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1 MÓDULO III – LOCOMOÇÃO E PREENSÃO ANA LUÍZA A. PAIVA – 4º PERÍODO 2021/2 OBJETIVOS 1- Descrever a fisiopatologia das polineuropatias. 2- Analisar tipos, manifestações clínicas, etiologia, métodos diagnósticos, diagnóstico diferencial, tratamento e implicações nas funcionalidades habituais. REFERÊNCIAS FÉLIX, Evandro Penteado Villar; OLIVEIRA, Acary de Souza Bulle. Diretrizes para abordagem diagnóstica das neuropatias em serviço de referência em doenças neuromusculares. Rev Neurocienc. São Paulo, v. 18(1) p. 74-80, 2010. GUIMARÃES, Joana; SILVEIRA, Fernando. Abordagem diagnóstica das neuropatias periféricas. Acta Med Port. Lisboa, v. 21, n°.1, p. 83- 88, 2008. NITRINI, Ricardo; BACHESCHI, Luiz Alberto. A neurologia que todo médico deve saber. São Paulo: Editora Atheneu, 2ªed., 2003. ANATÔMIA E HISTOLOGIA O SNP consiste nos nervos cranianos (menos o olfatório e óptico), as raízes nervosas, os gânglios da raiz dorsal, troncos nervosos periféricos e suas ramificações terminais e o sistemas nervoso autônomo periférico. As fibras nervosas são envoltas no SNP por células de Schwann que produzem bainha de mielina, permitindo assim, uma maior velocidade de condução do impulso nervoso, através do mecanismo de condução saltatória que se dá nos nodos de Ranvier. Essas fibras nervosas se organizam em feixes e cada feixe forma um nervo. O nervo periférico é constituído de fibras nervosas mielinizadas e amielínicas envolvidas por tecido conjuntivo, dividido em três compartimentos: Endoneuro: camada conjuntiva que envolve cada fibra nervosa Perineuro: bainha conjuntiva que envolve cada feixe. Epineuro: bainha de tecido conjuntivo que envolve o nervo. A classificação das fibras nervosas está relaciona- da basicamente a presença ou não da bainha de mielina, sua espessura e a velocidade de condução do impulso nervoso: Aα e Aβ (fibras mielinizadas grossas e velocidades de condução altas), Aδ (fibras mielinizadas finas e velocidades de condução intermediárias) C (fibras amielínicas com velocidades de condução baixas) Existem 3 tipos de fibras nervosas: Fibras motoras (fibras de grande diâmetro, mielinizadas): quando atingidas por processo lesional cursam com fraqueza muscular, hipotonia, arreflexia (sinais negativos) e por vezes com fasciculações (sinal positivo), que são contrações visíveis, finas e rápidas das fibras nervosas. Fibras nervosas sensitivas: irão se subdividir em fibras grossas e finas. O acometimento de fibras grossas irá causar problemas na sensibilidade vibratória, no tato de pressão e até mesmo na propriocepção (capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação) Já o acometimento de fibras finas irá comprometer, principalmente, a dor e a temperatura. Fibras autonómicas, (fibras amielínicas de pequeno diâmetro): inervam os órgãos e glândulas , e quando acometidas, podem acarretar em hipotensão postural, disfunção erétil, gastroparesia, além de alterações na motilidade intestinal (constipação ou diarreia). Polineuropatia Periférica Problema 03 2 MÓDULO III – LOCOMOÇÃO E PREENSÃO ANA LUÍZA A. PAIVA – 4º PERÍODO 2021/2 DEFINIÇÃO As polineuropatias periféricas são um termo genérico que se aplica à existência de lesão dos nervos periféricos, qualquer que seja a sua etiologia. Do ponto de vista anatômico, o SNP pode ser envolvido em qualquer uma das partes que o compõe, desde a raiz nervosa até as porções mais distais dos ramos terminais dos axônios. Seu acometimento pode estar presente em todas as faixas etárias, sendo mais frequente nas idades mais avançadas. Algumas complicações mais graves da polineuropatia periférica pode causar danos permanentes aos nervos, sendo algumas vezes um problema incapacitante e até mesmo fatal. CLASSIFICAÇÃO Velocidade de instalação • Aguda (menos de 1 semana) • Subaguda (menos de 1 mês) • Crônica (mais de 1 mês) Tipo de fibra nervosa envolvida • Motora • Sensitiva • Autonômica • Mista Tamanho da fibra nervosa envolvida • Grossa • Fina • Mista Distribuição • Proximal • Distal • Difusa Padrão • Mononeuropatia (lesão focal) • Mononeuropatia múltipla (lesão multifocal) • Polineuropatia (lesões simétricas, distais, bilaterais) Patologia • Degeneração axonal centrípeta (lesão metabólica do neurônio) – recuperação lenta. • Desmielinização segmentar – recuperação rápida. • Mista • Degeneração Waleriana (interrupção focal do axônio) – recuperação lenta. FISIOPATOLOGIA As neuropatias afetam os corpos celulares dos neurônios motores, sensitivos ou autonômicos. Desminielização segmentar É a degeneração focal da bainha de mielina com preservação do axônio. Essa destruição da bainha de mielina causa diminui a velocidade de condução dos impulsos nervosos ou bloqueia a condução axonal dos impulsos. A recuperação da função pode ser rápida, pois o axônio está intacto, necessitando somente da sua remielinização. Degeneração Walleriana Ocorre devido à interrupção focal do axônio. A lesão primária do corpo celular do neurônio por distúrbios nutricionais, metabólicos ou tóxicos, com diminuição da síntese protéica e falência do suprimento para as partes mais distais do axônio, causa fraqueza ou perda sensitiva distal (em meia e luva), pois a degeneração axonal assume um sentido distal – proximal. Como os nervos nos MMII são mais longos que os nervos nos MMSS, os sintomas começas 3 MÓDULO III – LOCOMOÇÃO E PREENSÃO ANA LUÍZA A. PAIVA – 4º PERÍODO 2021/2 tipicamente nos pés. A atrofia muscular tende a ser mais intensa nas lesões axonais. Nas neuropatias desmielinizantes a atrofia muscular é mais por desuso. Degeneração axonal centrípeta Resulta de lesão metabólica do neurônio. A destruição axonal (axonopatia) resulta em degradação rápida da mielina, sem perda das células de Schwann, o que permite a regeneração axonal. (Ex: diabetes, uremia, drogas, toxinas ambientais). A polineuropatia diabética afeta 50% dos diabéticos. O sorbitol metabolizado a partir da glicose pela aldose-redutase se acumula nos nervos periféricos levando a depleção de Na+/K+ ATPase, em especial nos nodos de Ranvier, comprometendo assim a condução saltatória. A hiperglicimia causa glicosilação não-enzimática das proteínas estruturais (tubulina e neurofilamentos), levando a transporte axonal anormal e atrofia axonal distal. Também causa lesões microangiopaticas. Nas degenerações walleriana e axonal a recuperação é mais lenta, em meses ou anos, porque o axônio deve primeiro regenerar e reconectar-se ao músculo antes de a função voltar. SINAIS E SINTOMAS Os sintomas sensitivos geralmente são os primeiros observados pelos pacientes, e, com a progressão da doença, passam a queixar-se de sintomas motores. Alteração da Função Motora A fraqueza muscular pode ser decorrente de desmielinização segmentar, interrupção axonal ou destruição do neurônio motor, sendo o grau da fraqueza proporcional ao número de motoneurônios alfa afetados. A maioria das polineuropatias tem distribuição característica com acometimento inicial e mais grave dos músculos dos pés e pernas, e mais tardio e menos intenso dos músculos das mãos e antebraços. Alteração da Sensibilidade A sensibilidade está mais comprometida nos segmentos distais dos membros, frequentemente assumindo a forma de “bota e luva” e acometendo mais os membros inferiores que os superiores. Na maioria das polineuropatias, todas as modalidades sensitivas (táctil, térmica, dolorosa, vibratória e cineticopostural) estão comprometidas. À medida que a doença progride, há hipoestesia ou anestesia nas partes proximaisdos membros e tronco. Alterações Autonômicas Anidrose e hipotensão ortostática são as manifestações mais frequentes e muitas vezes constituem o principal quadro da neuropatia. Alterações Tróficas e Deformidades A presença de deformidades de pés, mãos e coluna é frequente em polineuropatias crônicas, principalmente nas que se iniciam na infância. A analgesia das partes distais as torna suscetíveis a queimaduras, escaras de decúbito e outras formas de injúria. As falanges distais dos dedos podem ser perdidas e podem se formar úlceras plantares (mal perfurante plantar). 4 MÓDULO III – LOCOMOÇÃO E PREENSÃO ANA LUÍZA A. PAIVA – 4º PERÍODO 2021/2 ETIOLOGIAS Juntamente com as causas hereditárias, dentre as principais etiologias das neuropatias estão as relacionados ao diabetes melito, a insuficiência renal crônica, o alcoolismo (por efeito tóxico ou levando a um quadro carencial) e a hanseníase. Muitas outras doenças sistêmicas também podem cursar com um comprometimento do SNP. Da mesma maneira algumas medicações (p.ex., nitrofurantoína, amiodarona, isoniazida, quimioterápicos, etc) e exposição às substâncias tóxicas como arsênico, chumbo, entre outras, podem desencadear uma neuropatia. POLINEUROPATIA DIABÉTICA Ocorre como complicação do diabetes insulino- dependente tipo I e II, assim como no diabetes relacionado com outras síndromes. A prevalência da neuropatia varia de 7,5% na época da descoberta do diabetes a 50% após 25 anos. Crianças com diabetes raramente têm neuropatia (2%). Classificação das neuropatias diabéticas Polineuropatia simétrica É a forma mais freqüente. É comum iniciar-se após a instituição de tratamento com insulina ou hipoglicemiantes orais. Na maioria dos casos, os sintomas são discretos. Os sinais mais precoces são: perda do reflexo aquiliano e hipopalestesia dos pés. Quando os sintomas acompanham os sinais, consistem em dormência e, às vezes, parestesias nos pés. Sintomas nas mãos são menos comuns. Dor nos membros inferiores é frequente, piorando à noite. Às vezes, a neuropatia sensitiva é intensa, de instalação rápida ou insidiosa. Há diminuição da sensibilidade cutânea distalmente nos quatro membros e perda da sensibilidade profunda. A ataxia sensitiva pode desenvolver-se com marcha talonante e a perda da sensibilidade dolorosa contribui para o desenvolvimento de úlceras perfurantes nos pés e de artropatia neuropática, principalmente nas articulações interfalangeanas e metatarsofalangeanas. A presença de neuropatia autonômica causa anidrose e conseqüente pele seca. polineuropatia motora aguda ou subaguda Certo grau de fraqueza muscular distal e atrofia, especialmente nos membros inferiores, geralmente acompanha a polineuropatia sensitiva simétrica. Neuropatia Autonômica Sintomas de envolvimento autonômico incluem disfunção pupilar e lacrimal, hipotensão postural, alteração da sudorese e reflexos vasculares, atonia do trato gastrintestinal, diarréia, atonia vesical, ejaculação retrógrada, impotência sexual. Também pode ocorrer hipoglicemia sem os sinais premonitórios usuais, levando o paciente ao coma. POLINEUROPATIAS TÓXICO-CARÊNCIAIS Neuropatia Alcoólica Ocorre em 9% dos pacientes alcoólatras e o quadro típico é uma neuropatia que acomete principalmente os membros inferiores, predominantemente sensitiva, com hiperestesia nos pés, abolição dos reflexos aquileus e leve déficit distal. A causa não está definida, podendo ser decorrente do efeito tóxico do etanol ou do quadro carencial associado, ou de ambos. O tratamento da neuropatia consiste em parar o consumo de álcool e manter uma nutrição adequada. A melhora é gradual, ocorrendo em meses, e pode ser incompleta. Neuropatias Carenciais Deficiência de vitamina B1 (tiamina) – causa beribéri, cujo quadro principal é a falência cardíaca e a polineuropatia periférica, que é distal e axonal, e o sintoma sensitivo é a principal manifestação. 5 MÓDULO III – LOCOMOÇÃO E PREENSÃO ANA LUÍZA A. PAIVA – 4º PERÍODO 2021/2 Com a progressão, ocorre déficit motor. Deficiência de vitamina B6 (piridoxina) – causa neuropatia periférica, cuja causa mais frequente é o aumento de sua excreção consequentemente ao uso da isoniazida, droga empregada no tratamento da tuberculose. Por outro lado, a ingestão excessiva desta vitamina causa uma neuropatia sensitiva atáxica. Deficiência de vitamina B12 (cobalamina) – a absorção desta vitamina no íleo depende de sua ligação com o fator intrínseco produzido na mucosa gástrica. Sua deficiência pode ser devida à falta de oferta, assim como alterações gástricas e de absorção. Pode causar uma leve polineuropatia que não ocorre isoladamente, sendo o quadro clínico principal relacionado a uma mielopatia com lesão da coluna posterior e lateral (degeneração subaguda combinada). A reposição da vitamina B12 por via intramuscular costuma reverter parcialmente o quadro. Deficiência de vitamina E – causa síndrome espinocerebelar e arreflexia, ataxia de marcha e membros e diminuição da sensibilidade vibratória e anartrestesia. Sua deficiência decorre de má absorção e a lesão periférica é principalmente nos processos centrais dos neurônios do gânglio da raiz dorsal. A suplementação vitamínica geralmente cessa a progressão, inclusive com recuperação do quadro. Neuropatias Relacionadas às Drogas A maioria das neuropatias causadas por drogas é predominantemente distal, simétrica, sensitivo- motora. Os sintomas sensitivos geralmente predominam e a dor é comum. Quando a exposição à droga cessa, o paciente ainda piora um pouco antes de começar a melhorar. A recuperação ocorre em meses e geralmente é incompleta. Drogas que causam neuropatia: amiodarona,cloranfenicol, cloroquina, colchicina, dapsona,zalcitabina, disulfiram, isoniazida, metronidazol,nitrofurantoína, fenitoína, piridoxina, talidomida,sinvastatina, dideo-xicitidina. Neuropatias Relacionadas aos Metais A chave do diagnóstico de uma neuropatia causada por metais é o reconhecimento do quadro sistêmico, com comprometimento hematológico ou não, que acompanha a síndrome periférica. Neuropatia por arsênico: além da polineuropatia periférica sensitivo-motora há pancitopenia, alterações digestivas (dores abdominais, vômitos e diarréia), cutâneas (hiperqueratose das regiões palmar e plantar, melanose e alopecia) e nas unhas(estrias transversas esbranquiçadas). Neuropatia por chumbo: causa dor abdominal, anemia, linha plúmbica na margem das gengivas e a neuropatia geralmente é predominantemente motora, com predileção pelo nervo radial, sendo a lesão axonal. Neuropatia por tálio: causa sintomas gastrintestinais. A neuropatia periférica é sensitivo- motora, distal e dolorosa. Alopecia ocorre geralmente duas a três semanas após início da neuropatia. O diagnóstico das NPs causadas por metais é feito pelo nível sérico elevado do metal no sangue, urina, cabelo ou unhas. O tratamento é feito com parada da exposição ao agente e utilização de agentes quelantes POLINEUROPATIAS INFECIOSAS: HANSENÍASE É uma doença infecciosa primária do SNP causada pelo Mycobacterium leprae. A lesão inicial é uma pápula ou mácula geralmente hipopigmentada, com diminuição da sensibilidade, devido à invasão dos nervos cutâneos pelo bacilo. A manifestação clínica é determinada pela resposta imune do hospedeiro. A forma tuberculóide causa uma resposta celular com formação de granuloma e lesão do tecido, e a forma virchowiana causa uma resposta imunológica mínima e proliferação e disseminação do agente. O sintoma principal é a perda sensitiva, principalmente à dor e à temperatura, acometendo nervos cutâneos e mistos em partes do corpo com temperatura relativamente baixa. 6 MÓDULO III – LOCOMOÇÃO E PREENSÃOANA LUÍZA A. PAIVA – 4º PERÍODO 2021/2 A perda sensitiva é acompanhada de perda da função motora devida à invasão de nervos próximos da pele (o nervo ulnar é o mais acometido). O diagnóstico é feito pela biópsia de pele ou nervo. O tratamento é feito principalmente com sulfonas, sendo a dapsona a mais utilizada. POLINEUROPATIAS IMUNOMEDIADAS: SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ Caracterizada por um déficit motor progressivo geralmente ascendente, de instalação aguda acompanhada de arreflexia, com ou sem alteração sensitiva, podendo ter do ponto de vista patológico diferentes alterações, com predomínio de lesão da bainha de mielina ou do axônio. Esta doença é imune-mediada, com alterações tanto da imunidade celular quanto humoral, não estando ainda determinado o antígeno responsável pelo desencadeamento da doença. Embora classicamente observe-se a presença de processo inflamatório composto de linfócitos e macrófagos e desmielinização principalmente no nível das raízes nervosas e segmentos de nervos periféricos proximais, dois padrões com lesão predominantemente axonal têm sido descritos. A primeira forma, geralmente mais grave, envolvendo tanto as fibras motoras como as sensitivas, é denominada neuropatia axonal sensitivo-motora aguda. A segunda forma é caracterizada por um comprometimento motor puro, de evolução mais benigna, denominada neuropatia axonal motora aguda. Os primeiros sintomas geralmente são parestesias, e posteriormente o paciente começa a apresentar fraqueza muscular tanto proximal quanto distal, de caráter ascendente, ou seja, que se inicia nos membros inferiores e depois acomete membros superiores, podendo evoluir para insuficiência respiratória e acometimento de nervos cranianos, principalmente músculos da mímica facial, da mastigação e do palato e, mais raramente, da motricidade ocular extrínseca. O grau máximo de incapacidade ocorre geralmente entre uma e quatro semanas. A fraqueza muscular é relativamente simétrica, acompanhada de arreflexia, que é um sinal precoce na evolução da doença. Embora os sintomas sejam predominantemente motores, o paciente comumente tem discreta alteração sensitiva. DIAGNÓSTICO Existem muitas causas que podem levar ao aparecimento de uma NP, portanto é importante Ter uma sequência na avaliação clínica. Primeiramente é necessário definir é em que padrão os sintomas e sinais presentes se enquadram: polineuropatia sensitivo-motora simétrica ou mono-neuropatia múltipla. Alguns exames laboratoriais geralmente são pedidos na investigação inicial: hemograma, glicemia, hemoglobina glicosilada, uréia e creatinina, dosagem de hormônios tireoidianos, fator reumatóide, fator antinuclear, dosagem de vitamina B 12, imunoeletroforese sérica e na urina, sorologia para hepatite, para o vírus HIV. Eletroneuromiografia: Demonstra a se o padrão é desmielinizante ou axonal. Desmielinizante • Diminuição da velocidade de condução nervosa. • Aumento da latência distal. • Bloqueio de condução. • Aumento do tempo de latência da onda F. Axonal • Importante diminuição da amplitude do potencial. • Presença de sinais de desnervação. Biópsia de nervo, geralmente o sural. TRATAMENTO O tratamento deve incluir medidas para o distúrbio subjacente, controle da dor e cuidados de suporte para proteger e reabilitar tecido lesionado. 7 MÓDULO III – LOCOMOÇÃO E PREENSÃO ANA LUÍZA A. PAIVA – 4º PERÍODO 2021/2 Alguns exemplos de tratamentos específicos incluem controle glicêmico rigoroso nos casos de neuropatia diabética, reposição de vitamina nos casos de deficiência de vitamina B12, imunoglobulinaIV (IVIg) ou plasmaférese para SGB e imunossupressão para vasculite. As neuropatias sensitivas dolorosas podem ser difíceis de tratar. O controle da dor em geral começa com antidepressivos tricíclicos, Cloridrato de duloxetina, adesivos de lidocaínaou anticonvulsivantes como a gabapentina Anestésicos tópicos, incluindo EMLA (lidocaina/prilocaína) e o creme de capsaicina, podem fornecer alivio adicional. Fisioterapia e terapia ocupacional são importantes. Cuidados adequados com as áreas desnervadas previnem ulceração da pele, o que pode levar a cicatrização precária de feridas, reabsorção tecidual, artropatia e por fim amputação
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