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Analgesia de transoperatório

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Analgesia de transoperatório 
 
 
Podem ser feitos de duas formas: bloqueios (requer 
treinamentos) e infusões 
Em definição a dor é uma experiencia sensitiva, 
cognitiva e emocional adversa, associada a lesões 
reais ou potenciais que acarretam em alterações de 
caráter nocivo com respostas de padrões espécie-
especifico. 
A dor leva a alterações fisiológicas e fisiopatológicas 
que resultam em alterações motoras, físico-quimicas 
e ou comportamentais. Podem ser quantificadas, 
com auxílio de escalas de avaliação da dor 
O controle efetivo da dor mesmo anterior ao 
estimulo nocivo (analgesia preemptiva) é um 
componente essencial, pois pode reduzir a 
morbilidade de doenças, aceleração da recuperação 
e melhora na qualidade de vida, contribuindo com o 
bem-estar do paciente. 
No caso dos anestésicos inalatórios causarem 
inconsciência e amnesia, eles não bloqueiam 
totalmente o sistema nervoso sensitivo ao corno 
dorsal da medula espinal. Sendo assim com muitos 
estímulos dolorosos causam alterações na medula e 
nocicepção, por isto, tem sido utilizado juntamente 
fármacos com propriedades analgésicas com 
objetivo de bloquear a dor por diferentes 
mecanismos, denominada analgesia multimoidal 
Entre diversas combinações possíveis, tem-se 
associado bloqueadores do canal de sódio, 
antiinflamatórios não esteroidais, agonistas de 
receptores alfa2 antagonistas de receptores NMDA 
e agonistas opioides. Buscando bloquear a 
transmissão nociceptiva diminuindo a necessidade 
do anestésico geral. 
Visando uma ação analgésica eficiente, as infusões 
destacam-se como opção importante, sendo 
explorada cada vez mais na pratica anestésica em 
pequenos animais. A utilização de infusões continuas 
apresentam alto poder analgésico. 
Existem vários protocolos, podendo ser utilizados 
agentes potentes de forma isolada (opioides) e/ou 
associações farmacológicas com intuito de 
proporcionar uma analgesia multimodal/balanceada. 
Protocolos: 
MLK: (frasco de 250ml) administrar 5 ml/kg/h 
→ Morfina (1ml): 0,2mg/kg/h 
→ Lidocaína (7,5ml): 3mg/kg/h 
→ Cetamina (0,3ml): 0,6mg/kg/h 
FLK: (frasco de 250ml) administrar 5 ml/kg/h 
→ Fentanil (10ml): 10mcg/kg/h 
→ Lidocaína (7,5ml): 3mg/kg/h 
→ Cetamina (0,3ml): 0,6mg/kg/h 
DexFiLK: (frasco de 250ml) administrar 5 ml/kg/h 
→ Dexmedetomidina (0,1ml) 
→ Fentanil (2,5ml) 
→ Lidocaína (7,5ml) 
→ Cetamina(0,3ml) 
Anestesia locorregional: 
Ocorre um bloqueio reversível da condução 
nervosa, quando aplicados localmente no tecido 
nervoso em concentração apropriada. 
Por que fazer? 
Para efetuar procedimentos sem necessidade da 
anestesia geral, o animal fica consciente e atinge 
somente uma parte restrita do corpo, preservando 
as funções fisiológicas. 
Quando é associada a anestesia geral: diminui o 
requerimento de anestésicos gerais ou dissociativos, 
melhora e prolonga a analgesia e promove maior 
segurança 
Efeitos adversos: pode causar neurotoxicidade e 
toxicidade em casos de dificuldade técnica pode 
causar paralisia, micção constante ou disfunção 
erétil. 
Anestesia local: 
Possui efeitos devido a diferença na estrutura 
química, são formados por 3 grupos: aromático, 
cadeia intermediária e amina terciaria 
O que faz com que o fármaco seja local é a cadeia 
intermediaria, pois pode ser do tipo: 
Éster (rapidamente metabolizados): benzocaína, 
procaína e tetracaína 
Amina (lentamente metabolizados): lidocaína, 
bupivacaina e ropivacaina 
Podem ser pouco solúveis em água, são disponíveis 
comercialmente em forma de sal. 
base fraca + ácido forte: SAL (cloridrato) 
o anestésico local atravessa a membrana na forma 
não ionizada, dentro da célula é transformada em 
ionizante e se liga ao receptor, as fibras não-
mielinizadas são bloqueadas mais rapidamente 
MECANISMO DE AÇÃO: bloquear os canais de 
sódio 
Quanto maior a vascularização maior será a 
absorção, maior o período de latência e duração, 
muito utilizado junto um vasoconstritor. 
Vasoconstritores: adrenalina- produz vasoconstrição 
por reduzir o fluxo sanguíneo e assim reduz a 
absorção sistêmica. São contra-indicados em 
extremidades e pode causar isquemia e necrose 
Lidocaína: 
→ Possui bloqueio sensitivo e motor 
→ Latência: 10-15min 
→ Período hábil: sem vasoconstritor 60min/ 
com vasoconstritor 90-120min 
→ Doses: sem vasoconstritor 7mg/kg- com 
vasoconstritor 9mg/kg 
→ Em doses altas pode causar convulsões: 
gatos máximo 12kg/kg IV e em cães 
máximo 20mg/kg IV 
Bupivacaína: 
→ Mais tóxica que a lidocaína 
→ 3x mais potente 
→ Latência: 10-20min 
→ Sem vasoconstritor: 120min 
→ Com vasoconstritor: 120-140min 
→ Dose máxima: 1mg/kg sem vasoconstritor 
2mg/kg com vasoconstritor 
Efeitos adversos: 
São raros desde que administrados na dose correta 
e técnica adequada, porém pode causar: 
→ Sinais de intoxicações no SNC: 
• Contrações musculares 
• Convulsões 
• Parada respiratória 
• Coma 
→ Sistema cardiovascular: 
• Vasodilatação 
• Redução da contratilidade cardíaca 
• Arritmias 
Anestesia infiltrativas: 
Utilizadas em subcutâneo em casos de sutura de 
pele, nodulectomias, retirada de corpo estranho, 
excisão de tumores e realização de biopsias. 
Anestesia perineual: 
É feita a deposição do fármaco no tecido que 
circunda determinado nervo, tendo assim a perda 
de sensibilidade e paralisia por tempo determinado. 
Esta aplicação é feita em pequenos volumes 1 a 2ml 
 
Morfina 0,1kg/kg + lidocaína 1kg/kg 
Morfina 0,1mg/kg + lidocaína 5mg/kg 
Morfina 0,1mg/kg + bupivacaína 1mg/kg 
Lidocaína 2,5mg/kg + bupivacaína 0,5mg/kg 
Nervo infra-orbitário: 
→ Utilizado para anestesiar lábios, fucinho, 
dentes incisivos superiores e inferiores e 
pálpebra inferior 
→ Agulha inserida na parte externa e interna 
da boca entre o terceiro pré-molar 
Nervo maxilar: 
→ Maxila, dentes superiores, lábio superior e 
focinho 
→ Feito no quarto dente pré-molar ou molar 
Nervo mentoniano: 
→ Parte do lábio inferior e dentes incisivos 
inferiores 
→ Feito no segundo pré-molar 
Nervo mandibular: 
→ Dentes pré-molares, molares e lábio inferior 
Anestesia de membros: (plexo braquial) 
Feito em cirurgias distais e cotovelo, os nervos 
espinhais que constituem o plexo braquial emergem 
dos espaços intervertebrais: C5-C6, C6-C7, C7T1, 
T1T2 
Perda gradual da sensibilidade e função motora , 
tendo latência de 10 a 40min podendo ser utilizado: 
lidocaína (7,5mg/kg- c/vaso) bupivacaina (2,0mg/kg-
c/vaso) podendo causar complicações como 
pneumotórax se aplicada de forma errada 
Anestesia intravenosa de Bier: 
Utilizada na região distal ao torniquete para bloquear 
os nervos do tecido periférico. A ausência de 
sangue em algumas cirurgias é favorável e a 
desvantagem é que possui duração máxima de 
2horas 
O torniquete de borracha induz a anestesia em uma 
veia distal, sua remoção deve ser lenta (seguro em 
ate 90min), quando o torniquete for removido a 
sensibilidade retorna entre 5 a 15min e a analgesia 
permanece por ate 30min 
Anestesia epidural ou peridural: 
É a deposição do anestésico no espaço peridural 
(entre a dura-máter e canal vertebral) e vertebral 
(estende desde o forame magno ate a sexta 
vertebra caudal) 
Quando se faz epidural não perfura a dura-máter a 
deposição fica no espaço do canal medular 
A intratecal ou raquidiana ultrapassa a dura-máter e 
aracnoide 
 
É necessário uma boa assepsia e tricotomia no local 
e o anestesista deve estar utilizando luvas estéril 
para fazer o procedimento. A melhor posição é a 
decúbito esternal- membros pélvicos podem ficar 
flexionados ou estendidos 
Para estabilizar a punção é de suma importância 
que o paciente esteja tranquilizado, sedado ou 
anestesiado 
Local de aplicação em cães e gatos: entre L7 e S1. 
Atualmente sabe-se que entre a S3 e Co1 é mais 
segura de ser feita pois não possui medula

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