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A existencia da uniao e segurança interna

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I - A existência da União
A existência da União é a primeira hipótese a ser citada no artigo 85º da nossa Constituição como aquilo que deve ser protegido e não imputado contra. Porém, para que entendamos melhor, o que seria a União? 
Trata-se de uma entidade de direito público e interno, com atribuições administrativas e legislativas perante todo Estado Federal, seria então a União do Governo Federal e todas as funções que ele possui, como relações internacionais por exemplo, que são estabelecidos por um órgão de dentro que tem como líder o próprio Presidente da República, este que deve fidelidade, transparência e respeito na hora de tomar decisões e expedir ações. Não é permitido atentar contra aquilo que deve ser o espelho para as demais nações e que mostram para os olhos de fora como é o funcionamento do País.
Para descrever o que poderia ser cometer atos em desfavor desta existência, iremos usar a Lei Complementar de Nº 1079 de 1950 que entregou a todos os crimes de responsabilidade possíveis definições.
Essas são de acordo com a lei, as infrações que podem ser cometidas contra a União previstas no Art. 5º:
“Art. 5º São crimes de responsabilidade contra a existência política da União:
1 - Entreter, direta ou indiretamente, inteligência com governo estrangeiro, provocando-o a fazer guerra ou cometer hostilidade contra a República, prometer-lhe assistência ou favor, ou dar-lhe qualquer auxílio nos preparativos ou planos de guerra contra a República;
2 - Tentar, diretamente e por fatos, submeter a União ou algum dos Estados ou Territórios a domínio estrangeiro, ou dela separar qualquer Estado ou porção do território nacional;
3 - Cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade;
4 - Revelar negócios políticos ou militares, que devam ser mantidos secretos a bem da defesa da segurança externa ou dos interesses da Nação;
5 - Auxiliar, por qualquer modo, nação inimiga a fazer a guerra ou a cometer hostilidade contra a República;
6 - Celebrar tratados, convenções ou ajustes que comprometam a dignidade da Nação;
7 - Violar a imunidade dos embaixadores ou ministros estrangeiros acreditados no país;
8 - Declarar a guerra, salvo os casos de invasão ou agressão estrangeira, ou fazer a paz, sem autorização do Congresso Nacional.
9 - Não empregar contra o inimigo os meios de defesa de que poderia dispor;
10 - Permitir o Presidente da República, durante as sessões legislativas e sem autorização do Congresso Nacional, que forças estrangeiras transitem pelo território do país, ou, por motivo de guerra, nele permaneçam temporariamente;
11 - Violar tratados legitimamente feitos com nações estrangeiras”.
Fica de maneira exposta e imprescindível a declaração de guerras ou violações de tratados que foram feitos diante do mundo com demais nações, tratados este como: Protocolo de Quioto. Abrir para outros territórios os acordos feito dentro do País e somente pertencente a este e ainda não proteger a si diante de ameaças e tornar-se indigno ou enfraquecido a frente do restante. Pertence então ao Presidente a função de exercer a proteção a Existência de sua União.
IV - A segurança interna do país
A segurança interna do País é responsabilidade do Estado, trata-se de uma segurança pública que obtém funções e demandas com respectivos agentes e grupos que irão ter a demanda de proteger, resguardar e interceder pela sua nação, sendo este um critério de vigorar e se fazer cumprir pelo Presidente da República que com seu comando trata de forma certeira das decisões que vão colocar em prática a proteção.
No artigo 144º da nossa Constituição proclama de forma objetiva tal responsabilidade dizendo que a segurança pública é dever do Estado e que acontece através dos seguintes órgãos: Polícia federal, Rodoviária federal, Ferroviária federal, civis, militares e corpos de bombeiros militares.
Temos também a Lei N° 13.675 de 11 de junho de 2018 que complementa sobre a segurança pública com seguintes artigos:
 “Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e cria a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS), com a finalidade de preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, por meio de atuação conjunta, coordenada, sistêmica e integrada dos órgãos de segurança pública e defesa social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em articulação com a sociedade.
Art. 2º A segurança pública é dever do Estado e responsabilidade de todos, compreendendo a União, os Estados, o Distrito Federal e os Munícipios, no âmbito das competências e atribuições legais de cada um”.
Como dito durante o trabalho e como a principal forma de pesquisa, a Lei Nº 1079/50 nos entrega as infrações que podem ser cometidas contra a segurança de nosso País em seu Art. 8º:
“Art. 8º São crimes contra a segurança interna do país:
1 - Tentar mudar por violência a forma de governo da República;
2 - Tentar mudar por violência a Constituição Federal ou de algum dos Estados, ou lei da União, de Estado ou Município;
3 - Decretar o estado de sítio, estando reunido o Congresso Nacional, ou no recesso deste, não havendo comoção interna grave nem fatos que evidenciem estar a mesma a irromper ou não ocorrendo guerra externa;
4 - Praticar ou concorrer para que se perpetre qualquer dos crimes contra a segurança interna, definidos na legislação penal;
5 - Não dar as providências de sua competência para impedir ou frustrar a execução desses crimes;
6 - Ausentar-se do país sem autorização do Congresso Nacional;
7 - Permitir, de forma expressa ou tácita, a infração de lei federal de ordem pública;
8 - Deixar de tomar, nos prazos fixados, as providências determinadas por lei ou tratado federal e necessário a sua execução e cumprimento”.
Aprofundando agora alguns assuntos que podem tornar-se reflexões, seria a época da Ditadura um ato contra a nossa segurança? Não só muitos doutrinadores como muitos leigos acreditam que sim, além da consideração de golpes militares que deveriam ser agentes que nos protegem ao em vez de causar angústias, mas também são os principais visores de uma possível nova aplicação ditatorial para a população. É interessante falar ainda sobre o item 6 que fala sobre a ausência do nosso Presidente, isto tem como previsão o artigo 83º da Constituição Federal: “Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo”.
O Presidente da República toma para si em sua posse a obrigação de dar satisfação ao seu povo, seu congresso e cumprir com as leis impostas sem desrespeitá-las ou fazerem se desrespeitar. Tomando conta da segurança da população e da nação brasileira.
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/108029/o-que-sao-crimes-de-responsabilidade-do-presidente-da-republica-ronaldo-pazzanese
BRASIL. Lei n° 1079, de 10 de abril de 1950. Define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo processo de julgamento. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF, v.
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição [da] Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal.
Segurança pública [recurso eletrônico]: prioridade nacional / relator Capitão Augusto; consultores legislativos Claudionor Rocha ... [et al.]; Claudionor Rocha (coordenador). – Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2018. – (Série estudos estratégicos; n. 10 e-book)
https://www.politize.com.br/seguranca-publica-brasileira-entenda/
Art. 85º São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal, e, especialmente, contra:
Nesta lei como dito anteriormente pode-se encontrar os artigos que especificam sobre a denúncia, acusação e julgamento diante dos atos ilícitos cometidos, sendo eles do Art.14º ao 38.

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