamentos, mercados, pontes).
3. Permanecer em locais fechados (p. ex., lojas, teatros, cinemas).
4. Permanecer em uma fila ou ficar em meio a uma multidão.
5. Sair de casa sozinho.
B. O indivíduo tem medo ou evita essas situações devido a 
pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que o auxílio 
pode não estar disponível no caso de desenvolver sintomas do 
tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores 
(p. ex., medo de cair nos idosos; medo de incontinência).
C. As situações agorafóbicas quase sempre provocam medo ou 
ansiedade.
D. As situações agorafóbicas são ativamente evitadas, requerem a 
presença de uma companhia ou são suportadas com intenso 
medo ou ansiedade.
E. O medo ou ansiedade é desproporcional ao perigo real 
apresentado pelas situações agorafóbicas e ao contexto 
sociocultural.
em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
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Ana de Luca
Tratamento
Primeira linha: ISRS ou Terapia cognitivo comportamental.
Podem ser associados.
Exemplos de ISRS: escitalopram, fluvoxamina, paroxetina ou 
sertralina.
Segunda linha: outros antidepressivos, benzodiazepínicos e 
pregabalina.
Reavaliação do paciente nas primeiras semanas e posteriormente 
mensalmente por 3 meses, caso tenha resposta manter o 
tratamento por 6 meses.
TR. Adaptação
Critérios Diagnósticos:
A. Desenvolvimento de sintomas emocionais ou 
comportamentais em resposta a um estressor ou estressores 
identificáveis ocorrendo dentro de três meses do início do 
estressor ou estressores.
B. Esses sintomas ou comportamentos são clinicamente 
significativos, conforme evidenciado por um ou mais dos 
seguintes aspectos:
1. Sofrimento intenso desproporcional à gravidade ou à 
intensidade do estressor, considerando-se o contexto cultural e 
os fatores culturais que poderiam influenciar a gravidade e a 
apresentação dos sintomas.
2. Prejuízo significativo no funcionamento social, profissional ou 
em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
C. A perturbação relacionada ao estresse não satisfaz os critérios 
de outro transtorno mental e não é meramente uma exacerbação 
de um transtorno mental preexistente.
D. Os sintomas não representam luto normal.
E. Uma vez que o estressor ou suas consequências tenham 
cedido, os sintomas não persistem por mais de seis meses.
Tr. de estresse agudo
Critérios Diagnósticos 308.3 (F43.0)
A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão 
grave ou violação sexual em uma (ou mais) das seguintes formas:
1. Vivenciar diretamente o evento traumático.
2. Testemunhar pessoalmente o evento ocorrido a outras 
pessoas.
3. Saber que o evento ocorreu com familiar ou amigo próximo. 
Nota: Nos casos de morte ou ameaça de morte de um familiar ou 
amigo, é preciso que o evento tenha sido violento ou acidental.
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos 
do evento traumático (p. ex.,socorristas que recolhem restos de 
corpos humanos, policiais repetidamente expostos a detalhes de 
abuso infantil).
Nota: Isso não se aplica à exposição por intermédio de mídia 
eletrônica, televisão, filmes ou
fotografias, a menos que tal exposição esteja relacionada ao 
trabalho.
B. Presença de nove (ou mais) dos seguintes sintomas de 
qualquer uma das cinco categorias de intrusão, humor negativo, 
dissociação, evitação e excitação, começando ou piorando 
depois da ocorrência do evento traumático:
F. O medo, ansiedade ou esquiva é persistente, geralmente 
durando mais de seis meses.
G. O medo, ansiedade ou esquiva causa sofrimento clinicamente 
significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou 
em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
H. Se outra condição médica (p. ex. doença inflamatória intestinal, 
doença de Parkinson) está presente, o medo, ansiedade ou 
esquiva é claramente excessivo.
I. O medo, ansiedade ou esquiva não é mais bem explicado pelos 
sintomas de outro transtorno mental – por exemplo, os sintomas 
não estão restritos a fobia específica, tipo situacional; não 
envolvem apenas situações sociais (como no transtorno de 
ansiedade social); e não estão relacionados exclusivamente a 
obsessões (como no transtorno obsessivo-compulsivo), 
percepção de defeitos ou falhas na aparência física (como no 
transtorno dismórfico corporal) ou medo de separação (como no 
transtorno de ansiedade de separação).
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Sintomas de intrusão 
1. Lembranças angustiantes recorrentes, involuntárias e intrusivas 
do evento traumático. Nota: Em crianças, pode ocorrer a 
brincadeira repetitiva na qual temas ou aspectos do evento 
traumático são expressos.
2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o 
afeto do sonho estão relacionados ao evento. Nota: Em crianças, 
pode haver pesadelos sem conteúdo identificável.
3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo 
sente ou age como se o evento traumático estivesse 
acontecendo novamente. (Essas reações podem ocorrer em um 
continuum, com a expressão mais extrema sendo uma perda 
completa de percepção do ambiente ao redor.) Nota: Em 
crianças, a reencenação específica do trauma pode ocorrer nas 
brincadeiras.
4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ou reações 
fisiológicas acentuadas em resposta a sinais internos ou externos 
que simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento 
traumático.
Humor negativo
5. Incapacidade persistente de vivenciar emoções positivas (p. 
ex., incapacidade de vivenciar sentimentos de felicidade, 
satisfação ou amor).
Sintomas dissociativos
6. Senso de realidade alterado acerca de si mesmo ou do 
ambiente ao redor (p. ex., ver-se a partir da perspectiva de outra 
pessoa, estar entorpecido, sentir-se como se estivesse em 
câmera lenta).
7. Incapacidade de recordar um aspecto importante do evento 
traumático (geralmente devido a amnésia dissociativa, e não a 
outros fatores, como traumatismo craniano, álcool ou drogas).
Sintomas de evitação
8. Esforços para evitar recordações, pensamentos ou 
sentimentos angustiantes acerca do, ou fortemente relacionados 
ao, evento traumático.
9. Esforços para evitar lembranças (pessoas, lugares, conversas, 
atividades, objetos, situações) que despertem recordações, 
pensamentos ou sentimentos angustiantes acerca do, ou 
fortemente relacionados ao, evento traumático.
Sintomas de excitação 
10. Perturbação do sono (p. ex., dificuldade de iniciar ou manter 
o sono, sono agitado).
11. Comportamento irritadiço e surtos de raiva (com pouca ou 
nenhuma provocação) geralmente
expressos como agressão verbal ou física em relação a pessoas 
ou objetos.
12. Hipervigilância.
13. Problemas de concentração.
14. Resposta de sobressalto exagerada.
C. A duração da perturbação (sintomas do Critério B) é de três 
dias a um mês depois do trauma. Nota: Os sintomas começam 
geralmente logo após o trauma, mas é preciso que persistam no 
mínimo três dias e até um mês para satisfazerem os critérios do 
transtorno.
D. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo e 
prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas 
importantes da vida do indivíduo.
E. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma 
substância (p. ex., medicamento ou álcool) ou a outra condição 
médica (p. ex., lesão cerebral traumática leve) e não é mais bem 
explicada por um transtorno psicótico breve.
Tr. Estresse pós-traumático
Nota: Os critérios a seguir aplicam-se a adultos, adolescentes e 
crianças acima de 6 anos de idade. Para crianças com menos de 
6 anos, consulte os critérios correspondentes a seguir.
A. Exposição a episódio concreto ou ameaça de morte, lesão 
grave ou violência sexual em uma (ou mais) das seguintes 
formas:
1. Vivenciar diretamente o evento traumático.
2. Testemunhar pessoalmente o evento traumático ocorrido com 
outras pessoas.
3. Saber que o evento traumático ocorreu com familiar ou amigo 
próximo. Nos casos de episódio concreto ou ameaça de morte 
envolvendo um familiar ou amigo, é preciso que o evento tenha 
sido violento ou acidental.
4. Ser exposto de forma repetida ou extrema a detalhes aversivos 
do evento traumático (p. ex., socorristas que recolhem restos de 
corpos humanos; policiais repetidamente expostos a detalhes de 
abuso infantil).
Nota: O Critério A4 não se aplica à exposição por meio de mídia 
eletrônica, televisão, filmes ou fotografias, a menos que tal 
exposição esteja relacionada ao trabalho.
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B. Presença de um (ou mais) dos seguintes sintomas intrusivos 
associados ao evento traumático, começando depois de sua 
ocorrência:
1. Lembranças intrusivas angustiantes, recorrentes e involuntárias 
do evento traumático.
Nota: Em crianças acima de 6 anos de idade, pode ocorrer 
brincadeira repetitiva na qual temas ou aspectos do evento 
traumático são expressos.
2. Sonhos angustiantes recorrentes nos quais o conteúdo e/ou o 
sentimento do sonho estão relacionados ao evento traumático.
Nota: Em crianças, pode haver pesadelos sem conteúdo 
identificável.
3. Reações dissociativas (p. ex., flashbacks) nas quais o indivíduo 
sente ou age como se o evento traumático estivesse ocorrendo 
novamente. (Essas reações podem ocorrer em um
continuum, com a expressão mais extrema na forma de uma 
perda completa de percepção do ambiente ao redor.)
Nota: Em crianças, a reencenação específica do trauma pode 
ocorrer na brincadeira.
4. Sofrimento psicológico intenso ou prolongado ante a 
exposição a sinais internos ou externos que simbolizem ou se 
assemelhem a algum aspecto do evento traumático.
5. Reações fisiológicas intensas a sinais internos ou externos que 
simbolizem ou se assemelhem a algum aspecto do evento 
traumático.
C. Evitação persistente de estímulos associados ao evento 
traumático, começando após a ocorrência do evento, conforme 
evidenciado por um ou ambos dos seguintes aspectos:
1. Evitação ou esforços para evitar recordações, pensamentos ou 
sentimentos angustiantes acerca de ou associados de perto ao 
evento traumático.
2. Evitação ou esforços para evitar lembranças externas 
(pessoas,lugares, conversas, atividades, objetos, situações) que 
despertem recordações, pensamentos ou sentimentos 
angustiantes cerca de ou associados de perto ao evento 
traumático.
D. Alterações negativas em cognições e no humor associadas ao 
evento traumático começando ou piorando depois da ocorrência 
de tal evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos 
seguintes aspectos:
1. Incapacidade de recordar algum aspecto importante do evento 
traumático (geralmente devido a amnésia dissociativa, e não a 
outros fatores, como traumatismo craniano, álcool ou drogas).
2. Crenças ou expectativas negativas persistentes e exageradas 
a respeito de si mesmo, dos outros e do mundo (p. ex., “Sou 
mau”, “Não se deve confiar em ninguém”, “O mundo é perigoso”, 
“Todo o meu sistema nervoso está arruinado para sempre”).
3. Cognições distorcidas persistentes a respeito da causa ou das 
consequências do evento traumático que levam o indivíduo a 
culpar a si mesmo ou os outros.
4. Estado emocional negativo persistente (p. ex., medo, pavor, 
raiva, culpa ou vergonha).
5. Interesse ou participação bastante diminuída em atividades 
significativas.
6. Sentimentos de distanciamento e alienação em relação aos 
outros.
7. Incapacidade persistente de sentir emoções positivas (p. ex., 
incapacidade de vivenciar sentimentos de felicidade, satisfação 
ou amor).
E. Alterações marcantes na excitação e na reatividade 
associadas ao evento traumático, começando ou piorando após 
o evento, conforme evidenciado por dois (ou mais) dos seguintes 
aspectos:
1. Comportamento irritadiço e surtos de raiva (com pouca ou 
nenhuma provocação) geralmente expressos sob a forma de 
agressão verbal ou física em relação a pessoas e objetos.
2. Comportamento imprudente ou autodestrutivo.
3. Hipervigilância.
4. Resposta de sobressalto exagerada.
5. Problemas de concentração.
6. Perturbação do sono (p. ex., dificuldade para iniciar ou manter 
o sono, ou sono agitado).
F. A perturbação (Critérios B, C, D e E) dura mais de um mês.
G. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo e 
prejuízo social, profissional ou em outras áreas importantes da 
vida do indivíduo.
H. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma 
substância (p. ex., medicamento, álcool) ou a outra condição 
médica.
Pra todos os casos!!!!
EXAMES COMPLEMENTARES
• Hemograma completo.
• Glicemia de jejum.
• Perfil lipídico (Triglicérides + Colesterol).
• Eletrólitos (Na, K, Ca total, Cai).
• Uréia e Creatina.
• Bilirrubinas.
• Enzimas hepáticas (TGO, TGP, FA, GGT).
• TSH + T4L.
• Teste de gravidez.
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• Prolactina.
• Coagulograma.
• vitaminas B12 e D.
Exame de imagem do encéfalo:
 RNM ou TC sem contraste.
Eletrocardiograma de repouso com D II Longo.
Sorologias: HIV, Sífilis, Hepatite B e C, sempre avisar e solicitar o 
consentimento do paciente.
Benzodiazepínicos
Ansiolíticos (Calmantes), tarja preta.
Atentar para sedação e dependência.
Causa tolerância, abstinência, sensação de prazer.
Estresse agudo → evita benzodiazepínico e debriefing. Pode dar 
medicações sedativas, antipsicóticos, mas evitar bzd. porque 
pode levar a ter tept depois. + terapia.
TEPT → com sintomas depressivos → associa com 
antidepressivo. Psicose → associa com antipsicótico. Pode usar 
benzodiazepínico. + terapia.
Revivescência → vive de novo a cena!
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RAPS
Lei em 2001 que instituiu que não faz mais tratamento só em 
hospital psiquiátrico. Pacientes atendidos em liberdade. 
Em 2011 tem implantação da RAPS → organiza os serviços para 
atender os pacientes com adoecimento mental. Pensar em 
cuidado em liberdade. Se tiver crise → internação breve.
A RAPS tem como objetivos gerais:
I. Ampliar o acesso a atenção psicossocial da população em 
geral. 
II. Promover a vinculação da pessoas com transtorno mental e 
com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e 
outras drogas e de suas famílias aos pontos de atenção.
III. Garantir a articulação e a integração dos pontos de atenção 
das redes de saúde no território, qualificando o cuidado por 
meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da 
atenção a urgências. 
Muda de lógica biomédica (cura/testes) para um modelo 
comunitário. 
A reforma psiquiátrica acompanha a reforma sanitária 
(implantação do SUS, etc..). 
3 pontos principais: cuidado em liberdade, lógica comunitária 
(se aproximar do território/população para criar vínculo), oferta a 
todos. 
Componentes da RAPS
Integralidade → questões psíquicas podem agravar 
adoecimentos de ordem física. 
Antigamente paciente de saúde mental era apenas de saúde 
mental, não via outras áreas. Com a RAPS, passou pra um 
cuidado integral → diálogo entre serviços e diferentes pontos da 
rede. 
Trabalha nos diferentes níveis de saúde: 
• AB: prevenção de agravos, promoção de saúde → UBS, 
centros de convivência, estratégia de saúde da família, NASFS, 
consultórios de rua. 
• Nível secundário: CAPS → serviço da crise → centro de 
atenção psicossocial. Se organiza com lógica territorial. Ex: 
CAPS III: acima de 200 000 habitantes.
• Entra em crise → agitação psicomotora (ex: 
ciclando/ rompe com realidade → quadro de mania 
→ expansividade, irritação, se colocando em risco). 
Quando vai abordar a AGITAÇÃO PSICOMOTORA 
→ TRÍADE: aumento do conteúdo verbal, aumento 
do conteúdo motor, não consegue responder a 
intervenções/ perdeu consciência). Agitação 
psicomotora acentuada em casos de mania. 
• Precisa internar → leva pra urgência e emergência 
no hospital GERAL!
• Terciário: SAMU, alas de reabilitação, UPA.
SRT: serviços de residência terapêutica. 
• Casas implantadas no território onde as pessoas que ficavam. 
Internadas muito tempo vão morar. Não é temporária, é fixo, 
diferente do abrigo temporário da atenção primária.
• Até 10 pacientes crônicos em cada SRT. Tem a liberdade de 
sair de casa, cozinhar o que que,..
• 2 técnicos que ficam. 
• Se morrer → fecha a vaga. 
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A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) tem como objetivo: 
“Garantir a articulação e a integração dos pontos de atenção das 
redes de saúde no território, qualificando o cuidado por meio do 
acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às 
urgências em saúde mental”.
A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS), composta por 
serviços e equipamentos variados, tais como: os Centros de 
Atenção Psicossocial (CAPS); os Serviços Residenciais 
Terapêuticos (SRT); os Centros de Convivência Cultural, as 
Unidade de Acolhimento (UAs), e os leitos de atenção integral 
(em Hospitais Gerais, nos CAPS III).
Na atenção básica
UBS: porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Centralizador do cuidado!
Núcleo de Apoio a Saúde da Família: estratégia primordial para 
a organização e o fortalecimento da atenção básica. A partir do 
acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas 
em uma área geográfica delimitada, são desenvolvidas ações de 
promoção da saúde e prevenção.
Consultório de Rua: modalidade de serviço da atenção primária 
à saúde, no âmbito da Estratégia Saúde da Família, oferecida 
pelo Sistema Único de Saúde para as populações em situação de 
rua.
Unidades de acolhimento: instituições de caráter transitório, 
que constituem-se como respostas para alguns dos modos de 
fragilidade social,seja quais sejam: a vida na rua, a ruptura dos 
vínculos familiares, sociais, a proteção nas situações de 
ameaças e risco à vida dos usuários, etc.
Centros de convivência e cultura: inclusão social das pessoas 
com transtornos mentais. Surge após a Reforma Psiquiátrica. 
Atenção Secundária ! Atenção Psicossocial 
Estratégica
CAPS → Centros de Atenção Psicossocial.
Os CAPS podem ser de tipo I, II, III, álcool e drogas (CAPSad) e 
infanto-juvenil (CAPSi).
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L
Atenção Terciária - Atenção de Urgência e 
Emergência
Samu.
UPAS 24 horas: atua como uma estrutura de complexidade 
intermediária entre os serviços prestados pelas Unidades Básicas 
de Saúde e urgências hospitalares, absorvendo assim parte da 
demanda da população pelas emergências de hospitais públicos.
Hospital Geral: oferecem leitos gerais.
Estratégia de Desinstitucionalização
SRT: moradias destinadas a pacientes egressos de hospitais 
psiquiátricos e hospital de custodia (HCTP) que tenham passado 
dois anos ou mais ininterruptos internados nestes hospitais, e 
que não tenham vinculo familiar ou este vinculo esteja 
intensamente prejudicado.
PVC: programa de volta pra casa → inaugura o Programa De 
Volta Para Casa (PVC), que garante o auxílio de reabilitação 
psicossocial para a atenção e o acompanhamento de pessoas 
em sofrimento mental, egressas de internação em hospitais 
psiquiátricos.
A internação psiquiátrica só acontece com laudo médico. 
• Voluntária → paciente entende que precisa da internação.
• Involuntária → não quer ir, mas a equipe médica e familiares 
acham importante ficar recluso. 
• Compulsória → determinada pela Justiça. 
CAPS I: atende pessoas com transtornos mentais graves e 
persistentes e também com necessidades decorrentes do 
uso de crack, álcool e outras drogas de todas as faixas 
etárias. Serviço de atenção a saúde mental em municípios 
com população: de 20 mil até 70 mil habitantes.
 
 
CAPS II: atende pessoas com transtornos mentais graves e 
persistentes, podendo também atender pessoas com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras 
drogas, conforme a organização da rede de saúde local, 
indicado para Municípios com população acima de 70 mil 
habitantes;
 
 
CAPS III: atende pessoas com transtornos mentais graves e 
persistentes. Proporciona serviços de atenção contínua, 
com funcionamento vinte e quatro horas, incluindo feriados 
e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e 
acolhimento noturno a outros serviços de saúde mental, 
inclusive CAPS Ad, indicado para Municípios ou regiões 
com população acima de 200 mil habitantes;
 
 
CAPS AD: atende adultos ou crianças e adolescentes, 
considerando as normativas do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, com necessidades decorrentes do uso de 
crack, álcool e outras drogas. Serviço de saúde mental 
aberto e de caráter comunitário, indicado para Municípios ou 
regiões com população de 70 a 200 mil habitantes;
 
 
CAPS AD III: atende adultos ou crianças/adolescentes, 
considerando as normativas do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, com necessidades de cuidados clínicos 
contínuos. Serviço com no máximo doze leitos para 
observação e monitoramento, de funcionamento 24 horas, 
incluindo feriados e finais de semana; indicado para 
Municípios ou regiões com população acima de 200 mil 
habitantes;
 
 
CAPS i: atende crianças e adolescentes e jovens (até 25 
anos).com transtornos mentais graves e persistentes e os 
que fazem uso de crack, álcool e outras drogas. Serviço 
aberto e de caráter comunitário indicado para municípios ou 
regiões com população acima de 200 mil habitantes.
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MATRICIAMENTO
Novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, 
num processo de construção compartilhada, criam uma proposta 
de intervenção pedagógico-terapêutica.
Objetivo:
• Estruturar o cuidado colaborativo entre saúde mental e atenção 
primária.
• Superar a lógica de encaminhamentos indiscriminados.
• Corresponsabilização entre as equipes de Sáude da família (SF) 
e saúde mental (DM). 
Construção compartilhada.
Equipe de referência (atenção básica) + equipe de apoio matricial. 
Verticalidade x horizontalidade
Horizontalidade → matriciamento.
• Proporcionar a retaguarda especializada da assistência.
• Suporte técnico-pedagógico.
• Vínculo interpessoal e apoio institucional de construção 
coletiva.
• Integrar saúde mental e atenção primária.
Tanto as equipes do NASF (atenção primária) quanto no CAPS 
(atenção secundária) podem ajudar na atenção primária. 
Ex: pedir ajuda de um profissional do NASF para fazer uma visita 
domiciliar em um paciente de saúde mental. 
Agentes comunitários de saúde → importante para fornecer 
informações sobre a família, território..
Nota técnica n3/2020 - DESF/SAPS/MS → a composição de 
equipes multiprofissionais deixa de estar vinculada as tipologias 
de equipes NASF-AB + o gestor municipal passa a ter autonomia 
para compor suas equipes multiprofissionais, definindo os 
profissionais, a carga horária e os arranjos da equipe. 
Quando a equipe de referência deve solicitar apoio matricial? 
• Auxilio para esclarecimento diagnóstico, estruturação de um 
projeto terapêutico e abordagem da família.
• Suporte para realizar intervenções psicossociais específicas da 
atenção primária, como grupos de pacientes com transtornos 
mentais.
• Integração do nível especializado com a atenção primária.
• Apoio em dificuldades nas relações pessoas ou especialmente 
difíceis encontradas na realidade do trabalho diário. 
Pontos importantes na discussão conjunta: 
1. Motivo do matriciamento.
2. Informações sobre o indivíduo, a família e o ambiente.
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3. Dificuldades no manejo e na comunicação.
4. História do problema atual, cronologia, intervenções já 
realizadas, resultados.
5. Configuração familiar: genograma.
6. Social: convívio em grupos, instituições, apoio social, 
situação econômica.
7. Reflexos do caso na equipe referência.
8. Formulação de diagnóstico multiaxial. 
PTS
O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de propostas 
de condutas terapêuticas articuladas para um indivíduo, uma 
família ou um grupo que resulta da discussão coletiva de uma 
equipe interdisciplinar com Apoio Matricial, se esse for 
necessário. 
Nesse sentido, pode ser utilizado como uma ferramenta do 
processo de integração entre NASF e equipes vinculadas.
Pode ficar só na UBS ou ser ampliado para outros setores. 
Fruto da discussão em quipe.
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TRANSTORNO BIPOLAR
Conceito
Carácter fásico e episódico.
- Episódios de mania e depressão ocorrem de modo 
relativamente delimitado no tempo.
- Períodos de remissão (humor normal, eutímico) e as alterações 
psicopatológicas mais intensas regridem.
Apesar da possibilidade de períodos de remissão mais ou menos 
completa é um transtorno mental grave.
- Prejuízo na qualidade de vida, na produtividade e 
sociabilidade.
- Prejuízo neuropsicológico.
- Risco aumentado de doenças físicas e suicídio.
Epidemiologia
Chance de recorrência alta! 
Risco de suicídio maior em:
- Episódios mistos, ciclagem rápida e TBH com sintomas 
ansiosos.
- Quadros refratários.
- Tratamentos inadequados.
- Comorbidades.
- Transtorno de personalidade do cluster B → 
borderline, histriônica ou narcisista.
- Uso de substâncias → álcool, cocaína, maconha.
Neurobiologia
Relação com sistema límbico e paralímbico → estruturas 
cerebrais interconectadas que estão envolvidas no 
processamento de emoção, definição de metas,..
Estudos mostram influência genética. 
Psicopatologia
humor ou estado de ânimo → estado emocional

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