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Resumo Genética: herança monogênica, não-tradicional e oncogenética

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1 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
Genética prova II 
Herança monogênica 
- herança/características transmitida por um 
único gene
- Também conhecida como herança mendeliana 
ou herança tradicional
1º lei de mendel- princípio da segregação 
Em organismos que se reproduzem sexualmente, 
os genes ocorrem em pares e apenas um 
membro desse par é transmitido à prole.
Ou seja, os genes funcionam aos pares, porém 
recebemos um alelo do nosso pai e outro da 
mãe; 
2º lei de mendel- principio da distribuição 
independente 
- Genes em diferentes loci (locais) são 
transmitidos independentemente.
- Em um evento reprodutivo, um genitor 
transmite um alelo de cada locus para a sua 
prole.
- Um alelo transmitido em um locus não tem 
efeito sobre um alelo transmitido em outro 
locus.
Ou seja, um gene não depende do outro nunca
O que acontece com um gene é independente 
do outro 
Efeitos dos cruzamentos- conceitos de 
dominância e recessividade 
Os efeitos de um alelo podem mascarar os 
efeitos do outro; 
Alelo dominante: basta um alelo para que tal 
característica ou doença se manifeste 
Alelo recessivo: precisa dos dois alelos (materno 
e paterno) para que tal característica ou doença 
se manifeste 
Herança monogênica: é o tipo de 
herança dominada por um único gene
Subdivida em 4 tipo:
- Autossômica: dominante ou recessiva 
- Ligada ao sexo: dominante ou recessiva 
- Principalmente ligadas ao X
- Na prática não há doenças ligadas ao Y
Conceitos
Quando uma pessoa possui um par de alelos 
idênticos em um locus diz-se que é 
HOMOZIGOTA. 
- AA: homozigoto dominante 
- aa: homozigoto recessivo 
Quando os alelos são diferentes, é 
HETEROZIGOTA.
- Aa: informação do lado paterno é diferente do 
lado materno 
Para os alelos de um cromossomo X ou Y nos 
homens, não há outra cópia, então fala-se 
HEMIZIGOTO.
- exclusivo para homens 
- Apenas no X ou Y
2 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
Penetrância incompleta: ter o gene alterado 
não significado que terá a doença
Heredogramas
Representação gráfica da árvore familiar, com o 
emprego de símbolos padrão 
- Quadrados: sexo masculino 
- Bolinhas: sexo feminino 
- Números romanos: gerações
- Outros números: ordem cronológica dos 
nascimentos
- Duplo traço: casamento com sanguíneo; ou 
seja, da mesma família 
- Sinalizado: indivíduo afetado; identificar qual 
a doença
- Número dentro do símbolo: número de 
indivíduos 
- Losango: sexo indefinido 
- Símbolo com G ou P: gestante 
- Se a mulher já sofreu um abortamento: 
bolinha preta ou um tringulozinho 
- Indivíduos adotados: entre [ ] 
- Individuo dado para a adoção ] [ 
Parentes de 1º grau: pais, irmãos e filhos 
Penetrância- termo 
usado para o real 
aparecimento de um 
fenótipo em um 
indivíduo 
Expressividade- 
diferentes expressões 
de fenótipo que um 
mesmo gene pode nos 
trazer
Frequência de 
expressão de um 
fenótipo é inferior a 
100%
A manifestação de um 
fenótipo difere em 
pessoas que 
apresentam o mesmo 
genótipo;
Nem todos os 
indivíduos que possuem 
o gene exibem o 
defeito
Mesmo dentro de uma 
família a expressão 
clínica de um distúrbio 
pode variar;
Exemplo: síndrome do 
X frágil- penetrância 
de 80% dos homens; 
existem 20% dos casos 
que carregam e não 
desenvolver a doença
Exs: síndrome de 
Marfan e 
Neurofibromatose
NEUROFIBROMATOSE= Autossômica dominante com 
penetrância dependente da idade 
1º e 3º núcleo familiar 
são o mais "esperado"
3 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
Parentes de 2º grau: avós, tios, netos
Parentes de 3º grau ou mais: primos
Características do heredograma 
Homem à esquerda: não é regra
Padrões de herança 
Autossômica dominante 
- igual para homens e mulheres; e basta um 
alelo para que se manifeste enquanto fenótipo 
- Apenas uma cópia de um alelo da doença é 
necessário para um indivíduo ser suscetível 
para expressar o fenótipo;
- Todas as gerações afetadas;
- Ocorre em homens e em mulheres;
- Indivíduos afetados tem 50% de chance de 
transmitir a doença para cada filho. 
- No minimo é Aa (50%); pode ser AA 
(100%)
Exemplo: 
Exceções:
Novas mutações e casos com penetrância 
incompleta (mesmo que indivíduo carregue o 
gene alterado, não possui fenótipo)
Conceito do homozigoto letal
Autossômica recessiva 
-ocorre igual em homens e mulheres; e 
precisa dos dois alelos para expressar o 
fenótipo 
- Duas cópias do alelo da doença são 
necessárias para um indivíduo ser suscetível à 
expressão do fenótipo;
- Consanguinidade aumenta a probabilidade;
- Pais normais com filho afetado; 
4 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
- Não ocorre em todas as gerações;
- Proporção de homens afetados igual à de 
mulheres.
- Risco de recorrência para irmãos do probando 
é de 25%.
- Casamentos consanguíneos aumentam as 
chances 
Exceções: novas mutações; podem existir mas 
são raras 
Evento extremamente raro: na sua maioria, os 
pais são portadores do gene mutado 
(heterozigotos).
Exemplo: albinismo, fibrose cística 
Ligado ao X dominante 
- mulheres são mais afetadas 
- Apenas uma cópia do alelo doente no 
cromossomo X é necessário
- Expressa em todos os homens que recebem o 
alelo mutado (hemizigotos);
- Pai NUNCA transfere o alelo mutado para 
filhos homens e SEMPRE passa para filhas 
mulheres.
- Pois o homem só tem o X “doente" para 
oferecer
Exemplos: raquitismo hipofosfatêmico 
Síndrome de Rett: atraso neurológico nas 
mulheres; para homens é considerado letal 
Ligada ao X recessiva
- por ser recessiva, é necessários os dois 
alelos 
- Homens são mais afetados, pois herdando um 
X alterado já é o suficiente. Mulher até pode 
ser portadora
- Mulher precisa ter Xa do pai e da mãe Duas 
cópias do alelo doente no cromossomo X são 
necessárias pra uma mulher ser afetada;
- Mulheres podem ser apenas heterozigotas - 
50% de chance dos filhos homens terem a 
doença;
- Expressa em todos os homens que recebem o 
alelo mutado (hemizigotos);
- Pai NUNCA transfere o alelo mutado para 
filhos homens e SEMPRE passa para filhas 
mulheres. 
Portadora
5 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
Exemplo: distrofia muscular de Duchenne 
- panturrilha: hipertrófica 
- Coxas: hipotrofica 
- Doença de padrão degenerativo muscular 
- Mães e irmãs são portadoras 
Ligado ao Y
- poucos genes envolvidos, sem repercussão 
clínica 
- Transmissão de pai para filho 
- Herança holândrica (ligada ao Y)
- Só homens manifestam e transmitem para 
homens 
Correlacionando genótipo e fenótipo 
Heterogeneidade alélica 
- Se refere a uma determinada doença que 
afeta um determinado gene, porém dentro 
desse gene podem haver diferentes mutações 
Heterogeneidade de locus
- Para uma mesma doença podem haver 
diversos genes. 
- Exemplo: retinite pigmentosa pode ser 
autossômica dominante, recessiva ou ligada ao 
X; ela possui em torno de 25 genes 
relacionadas 
Heterogeneidade fenotípica 
- Fenótipos diferentes que podem vir a partir 
de um mesmo gene 
- Exemplo: gene RET: pode causar doença de 
hirschsprung (bebê que nasce sem plexo 
mioentérico) ou então neoplasia endócrina 
múltipla 
Pleiotropia
- mutações em um mesmo gene podem gerar 
efeitos múltiplos de uma mesma condição 
médica
- Exemplo: síndrome de marfan, osteogênese 
imperfeita, fibrose cística
Aula 27/09
Herança não tradicional
- Foge dos conceitos tradicionais descritos por 
Mendel;
Doenças de expansões de 
trinucleotídeos (ou poliglutamina)
Exceção do dogma 1 (os alelos mutantes são 
transmitidos dos pais para a prole de modo 
inalterado)
- Algumas doenças tem um padrão diferente: a 
cada geração passada é transmitida de forma 
mais grave
- Nessas doenças, a cada geração, a doença 
ganha expansões de trinucleotídeos
- Se da por instabilidades genéticas 
- CAG: aminoácido glutamina
- Há um fenômeno de antecipação (clínico) e 
expansão (genético) 
6 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
- Quanto maior a expansão, maior a chance de 
aumentaa expansão na próxima geração 
- Tamanho da repetição diretamente relacionado 
à gravidade da doença e idade de início dos 
sintomas;
- Sintomas: ataxia; disfasia e disartria 
Exemplos de doenças: 
Doença de huntigton
Herança autossômica dominante 
Epidemiologia: 1:20.000 caucasianos 
incomum:japoneses/africanos; 
início: 30-50 anos (2-80)
Localização: cromossomo 4 (4p16.3)
- pessoas não afetadas: 11-35 cópias de CAG
- Sem doença e com expansão: 36-38 cópias 
CAG
- Pessoas com a doença: 36-100 cópias CAG
Expansão das repetições: via paterna; 80% 
dos casos com início antes dos 20 anos têm 
expansões maiores, transmitidas pelo pai.
- Fisiopatogenia:
- Perda substancial de neurônios
- Diminuição da captação de glicose pelo 
cérebro
- Área mais afetada: corpo estriado.
- Perda de até 25% do peso cerebral
- Por essa atrofia do cérebro (lobo 
frontal, por ex) há padrão psiquiátrico 
Quadro clínico 
- Perda progressiva do controle motor (coréia)
- Distúrbios psiquiátricos (demência/distúrbios 
afetivos)
- Curso clínico progressivo: intervalo 
diagnóstico-morte- 15 anos
- História natural: dificuldade de deglutição; 
pneumonia de aspiração; 1ª causa de morte; 
hematoma subdural (TCE), suicídio.
- Tratamento: suporte (haloperidol e 
benzodiazepínicos para a coréia, 
antidepressivos e antipsicóticos em geral para 
o quadro psiquiátrico).
Até o momento não há um tratamento curativo, 
apenas cuidados paliativos 
- existe teste preditivo 
Doença X frágil 
Herança ligada ao X
Epidemiologia: 1:1.250 homens; 1:2.500 mulheres
- é a causa herdada isolada mais comum de 
déficit cognitivo
Gene FMR1 38kb, 17 exons 
- É a principal condição genética associada aos 
transtorno do espectro autista em meninos 
- Penetrância: 80% homens; 30% mulheres
7 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
Quadro clínico
- face longa
- orelhas proeminentes
- mandíbula proeminente
- hipermobilidade articular
- macro-orquidismo na puberdade
- pés planos
- retardo mental (deficiência cognitiva)
- Mulheres tem como característica possuem 
falência ovariana precoce
Características físicos podem não ser evidentes 
Heredograma na síndrome do X frágil
Homem normal transmissor pois a doença tem 
penetrância incompleta 
Doenças com imprinting genômico
Exceção do dogma 2 (Os alelos de um dado 
gene de ambos os pais são expressos na prole 
de modo igual) 
Expressão diferencial de um gene em função de 
sua origem parental 
Exemplo: 
Síndrome de beckwith- wiedemann 
Quadro clínico 
GIG, língua grande, onfalocele, predisposição a 
tumor de Willms (nefroblastoma) e 
hepatoblastoma.
Causa 
Herança de duas cópias do cromossomo 11 
paterno (nenhuma cópia materna)
Gene envolvido 
Fator de crescimento 2 (IGF 2): está imprintado 
no cromossomo de origem materna e ativo 
apenas no de origem paterna— com 2 cópias do 
IGF 2 paterna — IGF 2 em dose dupla; 
aumentando fator de crescimento com causa do 
hiper crescimento e risco de tumores 
E se fossem as duas cópias da mãe? Criança é 
o extremo oposto dessa síndrome; Síndrome de 
silver-russel 
Doenças com mutação no DNA 
mitocondrial 
Excessão do dogma 3 (A herança mendeliana 
clássica mostra padrões de herança nuclear com 
heredogramas que seguem padrões bem típicos) 
As mitocôndrias desempenham funções vitais na 
produção aeróbia de energia e são as únicas 
o rgane la s c ito p la smát ica s das cé lu la s 
eucarióticas a possuir DNA próprio, designado 
DNA mitocondrial.
Portadora 
8 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
Doenças mitocôndriais possuem sintomas comuns 
em tecidos com limiar mais elevados (com muitas 
mitocôndrias): cérebro, músculos, coração, 
glândulas endócrinas 
Herança mitocondrial 
- somente a mãe fornece mitocôndrias para os 
filhos de ambos os sexos
- Somente as mulheres são capazes de 
transmitir 
- A gravi dade da doença depen de da 
quantidade de mitocôndrias com alteração 
passadas da mãe para os filhos; imprevisível 
- Homoplasmia 
- Heteroplasmia 
Herança complexa 
Onde a genética importa, ou seja, há base 
genética mas não necessariamente é possível 
calcular o risco diretamente, não é puramente 
genética 
- Há uma mistura entre genética e ambiente 
- Padrão de herança não mendeliano 
- Não monogênico- POLIGÊNICA 
- Influencia do ambiente
- Isso que torna a doença complexa
Não há um padrão de herança fixo aparente 
Herança poligênica 
- Nenhum gene é dominante ou recessivo; há 
mais de um gene envolvido atuando ao mesmo 
tempo para aquela condição 
Não há conceito de dominância ou recessividade 
de um gene sobre o outro, mesmo na 
representação do gene principal, ele não é 
dominante sobre os outros 
Representação gráfico-matemática 
É possível esse tipo de gráfico por serem vários 
genes
Características como altura também podem são 
influenciadas 
Genética da altura possuem vários genes 
Outros exemplo: 
- Peso;
- Glicemia
- Triglicerídeos 
- Cor do olho 
9 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
- Cor do cabelo 
OBS- Cor dos olhos: não é monogênica; são pelo 
menos 5 genes que codificam; influência 
ambiental 
Modelo de propensão/limiar em herança 
complexa
- Forma de explicar as doenças multifatoriais 
- Atribuição de alguns pontos de corte das 
curvos onde a partir dali é doença; a partir 
de x ponto é a patologia
Alterações qualitativas: não é numérica, como o 
câncer; não há ponto de corte exato
Quantitativas: pressão arterial, glicemia; possui 
ponto de corte exato
Consequências do modelo de limiar 
1. incidência é maior entre os parentes dos 
pacientes mais gravemente afetados 
- Exemplo: fenda palatina em parentes de 
primeiro grau (pais, irmãos, prole)
- 6% se for renda labial bilateral 
- 2% se for fenda labial unilateral
Ou seja, maior gravidade, maiores chances. 
2. Risco é maior entre os parentes mais 
próximos do caso e diminui para parentes 
mais distantes 
- exemplo: espinha bífida 
- Parentes de primeiro grau: 4%
- Parentes de segundo grau: 1%
- Parentes de terceiro grau: 0,5%
 
3. Quando há mais de um parente afetado, os 
riscos para os demais parentes é maior 
- Exemplo: espinha bífida 
- Um irmão afetado: 4% 
- Dois irmãos afetados: 10%
MUITO IMPORTANTE
4. Se a condição é mais comum em indivíduos 
de um determinado sexo, então os 
parentes de um indivíduo afetado, de sexo 
menos frequentemente afetado, estará em 
maior risco que os parentes de um 
i n d i v í d u o afeta d o d o s exo ma i s 
frequentemente afetado 
- Exemplo: estenose pilórica (5 homens: 1 
mulher)
- Paciente índice masculino: 5% risco de 
prole 
- Paciente índice feminino: 20%
Limiar é diferente para homens e mulheres:
- para homens: mais fácil de ter 
- Para mulheres: mais difícil- significa que na 
família que possui uma mulher afetada, já 
está acontecendo o mais raro
10 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
- ESTÁ LIGADA SOMENTE A DOENÇAS COM 
PREDILEÇÃO POR SEXO
COMO ESTUDAR DOENÇAS COMPLEXAS? 
N o 
caso 
d a s 
heranças complexas, genótipos e fenótipos 
podem ser diferentes; 
- Genótipos igual podem resultar em fenótipos 
diferentes 
- Genótipos diferentes podem resultar em 
fenótipos iguais
- Concordância: quando os indivíduos da 
mesma família tem a mesma doença 
- Discordância: quando só um membro de um 
par de parentes é afetado para uma 
determinada doença 
Relação de parentesco
- quanto mais relacionados na familia, mais 
apelos dois indivíduos terão em comum 
- Comparação de parentes mais e menos 
relacionados: avaliação da contribuição 
genética 
- Concordância aumenta conforme o grau 
de parentesco aumenta
- A partir de 4º é praticamente inexistente 
Herdabilidade 
- Contribuição genético em uma característica 
completa
- coeficiente de correlação: grau de semelhança 
entre os parentes para um traço quantitativo 
- Taxa de concordânc ia entre gêmeos 
monozigóticos e dizigóticos 
Melho r t ip o de e stu do : com gêmeos 
monozióticos e dizigóticos:se uma doença 
possui grande diferente entre eles, tem grande 
importância genética 
Estudos com adotados: relata a influencia do 
ambiente
Quanto mais perto de 1, maior herdabilidade; maior 
influência da genética 
11 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
Exemplo: esquisofrenia- patolog ia muito 
genética; ainda que o ambiente participe
Dificuldade no estudo de doenças complexas
- Grande número de genes envolvidos na 
característica.
- Efeito pequeno de cada gene.
- Interação gene-gene e gene-ambiente.
- Extensão dos efeitos ambientais podem variar 
de doença para doença.
- Separação dos efeitos dos genes e do 
ambiente.
- Heterogeneidade genética
- Heterogeneidade fenotípica
- Diferenças entre populações
- Freqüências gênicas
- Fatores ambientais
CASOS CLÍNICOS 
1) Uma mulher diabética tipo 2 está planejando 
gestação com um homem não-diabético. Na 
história familiar da paciente, sua mãe é 
diabética de difícil controle desde por volta dos 
40 anos e seu avô materno também faleceu 
devido a complicações do diabetes.
a) É possível calcular o risco exato de seu 
filho ser diabético?
Não há como calcular o risco exato por ser uma 
herança complexa, poligênica com influência 
ambiental; 
Mesmo que não há como calcular de forma 
exata, o filho dessa casal está em maior risco do 
que de um casal que não possui diabetes
Filho será diabético? Não necessáriamente 
b) Quais variáveis estão implicadas no risco 
de diabetes?
Parte genética (poligenes) e fatores ambientais 
No diabetes é importante também levar em conta 
o microambiente uterino 
2) Um menino nasceu com fenda labial unilateral, 
sem outras alterações relatadas.
a) Suponha que nenhum dos genitores tenha 
fendas orais. Pode-se afirmar que há 
envolvimento genético?
Sim, pois é genético e não hereditário; pode 
ter sido o primeiro da família a desenvolver a 
mutação do gene; 
Também fala apenas dos pais, então pode ser 
que haja outros da família 
Gene mestre da fenda palatina: CLPTM1
b) Qual a probabilidade de o próximo filho desse 
casal ter uma fenda labial?
Não há como calcular de forma exata; há tabelas 
de risco empírico:
12 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
c) 
Suponha 
que a 
mãe seja 
epiléptica 
em tratamento. Pode haver alguma relação com 
essa anomalia? TOTAL
Epilética em tratamento: está usando remédio- 
fármaco pode estar associado; 
Substancias químicas 
farmacológicas depressoras de 
ácido fólico; consomem ácido 
fólico - ANTICONVULSIVANTES 
Ácido fólico previne 
primariamente o fechamento do 
tubo neural; 
Participa também do processo 
de fechamento do palato
Nesse caso: trocar medicamento 
ou aumentar dose de ácido 
fólico; dose de reforço
Herança multifuncional oncogenética 
Participação da genética na formação do câncer; 
É uma herança multifatorial: tanto a genética 
quanto o ambiente estão participando 
Doenças infectocontagiosas: não estão mais no 
extremo ambiente; algumas pessoas são mais 
suscetíveis que outras 
Na metade, estão as doenças multifatoriais, 
genética e ambiente pesam de igual forma 
Característica de uma herança poligênica ou 
multifatorial 
- pologenica: várias genes atuando 
- Multifatorial: 
Câncer= proliferação celular 
descontrolada
- célula ganha estimulo para se proliferar; 
múltiplas mitoses sem frio- se torna um 
tumor 
- Alguns desses tumores permanecem benignos 
e outros viram malignos (chamados de câncer) 
TODO CÂNCER É GENÉTICO 
Se tem alteração do gene, 
há alteração do fenótipo; 
mesmo sem fatores 
Doenças que dependem apenas 
do ambiente
13 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
Genes de interesse são divididos em dois 
grandes grupos; todos nós temos: 
- Oncogenes: facilitam a transformação maligna 
por estimulares proliferação ou a inibição da 
apoptose; 
- Exemplos: RET, MET, RAS 
- Genes supressores tumorais: controlam o 
crescimento celular; importantes para dar o 
stop no processo de divisão celular; mutações 
nele facilitam a mitose descontrolada- célula 
perde seu freio
- Exemplos: TP53, RB1, MSH2, MLH1
- Síndromes monogênicas que podem causar 
câncer 
- Síndromes de instabilidade cromossômica 
- Agentes ambientais conhecidos 
- Radiação, agentes químicos 
- Síndromes de predisposição familiar ao 
câncer 
- Não é algo só monogenênico nem somente 
agentes ambientais 
- Indivíduos que ja nascem com mutações 
genéticas nos genes específicos; nascem 
predispostos ao câncer 
SÍNDROME DE LI-FRAUMENI 
- Mutação no gene TP53
- Esse gene, quando alterado causa essa 
síndrome; ele é conhecido como “guardião 
do genoma” 
- Gene mestre= multiplas rotas dependem 
dele
- É um supressor tumoral; um dos grandes 
coordenadores do processo de apoptose 
- Mutação nele= síndrome de li-fraumeni 
- Característica da síndrome- possibilidade de 
se ter câncer em praticamente todos os 
órgãos 
- Pela grande importância do gene TP53
- Principalmente: 
Câncer de mama é o 
principal
Todo organismo pode estar suscetível 
Penetrância:
Aos 40 anos= 50% 
Aos 60 anos= 90% 
Não é sinônimo de câncer= pessoas podem ter a 
síndrome e não ter câncer (em torno de 10%)
- Padrão autossômico dominante 
- Não tem preferencia de gênero; basta um 
para que o fenótipo se manifesta 
14 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
Caso clínico
Hígida= sem comorbidades 
ACO- uso de anticoncepcional oral
G2- 2 gestações 
C2- 2 cesárias 
Em verde- as características do tumor 
Imunohistoquímica- avalia a característica do 
câncer 
Nessa caso, mesmo o tumor sendo pequeno, foi 
feito mastectomia pela síndrome 
Deve-se evitar radioterapia: risco maior de 
desenvolver tumor induzido pela radioterapia;
Se ela não fosse mutada- não precisaria tirar 
toda mama, não precisaria acompanhamento 
rigoroso.
O que há de diferente no caso? 
- Pessoas mais jovens do que o esperado para o 
câncer; 
- Pessoa com histórico familiar muito importante 
- Cancer de mama em homem: raro
- Sarcoma 
- Muda manejo/acompanhamento do paciente; 
ao conhecer a síndrome, é necessário 
acompanhamento árduo, rastreamento intenso, 
por exemplo com ressonância 
- Tratamento: se houver diagnostico, paciente 
faz cirurgia e tratamento diferente 
- Aconselhamento genético: se tiver filhos, ver 
se tem a mutação 
Ficar atento no histórico familiar e na idade 
do paciente 
SÍNDROME DE CÂNCER MAMA-OVÁRIO 
(HBOC)
- Mutação nos genes BRCA1 e BRCA2; em 
locus diferentes mas atuam em conjunto. 
Alterações podem ser de um ou nos dois 
genes
- Padrão autossômico dominante 
- Genes de câncer mais comum alterado 
- Não SOMENTE esses câncer, mas é o mais 
comum
- Penetrância
- Além de mama e ovário, alterações nesses 
genes podem também ter risco aumentado 
para câncer de pâncreas, aumento do risco 
para câncer de próstata (em homens; até 
aumentando a agressividade do câncer), 
elevação do risco de melanoma 
Caso clínico 
Possui comorbidades: hipertensão 
Importante saber menarca: meninas com 
primeira menstruação muito precoce tem risco 
maior 
Tumor triplo negativo- tumor mais agressivo de 
câncer de mama; se prolifera muito rápido: 
tumor com pior prognóstico 
15 Marjorie Y. Chiesa ATM 2026/B
Tinha mutação patogênica do BRCA2
Qual o gene- tipo de mutação (qual as bases 
nitrogenadas envolvidas)- efeito molecular (na 
proteína, o que causou? Troca de aminoácidos, 
stop códons)- classificação: patogênico (se 
encontrou a mutação causadora de câncer), 
significado incerto (sinal amarelo; ter cuidado)
O que muda? 
- paciente fez adenomastectomia bilateral 
(retirou as mamas e poupa o mamilo)
- Bilateral: um lado pois tinha o tumor e 
outro para prevenção
- Considerar salpingo-ooforectomia 
futuramente 
- Tratamento oncológico: tratamento guiados 
para a presença de mutação
- Radioterapia adjuvante: em geral, como foi 
retirada as duas mamas, não há necessidade 
de radioterapia, apesar de não ter grandes 
contraindicações, não teria necessidade 
SÍNDROME DE LYNCH(câncer de cólon não-
polipose) (HNPCC)
- Não forma o pólipo; já cresce como uma 
ferida 
- Mutação nos genes MLH1, MSH2, MSH6, 
PMS2
- Bem poligênica; mutação em um desses 
genes já causa a síndrome 
- Fazer parte do complexo de proteínas 
responsáveis por reparo de mutações; 
células tender a ter acumulo de mutações 
- Muitos órgãos ficam suscetíveis 
- Padrão autossômico dominante 
- Associadas a câncer de intestino, não 
exclusivamente, mas é o clássico 
- Maior risco é em órgãos que tendem 
naturalmente a se proliferar bastante: por isso 
TGI é bem afetado 
- Endométrio também é um bom exemplo 
- Heredogramas dominantes; várias gerações 
afetadas 
POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR (FAP) 
(CÂNCER DE CÓLON POLIPOIDE)
- Gene APC
- Padrão autossômico dominante 
- Forma pólipos; maior penetrância 
RETINOBLASTOMA (blastoma- ligada as 
células jovens)
- Gene RB1
- Padrão autossômico dominante 
- Aparece reflexo branco no olho: leukocoria 
- Pode significar câncer
- Bebês bem pequenos
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- Esses indivíduos que nascem com o 
retinoblastoma: bilateral e em idade precoce; 
pior forma
- Tratamento: retirada do globo ocular e 
quimioterapia; 
- Unilateral em 15% dos casos; maioria bilateral 
- Criança com retinoblastoma: precisa fazer 
exame genético; pais precisam fazer exame 
para ver se não possuem também 
Farmacogenética 
É quando avaliamos genes que pode carregar 
polimorfismos e tem potencial de gerar respostas 
diferenciadas aos fármacos 
Exemplos da farmocogenética na oncologia 
Remedio usado apenas para pacientes que 
possuem x mutação 
É a possibilidade de, dentro de um grupo com o 
mesmo diagnóstico, poder separar os pacientes e 
a partir dai propor tratamentos mais específicos
- Aumenta eficácia do tratamento 
- Diminui efeitos adversos

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