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Nome: Millena de Moura Terroso Matrícula: 2021106083 Atividade 3 -Libras A educação de crianças e jovens surdos é uma preocupação que permeia toda a história dessa população. Movida por experiências, tentativas de acerto e insucessos metodológicos, a educação especial tem, paulatinamente, alcançado visibilidade e espaço em meio às ideologias que insistem em normalizar e padronizar o ser humano, sobretudo na modernidade fragmentada por tantos discursos e pouca eficácia na compreensão sobre quem, de fato, é o homem. Dessa forma, tratar do cenário da educação especial, principalmente no que se refere à questão da pessoa surda, faz-se necessário enquanto projeto de oposição às narrativas que trazem, como arquétipos sociais, mentes, corpos e culturas uniformes. Não a favor de tal interpretação, as questões que envolvem a identidade e a cultura surda reivindicam o reconhecimento de seus artefatos - de modo especial, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), considerada um marco nas políticas públicas - e evidenciam as características específicas da comunidade surda. A língua de sinais ocupa um espaço de destaque no seio dessa comunidade, sendo sinal de orgulho e ideário político. O processo de construção de uma língua passa, necessariamente, pela etapa de estruturação formal, dando-lhe forma escrita, regulando o significado de seus signos e justificando o porquê de seu uso. No caso da Libras, seria correto afirmar que ela se comporta estruturalmente da mesma forma que as demais línguas? Ou seja, há algo que diferencie a Libras das demais línguas faladas em sua transcrição? Detalhe quais são essas diferenças. R: Como ponto de partida, os significados das duas palavras, linguagem e língua estão relacionados e podem orientar nossa reflexão. A língua é o elemento do sistema de comunicação da comunidade, como português, inglês, língua de sinais, etc. Esta é a criação de um grupo social, e todos que o usam devem obedecer às regras para se comunicar. Por sua vez, a linguagem, é tudo o que usamos para nos comunicar: cores, sons, formas, números, pratos, expressões faciais, etc. Linguagens que se comunicam por voz (português, inglês, espanhol, etc.) repetem lógicas e padrões comuns e seguem a ordem de execução. Por sua vez, a linguagem de sinais possui sua própria gramática, que consiste em cinco parâmetros. A lista de unidades de comparação para este idioma é: estrutura da mão, ponto ou posição de pronúncia, movimento, direção e expressão facial e/ou corporal. Fonética, morfologia, sintaxe, semântica e pragmática são os cinco ramos da linguística que definem a forma como a linguagem se estrutura. Então não se pode afirmar que a linguagem de sinais ou Libras se comporta da mesma forma que as demais. Nesse sentido, as línguas que emitem sons possuem uma estrutura gramatical “mais completa”, pois, no caso da Libras, a oração é feita de forma “resumida e direta”, tendo, a concordância do verbo, no que tange a período temporal, com um adjunto adverbial. Exemplo disso, pode-se mencionar duas orações: Pretérito: Português: Eu trabalhei. LIBRAS: Ontem eu trabalhar. Logo, conclui-se que existe uma diferença estrutural quando se compara Libras com as outras línguas, mas não que afetará a semântica da oração.