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DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA e SÍNDROME DISPÉPTICA– OSCE FATORES DE RISCO: 1. Perguntar o paciente sobre água potável e se ele come muitas frutas e verduras se lava bem os alimentos e as mãos – ou se já foi diagnosticado com H.pilory 2. Perguntar o paciente se ele faz uso de anti-inflamatórios não esteroidais (“dar exemplos para ele lembrar “ nimesulida, paracetamol, tandrilax...) e aspirina (AAS). – Perguntar quais os medicamento que usa e a frequência de uso. (Potenciais ulcerogênicos como anticoagulantes e corticoides) -dizer em voz alta os medicamentos de uso que são risco para a úlcera péptica. 3. Perguntar outras comorbidade e uso de medicações 4. Ocupação do paciente -p.ex: atleta – mialgia vai usar muito anti-inflamatório 5. Perguntar se fuma, anos maços. 6. Perguntar se ingere bebida alcoólica, (quantidade, frequência, tempo, tipo de bebida.) 7. Perguntar sobre histórico familiar de neoplasia gastrointestinal – não é necessariamente fator de risco, mas ajuda para descartar neoplasia 8. No caso da ulcera gástrica idade maior que 50 anos e sexo feminino são fatores de risco 9. No caso da úlcera duodenal idade entre 30-50 anos e sexo masculino são fatores de risco Dizer em voz alta os fatores de risco que o paciente possui. PERGUNTAR SOBRE DOR ABDOMINAL E OS SINAIS E SINTOMAS DAS ÚLCERAS PEPTÍCAS 1. Perguntar sobre epigastralgia – dor no estômago: INSTALAÇÃO - Desde quando, Piorou até agora ? LOCALIZAÇÃO - da dor, irradia? QUALIDADE- como é a dor ? é em queimação? Fisgada? INTENSIDADE de 0-10? DURAÇÃO FATORES DE ALÍVIO E PIORA: – A dor piora em jejum – ficar muito tempo sem se alimentar (duodenal – melhora com alimentação) – Ou piora ao se alimentar (gástrica)? – piora com algum alimento específico? – Tentou fazer alguma coisa para melhorar? Melhora em algum momento?(p.ex jejum) – Beber líquido em jejum piora? – Dor piora com estresse emocional/ pior à noite? SINTOMAS ASSOCIADOS: náuseas e vômitos? A dor já te acordou à noite? (SINAL DE ALARME) 2. Perguntar sobre dor abdominal difusa? 3. Perguntar sobre a alimentação – descartar intolerância alimentar – frutose, lactose – algum alimento específico piora/desencadeia os sintomas? 4. Tem sensação de empachamento? (Sensação de estar cheio) – fica saciado rapidamente? 5. Tem pirose? Regurgitação? – Queimação retroesternal? (Diagnóstico diferencial de doença do refluxo gastresofágico.) 6. Sente dor ao engolir? Alguma dificuldade de engolir? 7. Perguntar sobre perda de peso (sinal de alarme) 8. Perguntar sobre náuseas e vômitos 9. Perguntar sobre fezes escurecidas e fétidas (melena) e hematoquezia (evacuação de sangue, mas sem fezes). Cada dor que o paciente sentir deve ser destrinchada, por exemplo, se ele relatar pirose todas as perguntas de dor devem ser feitas novamente, direcionadas para esse sintoma. SINAIS DE ALARME: Perda ponderal não intencional Anemia ferropriva (sem explicação) Disfagia Odinofagia Vômitos persistentes Massa ou linfonodo palpável Histórico familiar de neoplasia gastrointestinal CONDUTA E EXAMES SOLICITADOS: (Hemograma, Bioquímica, Função Renal, Perfil Hepático, Amilase e Lipase – de acordo com o quadro dispéptico) Paciente sem sinais de alarme – realizar tratamento com IBP por 4 a 6 semanas O consenso orienta testar o H.pilory antes de tratar. Teste respiratório, pesquisa de antígenos nas fezes, EDA com pesquisa de h.pilory. Caso não houver possibilidade de testar H.pilory e o paciente não melhorar somente com o tratamento de IBP realizar o tratamento empírico para H.pilory se dentro de 1 ano o paciente não melhorar mesmo com a troca de esquema terapêutico indicar a EDA com biópsia e pesquisa para H.pilory. Pacientes acima de 40 anos, histórico familiar de câncer gástrico ou com sinais de alarme – podem ser indicados a EDA com biópsia e teste de H.pilory desde o primeiro momento. TRATAMETO: Orientar o paciente sobre a mudança nos hábitos de vida: 1. Cessar tabagismo (reduz velocidade de cicatrização) 2. Evitar alimentos que exacerbam os sintomas – sucos de frutas cítricas (limão, laranja, abacaxi), tomates, molhos quentes... 3. Suspender o uso de AINEs se possível, realizar uma troca por analgésico ou coxibes, reduzir a dosagem... paciente cardiopata em uso de AAS considerar indicar IBP, pacientes com alto risco de sangramento GI trocar por coxibe e manter IBP 4. Diminuir a ingesta de álcool ( aumenta a probabilidade de hemorragia digestiva alta) 5. Evitar café (estimula a secreção de ácido) TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: IBP 1x ao dia em dose plena por 4-8 semanas – omeprazol 20mg uma vez ao dia por 4 semanas, via oral comp. Gastroproteçao: metade da dose plena do ibp TRATAMENTO PARA H.PILORY: Omeprazol 20 mg 12/12 h associado a amoxicilina 1 g 12/12h + claritromicina 500mg 12/12 h por 14 dias -ulcera gástrica Úlcera duodenal: só antibioticoterapia TESTE DA UREASE: realizar após 4 semanas de tratamento para verificar a erradicação da bactéria. DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA e SÍNDROME DISPÉPTICA– OSCE