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GO - Massas Pélvicas

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Massas Pélvicas
As massas pélvicas são achados clínicos comuns e podem comprometer órgãos reprodutivos ou estruturas não ginecológicas.. Podem ser identificadas em mulheres assintomáticas durante exame pélvico de rotina ou podem causar sintomas. As queixas típicas abrangem dor, sensações de pressão, dismenorreia ou sangramento uterino anormal.
Fatores Demográficos
Fase Pré-Puberal
Massas ovarianas são as mais frequentes nessa faixa etária
↪ Tumores benignos de células germinativas e os teratomas císticos maduros (+ comum).
Por apresentarem algum grau de funcionalidade, em geral são mantidos e acompanhados em clínica.
Adolescência
Apresentação semelhante a fase pré-puberal, no entanto, com o inicio da função reprodutiva, há também possibilidade de:
↪ Gravidez;
↪ Doença inflamatória pélvica;
↪ Endometriomas.
Idade Reprodutiva
13
A diversidade de causas aumenta, sendo as mais frequentes:
↪ Gravidez;
↪ Cistos ovarianos funcionais;
↪ Leiomiomas.
Outras causas comuns são:
↪ Endometrioma;
↪ Teratoma cístico maduro;
↪ Abscessos tubo-ovarianos agudos ou crônicos;
↪ Gestações ectópicas.
Ocorre um aumento da taxa de tumores malignos nesta faixa etária
Pós-Menopausa
Cistos ovarianos simples e Leiomiomas continuam sendo significativo para está faixa etária, porém também é neste grupo a maior taxa de massas malignas, dentre eles:
↪ Adenocarcinoma,
↪ Sarcoma.
Massas Uterinas Benignas 
Leiomiomas
Definição
Neoplasias benignas do músculo liso que com frequência se originam do miométrio. Acomete mulheres em idade fértil, sendo três vezes mais frequentes na raça negra..
Patogênese
Os leiomiomas são tumores redondos, brancos nacarados, firmes, elásticos e que, na superfície de corte, exibem um padrão espiralado. São bem circunscritos, apesar de não possuírem capsula (pseudocapsula) e sim uma camada tecidual fina, conectiva externa, que permite que sejam facilmente retirados cirurgicamente. 
Esse tumor é originário de uma única célula muscular lisa (origem monoclonal) além de conter tecido conjuntivo. Histologicamente, são formadas por células alongadas de músculo liso agregadas em feixes, sendo a atividade mitótica rara (ponto-chave na diferenciação do leiomiossarcoma.).
Em geral são múltiplos e cada tumor tem origem independente monoclonal.
Sua caracterização pode ser modificada quando o tecido normal é substituído por várias substâncias degenerativas após hemorragia e necrose (degeneração), que em geral pode ser acompanhada por um quadro de dor aguda. As substâncias substitutivas podem ser:
· 
↪ Hialina;
↪ Calcificada;
↪ Cística;
↪ Mixoide;
↪ Carnosa ou vermelha;
↪ Gordurosa.
Efeitos do estrogênios
Os leiomiomas uterinos são tumores sensíveis ao estrogênio e à progesterona. Consequentemente, eles se desenvolvem durante os anos reprodutivos. Após a menopausa, os leiomiomas geralmente regridem e o desenvolvimento de novos tumores é raro.
Os próprios leiomiomas criam um ambiente hiperestrogênico, que parece ser requisito para seu crescimento e manutenção. Três fatores contribuem para está hipótese:
↪ As células dos leiomiomas contêm maior densidade de receptores de estrogênio, o que resulta em maior ligação de estradiol. 
↪ Esses tumores convertem menos estradiol em estrona menos ativa.
↪ Maiores níveis de aromatase citocromo P450 nos leiomiomas, em comparação com os miócitos normais, covertendo androgênios em estrogênios.
As condições que favorecem ou não este ambiente hiperestrogênico
Classificação
Submucoso: Localizado próximo ao endométrio, crescem e projetam-se em direção ao interior da cavidade endometrial, podendo exteriorizar-se pelo canal cervical ou pela vagina. Associado com sangramento irregular e infertilidade
Intramural: Crescem centrado dentro das paredes uterinas. Assocaido com sangramento e dismenorréia
Subseroso: Localizado próximo à serosa uterina, e seu crescimento está orientado para o exterior. Associado com sintomas compressivos e distorção de órgãos próximos.
↪ Leiomiomas Parasíticos são uma variante do subseroso que adquirem irrigação de outros órgãos intra-abdominais (omento, mesentério) perdendo a irrigação sanguínea proveniente do útero, podendo ou não se soltar do miométrio progenitor 
Pendicular: Pode ser submucoso quanto subseroso. Eles são caracterizados por terem apenas uma haste o ligando ao seu miométrio progenitor.
Sinais e Sintomas
A maioria das mulheres com leiomiomas é assintomática. Entretanto, as pacientes sintomáticas costumam se queixar de sangramento, dor, sensação de pressão ou infertilidade, usualmente correlacionada com a localização, número, tamanho e alterações degenerativas.
Sangramento
↪ Menorragia/Hipermenorreia
Desconforto pélvico e dismenorreia
↪ Sensação de pressão;
↪ Frequência urinária;
↪ Incontinências;
↪ Constipação;
↪ Hidronefrose.
Dor pélvica aguda
↪ Sintoma menos relatado. Em geral está associada a prolapso ou degeneração do leiomioma.
Infertilidade e perda de gravidez
↪ Oclusão do óstio tubário;
↪ Interrupção das contrações uterinas normais que impulsionam os espermatozoides ou o ovo. 
↪ Distorção da cavidade endometrial
↪ Inflamação endometrial
↪ Alterações vasculares
Diagnóstico
Anamnese → Sugestiva
Exame ginecológico + toque vaginal → Identificar aumento do volume uterino ou anexo. Este último não é tão preciso, pois diferente do útero, a mobilização do colo nem sempre se transmite por toda massa.USG - Leiomioma
USG - Leiomioma
RM – Calcificação em amora
USG → Método de entrada de diagnóstico e acompanhamento. Em geral, hipoecóicos ou heterogêneos.
Hipoecogenicidade + Arredondada + Parede lisa + Tamanho irregular e pequeno → Degeneração cística ou mixoide. 
Pode ser apresentar de forma aneicóica também (se degeneração cística ou hialina).
Hiperecogenicidade + Distribuição circundante ou aleatoriamente pelo tumor → Degeneração com Calcificação (“calcificação em amora”).
Histeriossonografia (ou USG com Infusão Salina – UIS) e a histeroscopia → Auxilia a melhorar a sensibilidade na detecção de miomas, já que a salina permite evidenciar estruturas.
TC → Baixa sensibilidade e especificidade. Lobulação dos contornos uterinos. Massas e nódulos de menor impregnação pelo contraste
USG com Doppler → Permite diferenciar leiomioma extrauterino de outras massas pélvicas.
RM → Permite informações mais precisas, como tamanho, número, localização dos miomas, além de auxiliar em tratamentos conservadores, como a embolização das artérias uterinas ou miomectomia., além de diagnóstico diferencial entre mioma subseroso pendulado e massa anexial. T1 e T2 –baixo sinal se não complicados
Tratamento
Indicado para mulheres com miomas muito volumosos ou que provoquem compressão uretral. Pacientes assintomáticas necessitam apenas acompanhamento. Qualquer tratamento deve levar em consideração a idade, desejo de gestação sintomas, localização e tamanho dos miomas.
Expectante
Indicado para mulheres assintomáticas com pequenos e grandes miomas.
Clínico/Intervencionista
O tratamento clínico é utilizado para pacientes sintomáticas com o intuito de melhorar o sangramento e a dor. Pode, ainda, ser utilizado para preparar a paciente para cirurgia bem como evitar o tratamento cirúrgico.
Farmacoterapia
↪ Fármacos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) → Dismenorreia
↪ Terapia hormonal (COCS e Progestágenos) → Primeira linha de tratamento para mulheres com mioma, apesar de ser uma medida temporária. Induzir atrofia endometrial e reduzir a produção de prostaglandinas. Os COCs não reduz o tamanho dos tumores, porém impede que eles cresçam. Reduzem os sintomas associados à menorragia.
→ Acetato de medroxiprogesterona
Dose padrão: comprimido de 10 mg/dia. Uso combinado com o análogo/agonista de GnRH.
→ Estrogênios conjugados
Dose padrão: comprimido de 0,3 mg/dia. Uso combinado com o análogo/agonista de GnRH.
↪ Androgênios → Apesar da melhora dos sintomas de sangramento e provocarem uma diminuição no tamanho dos miomas, seus efeitos adversos (hirsutismo e acne) impedem seu uso como agente de primeira linha.
→ Danazol 
Dose padrão: 400mg/dia a 800 mg/dia
→ Gestrinona
Dose padrão:1,25 mg, 2,5 mg ou 5,0 mg (dose oral única/ duas a três vezes ao dia)
↪ Agonista do GnRH → Os agonistas de GnRH reduzem os leiomiomas porque inibem os efeitos de crescimento do estrogênio e da progesterona. Inicialmente, esses agonistas estimulam os receptores dos gonadotrofos hipofisários para causar uma liberação suprafisiológica do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio folículo-estimulante (FSH). Esse efeito, também chamado de flare (efeito estimulador), costuma durar uma semana. No entanto, em sua ação de longo prazo os agonistas promovem a downregulation dos receptores nos gonadotrofos, produzindo, assim, dessensibilização para estimulação adicional do GnRH. Esses fármacos também inibem a expressão da aromatase P450, diminuindo a produção in situ de estrogênio.
Devido a sérios efeitos adversos (sintomas vasomotores, alterações na líbido, ressecamento do epitélio vaginal, dispareunia, cefaleia, depressão e desmineralização óssea – cerca de 6% em seis meses) essa terapêutica é reservada para mulheres na perimenopausa ou no período pré-operatório, nunca se excedendo 6 meses de uso sem terapia de apoio. A terapia de apoio se pauta no uso de combinados de estrogênio e progestogênio (semelhante as terapias de reposição hormonal) ou moduladores seletivos do receptor de estrogênio (MSREs). 
Seu uso pré-cirúrgico é indicado, pois além de diminuir o tumor e as consequências geradas, ele permite redução da menorragia e correção da anemia.
→ Triptorrelina
Dose padrão: 3,75 e 11,25 mg injetável. Mensal ou trimestral.
→ Leuprorrelina
Dose padrão: Frasco-ampola de 3,75 e 11,25 mg injetável. Mensal ou trimestral.
→ Gosserrelina
Dose padrão: Seringa prenchida de 3,6 e 10,8 mg injetável. Mensal ou trimestral.
↪ Antagonistas do GnRH → Seus efeitos hipoestrogênicos profundos são similares àqueles dos agonistas do GnRH, mas não se observa o flare inicial de gonadotrofina, e sua ação é mais rápida Única limitação é a necessidade de injeções diárias. Sua ação bloqueia os receptores hipofisários de GnRH provocando declínio imediato do FSH e LH.
↪ Antiprogestogênios → Agentes específicos ligam-se de forma competitiva a esses receptores e são classificados como antiprogestogênios, quando promovem efeitos universalmente antagônicos, ou como moduladores seletivos do receptor de progestogênio (MSRPs), quando apresentam efeitos antagônicos à progesterona em alguns tecidos, mas efeitos progestogênios em outros. Poucas estudos foram realizados, mas os fármacos parecem promissores.
↪ DIU com Levonorgestrel → Tratamento eficaz para a menorragia com poucos efeitos adversos. Atentar que só possui recomendação úteros com tamanho inferior a 12 semanas de gravidez.
↪ Embolização das artérias uterinas → Trata-se de procedimento intervencionista angiográfico no qual injetam-se microesferas de álcool polivinílico (PVA) ou outro agente sintético particulado embólico em ambas as artérias uterinas. O fluxo sanguíneo uterino é, então, obstruído, produzindo isquemia e necrose. Como os vasos que nutrem os leiomiomas têm calibre maior, as microesferas são preferencialmente direcionadas para os tumores, poupando o miométrio adjacente. 
Cirúrgico 
Histerectomia → A remoção do útero é o tratamento cirúrgico definitivo e mais comumente realizado em casos de leiomioma.. Indicada para mulheres que já não desejam preservar a fertilidade. Única cirurgia que elimina os sintomas e o risco de recorrência.. 
↪ Vaginal
↪ Abdominal
↪ Laparoscópica
Miomectomia → A ressecção dos tumores é uma opção para as mulheres sintomáticas que tenham intenção de engravidar no futuro ou para aquelas que se oponham à histerectomia.
↪ Laparoscópica
↪ Histeroscopia
Adenomiose
Definição
Aumento uterino causado por resíduos ectópicos endometriais, tanto glandulares quanto de estroma, profundamente localizados dentro do miométrio circundado por hiperplasia e hipertro a das células miometriais. Acomete, em geral, mulheres entre 40 e 50 anos.
Classificação
Adenomiose Difusa – Distribuído por todo miométrio
Adenomiose Focal – No miométrio se distribui em um conjunto focal nodular circunscrito.
O tipo histológico só é possível identificar a partir da peça cirúrgica.
Patogênese
No exame macroscópico, é comum haver aumento uterino global, mas é raro que esse aumento ultrapasse o de uma gravidez de 12 semanas. O contorno da superfície é liso e regular, sendo comum que haja amolecimento generalizado e hiperemia do miométrio. A superfície uterina seccionada tem aspecto macroscópico esponjoso com áreas focais de hemorragia.
A teoria mais aceita a respeito do desenvolvimento da adenomiose propõe que sua gênese esteja ligada à invaginação da camada endometrial basal para o interior do miométrio. A interface endométrio-miométrio é única, diferente da maioria das interfaces mucosa-muscular, pois não possui uma submucosa interveniente. Portanto, mesmo no útero normal, o endométrio costuma invadir superficialmente o miométrio.
Ela parece está associada com a gravidez, cirurgia, redução da atividade imunológica e influência do estrogênio e progesterona. 
Outra teoria envolve participação de resquícios embrionários de remanescentes mullerianos.
Uma terceira envolve a metaplasia de resquícios mullerianos e explicaria a presença de nódulos adenomióticos fora do útero, como no septo retovaginal pluripotentes.
Fatores de risco
↪ Paridade (>2 gestações)
↪ Idade (40 a 50 anos)
↪ Doenças com aumento da expressão da aromatase citocromo P450 + níveis aumentados de estrogênio.
↪ Endometrite crônica
↪ Abortamento
↪ Trauma uterino durante o parto/Cirurgia
↪ Hiperestrogenismo (IMC elevado ou menarca precoce <10 anos de idade).
↪ Uso prévio de COs e tamoxifeno
↪Tabagismo.
Sinais e Sintomas
Aproximadamente um terço das mulheres com adenomiose apresenta sintomas, principalmente quanto maior o número de focos ectópicos e extensão da invasão.
↪ Menorreia
↪ Dismenorreia
↪ Dispareunia
Diagnóstico
CA-125 → Apesar de está aumentado no adenomiose pode está também aumentado nos pacientes com leiomiomas, endometriose, infecção pélvica e malignidades pélvicas.RM - Adenomiose
RM - Adenomiose
RM - Adenomiose
USG - Adenomiose
Sinal da tempestade
USG → A vida transvaginal oferece melhores imagens que podem ser complementadas com a RM. Em geral é diagnosticada na presenta dos seguintes critérios
↪ Heterogeneidade;
↪ Espessamento parietal assimétrico do útero;
↪ Nódulos ecogênicos e/ou cistos subendometriais (específicos);
↪ Nódulos semelhantes aos miomas (adenomiomas): heterogêneo e mal definido;
↪ Ecogenicidade aumentada ou diminuída;
→Estrias miometriais hipoecoicas: faixas de sombra acústica paralelas.
→ Linhas hiperecogênicas: subendometriais: finas linhas hiperecogênicas estendendo-se do endométrio para o miométrio.
→Ilhas Ilhas hiperecogênicas miometriais;
↪ Junção endométrio-miométrio irregular ou indistinta.. 
RM → Melhor sensibilidade e especificidade.
↪ Espessamento da Zona Juncionalmaior que 1,2 cm; 
↪ Formações císticas subendometriais;
↪ T1 com focos de alto sinal configurando material hemático intramural.
Tratamento 
Clínico
O principal objetivo do tratamento é reduzir a dor e o sangramento
↪ AINEs.
↪ COCs (ou só de progestogênio) → Induzem a atrofia endometrial e rediz a produção endometrial de prostaglandinas.
↪ DIU com delevonorgestrel.
↪ Análogos do GnRH..
Intervencionista
A histerectomia é o tratamento definitivo, e, como acontece em outras condições, o tipo de procedimento cirúrgico depende do tamanho uterino e da patologia uterina ou abdominopélvica associada. São possíveis outras abordagens, como a ablação ou ressecção endometrial com resultados positivos, porem é questionável a erradicação da doença com estas técnicas. 
Endometriose
Definição
A endometriose é um distúrbio ginecológico benigno comum definido pela presença de glândulas e estroma endometriais fora do sítio normal. É uma doença hormônio-dependente, sendo por isso encontrada sobretudo nas mulheres em idade reprodutiva. As pacientes com endometriose podem ser assintomáticas, subférteis ou apresentar graus variáveisde dor pélvica.
Incidência
A incidência de endometriose é difícil de quantificar, uma vez que as portadoras da doença quase sempre são assintomáticas e os exames de imagem apresentam sensibilidade baixa para o diagnóstico. O principal método de diagnóstico é a laparoscopia, com ou sem biópsia para diagnóstico histológico. 
Etiologia
Menstrução retrógada
A teoria mais antiga e aceita propõe a ocorrência de menstruação retrógrada por meio das trompas de Falópio com
subsequente disseminação do tecido endometrial no interior da cavidade peritoneal. Os fragmentos endometriais do movimento de refluxo adeririam e invadiriam o mesotélio peritoneal com desenvolvimento de suprimento sanguíneo, levando à sobrevivência e ao crescimento do implante.
Propagação linfática ou vascular
As evidências também sustentam o conceito de endometriose causada por propagação anômala linfática ou vascular de tecido endometrial.
Metaplasia celômica
A teoria da metaplasia celômica sugere que o peritônio parietal seja um tecido pluripotencial que possa sofrer transformação metaplásica para tecido histologicamente indistinguível do endométrio normal. Como ovários e ductos müllerianos são derivados do epitélio celômico, a metaplasia poderia explicar o desenvolvimento de endometriose ovariana.
Teoria da indução
Finalmente, a teoria da indução propõe que algum(ns) fator(es) hormonal(is) ou biológico(s) possa(m) induzir a diferenciação de células indiferenciadas em tecido endometrial. Essas substâncias poderiam ser exógenas ou liberadas diretamente do endométrio.
Dependência Hormonal
Foi comprovado definitivamente que o estrogênio tem papel importante como causador de endometriose. Embora quase todo o estrogênio nas mulheres seja produzido diretamente pelos ovários, sabe-se que diversos tecidos periféricos produzem estrogênio por meio de aromatização de androgênios ovarianos e suprarrenais. Estudos comprovaram que tecidos endometrióticos expressam aromatase e 17b-hidroxiesteroide-desidrogenase tipo 1, enzimas responsáveis, respectivamente, pela conversão de androstenediona em estrona e de estrona em estradiol. Já no tecido endometrial normal expressa a 17b-hidroxiesteroide-desidrogenase tipo II em resposta à progesterona. Como consequência, a progesterona antagoniza os efeitos do estrogênio no endométrio normal durante a fase lútea do ciclo menstrual
Sistema Imune
O tecido menstrual e o endométrio, que sofrem refluxo para o interior da cavidade peritoneal, em geral, são eliminados por células imunes, como macrófagos, células NK (natural killer) e linfócitos. Por essa razão, a disfunção do sistema imune é um mecanismo provável para a gênese de endometriose na presença de menstruação retrógrada. Foram identificadas alterações em fator de crescimento, citocinas, imunidade celular e imunidade humoral nos tecidos endometrióticos.
Fatores de Risco
Hereditariedade → Apesar de ainda não ser comprovado, acredita-se que exista uma padrão hereditário poligênico/multifatorial devido ao aumento da incidência em familiares de primeiro grau. O parentesco também parece está associado com a gravidade da doença.
Mutações Geneticas
Defeitos anatômicos → A obstrução do trato de saída do sistema reprodutivo pode predispor ao desenvolvimento da endometriose, provavelmente em função do aumento da menstruação retrógrada.. O corno uterino não comunicante, hímen imperfurado e septo vaginal transverso são condições que favorecem a doença.
Toxinas Ambientais → As mais comumente associadas são o TCDD e outros compostos do tipo dioxina, subprodutos do processamento industrial.. A ingestão ou o contato acidental com alimentos contaminados é o método mais comum de exposição.
Tipos de Endometriose
↪ Endometriose Peritoneal → Focos de tecido endometriótico sobre o peritônio superficial.
↪ Endometriomas → Cistos de conteúdo achocolatado, associados a aderência, podem ser bilaterais.
↪ Endometriose Profunda → Presença de tecido endometriótico com profundidade maior que 55 mm, fibrose e hiperplasia muscular abaixo do peritônio., acometendo os ligamentos uterossacrais, septoretovaginal, colón, vagina e bexiga.
Classificação e Localização
Sistema de Classificação → O principal método de diagnóstico da endometriose é a visualização das lesões endometrióticas por laparoscopia, com ou sem biópsia para confirmação histológica.. A partir desses materiais é possível descrever a extensão da doença, diferenciar entre doença superficial e invasiva, correlacionar melhor os achados cirúrgicos e os resultados clínicos e descrever a morfologia da lesão endometriótica como branca vermelha ou preta.
Sítios Anatômicos
A endometriose pode se desenvolver em qualquer sítio dentro da pelve e em outras superfícies peritoneais extrapélvicas. O mais comum é encontrar a endometriose nas áreas dependentes da pelve. Ovário, peritônio pélvico, fundo de saco anterior e posterior e ligamentos uterossacrais costumam estar comprometidos.
Sinais e Sintomas
Dor Pélvica (32%) → O tecido endometriótico expressa COX-2 (responsável pela síntese de prostaglandinas) em maiores níveis, quando comparados ao tecido eutópico. A liberação de prostaglandinas e citocinas pro-inflamatórias no local implantado pode ser a explicação para o quadro geral de dor dessas pacientes. A dor parece está também relacionada a profundidade da invasão e o sítio onde está localizada. Existe também a invasão neuronal nesses implantes endometrióticos, que passam a ter o suprimento do SN sensorial e simpático. Apresenta-se de forma cíclica, difusa e de variável intensidade.
Dismenorreia (78%) → Normalmente, a dismenorreia associada à endometriose precede as menstruações em 24 a 48 horas e é menos responsiva aos medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e aos contraceptivos orais combinados (COCs). Associada a terceira década de vida.
Dispareunia (39%) → Embora algumas mulheres com endometriose possam relatar história de dispareunia desde a perda da virgindade, suspeita-se de dispareunia associada à endometriose quando a dor passa a ocorrer depois de anos de relação sexual indolor. Associada com presença de nódulos em fundo de saco.
Disúria → A endometriose deve ser suspeitada se tais sintomas forem acompanhados de culturas negativas de urina.
Dor Defecatória → A defecação dolorosa é mais rara do que os outros tipos de dor pélvica e normalmente reflete a presença de implantes de endometriose no retossigmoide. Pode está associados à constipação, diarreia ou hematoquezia cíclica.
Dor pélvica não cíclica → A dor pélvica crônica (DPC) é o sintoma mais comumente associado à endometriose.
Infertilidade (2-50%) → As aderências causadas pela endometriose talvez impeçam a captura e o transporte do oócito pela tuba uterina. Além do impedimento mecânico da ovulação e da fertilização, outras falhas sutis também parecem estar envolvidas na patogênese da infertilidade nas mulheres com endometriose. Essas falhas incluem alterações nas funções ovariana e imune, bem como na implantação..
Obstrução intestinal e uretral.
Diagnóstico
Em geral na inspeção e no exame especular não apresentaram alterações, mas em alguns casos mais infiltrativas pode aparecer algumas lesões na região umbilical e colo uterino. 
Exame bimanual → A palpação de órgão pélvico pode revelar anormalidades anatômicas sugestivas de endometriose. A presença de nódulos e de sensibilidade ao toque no ligamento uterossacral podem refletir doença ativa ou fibrose ao longo do ligamento. Além disso, uma massa anexial cística extensa pode representar um endometrioma ovariano, que pode ser móvel ou aderente a outras estruturas pélvicas. O exame bimanual talvez revele útero retrovertido, fixo, sensível ao toque, ou um fundo de saco posterior firme e fixo.
Exames laboratoriais → Devem ser solicitados para excluir outras causas de dor pélvica. Devem ser solicitados:
↪ Hemograma completo;
↪ Dosagem sérica ou urinária de b-HcG;
↪ Exame e culturas de urina;
↪ Culturas vaginais;
↪ Esfregaços do colo uterino; 
↪ CA-125 e CA-19-9 – Parecem está associado com a gravidade da doença.USG → Importantes para o diagnóstico, já que permite avaliar a mobilidade dos órgãos de forma dinâmica.. Pode ser transabdominal, transvaginal e transretal. Está ultima indicada para ver comprometimento das alças intestinais e do reto. Sua versão com Doppler colorido permite identificar fluxo pericístico, mas não intracístico, comum desta doença. Indicada também para avaliar endometriomas. RM normal
USG - Endometriose
RM - Endometriose
TC → Essa modalidade de exame foi sugerida para diagnosticar e avaliar a extensão da endometriose intestinal.
RM → Possível observar aderências e fibrose que aparecem isointensas ou hipointensas em relação ao musculo nas ponderações T1 e T2. Ressalta-se que focos de sangramento ativos aparecem hiperintensos em T1 (distinção melhora com a supressão da gordura)
↪Distorção anatômica e espiculação(processo retrátil) dão a pista da presença de endometriose.
↪Os principais sítios são ligamento uterossacro, região retrocervical, fórnice vaginal, parede anterior do reto, ligamentos redondos, septo vesicouterino
Laparoscopia diagnóstica → Essa ferramenta é o principal método usado para o diagnóstico de endometriose. Os achados laparoscópicos podem variar e incluem lesões endometrióticas discretas, endometrioma e aderências. Os locais mais acometidos são órgãos pélvicos e peritônio pélvico.
● Coloração
↪ Lesões Vermelhas (vermelha, vermelho-rosada e vermelho-clara) → Correlacionadas aos achados histológicos de endometriose.
↪ Lesões Brancas (branca ou marrom-amarelada) → Correlacionadas aos achados histológicos de endometriose.
↪ Lesões Pretas (preto ou preto-azulada) → Pigmentadas por depósito de hemossiderina oriundo de resíduos menstruais não expelidos
● Formato
↪ Bolhas Lisas
↪ Estreladas planas
● Profundidade
↪ Superficiais
↪ Profundas
Tratamento 
Clínico
↪ ACOs
→ Etinil estradiol + levonorgestrel
Dose Padrão: Etinilestradiol 0,03 mg + levonorgestrel 0,15 mg comprimidos ou drágeas./dia. Uso por 21 dias com pausa de 7 dias.
↪ Progestágenos → Levam à hipotrofia endometrial e podem ser administrados por via oral, intramuscular, por meio de implantes dérmicos ou em sistema intrauterino e sua efetividade, independentemente da via, oscila em torno de 80%..
→ Medroxiprogesterona oral 
Dose padrão: 10 mg/3xdia. Uso continuo sem intervalos.
→ Medroxiprogesterona IM 
Dose Padrão: 150 mg/trimestral. Primeira injeção até o 5º dia do ciclo menstrual.
↪ Androgênios
→ Danazol
Dose padrão: 400mg/dia. ou 800mg/dia VO, dividido em duas administrações diariais.
↪ Análogos do GnRH → Atua na hipófise levando à desensibilização dos receptores de GnRH, impedindo a síntese hipofisária de LH e FSH e, como consequência, o bloqueio da produção de estrogênios pelos ovários.
→ Gosserrelina
Dose Padrão: 3,6 mg por via subcutânea, mensalmente; ou 10,8 mg por via subcutânea a cada 3 meses.
→ Leuprorrelina
Dose Padrão: 3,75 mg por via intramuscular, mensalmente; ou 11,25 mg intramuscular a cada 3 meses.
→ Triptorrelina
Dose Padrão: 3,75 mg por via intramuscular, mensalmente; ou 11,25 mg intramuscular a cada 3 meses.
Cirúrgico
↪ Exérese
↪ Laparotomia
↪ Laporoscopia
Ou tratamento combinando (Clinico+ Cirúrgico) 
→ Cauterização dos focos.
→ Análogos de GnRH.
Dor Pélvica Crônica
Dor em andar inferior do abdome, acíclica, com duração igual ou superior a 6 meses, não causada pela gravidez e sem associação exclusiva com o coito.
A dor é localizada entre pelve, a parede antior do abdome e a coluna lombossacra ou nádegas, na altura ou abaixo da cicatriz umbilical, sendo suficientemente intensa a ponto de impossibilitar atividades diárias e/ou necessitar de tratamento médico.
Causas Ginecológicas
↪ Endometriose
↪ Leimioma Uterino
↪ Adenomiose
↪ Aderências Pélvicas/DIP
↪ Varizes Pélvicas
Causas não ginecológica
↪ Síndrome do Intestino Irritável
↪ Constipação Crônica
↪ Cistite Intersticial
↪ Dores osteomusculares
Sangramento Uterino Anormal
Alterações da menstruação decorrente de aumento no volume, na duração ou na frequência.
Volume Útero Miomatoso
↪ Pequeno → Não ultrapassa o púbis..
↪ Médios → Saem da pelve até o ponto médio da linha úmbilico-pubis..
↪ Grandes → Acima desse ponto.

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