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Cinesiologia do quadril Cinesiologia do quadril OSTEOLOGIA Ângulo de inclinação o A angulação do posicionamento da cabeça do fêmur no acetábulo, otimiza ou preju- dica o alinhamento das superfícies articula- res. o A alteração do ângulo de inclinação normal é denominada: 1) Coxa vara: possui ângulo de inclinação menor que 125º. 2) Coxa valga: possui ângulo de inclinação maior que 125º. o A alteração do ângulo de inclinação normal pode afetar a biomecânica e provocar luxação ou degeneração da articulação do quadril. Torção femoral o É a rotação relativa existente entre o colo e o corpo do fêmur. o Essas rotações são denominadas: 1) Anteversão normal: consiste em uma in- clinação de 15º do colo do fêmur em relação ao corpo do osso. Essa inclinação permite o alinha- mento e a con- gruência ideal para a articulação do quadril. 2) Anteversão ex- cessiva: o grau da in- clinação é maior que 15º. 3) Retroversão: o grau da inclinação é menor que 15º. o A alteração da anteversão normalmente pode causar luxação do quadril, incon- gruência articular e desgaste da cartila- gem articular e do lábio do acetábulo. Artrologia Acetábulo do quadril + cabeça do fêmur É uma articulação sinovial do tipo esferoidea e, portanto, é triaxial Características anatômicas da cabeça femoral: o Fóvea: depressão proeminente por onde passa o ligamento redondo (este funciona como um conduto protetor, ou bainha, para a passagem da pequena ar- téria acetabular para o fêmur. Características do acetábulo: o O acetábulo é um soquete profundo e hemisférico o A cabeça femoral contacta sua o acetá- bulo apenas na superfície semilunar o Relação da área de contato durante a marcha (13% do peso na fase de balanço médio e mais de 300% na fase de apoio médio, nessa fase de apoio, a face se- milunar sofre deformação e a incisura do acetábulo se alarga, aumentando a área de contato que reduz a pressão máxima) o Fossa acetabular: depressão localizada profundamente no acetábulo; não pos- sui cartilagem. o Lábio acetabular: é um anel fibrocartila- ginoso primário que envolve a circunfe- rência externa do acetábulo; se trans- forma em lig. acetabular transverso; pro- porciona estabilidade ao quadril o Alinhamento: alinha-se lateralmente com uma discreta inclinação inferior e ante- rior. Medidas que descrevem a extensão na qual o acetábulo cobre e sustenta a cabeça femoral Ângulo centro-borda: mede a orientação fi- xada do acetábulo no plano frontal em rela- ção à pelve; define a extensão em que o acetábulo cobre a ca- beça femoral Ângulo de anteversão: mede a exten- são na qual o acetábulo se projeta an- teriormente em direção ao plano hori- zontal; mede a extensão que o acetá- bulo cobre a parte an- terior da cabeça fe- moral Ligamentos: o Iliofemoral: em forma de Y; a extensão completa do quadril causa seu estira- mento e a rotação medial completa também alonga suas fibras; é o mais forte o Pubofemoral: as fibras tensionam-se na abdução e na extensão do quadril e, em menor grau, na rotação lateral o Isquiofemoral: as fibras se tornam tensas na extensão e na rotação edial; as fibras superiores se tornam tensas na adução completa Osteocinemática: o Movimentos: flexão/extensão; adução/ abdução; rotação interna/externa o Há a rotação do quadril em relação ao fêmur e rotação do fêmur em relação ao quadril (esquema cadeia cinética aberta x fechada) o Ritmo lombopélvico: como a extremi- dade caudal do esqueleto axial se fixa fortemente à pelve, a rotação da pelve em relação à cabeça femoral tipica- mente modifica a configuração da co- luna lombar Ritmo lombopélvico ipsidirecional: pelve e coluna lombar rodam na mesma direção Ritmo lombopélvico contradirecional: pelve e coluna lombar rodam em dire- ções opostas Artrocinemática: Interação muscular Flexores do quadril: o Flexores primários: íliopsoas, sartório, tensor da fáscia lata, adutor longo, reto femoral e pectíneo o Flexores secundários: adutor curto, grá- cil e fibras anteriores do glúteo mínimo o O iliopsoas é o mais potente flexor do quadril o O reto femoral é responsável por cerca de um terço do torque total isométrico de flexão do quadril. o Qualquer músculo capaz de flexão do fêmur em relação à pelve é igualmente capaz de inclinar a pelve anteriormente o A ação com potência de moderada a alta requer coativação dos flexores do quadril e abdominais Adutores do quadril: o Adutores primários: pectíneo, adutor longo, grácil, adutor curto e adutor magno o Adutores secundários: bíceps femoral, glúteo máximo e quadrado femoral o São organizados em 3 camadas: a su- perficial – pectíneo, adutor longo e grá- cil; média – adutor curto; e profunda – adutor magno o Os adutores produzem torque nos 3 planos no quadril Rotadores mediais o Não há rotadores primários pelo fato de nenhum músculo estar orientado ao plano horizontal o Rotadores mediais secundários: fibras anteriores do glúteo mínimo e médio, tensor da fáscia lata, adutor longo, adu- tor curto e pectíneo o Com flexão de 90 graus o torque dos rotadores mediais aumenta o A maior parte dos adutores é capaz de produzir um modesto torque de rota- ção medial quando o corpo está em po- sição anatômica Extensores do quadril o Extensores primários: glúteo máximo, isquiotibiais (cabeça longa do bíceps fe- moral, semitendíneo, semimembraná- ceo) e cabeça posterior do adutor magno o Extensores secundários: fibras posterio- res do glúteo médio e fibras anteriores do adutor magno o Inclinação para frente em posição ortos- tática: aumenta o braço de momento dos isquiotibiais e diminui o braço de mo- mento do glúteo máximo Abdutores do quadril o Abdutores primários: glúteo médio, glú- teo mínimo e tensor da fáscia lata o Abdutores secundários: piriforme e sartório o O torque produzido pelos abdutores do quadril é essencial para controlar a cine- mática da pelve em relação ao fêmur no plano frontal durante a marcha o Durante a fase de apoio os músculos abdutores possuem um papel no con- trole da pelve no plano frontal e no plano horizontal (estabilização no plano frontal) o Torque máximo: quando os músculos estão alongados; é produzido quando o quadril está ligeiramente aduzido ou em posição neutra Rotadores laterais o Primários: glúteo máximo, piriforme, gê- meo superior, obturador interno, gê- meo inferior e quadrado femoral – a li- nha de força desses mm. está localizada no plano horizontal o Secundários: fibras posteriores dos glú- teos médio e mínimo, obturador ex- terno, sartório e cabeça longa do bíceps femoral o O pontencial funcional dos rotadores la- terais é mais evidente durante a rotação da pelve em relação ao fêmur Linha de força dos músculos: Os flexores são indicados por li- nhas sólidas e os extensores, pe- las linhas trace- jadas. O braço de momento in- terno usado pelo reto femo- ral é represen- tado pela linha preta espessa. O eixo de ro- tação é diri- gido no sen- tido antero- posterior pela cabeça do fê- mur. Os abdu- tores são indi- cados pelas li- nhas sólidas e os adutores, pelas linhas tracejadas. O eixo de rotação longitudinal está na direção supe- roinferior pela cabeça do fêmur. Para maior clareza, os músculos tensores da fáscia latam e sartório não são mostrados. Os rotadores externos são indicados pelas linhas sólidas e os rotadores internos, pelas li- nhas tracejadas.
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