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O comércio e a logística - parte I

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O COMÉRCIO E A LOGÍSTICA
 
AS ORIGENS DO COMÉRCIO MODERNO – o comércio envolve a troca de bens e serviços por dinheiro. No início do desenvolvimento moderno do comércio, as mercadorias eram diretamente intercambiadas nos postos de troca, em uma época que as moedas não tinham credibilidade financeira para serem aceitas. Era a fase do escambo. O ouro servia de moeda, mas, circulava apenas nas regiões próximas às suas jazidas.
ARMAZÉNS GERAIS – na fase colonial, os pioneiros que se aventuravam no Oeste norte-americano necessitavam de mercadorias para suas atividades colonizadoras. Aparecem os armazéns gerais (general storages) que operavam seguindo as práticas:
A comercialização era feita basicamente a dinheiro;
A oferta de mercadorias era extensiva, com produtos alimentícios não perecíveis, ferramentas, roupas, sapatos, etc.;
O comerciante encomendava itens que achava de ser do interesse dos seus clientes. A mercadoria permanecia na prateleira até ser vendida. Não havia retorno de produtos encalhados aos fornecedores, tampouco promoções para liquidação de estoques;
Não havia variedade de produtos, traduzida em qualidade diferente, marcas diversas, etc.
Os armazéns se localizavam em pontos nevrálgicos da rede de transportes, como entroncamento no caminho das caravanas e estações ferroviárias. Muitos desses postos comerciais deram origem a vilas e cidades. O suporte logístico, nessa fase era feita por meio dos caixeiros viajantes, que visitavam os pontos de vendas numa longa seqüência, que durava dias ou semanas. Após organizar os pedidos e voltar às suas bases, os caixeiros viajantes transmitiam os pedidos aos fornecedores, que providenciavam as remessas. As mercadorias eram encaixotadas e despachadas pelas estradas de ferro. O estoque de produtos encalhados, o grande intervalo entre as visitas, o longo ciclo do pedido e o tempo de distribuição elevavam os custos de comercialização. 
COMRCIALIZAÇÃO POR CATÁLOGOS – o estilo de operação dos armazéns gerais começou a se exaurir com o tempo. Os consumidores queriam maior variedade de roupas, calçados, produtos de toucador e objetos de decoração para casa. O sistema postal norte-americano deu um impulso a um novo tipo de comercialização de produtos. Além do correio atender bem as regiões do interior, o governo subsidiou as tarifas para as áreas rurais, mantendo as pessoas no campo. Essas facilidades permitiram a criação de um sistema de comercialização de produtos por catálogos e encomendas postais. Em 1872 foi criada a primeira empresa que comercializava produtos por catálogos, a MONTGOMERY WARD. Em 1886, Richard SEARS, também entrou nesse nicho de negócios. Para a logística observou-se uma evolução importante para a operação comercial. A centralização dos estoques em alguns pontos do território possibilitava:
Maior rapidez na distribuição dos produtos ao consumidor final;
Maior variedade de tipos, marcas, cores e tamanhos;
Eliminação dos caixeiros viajantes e lojistas;
Possibilidade de redução de preços e conseqüente absorção de maior fatia do mercado. 
ESPECIALIZAÇÃO DO VAREJO – a aquisição por catálogos não substituía a compra pessoal. A visualização dos produtos por meio de desenhos e fotos não substituía o contato direto. A escolha de roupas e sapatos requer uma experimentação direta, a prova. A SEARS adotou a permissão da devolução do produto, quando não aceito pelo cliente e criou um slogan: “Satisfação garantida, ou seu dinheiro de volta”. Essa decisão, entretanto, implica que os canais de distribuição e de devolução sejam confiáveis e práticos. Em função do crescimento da necessidade e da sofisticação do consumidor, surgiram as lojas especializadas (limited line store). As lojas especializadas ocupavam os grande centros comercializando produtos específicos, como por exemplo, sapatos, roupas, utensílios domésticos, móveis, etc. o crescimento da sofisticação faz surgir, no ramo farmacêutico, a drugstore, que incorporava uma farmácia e oferecia um grande número de produtos de pequeno valor, como filmes, jornais, revistas, etc. No inicio do século XX se tornaram populares as lojas de departamentos (departament stores). Estabelecimentos varejistas localizados no centro comercial das cidades e, num único prédio, setores diversos especializados em vendas de produtos, como móveis, roupas, brinquedos, etc. Esse no tipo de comercialização nada tinha a haver com os antigos armazéns gerais. Sob o aspecto da logística havia diferenças notáveis. Por comercializar um grande número de produtos, os serviços de entrega foram reestruturados, com melhor nível das pessoas e dos recursos de infra estrutura. O maior volume de vendas aumentou o poder de negociação das lojas com os fornecedores. O desempenho desse tipo de varejo foi tão bom que a SEARS e outros especialistas em vendas por catálogos, aderiram ao novo sistema, sem abandonar o anterior. Pelo perfil de investimento requerido, somente grandes grupos aderiram a esse tipo de comércio.
O SURGIMENTO DO SUPERMERCADO – o mesmo fenômeno de concentração não foi observado com a mesma rapidez no caso dos produtos alimentícios de primeira necessidade. As vendas empórios, açougues e as padarias nos bairros eram os estabelecimentos típicos de varejo até 1940/1950. Três fatores explicavam esse fato:
Compras fiadas com a “caderneta”, onde o cliente acertava as contas 1 vez por mês com o dono do negócio;
Somente as famílias ricas possuíam geladeiras e com isso, a compra de mantimentos tinha de ser feita todos os dias;
A falta do automóvel impossibilitava o deslocamento das pessoas até centros de varejos distantes dos bairros.
O desenvolvimento das indústrias: automobilística e de bens duráveis, proporcionou a compra de geladeiras e de automóveis e promoveram o surgimento dos supermercados. A operação do supermercado está ligada ao auto-serviço. Em lugar de ser atendido pelos varejistas, os clientes fazem suas compras sozinhos, pagando ao sair do estabelecimento. Vantagens logísticas levaram a um crescimento vertiginoso desse tipo de operação comercial. Os preços mais baixos atraíram mais clientes, o que aumentou o poder de negociação com os fornecedores. O lucro, com baixos percentuais individuais, era obtido por meio do giro das mercadorias. Além disso a operação do estabelecimento era feita por poucas pessoas, reduzindo também os custos. A inovação trazia novos conceitos comerciais e de logística atraiu novos comerciantes, trazendo a inevitável concorrência. A decoração das lojas, aumento da variedade dos produtos, o emprego de profissionais qualificados, aumentaram os custos. Buscando um novo equilíbrio, os supermercados passaram a oferecer produtos somente nos drugstores. Passaram também a comercializar utensílios domésticos e outros tipos de mercadorias, buscando otimizar as instalações e atrair mais consumidores. Surgem, então, os hipermercados. Os primeiros supermercados surgem nas regiões centrais das cidades. Os supermercados foram os primeiros a abrir lojas nas áreas suburbanas. Posteriormente as lojas de departamento adotaram o mesmo procedimento, deslocando-se para as áreas suburbanas. Surgem as cadeias varejistas de supermercados, lojas de departamentos, de roupas, sapatos, jóias e outros tipos de produtos. Na evolução, mais recentemente, a cadeia varejista é formada pelas franquias. 
OS SHOPPING CENTERS E AS LOJAS DE DESCONTOS – outro tipo de comércio, que aparece na fase de expansão na direção dos bairros e dos subúrbios, é o shoping Center. As lojas especializadas continuavam, porém ficavam dispersas na malha urbana, dificultando as compras e apresentando problemas de estacionamento e acesso. Surge a idéia de reunir várias lojas sob um mesmo teto, sem tirar-lhes a característica básica, agregando-se estacionamento, bares, cinemas, áreas de circulação atraentes, ar condicionado, possibilitando o aumento de vendas por m2. O conceito de supermercado estende o conceito para outros tipos de produtos dando origem às lojas de descontos (discount houses). Nesse caso não há preocupação comas instalações dos prédios nem do acabamento, gerando uma redução de custos operacionais. Mais recentemente surgiu outro tipo de estabelecimento varejista, operado diretamente pelos fabricantes, chamado de outlets. Outra forma de comércio diretamente operada pelo fabricante é a venda direta, em que os vendedores batem à porta dos consumidores, fazendo demonstrações e comercializando.
VAREJO SEM LOJA E VENDING MACHINES – mais recentemente, com o desenvolvimento dos sistemas de comunicações e da internet foi dado novo impulso ao varejo sem loja, o comércio eletrônico. Esse tipo de comércio tem suas raízes numa estrutura logística muito especial. O varejo por máquina (vending machines) vendendo cigarros, refrigerantes, sanduíches e outros produtos, ocorre por meio da operação de máquinas com moedas e cédulas e são instaladas em locais dos mais diversos. Por outro lado, a sustentação desse tipo de comércio depende da estabilidade da moeda. Quando a moeda perde seu valor, por força de inflação, o sistema fica inviabilizado ou pouco vantajoso.
TIPOS DE COMÉRCIO – pode-se classificar, de forma geral, as atividades de comércio varejista em dois grupos:
VAREJO COM LOJA;
VAREJO SEM LOJA.
Os supermercados, por sua vez, são subdivididos em:
Hipermercado – grandes lojas de auto-serviço comercializando de extensa variedade de produtos alimentares e bebidas, mantendo também grandes áreas de para a venda de roupas, artigos esportivos, utilidades do lar, acessórios de automóveis, além de outros itens;
Minimercados – auto-serviço de pequeno porte de atendimento local (bairros);
Supermercado – auto-serviço, de porte médio, oferecendo linha completa de itens alimentares e de primeira necessidade.
Proliferam, também, as lojas de conveniência, a maioria aberta 24 horas por dia, atendendo situações emergenciais.

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