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1 FISIOLOGIA- BMF2 FERNANDA MARCATO MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS 1. Quais músculos fazem parte da inspiração e expiração? A inspiração calma é um processo ativo, feita pelos músculos intercostais externos e músculo diafragma. Já a expiração normal é um processo passivo, na qual acontece a saída de ar pelo relaxamento desses mesmos músculos. A inspiração e a expiração forçada são processos feitos pelos músculos acessórios, que são os escalenos e o esternocleidomastoide e os intercostais internos e abdominais, respectivamente. DIAFRAGMA Parte Costal: Costelas VII a XII (superfície interna; margem inferior do arco costal); Parte Lombar: Parte medial: corpos vertebrais L I–L III, discos intervertebrais e ligamento longitudinal anterior como pilares direito e esquerdo; Partes laterais: ligamentos arqueados lateral e medial; Parte esternal: Processo xifoide (superfície interna). Inserção final: centro tendíneo; Inervação: N. frênico (C3–C5, plexo cervical). O músculo diafragma possui formato de cúpula e quando ele abaixa aumenta a dimensão em sentido vertical do conteúdo dorsal, em outras palavras, a cavidade se expande e a pressão dentro dos pulmões cai, o que faz com que o ar entre. 2. Cite características das fibras musculares do diafragma. Tipo I (fibras vermelhas): Muito vascularizadas, com maior capacidade aeróbia, menor diâmetro das fibras, contração lenta, fraca e demoram a fadigar. 2 FISIOLOGIA- BMF2 FERNANDA MARCATO Tipo II (fibras brancas: IIa e IIb): Pouco vascularizadas, capacidade aneróbia, diâmetro maior das fibras, contração rápida, forte e fadigam rapidamente. INTERCOSTAIS EXTERNOS ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO E ESCALENOS (ACESSÓRIOS INSPIRAÇÃO) INTERCOSTAIS INTERNOS E ABDOMINAIS (EXPIRAÇÃO) MECANICA RESPIRATÓRIA 3. Qual a definição de mecânica respiratória? Mecanismo pelo qual o ar entra e sai dos pulmões durante a ventilação, ou seja, processo de inspiração e expiração nos pulmões. 3 FISIOLOGIA- BMF2 FERNANDA MARCATO 4. Como as pressões: alveolar, intrapleural, atmosférica e transpulmonar participam da inspiração e da expiração. O ar, assim como outros fluidos, movimenta-se de regiões de pressão mais alta para outras de pressão mais baixa. Logo, o fluxo de ar entre a atmosfera e os alvéolos só ocorre na presença de um gradiente de pressão. *por isso que em altitudes fica mais difícil de respirar, a pressão lá é baixa e não diferencia muito da caixa torácica. Além disso, a mecânica respiratória envolve as forças da musculatura respiratória para vencer a retração elástica dos pulmões, tórax e resistência ao fluxo aéreo. Relação inversa entre pressão e volume: quanto maior a pressão menor o volume. *o ar flui de maior pressão para menor pressão, quando o ar precisa entrar aumenta o volume da caixa toráxica para diminuir a pressão. O pulmão por natureza quer retrair, e a caixa toráxica quer aumentar, aí entra a função do espaço intrapleural. PIP- PRESSÃO INTRAPLEURAL E APLICAÇÕES O espaço intrapleural possui o líquido pleural, que sofre uma sucção continua formando um vácuo relativo (pressão negativa), que mantem os pulmões expandidos. *a pressão na parte superior do pulmão é menor, ou seja, mais negativa. Na inspiração, o ar entra e o volume aumenta (representado pela linha vermelha), pois durante esse processo a caixa toráxica está expandindo por causa da contração dos músculos, deixando a pressão pleural mais negativa para poder vencer a retração natural do pulmão e se expandir, ai no começo da inspiração os alvéolos se expandem e a pressão alveolar cai, o ar então vai da maior pressão para a menor pressão. 4 FISIOLOGIA- BMF2 FERNANDA MARCATO Na expiração os músculos relaxam, e diminui o espaço, que aumenta a pressão intrapleural deixando-a menos negativa, o que sobe a pressão alveolar e o ar sai. Pressão transpulmonar: é a diferença entre a parte de dentro e de fora (medida de força elástica), se aumenta a pressão alveolar o pulmão fica mais expandido. PERFUROU A CAVIDADE TORÁXICA E ENTROU AR, E AGORA? Com a entrada de ar, a pressão pleural fica positiva e isso chama pneumotórax. Com a PIP positiva o pulmão colaba!!!!!!!! As medidas a serem tomadas são: remover o ar da cavidade e reestabelecer a PIP ou aumentar a pressão alveolar para manter a transpulmonar estável. COMO SE COMPORTAM OS CONCEITOS DE COMPLACÊNCIA, ELASTÂNCIA E RESISTÊNCIA NA VIA AÉREA? Complacência: a capacidade do pulmão de se distender. *no pulmão, podemos expressar a complacência como uma alteração do volume (V), que é resultado de uma força ou pressão (P) exercida sobre o pulmão: Complacência = ΔP / ΔV A complacência alta significa que os pulmões e a parede torácica se expandem facilmente, enquanto uma complacência baixa significa que eles resistem à expansão. Os pulmões normalmente têm complacência alta e se expandem facilmente porque as fibras elásticas do tecido pulmonar são facilmente distendidas e o surfactante no líquido alveolar reduz a tensão superficial. A redução da complacência é uma característica comum em condições pulmonares que levam a cicatrizes no tecido pulmonar (p. ex., tuberculose e fibrose) ou fazem com que o tecido pulmonar se encha de líquido (edema pulmonar). Elastância: é a capacidade do pulmão de voltar ao formato normal ou resistir ao estiramento. Elastância = ΔP/ ΔV Por analogia, é a propriedade do elástico de retornar ao estado normal depois de ser distendido, (alta elastância por exemplo uma bexiga, e baixa um saco plástico). CORRELAÇÕES ENTRE ELASTANCIA E COMPLACENCIA Um importante ponto a ser falado é sobre a resistência, do mesmo modo que o sangue flui pelos vasos sanguíneos, a velocidade do fluxo de ar pelas vias respiratórias depende da diferença de pressão e da resistência: o fluxo de ar é igual à diferença de pressão entre os alvéolos e a atmosfera dividida pela resistência. Paredes das vias respiratórias, especialmente os bronquíolos, oferecem alguma resistência ao fluxo normal de ar para dentro e para fora dos pulmões. Pulmões se expandem durante a inspiração, os bronquíolos se ampliam porque suas paredes são “puxadas” para fora em todas as direções. Fibrose: há uma diminuição da complacência e um aumento na elastância, isso porque o tecido sofre fibrose e fica mais difícil de distender. Enfisema: deixa o pulmão que nem um elástico velho, infla muito e volta pouco, aprisiona o ar e aumenta a resistência, pois danifica as fibras de elastina. rque o tecido sofre fibrose e fica mais difícil de distender. 5 FISIOLOGIA- BMF2 FERNANDA MARCATO *vias respiratórias mais calibrosas têm menor resistência. A resistência das vias respiratórias então aumenta durante a expiração conforme o diâmetro dos bronquíolos diminui. *impulsos da parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso causam o relaxamento deste músculo liso, o que resulta em broncodilatação e diminuição da resistência. Qualquer condição que estreite ou obstrua as vias respiratórias aumenta a resistência, de modo que é necessário mais pressão para manter o mesmo fluxo de ar. A característica da asma brônquica ou da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) – enfisema pulmonar ou bronquite crônica – é o aumentoda resistência das vias respiratórias decorrente de sua obstrução ou colapso (no caso da asma obstrução dos bronquíolos e no caso do enfisema colapso dos alvéolos). músculos respiratórios diafragma intercostais externos Esternocleidomastóideo e Escalenos (acessórios inspiração) intercostais internos e abdominais (expiração) mecanica respiratóriA pip- pressão intrapleural e aplicações Perfurou a cavidade toráxica e entrou ar, e agora? Como se comportam os conceitos de complacência, elastância e resistência na via aérea? correlações entre elastancia e complacencia
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