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Gustavo Moreno T19 AULA: DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS – RETOCOLITE ULCERATIVA · Doença intestinal inflamatória intestinal (DII). · Aplicam-se duas doenças intestinais: crônica e idiopática: Doença de Crohn (DC) e Retocolite ulcerativa (RCU). · Etiologia desconhecida e crônica. · Distúrbio na regulação da imunidade da mucosa intestinal - processo inflamatório espontâneo provavelmente direcionado contra os germes da microbiota fisiológica; · Principal fator de risco: é o histórico familiar (10-25% dos pacientes). Anatomopatologia: RETOCOLITE ULCERATIVA: · Caracterizada pelo surgimento inexplicado - idiopático-, de lesões inflamatórias que ascendem de maneira uniforme / homogênea na mucosa do cólon. · Princípios básicos: · RCU é uma do Cólon. · RCU é uma doença da mucosa - raramente é transmural. · RCU é tipicamente ascendente e uniforme. · aspecto macroscópico da mucosa colônica varia - desde normal até o completo desnudamento: · Desaparecimento do padrão vascular típico do cólon (precoce) · hiperemia, edema, mucosa friável, erosão, ulcerações e exsudação de muco, pus, ou sangue · Formação de pseudopólipos: 15 - 30% dos casos. · Mucosa pálida, atrófica, com aspecto tubular (cronicamente) · Lembrar que as alterações ocorrem de forma uniforme e contínua, sem áreas de mucosa normal entremeadas. · RCU de longa evolução são comuns alterações na musculatura colônica. Exame radiológico: · Perda de haustrações - movimento de misturar o bolo alimentar no intestino grosso. · Espessamento da musculatura lisa com aspecto de “cano de chumbo”. · Manifestação clínica da RCU: · Episódios de diarréia invasiva - sangue, pus, muco - sintomas mais comuns. pode ter urgência evacuatória · Colite ulcerativa consiste em diarreia sanguinolenta e dor abdominal, acompanhada com febre e sintomas gerais - astenia e dor no corpo. · Início dos sintomas é insidioso - diagnóstico feito após 9 meses do seu início do quadro, com: → crescente urgência para defecar - diminuição da complacência do reto inflamado. → leves cólicas abdominais baixas. → aparecimento de sangue e muco nas fezes. · Sangue misturado nas fezes é quase universal na RCU. · Processo confinado ao retossigmoide: fezes estão normais ou endurecidas, podendo ter constipação. · Processo mais difuso: de forma mais proximal as fezes se tornam mais amolecidas e com isso, vem a diarreia, cólica e tenesmo. · Paciente pode ter anemia ferropriva por perda de sangue cronicamente. · Pacientes mais inflamados pode ter leucocitose com desvio. · DIII - Exames laboratoriais: · Hemograma com contagem de plaquetas · VHS, proteína C reativa, alfa 1 glicoproteína ou mucoproteínas · Função hepática · Proteína total, albumina, globulina. · Vitamina B12, Ácido fólico, ferro e ferritina. · Marcadores sorológicos: p ANCA, ASCA (pouco usado). · Parasitológico de fezes, coprocultura, leucócitos fecais. · Marcadores fecais: calprotectina, lactoferrina. · Pesquisa de clostridium difficile. · Rx de abdome / enema opáco. · Trânsito intestinal - delgado e o grosso. · US - lesões intra-abdominais e espessamento de alça. · Enterografia - TC e RM · Tomografia, ressonância magnética, colonoscopia. · Cápsulas endoscópicas. · Calprotectina Fecal: Diferenciação do DII e SII (síndrome do intestino irritável) · Usado para rastreamento, funciona como triagem, sendo capaz de diferenciar se o paciente tem inflamação intestinal ou intestino irritável, assim, auxiliando no diagnóstico · Tratamento na visão geral: Muda-se com frequência Até os anos 2000: → tratamento convencionais. → eficácia moderada. → indicadores leves: aminossalicilatos, imunossupressores, corticoides. → inibidores da TNF-alfa: revolucionários, melhora na qualidade de vida (redução da dor), diminuição dos internamentos e cirurgias. · Monitoramento: · Avaliação a cada 3 a 6 meses. · PCR e calprotectina a cada 3 a 6 meses. · Monitoramento do nível sérico. · Colonoscopia. → Fatores a serem considerados: · Tempo de remissão. · Doença leve. · Mudança de terapia. · Fator de gravidade. → Principais indicações: · Diagnóstico, estratificação e complicação. · Sangramento intestinal a esclarecer – melena. · Hipergastrinemia. → Como é feito o exame: · Em jejum. · Contraste hiperosmolar negativo. · Contraste endovenoso. · Fase arterial, portal e tardia. → O que não avalia bem: · Trânsito intestinal - contraste é negativo, são feitas fases com tempo pré definido. · Contraste negativo: cor e intensidade semelhante ao suco entérico. · Intestino grosso pode ser bem avaliado - mas o contraste demora para chegar nesse ponto. · Endometriose. →Entero TC ou entero RM? · Exames com contraste são contraindicados em pacientes com histórico alérgicos. · TC: exame mais rápido, maior cobertura de todo o intestino, radiação ionizante. · RM: mais demorado, algumas regiões do intestino é “cego”, principalmente na transição superior e inferior (íleo terminal, apêndice cecal), não tem radiação ionizante. → Parâmetro de estratificação: appendix. → Correlação dos achados com estadiamento endoscópio de Lehmann: appendix Terapia nutricional na retocolite ulcerativa: · Paciente com perfil favorável de quadro de desnutrição devido ao aumento do catabolismo, reação do processo inflamatório, ou seja, má absorção. · Agudização: → alteração da consistência. → restrições de irritantes - derivados do leite, ácido, carnes vermelhas, sementes, cereais, alimentos flatulentos e bebidas gasosas. → reposição de perdas – suplementação. · Manutenção: → normalização da dieta. → manutenção consistência. → redução das restrições. → reposição de perdas. · Guide lines. · Imunonutrição e modulação intestinal: · glutamina, ácido graxos poli-insaturados ômega-3 e 6, vitaminas e oligoelementos, probióticos, pré probióticos, simbióticos, fibras, hipercalóricos; · Guide lines da sociedade Européia: → diferença no tratamento da doença de Crohn e da RCU. · probióticos: podem fazer manutenção e remissão da RCU. ProVance - comprimido mastigável. VSL / visbiome - mix de probióticos.
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