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Livro da Disciplina Relações Interpessoais e Gestão de Conflitos - Estilos parentais e Habilidades Sociais

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UM ESTUDO DA RELAÇÃO ENTRE ESTILOS PARENTAIS
E HABILIDADES SOCIAIS
Rachel Shimba Carneiro*
Maria Gabriela de Castro Oliveira**
RESUMO
Levando-se em consideração que os modos de criação são reconhecidos como uma importante 
influência no desenvolvimento humano, é possível supor que as relações entre pais e filhos têm 
sido um dos principais objetos de investigação nas áreas de psicologia do desenvolvimento, social 
e clínica. O presente estudo teve como objetivo identificar se o repertório de habilidades sociais 
de 40 pessoas com idades entre 20 e 50 anos está de alguma forma relacionado com os estilos 
parentais percebidos por eles. Para a realização desta pesquisa, foi utilizado o Questionário de 
estilos parentais (BURI, 1991) e o Inventário de Habilidades Sociais de Del Prette e Del Prette 
com o objetivo de investigar os estilos parentais e as habilidades sociais dos participantes. 
Os resultados do estudo verificaram que os participantes que perceberam seus pais como 
autoritários apresentaram um maior comprometimento nas habilidades sociais. Enquanto que 
os que perceberam seus pais como autoritativos parecem ter um maior repertório de habilidades 
sociais. Tais constatações mostram a importância dos pais terem conhecimento dos efeitos dos 
estilos parentais sobre o desenvolvimento de seus filhos.
Palavras-chave: Estilos parentais. Habilidades sociais. Relações pai-filho. Aptidão.
1 INTRODUÇÃO
Desde a década de 1930, cientistas têm se preocupado com questões como "qual a 
melhor forma de educar os filhos?" e "quais são as consequências que podem ser provocadas 
no desenvolvimento das crianças educadas por diferentes modelos de pais?" (DARLING; 
STEINBERG, 1993 apud WEBER et al., 2004, p. 323). Levando-se em consideração que os modos 
de criação são reconhecidos como uma importante influência no desenvolvimento da criança 
(LORDELO; FONSECA; ARAÚJO, 2000) e na promoção da saúde mental, é possível supor que 
as relações entre pais e filhos têm sido um dos principais objetos de investigação nas áreas de 
psicologia do desenvolvimento (CHEN; LIU; LI, 2000 apud BENETTI; BALBINOTTI, 2003). 
Ao longo dos últimos anos, inúmeros estudos têm procurado compreender o impacto que 
os pais exercem no desenvolvimento sociocognitivo dos filhos (PAIVA; RONZANI, 2009). Para 
abordar este tema, diferentes aspectos das relações parentais são foco de investigações, como 
por exemplo, as dimensões do estilo parental e a importância das crenças parentais nas práticas 
educativas (BENETTI; BALBINOTTI, 2003). Para Seidl-de-Moura et al. (2004), as crenças, como 
parte da psicologia dos cuidadores, afetarão as práticas de cuidado para com os filhos, e práticas 
e crenças transformarão e serão transformadas pelo ambiente físico e social. Os autores sugerem 
que é nessa dinâmica complexa que se situa o desenvolvimento infantil.
*Doutora em Psicologia Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Pesquisadora e docente no Centro Universitário 
Augusto Motta (UNISUAM); rachelshimba@unisuamdoc.com.br
**Estudante de Psicologia da Universidade Católica de Petrópolis (PUC); gabriela_c_oliveira@hotmail.com
brought to you by COREView metadata, citation and similar papers at core.ac.uk
provided by Portal de Revistas UNISUAM (Centro Universitário Augusto Motta)
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UM ESTUDO DA RELAÇÃO ENTRE ESTILOS PARENTAIS E HABILIDADES SOCIAIS
Em uma revisão de Teixeira, Oliveira e Wottrich (2006), foi encontrado que duas dimensões 
principais de práticas educativas parentais têm sido usualmente descritas na literatura. Uma 
relacionada com atitudes coercitivas por parte dos pais (como punições e proibições), denominada 
exigência, e outra associada a comportamentos mais afetivos (como dar carinho, mostrar-se 
orgulhoso ou desapontado), denominada responsividade. Teixeira, Oliveira e Wottrich (2006) 
esclarecem que a exigência engloba atitudes de controle do comportamento dos filhos, por 
meio do estabelecimento de regras e de limites, ao passo que a responsividade está associada 
a comportamentos de apoio emocional, comunicação bidirecional entre pais e filhos. Um fator 
interessante encontrado na revisão de Teixeira, Oliveira e Wottrich (2006) é que a combinação 
dessas duas grandes dimensões tem sido utilizada para caracterizar os estilos parentais.
Paiva e Ronzani (2009) citam estudos mostrando a diferença entre estilos parentais 
e práticas educativas. Para os autores, os estilos parentais referem-se a um padrão global 
de características da interação dos pais com os filhos em diversas situações, um conjunto de 
atitudes que propicia um clima emocional em que as práticas se expressam. A partir da revisão 
de Teixeira, Oliveira e Wottrich (2006), os estilos parentais podem ser entendidos como o clima 
emocional, ou contexto, dentro do qual as práticas parentais específicas são implementadas.
De acordo com Weber et al. (2006), o estudo da relação entre pais e filhos tem sido 
desenvolvido por vários pesquisadores por meio dos estilos parentais. Os estilos parentais 
tiveram seus primeiros estudos com Baumrind, em 1971, que integrou tanto os aspectos 
comportamentais quanto os afetivos envolvidos na criação dos filhos (PAIVA; RONZANI, 2009). A 
seguir, é apresentada uma descrição sucinta dos três tipos de estilos parentais: 
Os pais autoritativos são definidos como sendo os que tendem a direcionar as 
atividades de seus filhos de maneira racional e orientada, incentivando o diálogo, 
e exercem seus interesses e os interesses da criança. Pais autoritativos também 
incentivam a argumentação dos filhos em caso de divergência de opinião sem, no 
entanto, abrir mão da sua condição de adulto frente aos impasses impostos pelos 
desejos inadequados da criança, ainda que reconheça seus interesses e modo de ser. O 
estilo autoritário modela, controla e avalia o comportamento da criança de acordo com 
regras de conduta estabelecidas e normalmente absolutas; estima obediência como 
uma virtude e são a favor de medidas punitivas para lidar com aspectos da criança que 
entram em conflito com o que eles pensam ser certo. Já os pais permissivos tentam se 
comportar de maneira não punitiva e receptiva diante dos desejos e ações da criança. 
Neste sentido, foi observado que o permissivo é caracterizado pela falta de controle 
em relação à criança, bem como pela expectativa, por parte dos pais, de que a criança 
apresente uma conduta madura (BAUMRIND, 1966, p. 889).
Na década de 80, o modelo descrito por Baumrind foi reformulado por Maccoby e Martin (1983). 
Os autores desmembraram o estilo parental permissivo em dois: estilo indulgente e negligente. Segundo 
Maccoby e Martin (1983), pais indulgentes são responsivos e não exigentes, enquanto pais negligentes 
são não exigentes e não responsivos, tendem a orientar-se pela esquiva das inconveniências, o que os 
faz responder a pedidos imediatos das crianças apenas de forma a findá-los. 
A partir de uma revisão de estudos, Cecconello, De Antoni e Koller (2003) verificaram que 
o estilo autoritativo está relacionado com competência social, assertividade, comportamento 
independente de crianças, responsabilidade social, autoconfiança e menores níveis de problemas 
de comportamento, ansiedade e depressão. Talvez, essa relação se deva ao fato de que no estilo 
parental autoritativo:
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Rachel Shimba Carneiro e Maria Gabriela de Castro Oliveira
[...] a comunicação entre pais e filhos é clara e aberta, baseada no respeito mútuo. São 
pais quetêm altas expectativas em relação ao comportamento dos filhos em termos 
de responsabilidade e maturidade. Além disso, são afetuosos na interação com eles, 
responsivos às suas necessidades e, frequentemente, solicitam sua opinião quando 
conveniente, encorajando a tomada de decisões e proporcionando oportunidades para 
o desenvolvimento de suas habilidades (CECCONELLO; DE ANTONI; KOLLER, 2003, p. 48).
Por outro lado, Cecconello, De Antoni e Koller (2003) citam estudos mostrando que os 
estilos autoritário, indulgente e negligente parecem estar relacionados com uma maior incidência 
de resultados negativos no desenvolvimento, como problemas de comportamento, abuso de 
substâncias, fracasso escolar e baixa autoestima. Em uma revisão de Weber et al. (2004), verificou-
se que os filhos de pais autoritários foram descritos como tendo tendência para um desempenho 
escolar moderado, sem problemas de comportamento; porém possuem pouca habilidade social 
e alto índice de depressão. Tais argumentos se assemelham às observações feitas por Baumrind 
(1966). Para este autor, os filhos de pais autoritários são menos competentes tanto no plano 
escolar quanto no plano das relações com os outros. É importante chamar atenção para o fato 
de que pais e mães autoritários possuem muita exigência e pouco afeto (PAIVA; RONZANI, 2009).
Por outro lado, Mondin (2008) cita alguns estudos mostrando que pais com pobre disciplina 
e fraco monitoramento dos filhos, como as do estilo negligente e também indulgente, podem 
fazer com que seus filhos não desenvolvam habilidades de socialização básicas necessárias, 
apresentando baixa autoestima e comportamentos antissociais. Segundo alguns autores citados 
por Weber et al. (2004), filhos criados sob o estilo parental negligente apresentam, entre os 
quatro estilos, os piores índices de ajustamento, com menor competência social e cognitiva e 
mais problemas de comportamento. Além disso, possuem baixo rendimento escolar, sintomas 
depressivos e maior índice de estresse. Bolsoni-Silva (2000) destaca algumas pesquisas que 
indicam que as crianças com pouca interação com os pais apresentam menor desenvolvimento 
cognitivo e maiores problemas comportamentais. De fato, muitos estudos têm descoberto 
relações entre estilos parentais e diferentes características dos filhos (WEBER et al., 2004). 
Gomide et al. (2005), por exemplo, verificaram que a literatura especializada no relacionamento 
entre pais e filhos associa o estilo parental ao desenvolvimento de habilidades sociais das 
crianças e adolescentes. 
A partir das considerações feitas, é possível levantar alguns questionamentos sobre os 
temas estilos parentais e habilidades sociais: Será que estilos parentais autoritativos estão 
positivamente correlacionados com o desenvolvimento de habilidades sociais dos filhos? Será 
que estilos parentais autoritários ou permissivos são fatores de risco para o desenvolvimento 
das habilidades sociais dos filhos? 
A importância dos pais para a aquisição de habilidades sociais tem sido demonstrada 
por alguns estudos (PACHECO; TEIXEIRA; GOMES, 1999). De acordo com Del Prette e Del Prette 
(1999), em um ambiente familiar onde se faça uso dessas habilidades, provavelmente se 
desenvolvem crianças com adequado repertório de habilidades sociais, que são imprescindíveis 
para uma boa sociabilidade. Por outro lado, Del Prette e Del Prette (2001) salientam que pais que 
educam seus filhos agindo de forma agressiva, negligente, autoritária ou que fornecem modelos 
inapropriados produzem déficits na aprendizagem de comportamentos sociais adequados. 
Em uma revisão de estudos feita por Bandeira e Quaglia (2005), foi verificado que as 
habilidades sociais são unidades comportamentais que fazem parte do desempenho do indivíduo 
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UM ESTUDO DA RELAÇÃO ENTRE ESTILOS PARENTAIS E HABILIDADES SOCIAIS
diante das demandas das situações interpessoais e que são necessárias à competência social. 
Para Del Prette e Del Prette (2001), o termo habilidades sociais refere-se à existência de diferentes 
classes de comportamentos sociais no repertório do indivíduo para lidar de maneira adequada 
com as demandas das situações interpessoais. As principais classes das habilidades sociais são: 
habilidades sociais de comunicação; habilidades sociais de civilidade; habilidades sociais assertivas, 
de direito e cidadania; habilidades sociais empáticas; habilidades sociais de trabalho e habilidades 
sociais de expressão de sentimento positivo (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2001). 
De acordo com Falcone (2001), as interações sociais bem sucedidas incluem a manifestação 
da habilidade empática e da habilidade assertiva. A empatia é entendida como a capacidade 
de compreender e de expressar compreensão acurada sobre a perspectiva e sentimentos de 
outra pessoa, além de experimentar compaixão e interesse pelo bem-estar desta (BARRETT-
LENNARD, 1993; FALCONE, 1999). Do ponto de vista de Falcone (1999), agir de forma empática 
implica em estar disponível para ver as coisas de acordo com o ponto de referência da outra 
pessoa e demonstrar um interesse genuíno pelo bem-estar desta. 
Já a assertividade é definida como a “capacidade de defender os próprios direitos e 
de expressar pensamentos, sentimentos e crenças de forma honesta, direta e apropriada, 
sem violar os direitos da outra pessoa” (LANGE; JAKUBOWSKI, 1976, p. 7), possibilitando 
bem-estar emocional e aumentando a probabilidade da manutenção de relacionamentos 
interpessoais saudáveis e duradouros (VILA; GONGORA; SILVEIRA, 2003). Para Caballo (2003), 
essas habilidades são aprendidas ao longo do desenvolvimento e são fundamentais para que o 
indivíduo estabeleça relações adequadas ao ambiente.
Por outro lado, os déficits e comprometimentos de habilidades sociais podem caracterizar 
relações sociais restritas e conflitivas que interferem, de maneira negativa, sobre a qualidade 
de vida e a saúde psicológica do indivíduo (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 1999, 2001; PINHEIRO 
et al., 2006). É importante apontar que com relação às variáveis que determinam a ocorrência 
de um desempenho inadequado socialmente, Vila (2005) afirma que podem ser levantadas 
várias hipóteses. Uma delas considera que as pessoas apresentam déficits em habilidades 
sociais porque os contextos familiar e social não propiciaram condições para a aprendizagem 
e aprimoramento de tais comportamentos. Outra hipótese é que, ainda que algumas pessoas 
possuam as habilidades sociais no repertório comportamental, não as apresentam por vários 
fatores, como: grande nível de ansiedade, falhas no repertório discriminativo, não discriminando 
a ocasião apropriada para responder às demandas do contexto social (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 
2002). Deste modo, ao se tentar entender as variáveis mantenedoras dos comportamentos 
considerados inadequados socialmente, infere-se, primeiramente, que a pessoa não passou 
por um processo de aprendizagem para o responder apropriado ou apresenta uma história de 
aprendizagem bastante frágil (VILA, 2005). 
De uma maneira geral, é possível perceber que a habilidade dos pais em interagir 
adequadamente na educação de seus filhos é um aspecto fundamental no desenvolvimento 
emocional, cognitivo e comportamental destes. Entretanto, são necessárias mais pesquisas com 
o objetivo de verificar a relação entre o desenvolvimento das habilidades sociais e o papel dos 
pais para este processo. As considerações feitas até o presente momento motivaram a realização 
desta pesquisa, que consiste em uma reflexão sobre o repertório de habilidades sociais de 40 
pessoas e os estilos parentais percebidos por estes participantes. 
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Rachel ShimbaCarneiro e Maria Gabriela de Castro Oliveira
2 METODOLOGIA
Foram selecionadas 40 pessoas com idades entre 20 e 50 anos para participarem da 
presente pesquisa. Participaram deste estudo 24 adultos do sexo feminino e 16 do sexo masculino, 
oriundos de três instituições de ensino superior, sendo duas públicas e uma privada. Do ponto 
de vista da escolaridade, 28 dos participantes cursam a faculdade de psicologia, quatro cursam 
faculdade de ciências contábeis, uma cursa fonoaudiologia e uma pessoa cursa a faculdade de 
engenharia; os outros já tinham o curso superior completo em jornalismo, psicologia e quatro 
em engenharia. 
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) foi entregue para cada uma das 40 
pessoas que fizeram parte do estudo. O TCLE teve como objetivo fornecer esclarecimentos sobre 
a pesquisa, sobre o processo de avaliação e o sigilo dos participantes. 
O Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del-Prette) de Del Prette e Del Prette (2001) 
foi utilizado para avaliar as habilidades sociais dos participantes, é composto de um Caderno 
de Aplicação e uma Folha de Resposta. O Caderno de Aplicação tem uma folha de rosto com 
as instruções e, em sua parte interna, 38 itens, cada um deles descrevendo uma situação de 
interação social e uma possível reação a ela. Nas instruções, solicita-se que o respondente faça 
uma estimativa da frequência com que reage da forma descrita em cada item, considerando o 
total de vezes em que se encontrou naquela situação. Segue-se uma escala (do tipo Likert) com 
5 pontos, que variam da seguinte forma: 0 (Nunca ou raramente), 1 (Com pouca frequência), 2 
(Com regular frequência), 3 (Muito frequentemente) e 4 (Sempre ou quase sempre). A Folha de 
Resposta contém um quadro para a anotação das respostas. Usualmente, o IHS é autoaplicado, 
ou seja, o próprio respondente anota a avaliação na Folha de Respostas. Essa aplicação pode 
também ser realizada pelo avaliador, caso em que o respondente apresenta oralmente sua 
avaliação a cada item. Os estudos com o IHS indicaram uma estrutura composta de cinco fatores: 
a) enfrentamento e autoafirmação; 
b) autoafirmação na expressão de sentimentos positivos; 
c) conversação e desenvoltura social; 
d) autoexposição a desconhecidos e situações novas; e 
e) autocontrole da agressividade. 
Parte dos itens do IHS é redigida de modo que uma frequência mais elevada indica déficit 
na habilidade requerida naquela situação (nesses itens a pontuação é invertida para a obtenção 
do escore). O escore total permite uma primeira avaliação dos recursos e déficits das habilidades 
sociais do respondente e os escores fatoriais apresentam as áreas específicas, nas quais estas 
habilidades ou déficits se apresentam. Conforme consta no Manual de aplicação, apuração 
e interpretação do IHS, propriedades psicométricas do IHS-Del-Prette apresentam índices de 
validade, fidedignidade e consistência interna satisfatórios.
O Questionário de Estilos Parentais (BURI, 1991) busca avaliar os conceitos de Baumrind 
referentes aos estilos parentais permissivo, autoritário e autoritativo. É composto por 30 situações 
hipotéticas referentes às estratégias educacionais utilizadas pelos pais durante a infância de seus 
filhos. O instrumento é formado por três subescalas, cada uma com dez itens, as quais se referem 
aos estilos parentais autoritário, autoritativo e permissivo. Os filhos respondem em uma escala 
likert de cinco pontos, sendo dois pontos referentes à discordância ("discordo totalmente" e 
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"discordo"), um ponto neutro ("não concordo nem discordo") e dois referentes à concordância 
("concordo totalmente" e "concordo"). Buri (1991), em seu estudo para formulação do PAQ, 
realizou teste de confiabilidade, de consistência interna e análise de correlações entre as três 
subescalas que compunham o instrumento. 
A partir da aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, os participantes foram recrutados em 
três Universidade situadas no Estado do Rio de Janeiro. Após a aceitação e a assinatura do Termo 
de Consentimento Livre e Esclarecido, os instrumentos foram aplicados individualmente. Em cada 
aplicação, os participantes foram informados sobre os objetivos desse levantamento de dados, sobre 
o sigilo e confidencialidade das suas respostas e sobre o caráter voluntário da participação.
Para a análise do Questionário de Estilos Parentais (BURI, 1991), foram calculados os 
escores totais para cada um dos fatores: 
a) estilo parental autoritativo;
b) estilo parental permissivo; e 
c) estilo parental autoritário. 
Com base nesses dados, foi verificado o fator com maior escore de cada participante. No 
Inventário de Habilidades Sociais (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2001), o participante foi classificado 
segundo a tabela de escore total, que o categoriza como tendo: 
a) repertório bastante elaborado de habilidades sociais; 
b) repertório de habilidades sociais acima da média; 
c) repertório médio; 
d) repertório de habilidades sociais abaixo da média; e
e) indicação para treinamento em habilidades sociais. 
3 RESULTADOS 
Por meio do PAQ (BURI, 1991), verificou-se que dos 40 participantes, 26 perceberam seus 
pais como autoritativos, enquanto que 13 perceberam seus pais como autoritários e uma pessoa 
os percebeu como permissivos. A partir dos dados obtidos no IHS (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 
2001), foi constatado que dos 26 participantes com estilo parental autoritativo, 10 apresentaram 
repertório bastante elaborado de habilidades sociais, sete apresentaram repertório de 
habilidades sociais acima da média, duas pessoas apresentaram repertório médio, três pessoas 
apresentaram repertório de habilidades sociais abaixo da média e quatro pessoas apresentaram 
indicação para treinamento em habilidades sociais. Dos 13 participantes que perceberam seus 
pais como autoritários, dois apresentaram repertório de habilidades sociais bastante elaborado, 
duas pessoas apresentaram repertório de habilidades sociais acima da média, uma pessoa 
apresentou repertório médio, duas apresentaram repertório de habilidades sociais abaixo da 
média e seis pessoas obtiveram pontuação que caracteriza uma indicação para treinamento em 
habilidades sociais. Por fim, o participante que percebeu seus pais como permissivos apresentou 
repertório de habilidades sociais abaixo da média. Para ilustrar, as figuras 1 e 2 mostram a 
percentagem de pessoas com estilo parental autoritário e autoritativo e dentre estas quantas 
apresentaram repertório bastante elaborado de habilidades sociais, repertório de habilidades 
sociais acima da média, repertório médio, repertório de habilidades sociais abaixo da média e 
indicação para treinamento em habilidades sociais.
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Rachel Shimba Carneiro e Maria Gabriela de Castro Oliveira
Figura 1: Distribuição Quantitativa do Inventário de Habilidades Sociais (IHS) no Estilo
 Parental Autoritário do Questionário de Estilos Parentais (PAQ).
Figura 2: Distribuição Quantitativa do Inventário de Habilidades Sociais (IHS) no Estilo
 Parental Autoritativo do Questionário de Estilos Parentais (PAQ).
A partir dos dados apresentados nas figuras 1 e 2, pode-se observar que a maioria dos 
participantes que percebeu seus pais com estilo parental autoritário (61%) apresentou um 
repertório de habilidades sociais abaixo da média ou com indicação para treinamento de 
habilidades sociais. Por outro lado, a maioria dos participantes que percebeu seus pais com 
estilo parental autoritativo (65%) demonstrou um repertório de habilidades sociais acima da 
média ou bastante elaborado. Ao comparar os três estilos parentais,é possível verificar que 
os participantes que perceberam seus pais como permissivos ou autoritários apresentaram um 
maior comprometimento nas habilidades sociais. Enquanto que os que perceberam seus pais 
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UM ESTUDO DA RELAÇÃO ENTRE ESTILOS PARENTAIS E HABILIDADES SOCIAIS
como autoritativos parecem ter um maior repertório de habilidades sociais.
4 DISCUSSÃO
Os dados coletados neste estudo estão em consonância com os discutidos pela literatura 
(para uma revisão mais detalhada, ver BAUMRIND, 1966; CECCONELLO; DE ANTONI; KOLLER, 
2003; SALVO; SILVARES; TONI, 2005; MONTANDON, 2005; WEBER et al., 2004), os quais 
indicam que o estilo parental autoritativo e o desenvolvimento das habilidades sociais estão de 
alguma forma interligados. Como propõem Teixeira, Oliveira e Wottrich (2006), o estilo parental 
autoritativo é bastante adequado para um desenvolvimento saudável dos filhos. 
Outra constatação desta pesquisa ao cenário das discussões apresentadas anteriormente 
está no fato de haver uma correlação entre o estilo parental autoritário e o desenvolvimento 
inadequado das habilidades sociais. Segundo Del Prette e Del Prette (2001), pais que educam 
seus filhos agindo de forma agressiva, negligente, autoritária ou que fornecem modelos 
inapropriados produzem déficits na aprendizagem de comportamentos sociais adequados. É 
importante pontuar que a literatura tem apontado que quando a falta de habilidades sociais 
é crítica, as relações sociais podem se tornar restritas e conflitivas, interferindo de maneira 
negativa no grupo em que o indivíduo está inserido, e, sobretudo, em sua saúde psicológica 
(PINHEIRO et al., 2006).
Muitas outras questões relacionadas à influência do estilo parental no desenvolvimento 
dos jovens necessitam serem investigadas, como as possíveis variações que possam existir entre 
diferentes grupos culturais (COSTA; TEIXEIRA; GOMES, 2000; KELLER; LAMM, 2005). Dentro 
deste contexto, pode-se destacar a relevância de futuras investigações que incluam estudos 
transculturais. Em uma revisão de Montandon (2005), foi verificado que alguns pesquisadores 
mostraram que o estilo autoritativo de Baumrind não tem os efeitos positivos que seriam de 
se esperar em crianças oriundas de uma cultura asiática e que as crianças asiáticas que mais 
tinham êxito na escola eram aquelas às quais os pais aplicavam um estilo autoritário. Diante 
de tais considerações, Seidl-de-Moura et al. (2004) propõem que variações sociais e culturais 
importantes devem ser consideradas pelos que se dedicam a estudar o desenvolvimento infantil. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo procurou contribuir na discussão sobre os temas estilos parentais e 
habilidades sociais, indicando que os estilos parentais percebidos pelas pessoas são importantes 
para o desenvolvimento de suas habilidades sociais. Em uma revisão de Pinheiro et al. (2006), 
foi verificado que diversos estudos têm ressaltado a importância do estilo de criação para o 
desenvolvimento social das crianças. É importante destacar a importância de pesquisas relativas 
a amostras referentes a adultos, já que se depara, na literatura vigente, com múltiplos estudos 
concernentes a amostras de adolescentes (BOECKEL; SARRIERA, 2005).
A partir do levantamento de dados realizado neste estudo, é possível pensar em 
possibilidades de ações preventivas com os pais como, por exemplo, uma intervenção que forneça 
tanto conhecimentos dos estilos parentais quanto o desenvolvimento de habilidades sociais. Isto, 
talvez, signifique um processo de munir os pais com conhecimentos específicos e habilidades que 
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lhes permitam promover o desenvolvimento e a competência social de suas crianças. Conforme 
propõem Weber et al. (2004), a sociedade como um todo seria beneficiada, já que mais pessoas 
teriam possibilidades de crescer e se desenvolver em um ambiente familiar saudável. 
Deve-se ressaltar que este estudo foi realizado com um número de participantes reduzido 
e que, portanto, as conclusões aqui apresentadas devem ser consideradas de forma cuidadosa, 
evitando as generalizações precipitadas que precisarão ser apoiadas por dados de estudos 
realizados com uma amostra representativa.
A STUDY OF THE RELATIONSHIP BETWEEN PARENTING STYLES AND 
SOCIAL SKILLS
ABSTRACT
Taking into consideration that the farming methods are recognized as an important influence in 
human development, it is possible to assume that the relations between parents and children 
have been the main objects of research in the areas of developmental psychology, social and 
clinical. The present study aimed to identify the social skills of 40 people aged 20 to 50 years is 
somehow related to parenting styles perceived by them. For this research, we used the Parenting 
Styles Questionnaire (BURI, 1991) and the Social Skills Inventory Del Prette and Del Prette aiming 
to investigate the parenting styles and social skills of the participants. The results of the study 
found that participants who perceived their parents as authoritative showed greater impairment 
in social skills. While those who perceived their parents as authoritative seem to have a larger 
repertoire of social skills. These findings show the importance of parents were aware of the 
effects of parenting styles on the development of their children.
Keywords: Parenting styles. Social skills. Father-child relations. Aptitude.
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