Documentário Cesio 137-2

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Faculdade Brasileira do Recôncavo
Biofísica
2021.2
Docente: Manassés dos Santos Silva
Discente: Silvana de Jesus Andrade 
Documentário
" O brilho da morte: 30 anos do césio 137"
INSTRUÇÕES: 
· O texto deve ser realizado individual.
· Deve ser entregue digitado, não aceitarei escrito.
· Número de páginas: Duas
· Pontos a serem analisados: após assistir o documentário você deve construir um texto argumentativo com suas palavras apontando os pontos positivos e negativos do documentário e qual a relação com a Biofísica.
· ​​​​​​​Valor: 2,0 pontos. 
Link 1: https://www.youtube.com/watch?v=gCcTxnvZb-k
 
O documentário relata o acidente radiológico que aconteceu no ano de 1987 em Goiânia quando dois catadores de materiais recicláveis entraram no prédio de uma clínica de radioterapia que estava abandonada. Essa clínica era o Instituto Goiano de Radioterapia, que ficava localizado no centro de Goiânia. Neste local havia uma máquina de radioterapia que, apesar de abandonada, ainda estava com a sua cápsula com material radioativo no seu interior.
No decorrer do documentário podemos perceber vários pontos. Quando se trata de pontos negativos, primeiramente podemos observar o erro dos responsáveis da clinica que desativaram o serviço, mas não descartaram corretamente o material radiológico, permitindo que pessoas sem conhecimento do risco, chegasse até aquele produto, permitindo que a situação tomasse uma proporção catastrófica.
Segundo ponto negativo pode ser posto a falta de informação das pessoas sobre o risco de radioatividade e seus malefícios. Ainda sobre pontos negativos traz-se o descaso das repartições públicas, trazendo demora na resolução do problema. Nesse sentido, vale ressaltar também a falta de conhecimento dos profissionais de saúde sobre o césio 137, suas complicações e seu tratamento. Um fato negativo e que me chamou bastante atenção é o preconceito e o descaso que existe mesmo após 30 anos com as vítimas, visto que recebem um auxilio mínimo e não encontram os medicamentos que precisam tomar diariamente, sendo assim não são assistidos como deveriam. E por fim, em pontos negativos de ser falado do esquecimento daquelas pessoas, uma vez que nada foi feito pra mudar e que mesmo com o documentário mostrando como as coisas aconteceram e como a vida deles estão nada muda. Além disso, mesmo sendo considerado um dos piores episódios de contaminação com radioatividade da história, classificado em nível 5, que ocorreu fora de uma usina nuclear não teve a visibilidade que deveria por muitas pessoas desconhecem esse episódio, me levando a pensar se o documentário alcançou o objetivo que tinha.
Como pontos positivos do documentário pode ser falado: o interesse dos criadores em trazer a história do acidente de vários ângulos, o fato de ter dado voz as vitimas dessa lastimável situação, dar destaque ao preconceito e ao descaso que os acometidos pela contaminação ainda sofrem. Outro ponto positivo a ser falado é da importância que a suspeita de Maria Gabriela Ferreira teve para auxiliar a vigilância sanitária e aos médicos do que realmente se tratava os sintomas sentidos por varias pessoas, fazendo com que o físico fosse chamado o mais breve para examinar o cilindro que estava em sua posse, caso isso não tivesse ocorrido as consequências poderiam ser ainda piores, já que estes achavam que se tratavam apenas de uma intoxicação alimentar. 
Um ponto positivo também mostrado no documentário foi a importância que os jornalistas deram a situação, fazendo com que o caso repercutisse mundialmente, favorecendo uma atitude mais rápida e ativa dos regimentos públicos, mesmo que no final não fosse tão resolutiva quanto deveria ser.
Após essa análise do documentário é possível perceber se a importância da biofísica nesse e em outros acidentes radioativos, já que se os responsáveis da clínica, médicos e vigilância sanitária, tivessem conhecimento sobre o isótopo radioativo césio 137 (composto químico de alta solubilidade, com meia vida de 30 anos e do seu teor de radiação), os danos poderiam ser amenizados. Além disso a biofísica permite compreender como se proteger e evitar que a radiação se alastre com os cuidados corretos de manuseio. 
Este é um isótopo radioativo resultante da fissão de urânio ou plutônio, usado em aparelhos de radiografia. O problema ocorre quando este isótopo é desintegrado e dá origem ao Bário 137, que passa a emitir radiações gama. Os raios gamas possuem um grande poder de penetração, sendo nocivos ao ser humano.
Desse modo, a biofísica vem como a ciência que permite conhecer os tipos de radiação e o grau de periculosidade para os humanos, possibilitando assim saber como agir frente a esses episódios e resolver tal de forma rápida e coerente, evitando maiores consequências. Uma vez que esta buscar analisar e compreender os diversos fenômenos que são parte do funcionamento do corpo humano e de outros organismos, buscando soluções para os problemas que aparecem ou existem. 
A biofísica procura ver o ser vivo com um corpo, que ocupa lugar no espaço, e transformando energia, existe num meio ambiente o qual interage com este ser. Aspectos elétricos, gravitacionais, magnéticos e mesmo nucleares estão na fundamentação de vários fenômenos biológicos, e portanto, podem ser tratados pelos conhecimentos das ciências físicas, estudando todos os fenômenos que podem ocorrer. Voltando para o acidente em questão, a biofísica ajuda a conhecer como se da o funcionamento do corpo em relação a essa radiação e o que se fazer para não ter um prognostico negativo.
Nesse contexto, é uma ciência estudada em diferentes cursos da área da saúde e possui um alto grau de relevância e complexidade, pois propicia subsídios para que o profissional entenda o corpo humano, estabelecendo relações entre essas duas grandes áreas do conhecimento: a Biologia e a Física. Assim, a biofísica da radiação permite compreender a intervenção desta no funcionamento normal do corpo humano e identificar a interação da radiação com a matéria e efeitos biológicos das radiações ionizantes.