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APOSTILA CURSO DE COZINHEIRO 2 A HISTÓRIA DA GASTRONOMIA Síntese da gastronomia: “É a arte de cozinhar de modo que se dê o maior prazer a quem come”. A gastronomia é um ramo que abrange a culinária, as bebidas, os materiais usados na alimentação e, em geral, todos os aspectos culturais a ela associados. Um gastrônomo (gourmet, em francês) pode ser um (a) cozinheiro (a), mas pode igualmente ser uma pessoa que se preocupa com o refinamento da alimentação, incluindo não só a forma como os alimentos são preparados, mas também como são apresentados, por exemplo, o vestuário e a música ou dança que acompanham as refeições. Por essas razões, a gastronomia tem um foro mais alargado que a culinária, que se ocupa mais especificamente das técnicas de confecção dos alimentos. Um provador de vinhos é um gastrônomo especializado naquelas bebidas (e, muitas vezes, é também um gastrônomo no sentido mais amplo do termo). A gastronomia teve seu início na pré-história com o homem primitivo que foi descobrindo que os alimentos poderiam ser modificados, o que primeiramente era consumido cru, depois da descoberta do fogo passou a ser cozido e a partir daí o homem descobriu que poderia modificar o sabor dos alimentos e descobrir que se pode produzir vários tipos de alimentos. A idade antiga foi o período dos grandes povos e dos grandes banquetes, os povos faziam grandes banquetes para comemorações de vitorias em guerras e comemorações da família real, o povo egípcio inventou a padaria artística produzindo pães de diferentes formas. A idade média foi marcada pela força da igreja e a gastronomia seguiu a mesma linha foi baseada em vinhos em pães e também eram baseados na cozinha romana, os monges simplificaram a preparação dos alimentos e enriqueceram a qualidade dos produtos, o peixe foi um alimento muito valorizado, havia um abuso muito grande em especiarias, como pimentas, noz moscada, gengibre e outros. A idade moderna foi à época das grandes inovações, foi o período do renascimento e da descoberta de novas sensações e a gastronomia como sempre acompanha a história. O homem renascentista aporta refinamento e bons modos também no ato de estar à mesa. Existiam códigos de cortesia, ainda em vigor na atualidade, consagrando uma grande parte ao comportamento à mesa. Alguns códigos: ✓ À mesa, a alegria demonstrada não deve ser excessiva; ✓ Ninguém se deve sentar à mesa sem previamente lavar as mãos; ✓ A tristeza não é um sentimento adequado para o momento da refeição; ✓ As necessidades fisiológicas não devem ser satisfeitas durante a refeição; ✓ Ao sentar-se à mesa a cintura não deve estar muito apertada; ✓ O guardanapo deve ser pousado no colo ou no braço esquerdo; 3 ✓ O homem não deve comer de chapéu, mas deve ter o cuidado de estar bem penteado; ✓ O copo e a faca situam-se à direita; ✓ O pão localiza-se à esquerda; ✓ Não se deve comer (só) com as mãos; ✓ As mãos não devem ser limpas ao vestuário; ✓ Só os velhos e os doentes podem pousar os cotovelos na mesa durante a refeição; ✓ Os jovens devem beber água, não vinho; A idade contemporânea foi onde a gastronomia entrou no caminho do aperfeiçoamento nessa época a França passou por dois períodos distintos um durante Napoleão Bonaparte que detestava o requinte da comida francesa e preferia a comida italiana e o outro período que é o pós Bonaparte onde a França passa por um período chamado de restauração onde volta o requinte da culinária francesa, foi aí onde os menus começaram a invadir os restaurantes da Europa cada vez mais luxuosos e artísticos com o intuito de informar aos clientes o que havia para comer e beber. nessa época também os chefs de cozinha passaram a trabalhar em restaurantes ou a abrir seus próprios restaurantes, pois tinham perdido seus empregos nos palácios da nobreza, já que ela ficou enfraquecida após a revolução, tudo isso, aliado a revolução francesa, fez nascer a cozinha burguesa, que misturava os aromas do campo com a elegância da alta gastronomia, combinou a gastronomia da terra com a gastronomia de laboratório, após a restauração veio uma grande crise na economia francesa que afetou também a gastronomia fazendo com que pequenos cafés e restaurantes fechassem as portas, apesar da crise esse período foi marcado pela atuação de grandes chefs, gourmets, cozinheiros, escritores da mesa um deles foi o Grimod de La Raynière que inventou um tipo de serviço que aqui no Brasil é chamado de serviço à francesa, outra grande celebridade da mesa foi Anthelme Brillat-Savarin um grande filósofo da mesa tendo elaborado normas que o tornaram famoso, a culinária francesa atingiu seu apogeu no final do século XIX com a criação da escola de ensino da cozinha francesa Le Cordon Bleu que é reconhecida em todo o mundo e hoje possui filiais em todo o mundo, a partir daí a cozinha se internacionalizou e passou a ser modificada em cada parte do mundo. A arte do prazer da comida motivou génios como Leonardo da Vinci, inventor de vários acessórios de cozinha, como o célebre "Leonardo" para esmagar alho, regras de etiqueta à mesa, para além de novas receitas. Percursor da nouvelle cuisine, Da Vinci fundou com outro sócio o restaurante "A Marca das Três Rãs" em Florença. A gastronomia despertou curiosas sensibilidades em músicos como Rossini e em escritores portugueses e estrangeiros. Camilo Castelo Branco era avesso a descrições, mas não resistiu a descrever um saboroso caldo verde. Gastronomia no Brasil 4 A história da gastronomia no Brasil começa a ser contada a partir do momento em que os portugueses chegam ao país e tem os primeiros contatos com os índios que tinham sua própria culinária que era totalmente diferente do que os portugueses conheciam, era uma culinária baseada em frutos da terra como o milho, o feijão, a fava , a mandioca, a goiaba e é da mandioca eles retiravam seu principal alimento que era a farinha, há relatos de que a farinha era totalmente indispensável na culinária indígena, o feijão e a fava não eram muito apreciados na alimentação e se consumia muito amendoim, de todas as formas tanto cru, como assado, como cozido. Desde o descobrimento do Brasil em 1500 até os dias de hoje, teve muitos povos que vindo para o Brasil trouxeram muito de suas crenças, culturas, gostos e hábitos, que de certa forma misturaram com a nossa cultura. Essa cultura onde a gastronomia faz parte. Desse modo cada imigrante que veio para o nosso país trouxe sua preferência alimentar. A maior influência sem sombra de dúvidas foi com a chegada da família Real, quando Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil trouxe de suas navegações pelas regiões do Oriente, Índia os condimentos. Trouxeram também presunto, vinho, pão, açúcar e etc.. Como eles também encontraram aqui animais, plantas e peixes que não conheciam. Os portugueses trouxeram seus hábitos alimentares já com suas influencias com os orientais, a cultura negra, as escravas africanas trabalhavam na cozinha das fazendas, e um pouco da cultura indígena, sendo que permanecem até os dias de hoje. A colonização do Brasil culminou com o nascimento da cozinha brasileira essa cozinha é resultado da mistura de três povos, os portugueses, os africanos e os indígenas a mistura dessas três culinárias formou a culinária brasileira, a farinha um prato típico indígena foi nacionalizado pelos portugueses, alguns pratos já existentes no Brasil foram incorporados à cultura negra recém-chegada no Brasil, por exemplo, o milho foi incluído noculto a Oxóssi. Após a independência do Brasil de Portugal a cozinha brasileira se afirmou, a cachaça foi uma grande animadora dos encontros anti-portugal, a produção de café ia crescendo cada vez mais, a culinária italiana foi outra que teve muita influencia na culinária brasileira devido a grande entrada de italianos no período do café, a partir daí a culinária brasileira foi de consolidando buscando um detalhe em cada país e se transformou nessa culinária riquíssima de hoje em dia. Os outros países também tiveram influência na gastronomia do Brasil. A Europa teve sua participação na nossa cultura alimentar em varias cidades brasileiras. Portanto a gastronomia brasileira se deve a influência de vários povos. A participação espanhola e portuguesa se confunde na sua semelhança, pois os dois países tiveram influência dos árabes. Mas foram os alemães os primeiros a vir fundar colônias no sul do país, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, e também no Espírito Santo. O alemão não trouxe só a influência, mas um reforço 5 de certas espécies que foram utilizados pelos portugueses, como a cerveja e as carnes salgadas e defumadas. Os gregos e romanos já tinham todo cuidado de como preparar a alimentação. Os romanos eram mais criativos, pois eram mais valorizados. Entre 1860 e 1890 desembarcaram 974 mil italianos no Brasil e também trouxeram um gosto especial pelas massas com farinha de trigo, com os molhos densos e condimentos. Ninguém conseguiu mudar a alimentação italiana que acabou participando e muito na gastronomia brasileira. Toda culinária nacional é formada por cozinhas regionais. No Brasil as influências foram muitas. A partir delas apareceram adaptações e variações. Como a cozinha sertaneja, nordestina, caipira, tropeara, mineira, gaúcha, da fazenda e outras. Hoje se tem uma nova era de pesquisa devido à atenção sobre a origem dos pratos, aos ingredientes e a evolução das receitas. Foi desde 1955 que iniciou o conceito de comer rápido e com as mãos. A comida japonesa é admirada no mundo devido ela a priorizar a apresentação dos pratos, e na simplicidade de preparo dos alimentos, ela consegui combinar sabores e textura. Usa pouco tempero, e tudo deve ser feito na hora, e se usa só alimento resfriados e não congelados. A refeição japonesa é feita com tempo para se liberar emoção. Não podemos esquecer que a revolução industrial nos trouxe avanços tecnológicos como: fogão a gás, a pasteurização, a refrigeração, e a luz elétrica. Com a luz elétrica os jantares começaram a ser servido mais tarde sendo assim criado na Inglaterra o chá das cinco, sendo mais uma refeição. A gastronomia na atualidade é de modo geral bem parecida, após com a globalização todo o mundo tem acesso a tudo que o outro faz e também com o advento das multi-nacionais grandes redes de produtos alimentícios levando o mesmo alimento para todas as partes do mundo, já as cozinhas regionais tentam mesmo com a globalização preservar o que lhe é peculiar, pois é isso exatamente que os faz diferentes do resto do mundo. Cada canto do mundo tem sua cozinha regional com peculiaridades inerentes a elas. No Brasil não é diferente, possui diversos tipos de culinárias espalhadas pelo País. Os principais eixos gastronômicos do País é o Rio de Janeiro e São Paulo. HIGIENE E MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS A higiene é fundamental para bons resultados dentro de um ambiente de trabalho, principalmente dentro de uma cozinha. E esta não se limita somente ao ambiente, mas também às práticas do manipulador. Higiene e aparência pessoal É fundamental para uma empresa de alimentos ter uma equipe de funcionários que prime pela sua higiene pessoal começando sempre do dono do estabelecimento. A fim de promover um local de trabalho higiênico, é preciso que 6 todos estejam comprometidos e atentos com a importância de se estar limpo antes mesmo de começar seu expediente. Alguns pontos fundamentais são: ✓ Banhos diários; ✓ Dentes limpos e sem cáries, e escovados posteriormente a cada refeição; ✓ Cabelos limpos e colocados totalmente dentro da toca, a fim de evitar que caiam sobre os alimentos, no caso de homens, têm que estar barbeados; ✓ Unhas curtas e sem esmalte, evitando o acúmulo de sujeira debaixo delas e a contaminação dos alimentos, bem como evitar a contaminação química do esmalte que pode sair; ✓ Não usar bijuterias e acessórios, para evitar que caiam nos alimentos durante seu manuseio; ✓ Uniformes completos, limpos e em bom estado de conservação, evitando que roupas contaminadas com a sujeira do ambiente externo fiquem próximas dos alimentos tratados; ✓ Roupas adequadas ao ambiente. Higiene das mãos As mãos mais que qualquer outra parte, devido ao fato de estarem em constante contato com os alimentos que estão sendo produzidos, precisam estar impecavelmente limpas, o tempo todo. Para mantê-las dessa maneiras, o procedimento adequado é: A lavagem das mãos deve ocorrer sempre após: − Vestir-se para iniciar o trabalho; − A remoção e troca de forros de lixeiras; − Manusear alimentos crus; − Fumar; − Levar as mãos no cabelo; − Assoar o nariz; − Comer; − Usar o sanitário. Como lavar as mãos: − Molhar as mãos com bastante sabão; − Usar sabão líquido; − Esfregar bem, usando escovinha própria para as unhas; − Enxaguar; − Secar usando toalhas de papel, ou secadores de ar quente; − Aplicar uma solução desinfetante. 7 Higiene do ambiente Nas instalações da empresa é necessário que o ambiente seja composto por materiais que facilitem a manutenção de sua limpeza de uma forma adequada e que possa ser feita de uma maneira eficiente, evitando assim, o acúmulo de sujeira e restos de alimentos que possam atrair bichos e insetos, bem como se precaver da contaminação deles por bactérias e afins. Algumas dicas para tal objetivo são: ✓ Colocar piso de cerâmica resistente e antiderrapante para evitar acidentes na hora de tratar os alimentos – evitar que caiam, bem como que alguém se machuque -, e de fácil limpeza e sanitização, a fim de evitar que sujeiras se acumulem pelo chão; ✓ Paredes preferencialmente lisas e de cor clara, permitindo a fácil manutenção de sua limpeza; ✓ Ralos precisam estar protegidos com rede para permitir o escoamento da água, mas impedir entrada de insetos; ✓ Janelas têm que ter telas removíveis para sua limpeza; ✓ Portas que evitem o manuseio de trincos, utilizando o sistema de molas para fecharem sem a necessidade de colocar as mãos nelas; ✓ Mesas, balcões e utensílios de aço inox facilitam sua limpeza, e evitam o acúmulo de sujeira e restos; ✓ Torneiras equipadas com água quente e fria. Para a limpeza e sanitização de todas as partes do ambiente de trabalho, é recomendado que se faça o seguinte processo: ✓ Enxágüe inicial; ✓ Limpeza com detergente; ✓ Sanitização (produtos químicos, dependendo da área que se está limpando); ✓ E por fim, um enxague final. Também, deve-se estar atento ao tempo de contato que se tem com os alimentos, temperatura que se está armazenando-os, bem como temperatura do local de trabalho, e as ações químicas e mecânicas que possam vir a influenciar na conservação adequada dos alimentos. Como proceder com o lixo Para manter o ambiente mais organizado, e consequentemente mais limpo, o lixo merece atenção especial. Assim, segue como tratar o mesmo: 8 ✓ A troca é obrigatória várias vezes ao dia; ✓ Armazenar os sacos de lixo em uma área exclusiva para este fim, utilizando-se de latões bem tampados e estrados altos para evitar a presença de animais; ✓ Lavar a área destinada ao lixo diariamente. Controle de pragas Deve-se tomar todos os cuidadospara que não haja presença de insetos, roedores e animais no local de manipulação de alimentos. Como o controle deve ser realizado? ✓ Verificando sinais de presença de pragas e roedores no local (fezes, alimentos roídos etc); ✓ Higienizando corretamente o local (paredes, pisos, tetos) e evitando o acúmulo de sujeira, principalmente nos cantos. ✓ Mantendo sempre o lixo coberto, retirando-o sempre que necessário das áreas de manipulação e armazenando-o em um local distante das áreas de produção até que seja coletado. ✓ Armazenando corretamente os alimentos e não deixando caixas de papelão e madeira no local de manipulação e estoque. ✓ Conservando adequadamente a estrutura física, (sem buracos nos pisos e paredes), mantendo ralos fechados e janelas com telas milimetradas e removíveis. ✓ Realizando combate químico periódico (desinsetização e desratização). ✓ Evitar fatores que propiciem a proliferação de pragas, como: resíduos de alimentos, água estagnada, materiais acumulados em cantos e pisos, buracos em pisos, teto e paredes, mato, grama não aparada, sucata amontoada, desordem de material fora de uso, bueiros, raios e acessos, má limpeza das áreas de lixo; ✓ Desinsetização de desratização periódicas; Armazenamento Boas técnicas de armazenamento dos alimentos além de fundamentais na manutenção do ambiente limpo e adequado para o manuseio com alimentos, também auxiliam a ter um ambiente organizado, facilitando o transito de pessoas, e a produção dos insumos em questão. Algumas destas são: ✓ O local de armazenamento deve ser fresco, ventilado e iluminado; ✓ O primeiro alimento a entrar é o primeiro a sair, a fim de evitar o vencimento da validade dos mesmos; 9 ✓ Evitar armazenar alimentos juntos de produtos químicos; ✓ Evitar colocar os alimentos diretamente sobre o piso; ✓ O empilhamento deve ser alinhado, em blocos regulares, e mantidos longe da parede no mínimo 50 cm; ✓ Alimentos armazenados em câmaras frias devem estar dispostos de forma a permitir uma adequada circulação de ar frio; ✓ A temperatura de armazenamento deve estar compatível com a recomendação do fabricante. Higiene dos utensílios O tratamento dado aos utensílios usados no processo de manuseio dos alimentos também é importante. Segue algumas dicas de como usá-los, guardá- los e quais utilizar. Evitar: ✓ Uso de utensílios desgastados, riscados e trincados; ✓ Uso de utensílios de madeira; ✓ Sopro para polir talheres e copos; ✓ Panos de pratos úmidos para a secagem de utensílios; Manter: ✓ Utensílios limpos e secos e guardados em local apropriado. Procedimentos de limpeza e sanificação: ✓ Enxágüe inicial; ✓ Sanificação; ✓ Enxágüe final. Fatores que devem ser observados: ✓ Tempo de contato; ✓ Temperatura; ✓ Ação mecânica e ação química. Contaminação alimentar É à entrada do microrganismo no alimento, o que pode ocorrer de várias maneiras: ✓ Através do ar ✓ Através da manipulação do alimento ✓ Através das superfícies de bancadas, equipamentos e utensílios. ✓ Através do contato do alimento cru com o alimento pronto para consumo (contaminação cruzada). 10 Como evitar a deterioração e as doenças transmitidas pelos alimentos? ✓ Evitando que os microrganismos cheguem ao alimento: ✓ Protegendo o alimento (mantendo-o sempre coberto); ✓ Mantendo o comportamento e higiene adequados; ✓ Controlando pragas (tomando cuidados para evitar a presença de insetos, roedores e animais no local de manipulação dos alimentos); ✓ Utilizando equipamentos e utensílios sempre limpos. Tomando cuidados para evitar a sua multiplicação: ✓ Evitando manter o alimento à temperatura ambiente; ✓ Armazenando-os nas temperaturas adequadas; ✓ Utilizando métodos corretos de descongelamento e dessalgue. Eliminando ou reduzindo o número de microrganismos: ✓ Cozinhando completamente os alimentos, evitando o alimento mal cozido; ✓ Higienizando corretamente bancadas, utensílios e equipamentos; ✓ Higienizando corretamente as mãos. Contaminação Cruzada Contaminação cruzada é a transferência de microrganismos de um local (alimentos crus, alimentos cozidos, pessoas, superfícies ou insumos) para outro. Alguns exemplos de contaminação cruzada: ✓ Colocar na câmara carne crua descoberta e salada já higienizada ou carnes já cozida. O ar que circula dentro da câmara pode transferir os microrganismos da carne para a salada; ✓ Mesma faca utilizada para cortar dois tipos de alimentos de famílias diferentes: carne e frango ou melancia e frios (queijo, presunto); 11 ✓ Mesma placa de altileno ou fatiadora utilizada para manipular alimentos de famílias diferentes: queijo e presunto simultaneamente e sem higienização Cuidados no pré-preparo ✓ Descongelamento – o descongelamento de carnes deve ser feito em geladeira (sob refrigeração); em forno combinado, para preparo imediato; ou cocção direta, para alimentos que não necessitam de descongelamento prévio. Não deve ser realizado em temperatura ambiente, para evitar multiplicação microbiana. ✓ Corte de carnes – deve ser feito em pequenas quantidades para que o alimento não permaneça mais de 30 minutos em temperatura ambiente. ✓ Resfriamento – deve ser o mais rápido possível, utilizando técnicas adequadas de resfriamento e com auxílio de banho de gelo, se possível. ✓ Dessalgue – em água fervente, trocando a água por 2 ou 3 vezes após fervura, ou em água fria, trocando-a por 2 ou 3 vezes e mantendo em geladeira. Cuidados no cozimento O cozimento do alimento, além de lhe dar características agradáveis, deve ser suficiente para eliminar os microrganismos capazes de causar uma doença. O alimento deve atingir a temperatura de 70oC no centro geométrico. Após o cozimento o alimento deve ser protegido contra: • Contaminação – utilizando utensílios e equipamentos limpos. • Multiplicação dos microrganismos – mantendo o alimento na temperatura ideal (alimentos quentes à temperatura de 60oC e alimentos frios a temperatura de até 5oC). Cuidados no resfriamento Alguns alimentos, após o cozimento, devem ser resfriados para serem consumidos frios (saladas). O resfriamento mal feito pode ocasionar a multiplicação dos microrganismos. Para evitar isto o resfriamento deve ser rápido: o alimento deve passar de 60oC para 10oC em no máximo 2 horas. Para isso deve-se: ✓ Distribuir o alimento em recipientes rasos; 12 ✓ Deixar sair o vapor em temperatura ambiente (exposição máxima de 30 minutos à temperatura ambiente); ✓ Colocar para resfriar em câmara fria ou geladeira, arrumando de modo que haja circulação de ar; ✓ Manter o alimento coberto. Cuidados no reaquecimento Ao reaquecer um alimento o mesmo deve atingir a temperatura de cozimento (70o C). Cuidados na manutenção Os alimentos, após o cozimento, devem ser manipulados com higiene e rapidez. É necessário então: ✓ Mantê-los cobertos; ✓ Alimentos quentes devem ser mantidos em temperatura mínima de 60o C por 6 horas, e alimentos frios à 4o C por 2 horas. ✓ Alimentos quentes devem ficar em equipamentos de manutenção à quente (estufa, forno ou banho-maria, por exemplo). ✓ A água do banho-maria deve ficar entre 80o C e 90o C. Cuidados no porcionamento Durante o porcionamento do alimento deve-se observar: ✓ Higiene do manipulador, ✓ Utilização de utensílios higienizados e exclusivos para cada preparação. Cuidados na distribuição Durante a distribuição devem ser tomados cuidados para evitar a contaminação ou multiplicação do microrganismo, tais como: ✓ Manutenção em temperatura adequada; ✓ Preparo do alimento o mais próximo do horário de servir; ✓ Manter balcão de distribuição em temperatura adequada; ✓ Utilizar cubas higienizadas; 13 ✓ Reaquecer o alimento caso esteja com temperaturaabaixo da mínima permitida. Utilização de sobras ✓ Sobras são alimentos prontos mas que não foram distribuídos. Para serem reutilizados devem ser observadas as seguintes condições: ✓ Só devem ser reutilizadas sobras que tenham sido mantidas com todos os cuidados citados anteriormente; ✓ Alimentos servidos não podem ser reaproveitados. ✓ O alimento deve ser reaquecido à temperatura de cozimento e mantido na temperatura de manutenção à quente, ou resfriado, para alimentos servidos frios. Coleta de amostras A fim de investigar / esclarecer ocorrências de doenças transmitidas por alimentos, deve-se coletar amostras de todo alimento preparado. Método de coleta ✓ Deve ser coletada após distribuição a pelo menos 50% dos consumidores; ✓ A embalagem para coleta deve estar descontaminada e deve conter a identificação do alimento, com data e tipo de refeição; ✓ Deve-se adotar cuidados de higienização das mãos; ✓ Ao abrir o saco ou embalagem deve-se evitar tocar no interior; ✓ Deve ser retirado no mínimo 100 g do alimento; ✓ Utilizar o utensílio de distribuição; ✓ Fechar bem a embalagem. ✓ Temperatura de armazenamento: sólidos a 4o C e líquidos a - 18 o C, por 72 horas. Ambientação em cozinha profissional O setor de Alimentação Coletiva é representado por todos os estabelecimentos envolvidos com a produção e a distribuição de refeições para qualquer tipo de coletividade, por exemplo, empresas, escolas, hospitais, asilos, prisões, comunidades religiosas ou forças armadas, posicionando-se como prestadores de serviços. As alterações ambientais que determinaram o aumento da competitividade entre as empresas têm feito com que o setor de Alimentação Coletiva, em nível mundial, experimente mudanças significativas nos últimos anos. Neste setor, 14 identificam-se pressões ambientais a partir de duas vertentes principais: a primeira refere-se ao alto custo e às dificuldades de gestão que apresenta a mão- de-obra. A segunda envolve aspectos de qualidade, voltados tanto às questões de higiene e sanidade dos alimentos e preparações, quanto ao atendimento de normas que regem o preparo e distribuição de alimentos. Nesse sentido, nos Estados Unidos da América e em vários países da Europa Ocidental, novos processos tecnológicos de produção de alimentação para coletividades têm sido desenvolvidos e implantados na busca de aumentos expressivos de qualidade e produtividade, com conseqüentes reflexos na competitividade das empresas. As inovações tecnológicas propostas para a produção de alimentação coletiva envolvem equipamentos, produtos alimentícios e processos produtivos. Os novos equipamentos contêm diferenciais principalmente com relação à transmissão de calor, através de aparelhos de cocção e resfriamento. Nos produtos alimentícios, as novidades baseiam-se na elaboração prévia dos mesmos, facilitando o preparo e aumentando o prazo de validade. Com relação aos processos produtivos, as proposições determinam a produção a partir destes alimentos pré-elaborados, com impactos significativos nos custos totais, bem como a utilização do processo de cadeia fria, que permite a preparações antecipadas com garantia de qualidade sanitária. Equipamentos Os equipamentos desenvolvidos para alimentação coletiva devem atender às condições de economia de energia, através de uma melhor regulação de materiais, simplificação de utilização, adaptando os materiais às limitações dos usuários, facilidade de higienização e manutenção e atendimento às normas de segurança de pessoal. Características do processo produtivo de refeições coletivas As condições ambientais em serviços de alimentação envolvem as condições de ruído, temperatura, umidade, ventilação, iluminação, presença de gases, vapores ou resíduos tóxicos, espaço físico e concepção de materiais e equipamentos. Muitas vezes os equipamentos e instalações disponíveis para a produção de refeições coletivas apresentam problemas de adaptação ao tipo de processo produtivo, o que é agravado pelas dificuldades de manutenção desses, pois, na maioria dos casos, não é observada a manutenção preventiva, com a correção dos problemas ocorrendo na medida em que eles acontecem. 15 Áreas para preparação de alimentos: Área para armazenamento em temperatura ambiente (estoque): Área destinada ao armazenamento de alimentos à temperatura ambiente. Os alimentos devem ser separados por grupos, sacarias sobre estrados fixos com altura mínima de 25 cm, separados da parede e entre pilhas no mínimo 10 cm e distante do forro 60 cm. Prateleiras com altura de 25 cm do piso. Não deve existir entulho ou material tóxico no estoque, sendo o material de limpeza armazenado separadamente dos alimentos. Ventilação adequada. Os alimentos devem ser porcionados com utensílios exclusivos e após sua utilização, as embalagens devem ser fechadas adequadamente. As embalagens devem estar íntegras, com identificação visível (nome do produto, nome do fabricante, endereço, número de registro, prazo de validade etc.). Em caso de transferência de produtos de embalagens originais para outras embalagens de armazenamento, transferir também o rótulo do produto original ou desenvolver um sistema de etiquetagem para permitir uma perfeita rastreabilidade dos produtos desde a recepção das mercadorias até o preparo final. No estoque não devem existir equipamentos que propiciem condições que interfiram na qualidade e nas condições sensoriais dos alimentos. Área para armazenamento em temperatura controlada: ✓ Área destinada ao armazenamento de alimentos perecíveis. Os equipamentos de refrigeração e congelamento devem ser de acordo com a necessidade e tipos de alimentos a serem produzidos ou armazenados. No caso de possuir apenas uma geladeira ou câmara, o equipamento deve estar regulado para o alimento que necessitar de menor temperatura. Se forem instaladas câmaras, estas devem apresentar as seguintes características: • Antecâmara para proteção térmica • Revestimento com material lavável e resistente • Nível do piso igual ao da área externa • Termômetro permitindo a leitura pelo lado externo • Interruptor de segurança localizado na parte externa com lâmpada piloto indicadora "ligado" - "desligado" • Prateleiras em aço inox ou outro material apropriado • Porta que permita a manutenção da temperatura interna • Dispositivo de segurança que permita abri-la por dentro, quando utilizar porta hermética. Área para higiene/guarda dos utensílios de preparação 16 Local separado e isolado da área de processamento, contendo água quente e fria, além de espaço suficiente para guardar peças de equipamentos e utensílios limpos. O retorno de utensílios sujos não deve oferecer risco de contaminação aos que estão guardados. Área para higiene/guarda dos utensílios de mesa Esta área deve ser adjacente ao refeitório, comunicando-se com este através de guichê para recepção do material usado. Os utensílios de mesa já higienizados não devem entrar em contato com os sujos. Área para recepção de mercadorias Área para recepção das matérias primas, contendo quando possível, pia para pré- higiene dos vegetais e outros produtos. Área para preparo de carnes, aves e pescados Área para manipulação (pré-preparo) de carnes, aves e pescados, sem cruzamento de atividades. Deve terbancadas, equipamentos e utensílios de acordo com as preparações. Quando for climatizado deve manter temperatura entre 12 e 18oC. Preparo de hortifrúti Área para manipulação com bancadas e cubas de material liso, resistente, e de fácil higienização, para manipulação dos produtos vegetais. Área para preparo de massas alimentícias e produtos de confeitaria Deve ter bancadas e cubas de material liso, impermeável e de fácil higienização. Área para cocção/reaquecimento Área para cocção com equipamentos que se destinem ao preparo de alimentos quentes. Não deve existir nesta área equipamentos refrigeradores ou congeladores porque o calor excessivo compromete os motores dos mesmos. Área de consumação A área de consumação ou refeitório deve ter as mesmas características das áreas de preparo dos alimentos. Podem permanecer no refeitório os equipamentos para distribuição de alimentos, como o balcão térmico, balcão refrigerado, refresqueiras, bebedouros, utensílios de mesa, geladeira para bebidas. O balcão 17 térmico deve estar limpo, com água tratada e limpa trocada diariamente, mantido a temperatura de 80 a 90oC. Estufa ou pass trough limpos mantidos à temperatura de 65oC. Balcão frio, regulado de modo a manter os alimentos no máximo a 10oC. Os ornamentos e plantas não devem propiciar contaminação dos alimentos. As plantas não devem ser adubadas com o adubo orgânico e não devem estar entre o fluxo de ar e os alimentos, nem sobre os balcões de distribuição. No refeitório é permitida a existência de ventiladores de teto ou chão, desde que o fluxo de ar não incida diretamente sobre os ornamentos, as plantas e os alimentos. Sala da administração A área deve estar localizada acima do piso da área total da cozinha, com visor que facilite a supervisão geral do ambiente e das operações de processamento. Área para guarda de botijões de gás De acordo com a ABNT deve existir área exclusiva para armazenamento de recipientes de GLP e seus acessórios. A delimitação desta área deve ser com tela, grades vazadas ou outro processo construtivo que evite a passagem de pessoas estranhas à instalação e permita uma constante ventilação. Área para higienização e guarda de material de limpeza ambiental Esta área é exclusiva para higienização de material de limpeza e deve ter tanque provido de água fria e quente. Área/Local para higiene das mãos Deve existir lavatórios exclusivos para higiene das mãos. Quando não houver separação de áreas deve existir pelo menos uma pia para higiene das mãos, em posição estratégica em relação ao fluxo de preparações dos alimentos, torneiras dos lavatórios acionadas sem contato manual. Não deve existir sabão anti-séptico para higiene das mãos nas pias utilizadas para manipulação e preparo dos alimentos, devido ao alto risco de contaminação química dos alimentos. Configuração das áreas de preparação dos alimentos Fluxo linear, sem cruzamentos de atividades entre os vários gêneros de alimentos. Se não houver áreas separadas para os vários gêneros, deve existir no mínimo um local para pré-preparo (produtos crus) e local para preparo final (cozinha quente e cozinha fria), além das áreas de retorno de bandejas sujas e lavagem de utensílios, evitando a contaminação cruzada, devendo o manual de boas práticas garantir a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos. 18 Métodos de cocção, tipos de preparação e controle de custos Os alimentos podem ser cozidos de três maneiras: Calor úmido, calor seco e vapor. Calor úmido: É aquele tipo de cocção onde um líquido faz parte do cozimento. Esse tipo de cocção se subdivide em: • Imersão em água ✓ Vantagem: a água utilizada fica rica em nutrientes e pode ser utilizada para preparo de molhos e sucos. ✓ Desvantagem: sais minerais e vitaminas são perdidos, por isso a importância da utilização da água do cozimento. ✓ Preparações mais indicadas: guisados, ensopados e aferventados. Imersão em gordura ✓ Vantagem: retenção dos sucos nutritivos no interior dos alimentos pela criação de uma capa gordurosa. ✓ Desvantagem: algumas vitaminas termolábeis (alteradas pelo calor) podem se perder dependendo do tipo de gordura, tempo de cocção, quantidade de gordura e temperatura da cocção. ✓ Preparação mais indicadas: frituras Calor seco: É o tipo de cocção onde não existem líquidos de adição fazendo parte do cozimento só os que compõem internamente os alimentos. ✓ Vantagens: preservação do sabor, aproveitamento de nutrientes, uniformidade na cocção, melhor apresentação, redução do tempo de cocção, economia de combustível na pré-cocção. ✓ Desvantagens: praticamente nenhuma ✓ Preparações mais indicadas: assados (calor em ambientes fechados), grelhados, espetos (calor em ambiente aberto) churrascos (calor em ambiente aberto, banho- maria. Vapor: É o tipo de cocção que acontece pela liberação do calor desprendido de vapores. 19 ✓ Vantagens: retenção de todas as substâncias dos alimentos, redução do tempo de cocção economia de combustível pré-cocção. ✓ Desvantagem: nenhuma em particular. ✓ Preparações mais indicadas: cozidos em panela de pressão; cozidos em cuscuzeiros e defumados. Controle de custos Os principais objetivos para o controle dos custos em um restaurante são: evitar os desperdícios, ter planejamentos adequados, buscar lucros razoáveis. Seguem alguns conceitos: Custo: Todo gasto que no final de uma preparação se transformará em receita: ingredientes, temperos, bebidas, decoração. Despesa: É tudo que é necessário mas não se transforma em receita: luz, gás, aluguel, mão-de-obra, impostos Per capita: Chama-se per capita a quantidade necessária a atender 1 pessoa, ou seja, é a quantidade suficiente de um determinado alimento na dieta de um indivíduo. Ex: Per capita de leite por pessoa = 200 ml N° de pessoas a atender = 30 Total de leite a ser utilizado = 6.000 ml = 6 litros Ficha técnica Instrumento eficiente e barato que permite seguir os custos pré-estabelecidos. Os objetivos das fichas técnicas são: ✓ Padronização das receitas (quantidades, tipo de matéria prima, modo de preparo). ✓ Avaliação de custo e rendimento. ✓ Um bom planejamento tem sua base montada nessas fichas. O ideal é que sejam periodicamente atualizadas no que diz respeito a preços e ingredientes. Fator de correção 20 São as alterações (perdas) que acontecem nas etapas de pré-preparo ou preparo quando executamos atividades como descascar, descongelar, catar, limpar, desossar. Essa perda é de fundamental importância no planejamento. Através da utilização do FC será possível obter ao final do preparo a quantidade definida inicialmente. O fator de correção dos alimentos poderá ser definido na cozinha, ou através de tabelas prontas existentes na literatura. Fator de cocção São as alterações que acontecem na etapa de cozimento dos alimentos. Para cada alimento existe um percentual de perda ou ganho. As perdas ou ganhos na etapa de cocção acontecem dependendo do tipo de cozimento utilizado. Alguns tipos do cozimento reduzem ou eliminam as perdas. Dependendo da preparação ou do alimento ao invés de perdas acontecem ganhos. Abaixo alguns alimentos ou preparações que tem um ganho de peso no processo de cocção: arroz, bife à milanesa, feijão, peixe empanado, macarrão. Os cálculos de ganhos ou perdas, quando feitos detalhadamente, poderão trazer reduções de custo, principalmenteem carnes já que são os elementos de maior peso no custo das refeições. Alguns fatores levam a uma diferença entre os valores teóricos encontrados nas tabelas e os valores observados na prática dos restaurantes. São eles: ✓ Condição de compra do alimento ✓ Tipo de preparação (equipamento) ✓ Manipulação individual (experiência, habilidade etc) ✓ Condições de armazenagem Aquisição, aproveitamento e conservação de alimentos Aquisição: A alimentação é uma das maiores preocupações do nosso dia a dia. Comprar alimentos certos e prepará-los de maneira adequada torna-se cada vez mais importante diante das dificuldades econômicas por que passa o país. Por isso um dos hábitos que deve-se incorporar ao cotidiano é evitar o DESPERDÍCIO, aproveitar do alimento tudo o que for possível e nunca jogar fora o que pode nos servir como fontes de nutrientes e nos ajudar a alcançar uma alimentação equilibrada. Cascas, talos, folhas e até sementes, com freqüência desprezada, têm alto valor nutritivo, igual ou maior do que as partes que costuma-se comer. Saber aproveitar os alimentos inteiros é passo importante para alcançar uma dieta equilibrada e variar o cardápio.Para que o processo de compra seja o mais eficaz possível é preciso que haja um trabalho específico no momento da escolha dos alimentos. Esse processo deve estar pautado em três pontos fundamentais, quais sejam: 21 ✓ Aproveitamento Nutricional – o valor dos alimentos é definido pelo que o organismo pode aproveitar. Quanto mais preservados esse valor nutritivo maior será o aproveitamento no organismo. ✓ Economia – a escolha sob esse aspecto visa reduzir gastos na aquisição através da seleção dos alimentos a serem adquiridos, ou seja, o ideal é que sejam utilizados cardápios práticos, simples e sincronizados e que atendam a finalidade nutricional. ✓ Seleção dos cardápios – o foco desse ponto é buscar alimentos de fácil preparo, próprios da região de consumo e de rápida entrega, com alto aproveitamento nutricional em função das safras e de fácil aceitação pela população em questão. Não comprar ou receber ✓ Produtos com prazo de validade vencido ou ilegível. ✓ Produtos com aparência ruim, latas amassadas, sujas, abertas, enferrujadas ou estufadas. ✓ Produtos que não atendem às condições de higiene adequadas. ✓ Produtos com odor desagradável ou que não seja característico do mesmo. ✓ Produtos com textura alterada. ✓ Produtos com coloração suspeita. ✓ Produtos submetidos a temperaturas inadequadas. ✓ Produtos com embalagem violada. ✓ Alimentos manchados e com furinhos (sinal de bichos). Aproveitamento integral de alimentos A seguir algumas dicas de melhor aproveitamento dos alimentos: ✓ Não jogar fora os talos de verduras pois eles contêm muitas vitaminas e são ricos em fibras. Sempre pique e refogue com temperos e / ou ovos batidos. ✓ Todas as folhas verde-escuro são ricas em ferro. Podem ser aproveitadas em refogados, sopas, carnes e saladas. ✓ A cabeça do peixe é nutritiva e serve para preparar pirão ou enriquecer as sopas. ✓ Folhas de nabo, rabanete e beterrabas têm maior concentração de carboidratos, cálcio, fósforos e vitaminas A e C, se comparadas com a raiz. Podem ser picadas e servidas em saladas, refogados ou conservas. 22 ✓ As folhas de cenoura são riquíssimas em vitamina A e devem ser aproveitadas para fazer bolinhos, sopas ou picadinha em saladas. ✓ Cozinhe as verduras com cuscuzeiro, aproveitando o vapor. Assim elas não perdem o valor nutritivo. ✓ Cozinhe os alimentos com pouca água e tampe as panelas para aproveitar as vitaminas. Posteriormente, aproveite essa água para preparar caldos, sopas ou purês. ✓ Adicione batatas cruas cortadas às sopas ou ensopados que tenham ficado salgados demais. As batatas vão absorver o sal durante o cozimento. ✓ A parte branca da melancia pode ser usada para fazer doce, que se prepara como doce de mamão verde. ✓ Para conservar a salsa fresca, leve, deixe secar e corte bem fininho. Depois guarde a salsa num vidro, coberta com óleo. ✓ Cozinhe os talos e folhas verdes da couve-flor até ficarem macios e sirva com manteiga derretida ao molho branco. Além de saboroso, é muito nutritivo. ✓ Com cascas de maçã você pode preparar um agradável chá e também um saboroso refresco. ✓ As verduras duram mais tempo se guardadas em papel absorvente, dentro de recipiente ou saco plástico em refrigeração. ✓ Compre alimentos que estão na safra, pois são de melhor qualidade e geralmente apresentam preços menores. Como conseguir melhores resultados A organização do trabalho na cozinha é muito importante para eficiência. Eficiência é conseguir o melhor resultado com o menos gasto de tempo, de energia e de material. Adotando-se as técnicas corretas, pode se trabalhar mais rapidamente, gastando menos material e cansando menos. Na cozinha podemos e devemos adotar métodos de trabalho, quer seja no simples preparo de um mingau, quer seja na execução de um requintado jantar. O preparo de alimentos deve observar esta seqüência: 1. Planejamento 2. Pré-preparo (Mise-en-place) 3. Preparo 4. Avaliação 23 Planejamento O planejamento consiste na preparação do trabalho, provendo-se todas as fases do mesmo e procurando evitar possíveis falhas. Correspondem as seguintes atividades: 1. Seleção de receitas 2. Verificação de insumos em estoque e compras 3. Análise das partes que compõe o trabalho 4. Leitura atenta da receita (esta fase realiza-se mentalmente) 5. Estabelecer a ordem da execução Pré-preparo (mise-en-place) O pré-preparo ou preparação para a execução, consiste uma série de atividades intermediárias entre o planejamento e o preparo propriamente dito. Antes de iniciarmos a execução de uma preparação culinária, precisamos preparar o local, dispondo os utensílios e os ingredientes para serem mais facilmente utilizados. Vejamos algumas atividades do pré-preparo: 1. Reunir os equipamentos necessários (formas, tigelas, etc.) 2. Reunir os ingredientes 3. Medir, pesar, quebrar os ovos, espremer frutas, etc. 4. Afastar os pacotes, latas, caixas dos ingredientes que não serão mais necessários. 5. Jogar fora as cascas e demais resíduos 6. Untar as fôrmas, acender o forno, etc. Preparo Consiste em misturar, bater, amassar, cozinhar, etc. É a fase mais importante da preparação culinária. É a execução da receita Avaliação Consiste na verificação dos resultados do trabalho. Deve ser analisado sempre, depois de qualquer tipo de trabalho. Na avaliação de preparações culinárias, vários aspectos devem ser observados: 1. Aspecto visual: cor, uniformidade, distribuição do alimento no prato, etc. 24 2. Consistência: saber se o resultado final ficou com a consistência como deveria ser. 3. Temperatura: servir as preparações em temperaturas adequadas. 4. Odor: o odor das preparações deve ser aquele que se espera dos alimentos, principalmente da base que o compõem. 5. Paladar: observar se as preparações ficaram com gosto desejáveis e esperadas. Em caso de insucesso, é importante analisar a causa do erro, criticá-lo impessoalmente, reformulando as técnicas. Em todos os seguimentos da cozinha, sejam eles quais forem, devemos ter a crítica pessoal, ou seja, saber analisar o nosso resultado final, se ele realmente é satisfatório. É importante lembrar que o consumidor final espera qualidade e bom atendimento. Setores da cozinha Cada setor é responsável por uma parte do processo produtivo como um todo. Isso significa que cada pessoa ou setor produz parte de um processo, por exemplo. • O açougue limpa, porciona, corta e tempera as proteínas enquanto o setor de proteína (ou rotisseur)cozinha assa ou frita a mesma. Quando um setor quebra esse processo o resultado final é prejudicado, então temos que entender como funciona cada setor dentro de uma cozinha. Veremos abaixo. PRÉ-PREPARO Setor responsável pela higienização, limpeza e corte de legumes e frutas. AÇOUGUE Setor responsável pela limpeza corte e tempero de carnes, aves, peixes e frutos do mar. GARDE MANGER (SALADA) Setor responsável pelas saladas, entradas frias e o couvert. Em restaurantes menores, muitas vezes esse setor também é responsável pelas sobremesas. COZINHA QUENTE Setor responsável pelas produções quentes este setor é responsável pelos principais, carnes e acompanhamentos, molhos quentes, sopas, etc. CONFEITARIA & PADARIA Setor responsável pela produção dos seguintes itens: 25 • Sobremesas • Bolos • Pães • Petit Four SETORES DE APOIO São setores que interferem e auxiliam a cozinha para que o serviço a ser oferecido seja eficaz. São esses: ✓ Administração (gerência) ✓ Lavagem de panelas (copa suja) ✓ Higienização de pratos (copa) ✓ Limpeza geral Organização básica de uma cozinha A equipe de um restaurante ou uma cozinha industrial é formada por uma brigada de profissionais em que cada um tem sua tarefa bem definida dentro de sua especialidade, todos comandados pelo Chef. Não é incomum referir-se a cada um deles pelo nome de sua profissão no idioma francês,principalmente em hotelaria. Por isso optamos por colocar o nome correspondente em francês também Organograma da Cozinha 26 Descrição de cargos • CHEFE DE COZINHA Organizar a cozinha; Estabelecer os menus; Levantar o custo dos alimentos; Elaborar as fichas técnicas; Supervisionar a produção de alimentos • ABOYER Receber as comandas; Ordenar a marcha dos serviços; Despachar o pedido, fazendo uma avaliação final. Geralmente é o próprio chefe da cozinha • SUBCHEFE ou SOUS-CHEF Dar apoio ao chefe em todas as suas funções e o substitui em sua ausência; Exercer a função de instrutor juntos aos auxiliares; • COZINHEIRO MOLHOS ou SAUCIER Exercer os trabalhos mais delicados: molhos, carnes ensopadas, braseados e pequenas guarnições de acompanhamento. • COZINHEIRO SALADEIRO ou GARDE-MANGER 27 Manter em dia as provisões da despensa (seca e a temperatura controlada – câmaras frias); Porcionar os pescados, carnes e aves; Supervisionar, renovar e repor o estoque da cozinha diariamente; caso trabalhe em pré-preparo Preparar os pratos frios, saladas, antepastos Produzir o buffet frio • COZINHEIRO CHAPEIRO ou ROTISSEUR Assar todos os alimentos de forno, grellha, espeto e fritos; • CONFEITEIRO ou PATISSIER Executar todas as sobremesas, sorvetes, “petit four” e crepes; Elaborar todos os tipos de massa para doces: massa de bomba, folhado e outros. • AJUDANTE DE COZINHA Trabalhar sob supervisão do Sous-Chef Ou Chef, executando pré- preparo,cortes,porcionamento. • AÇOUGUEIRO ou BOUCHER Cuidar do açougue, das carnes. Limpar e posicionar carnes e aves. Dependendo do tamanho do restaurante peixes também. • FOLGUISTA ou TOURNANT Substituir cada chefe de praça quando da sua folga. • LAVADOR DE LOUÇAS ou PLONGEUR Realizar a limpeza das panelas . Cortes clássicos Introdução Os tipos de cortes básicos de vegetais encontrados na gastronomia são importantes para garantir que todos tenham o mesmo tamanho, assegurando uma cocção com mais qualidade. 28 Para o desenvolvimento correto dos cortes utilizados nas preparações é importante o conhecimento dos diferentes tipos de facas e suas respectivas funções, que é o principal instrumento de trabalho dos profissionais da área de gastronomia. Dos cortes existentes os mais conhecidos e utilizados são os cubos de diversos tamanhos, brunoises, bastonetes, julienne fina, paysanné e torneado. São eles que farão a diferença na apresentação final do prato. O corte do vegetal selecionado para um prato particular deve complementar o prato onde esteja sendo usado. Exemplo: uma Caçarola rica requereria partes maiores do que um Consommé light. Os tipos de corte PALITOS CHIFFONADE - Verde finamente cortado, geralmente alface ou espinafre, usado como uma base, enfeite ou nas sopas. JULIENNE - Corte de alimentos em pedaços tipo palito tirinhas finas e uniformes, com cerca de 5 cm de comprimento x 0,15 cm de espessura. ALLUMETTE - Tiras com espessura de um palito de fósforo (allumette = fósforo em francês)0,3 cm de espessura x 5 cm de comprimento . 29 BÂTONNET – BASTÃO - Corte retangular de 0,6 x 0,6 x 6-7 cm . Se utiliza principalmente em batatas fritas e em outros legumes de guarnição CUBOS BRUNOISE - Corta-se primeiro em tiras depois são feitos cortes paralelos. Utilizado principalmente em legumes ou frutas formando cubinhos de aproximadamente 0.3 cm. MIREPOIX - Base para saucés ou para realçar o sabor dos pratos de carne, de peixes e de marisco. Normalmente se faz com cebola, aipo e cenoura. Tomilho e louro, são adicionados freqüentemente. Cubos Grandes: Cubos medindo aproximadamente 2 x 2 x 2 cm. RODELAS 30 CHIPS - Corte bem fino (utilizado para batatas). GAUFRETTE - Corte feito no mandolim (pois lembrava o Gauffre ), no Rio de Janeiro, conhecida como Batata Prussiana. VICHY - Corte um pouco mais grosso (originalmente dado ao nome de Cenoura Vichy pois cozinhava-as em água da região. PORTUGUESA – Corte de 0.8 cm (usada na batata sauté). TORNEADOS 31 CHÂTEAU– Torneado de 8 cm. NATURAL – Torneado de 5 cm . ANGLAISE - Torneado em formato de dente de alho. PRIMEUR - Torneado em formato de balão. OLIVETTE - Torneado do tamanho de uma eitona. BOLEADOS NOISETTE - Corte feito com um boleador e podendo ser usado em legumes, frutas, manteiga , etc. Existem outros nomes que variam pelo tamanho como o PARISIENSE e ROYALE . OUTROS ZESTE - Corte de tirinhas finas. Geralmente utilizado para cascas de frutas cítricas 32 CONCASSÉ - Corte exclusivo para tomate sem pele e sem sementes. Exemplo: Tomate para saladas e molhos. CORTE COM SEGURANÇA • Use a faca apenas com a posição “caranguejo”, dobrando os dedos e protegendo unhas e pontas. • Sempre utilize a faca sobre tábua que esteja bem presa. • Acerte os vegetais antes de cortar para não escorregarem. • Use a tábua sempre seca, faca também. • Nunca aponte usando a faca. • Nunca ande com a faca em cima de objetos como tábuas, travessas, etc. • Caso precise andar com a faca o correto é abaixá-la junto ao corpo com o fio voltado para trás. • Nunca tende pegar a faca quando escorregar. • Nunca coloque a faca em local onde não possa ser vista como junto a outros utensílios sujos ou embaixo de outros materiais. • Após o uso lave imediatamente e guarde. • Na bancada coloque o corte da faca sempre para dentro evitando cortes por esbarrar. • Amole a faca sempre de dentro para fora, apoiado numa tábua seca e firme, nunca em direção a você. RESUMO DOS PRINCIPAIS CORTES E AROMÁTICOS Ervas 33 Introdução As ervas são partes de plantas que podem ser aromáticas, medicinais ou aromáticas e medicinais ao mesmo tempo. Também se faz distinção entre ervas secas ou desidratadas e frescas. Na secagem, evapora-se uma parte dos óleos essenciais, diminuindo assim o aroma das ervas, entretanto uma quantidade de ervas secas é mais aromática que a mesma quantidade de erva fresca por ser mais concentrada. Neste processo de secagem o sabor além de se acentuar adquiri nota de retro-gosto geralmente amargas, daí a preferênciados chefs pelas frescas, mais fáceis de controlar. Os óleos essenciais, por sua vez, são misturas complexas de compostos vegetais exaltadas por certas plantas aromáticas. São produzidos nos diferentes órgãos vegetais, estando contidos em estruturas especiais ou em aparelhos secretores. Podem ser encontradas em raízes (por exemplo, raiz forte), folhas (manjericão), flores (camomila), casca de árvores (canela) e cascas de frutas (laranja). As ervas são caracterizadas por seu conteúdo de ativos. Esses ativos são óleos essenciais, alcalóides, minerais, vitaminas e glicose, entre outros. Eles são os responsáveis pelo gosto, aroma ou ação terapêutica das ervas, dependendo da porcentagem em que estão presentes. A fitoterapia evoluiu primeiro que a culinária quando se fala de ervas, visto que os primeiros fármacos tinham em sua composição básica o uso de ervas de acordo com a doença. A aplicação na gastronomia evoluiu com a necessidade das crescentes civilizações em armazenar e conservar principalmente proteínas, bem “mascarar” odores oriundos do processo de putrefação e facilitar a digestão. Usos As ervas aromáticas têm grande importância na culinária. Ramos inteiros ou partes picadas podem ser usadas para temperar os mais variados alimentos. Para melhor aproveitá-las, as ervas frescas devem ser adicionadas somente no final do cozimento; caso contrário, acabam perdendo os óleos essenciais. Também é comum utilizá-las como enfeite no prato ou até mesmo no drinque. Usadas sozinhas ou combinadas entre si, as ervas dão o último toque aos pratos. Embora existam muitas recomendações sobre qual erva combina melhor com um determinado alimento, elas não precisam ser necessariamente seguidas. Cada pessoa é livre para fazer suas próprias experiências e descobrir como encontrar os sabores que mais lhe agradam - em outras palavras, para criar ou dar seu toque pessoal na culinária. Diferença entre ervas frescas e secas 34 As ervas frescas são as preferidas dos chefs, primeiro pela cor e sabor mais vivos e leves que proporcionam porém, tem uma durabilidade mais curta. As ervas secas ao serem moídas perdem grande parte do seu sabor e potência. Ervas secas tem uma maior concentração cerca de cinco vezes mais forte tanto em sabor quanto em propriedades químicas, porém perdem algumas substâncias geralmente ligadas a cor e aroma, ficando mais pálidas. As ervas secas não tem data de validade determinada, mas perdem as características de cor e sabor com o tempo. Distinção entre ervas e especiarias O termo erva vem do latim herba, que significa grama ou folhas verdes. Na culinária é erva ou planta utilizada pelo seu sabor. A palavra especiaria, em contrapartida, não tem uma base científica: é um termo genérico para qualquer material de origem vegetal , exceto folhas, que acrescenta aromas e sabores fortes à comida.Originária do latim Species, a palavra indicada um sortimento de mercadorias e se referia de início a produtos comerciais obtidos no Oriente, entre os quais as Especiarias constituíram uma parte importante. Elas podem ser raízes, rizomas, cascas sementes, frutos ou flores, mas na maioria das vezes são sementes. As ervas em geral são verdes e de sabor relativamente suave, enquanto as especiarias podem ser marrons, pretas ou vermelhas e têm sabores mais fortes. Como as especiarias quase sempre são nativas das regiões tropicais, e as ervas crescem principalmente nos climas temperados, as diferenças culturais e lingüísticas podem complicar esse quadro . Por exemplo, a planta coentro e suas folhas são conhecidas por este nome, mas as sementes, chamadas de coriandro, são uma especiaria. As ervas fortes As ervas fortes devem ser usadas no início da cocção, pois seus sabores se “achatam” se fundindo ao sabor do restante dos ingredientes, proporcionado uma sensação gustativa mais “arredondada”na boca. Já com as finas o que se quer é o gosto delicado, o frescor e a refrescância. Ervas fortes: salsas, tomilho, alecrim, louro, sálvia, orégano, estragão, manjerona, azedas. Ervas finas: coentro, verbena, cebolinha, hortelã, manjericão, endro, cerefólio, aneto (ou dill). Ervas brasileiras: alfavaca, beldroega, cariri (ou cairiru), chicória-do-pará, jambu, língua-de-vaca, ora-pro-nóbis, vinagreira. Armazenamento O melhor jeito de armazenar ervas é mantê-las, sob temperatura de 4 a 10oC, 35 acondicionas em sacos ou potes plásticos bem fechados. Ervas como dill, salsa crespa, salsa lisa, cebolinha, cerefólio e estragão também podem ser congeladas inteiras ou picadas. Nelas, o aroma, os ativos e o aspecto físico são mantidos. A conserva com óleo e vinagre é outra opção. Nesse caso, os óleos essenciais passam para a solução, aromatizando-a por muito tempo. Por último, temos os patês, que são ervas ou outros condimentos misturados com óleo e sal. Alecrim Origem: Europa, Região mediterrânea. Tempera bem carnes de caça, coelho, vitela e cordeiro, pratos com batatas assadas, ovos e queijos. Usado também em pizzas, focaccia, massas e risotos. Alfazema Origem: Europa, Ilhas Canárias, Turquia e Ásia Menor. Aromatiza geléias, vinagres doces, cremes e carne cozida à provençal. As flores, cristalizadas, decoram pratos. As folhas jovens são empregadas em saladas verdes e frescas. Bouquet Garni Um condimento para caldos, sopas e guisados, atados com um cordel longo para que possa ser retirado da panela antes de servir. A versão italiana do ramo de cheiros leva louro, salsa, orégano e alho. Camomila Use as pequenas flores amarelas e brancas, semelhantes a margaridas, em saladas. As flores secas da camomila inglesa são usadas para fazer um chá tranqüilizante. Capim Limão Popular nas cozinhas da Tailândia, Vietnã, Camboja e Ilhas da Indonésia, condimenta aves, peixes, frutos do mar, saladas e um típico prato filipino chamado binakoe. Usa-se também colocar sobre carnes de ovinos e caprinos para assar e dar gosto. Cebolinha Conhecida pelos chefs de cozinha como “ciboulette”, é mais suave que a cebola, podendo substituir o alho. Os bulbos podem ser macerados em vinagre e as flores roxas ou cor-de- rosa decoram e aromatizam saladas. Erva emblemática da culinária francesa. Cerefólio Rico em vitaminas A, C e ferro, útil no tratamento de pressão alta, tem sabor doce e aromático. Existe uma variedade, com sabor açucarado, lembrando erva-doce ou anis. Fervido perde todo o aroma, por isso deve ser usado fresco picado sobre a travessa já pronta. Coentro 36 Origem: Europa ( Região Sul ) e África. Um dos condimentos do tempero indiano Caril, na Alemanha entra na elaboração de picles e embutidos. A raiz é muito consumida na Tailândia como vegetal. No nordeste do Brasil, suas folhas condimentam pratos de peixe. Os grãos podem aromatizar bolos, pães e licores. Cúrcuma Também chamado de açafrão-do-amazonas, açafrão-de-raiz, açafrão-da-terra, ou gengibre dourado. É empregada como agente corante em molhos, arroz e sucos de fruta. Na indústria de alimentos, dá coloração brilhante à mostarda e ao picles. A parte usada é o rizoma, seco e moído em forma de pó. Estragão Origem: Ásia ( Sibéria, Rússia e Mongólia ). As folhas podem ser empregadas na elaboração de manteigas aromáticas e sopas. Aromatiza a mostarda, molhos clássicos franceses, como o béarnaise, molho tártaro e vinagres. Funcho & Endro Use as folhas picadas em saladas, principalmente na de batatas, com peixe, no molho de macarrão e em pratos com arroz. Pode assar-se um peixe inteiro sobre uma base de ramos de funcho. Hortelã Bastante usada na culinária do Oriente Médio para temperar carnes , sucos e o tabule e kibe, pratostípicos. Na Grécia, suas folhas são empregadas no prato chamado tzatziki. O mentol, é empregado na indústria alimentícia como aromatizante de balas. Louro Origem: Ásia Menor Com ação estimulante sobre o apetite, é um dos componentes importantes do ramo de cheiros (bouquet garni), as folhas podem ser usadas frescas ou secas. Algumas folhas colocadas num frasco de conserva com arroz vão dar gosto e evitar os gorgulhos. Manjericão & Basilicão Origem: Ásia (Índia). Também conhecido por basilico (Itália),é ingrediente do famoso molho Pesto genovês. Combina muito bem com queijo parmesão, alho, molhos de tomate e pizzas. Uma das principais erva da cozinha mediterrânea. Manjerona Variedade do orégano, é bastante usada na cozinha em geral. Excelente nos assados, com carne, aves, verduras e pratos à base de ovos, em sopas e molhos, com massas e arroz. Salsas 37 Salsa crespa – Bastante utilizada como elemento decorativo, colorindo e dando forma a diversos pratos. Salsa comum – Uso geral, principalmente décor. Podendo ser utilizadas as folhas e os talos. Possui bastante celulose. Sálvia Origem: Europa (Região Mediterrânea ) Na Itália, tempera pães e carnes de caça: é famoso o saltimboca àlla romana, feito com presunto, vitela e sálvia e ainda o fígado àlla salvia. Segurelha Na França é empregada para aromatizar o licor Chartreuse. É usada para temperar todos os tipos de feijões, verduras, carne de porco, sopa de lentilha, vinagres aromáticos, patês e vinha-d ́alhos. Tomilho Típico da culinária francesa entra na composição do tempero ervas finas. Usado para aromatizar marinadas, queijos, pratos com vinho, molhos, carnes grelhadas, embutidos em geral e batatas. Junto c/ o limão fica bem em compotas de frutas. Uma das ervas preferidas dos chefs pela sua neutralidade. Especiarias Introdução As especiarias são sempre encontradas secas, e tem um uso ilimitado na cozinha. As sementes podem ser usadas moídas ou inteiras ou em infusão. As especiarias são caracterizadas por interferir beneficamente no sabor final da comida, além de permitir a conservação dos alimentos. Elas podem modificar completamente um prato. Devem ser utilizadas com bom senso. História Originalmente, as especiarias eram empregadas no preparo de medicamentos e disfarçavam o sabor azedo dos alimentos estragados. Há tempos elas são utilizadas em todos os cantos do mundo e já foram inclusive moeda de troca. Por meio das rotas das caravanas, saíram do Oriente e singraram mares até chegar ao continente europeu, onde durante toda a Idade Média foram símbolo de riqueza. 38 Depois da Segunda Guerra Mundial, as especiarias começaram a ser vendidas em caixas e frascos, atraindo a atenção da consumidora moderna. Atualmente, enriquecem a alimentação, conferindo sabor e aroma aos pratos, “e sofisticam a gastronomia com a descoberta de novas combinações”, completa Nelo Linguanotto, profundo conhecedor de especiarias e proprietário da Bombay Herbes & Spices. O fascínio pelas cozinhas exóticas e por novas culturas colocou- as em posição de destaque no cardápio de restaurantes badalados. Os brasileiros ainda são um tanto conservadores e econômicos quanto ao uso dos condimentos, mas o consumo aumenta cada vez mais. Prova disso são as inúmeras opções – das mais comuns às exóticas – enfileiradas nas prateleiras dos supermercados e das casas especializadas. Nos pratos indianos, por exemplo, são combinados normalmente mais de seis tipos de especiarias. Recebimento e Compra Jamais compre grandes quantidades de tempero, pois, com o tempo, ele perde aroma e sabor. O ideal é dar preferência aos condimentos moídos na hora, em moedor ou pilão, para que as especiarias soltem o aroma aos poucos durante o cozimento. Quando não se conhece um condimento, deve-se adicioná-lo com parcimônia, sem misturá-lo a outros temperos. Uma boa idéia para quem prefere temperos inteiros, como grãos ou pau de canela, é colocá-los em uma trouxinha de gaze, retirando-a no final do preparo. Na culinária de diversos países, não existe distinção entre doce e salgado, e um mesmo condimento pode ser utilizado para dar aroma e sabor a caldas, bolos, geleias e carnes. A umidade é o grande inimigo das especiarias. Assim, devem ficar em vidro tampado, longe do calor Principais especiarias AÇAFRÃO Encontra-se em Pistilos (inteiros) ou em pó.Usado principalmente para colorir a Paeja . 39 ANIS Semente usada principalmente em Confeitaria para aromatizar caldas e doces, também em balas. BAUNILHA Parte da orquídea centro americana que é colhida verde e curada em ambiente especial.Usada em sorvetes, e doces à base de creme, chocolate e frutas de sabor suave (não muito azedas).Na Culinária moderna, também é usada em alguns pratos salgados CANELA Dá um sabor amadeirado e delicado aos pratos.As cascas são utilizadas em infusões e depois retiradas, e a canela em pó é polvilhada diretamente sobre a receita. CARDAMOMO NEGRO Tem três vezes o tamanho do verde e suas sementes são bem pretas. Os grãos negros e brilhantes dão notas de couro e menta ao curry com ele preparado. CARDAMOMO VERDE Junto com a pimenta-do-reino é considerado o rei das especiarias. Tem perfume penetrante, que mistura limão, pimenta e uma nota de cânfora. COENTRO EM GRÃO Nascido no Oriente Médio, suas folhas e grãos conquistaram toda a ÁSIA. No Curry, o coentro acrescenta o perfume entre o limão e a sálvia. COMINHO Em semente ou em pó é muito utilizado no preparo de carnes, geralmente associado à pimenta –do- reino. É encontrado na culinária Árabe, marroquina, indiana e mexicana CRAVO- DA –ÍNDIA O cravo dá sabor floral aos pratos. Inteiro, é empregados na confecção de doces em calda ou em caldos de carne e ensopados; em pó é usado em bolos de especiarias. CÚRCUMA Obtida através da raiz de uma planta asiática, é uma especiaria de cor amarelo- alaranjado, prima do gengibre. Destila um leve sabor picante e almiscarado. Também conhecida como açafrão -da- terra, embora não tenha nada a ver com a o açafrão verdadeiro 40 CURRY Mistura de especiarias feitas na Índia, mas principalmente para o consumo externo. O curry é uma mistura de coentro, cominho, feno grego, alho, gengibre, canela, cravo, cúrcuma, cardamomo, pimenta-do-reino e pimenta vermelha. ERVA-DOCE (FUNCHO) As sementes são usadas para preparar pratos como carne de porco (lingüiças, embutidos), aves e cordeiro. Num registro de paladar diferente, é delicioso no preparo de peixes gordurosos (arenque) ou para aromatizar Pães e bolos. Seu chá tem efeito digestivo. FENO-GREGO Pertence à família do trevo. Seus grãos liberam amargor e adstringência, além de fragrâncias que evocam a salsa com notas de caramelo. GENGIBRE Fresca, essa raiz de origem asiática é usada em pratos orientais, desde a Índia, até o Japão passando pela Tailândia e a Indonésia. É vendido em conserva, doce ou azeda, fresco ou em pó. É responsável pelo sabor picante sutil de alguns pratos, aos quais acrescenta também um sabor cítrico. KÜMMEL (ALCARÁVIA) Semente usada principalmente no Norte da Europa para aromatizar queijos e vários preparados salgados, como o pretzel, por exemplo. Também é o sabor dominante da Aquavit - aguardente Escandinávia. MACIS É a membrana laranja- avermelhada que cobre a casca da noz-moscada. Seu sabor lembra uma mistura de pimenta-do-reino com canela, porém mais sutil. MOSTARDA Pode ser usada em forma de sementes ou preparado em pó ou pasta. As sementes são mais utilizadas na cozinha indiana Os preparados são de uso mais comum em todas as cozinhas, em molhos para salada, carnes ou para acompanhar frios e embutidos. NOZ-MOSCADA Ideal para acompanharpratos com queijo (torta e quiches), espinafre (suflê) e batata(ao forno, gratinada com queijo e creme de leite). Para se obter um sabor mais forte, deve ser ralada na hora de usar; moída com antecedência tende a perder o sabor o aroma rapidamente. 41 PÁPRICA DOCE E PICANTE Condimento em pó feito a partir das pimentas vermelhas de tamanho médio. A versão doce é feita com pimentas doces (que são as não picantes, essas não contém açúcar.) É a picante com uma variação mais picante. É usada na culinária húngara em ensopados (goulash), mas também é bastante versátil para ser usada em outros pratos. Na versão picante, pode substituir pimenta vermelha moída. PIMENTA CALABRESA Conhecida na Itália como peperoncino, tem múltiplos usos- basta gostar de pimenta. Pode ser vendida seca inteira ou em flocos. PIMENTA SÍRIA É uma mistura de pimenta da Jamaica, canela e pimenta- do –reino. Usada na culinária Árabe em quibes, esfihas e muitos outros pratos. PIMENTA EM FLOCOS Pimenta- dedo –de - moça seca e flocada. Dura muito seca.Pode ser utilizada em qualquer prato que requer pimenta (comida baiana, mexicana), como substituto da pimenta fresca. PIMENTA-DO-REINO São grãos verdes que secados ao sol ficam pretos. Além do sabor picante, ela traz notas amadeiradas e perfumes que lembram o incenso.Usada no dia-a-dia da cozinha, a versão em pó permite uma infinidade de usos.É uma versão mais leve às pimentas vermelhas, porém mais nociva á saúde. URUCUM Depois de moídas, as sementes são usadas para dar um tom alaranjado aos mais variados pratos da culinária brasileira, em quase todo o país.A versão em pó (colorífico) encontrada no comércio é mais barata, mas contém farinha e outros ingredientes que empobrecem e o sabor e acaba restando apenas a cor. ZIMBRO Fruta vendida seca e utilizada na aromatização do gin, em preparados com carne de porco e caça. 42 Frutas e Legumes Introdução O consumo de frutas e legumes é muito importante para a manutenção da saúde das pessoas e do equilíbrio nutricional dos cardápios. São os vegetais que fornecem a maioria dos elementos reguladores, que como o nome já diz, têm a função de manter todas as funções do organismo e fornecer a maioria dos micronutrientes (vitaminas e minerais), além de fornecer fibras que segundo pesquisas recentes, são de fundamental importância para a manutenção da saúde do organismo. No Brasil a oferta de vegetais é abundante e considerando-se também seu baixo custo, além das características nutricionais acima citadas devem ser largamente aproveitados na formatação de cardápios os vegetais conferem cor, textura e sabor complementares para as preparações. FRUTAS Introdução Na botânica o fruto é o elemento vegetal que protege a semente ou caroço que contêm e constituem uma reserva onde se elaboram substâncias preciosas capazes de desenvolver uma vida nova. Cada fruto possui sabor que lhe é próprio, freqüentemente delicioso e às vezes amargo. Na gastronomia as frutas podem ser usadas nas mais variadas formas como: Compotas inteiras ou purê em calda, cristalizadas, secas, sucos, sorvetes, sorbets, chutneys (cozinha indiana), molhos doces ou salgados, salada de frutas, licores, batidas, cremes, vinhos, etc. As frutas podem ser divididas da seguinte forma: o Frutas com sementes: o Maças, peras, uvas, melões, goiabas, melancias, etc. o Frutas com caroços: o Ameixas, nectarinas, pêssegos, manga, etc. o Cítricas: o Laranjas, limão, tangerinas, etc. 43 o Vermelhas: o Morango, amora, framboesa, etc. o Amiláceas o Banana, alguns tipos de castanhas. No seu recebimento deve se observar: o Casca firme e com cor homogênea o Odor leve e não pungente (muito maduro) o Sem qualquer sinal de batido Na sua conservação deve ser analisado qual o tipo de fruta, numa regra geral as frutas devem ser acondicionadas em caixas com furos para melhor ventilação e tipo como a banana nunca deve ficar em refrigeração, pois escurece a casca, ficando com a aparência comprometida, Outro item que deve ser analisado, é se há o desejo que a fruta amadureça mais, assim dividimos em Climatérias e Não Climatérias . ✓ Climatérias – Frutas que amadurecem num clímax frenético (rápidas) mesmo depois de retirada da planta/árvore original o Banana, maçã, pêra, etc. ✓ Não Climatérias – Frutas que amadurecem lentamente e que algumas vezes o processo de amadurecimento cessa na colheita como: o Melancia, laranja, limas, limões, etc. A sua higienização deve ocorrer mesmo nas frutas em que a casca será retirada, para evitar a contaminação para a sua polpa. No caso de frutas que serão servidas com a casca a técnica e preocupação deverá ser a mesma dos legumes folhosos. LEGUMES Introdução Legumes são de origem vegetal – podendo ser usados nos mais diversos métodos de cocção, podendo servir de acompanhamento ou guarnição, prato principal, sopas, saladas e conservas . Definimos pela palavra “legume” toda planta ou parte da planta, utilizados pela alimentação humana, em estados crus ou cozidos, com exceção dos cereais, aromáticos, etc. 44 Toda planta é composta de raízes, caule, folhas, flores e fruta (o) e semente em cada planta (legume) uma ou mais partes são utilizadas, levando-se em consideração os itens abaixo. Princípio da sazonalidade Existem épocas bem determinadas do ano que correspondem a estação, onde certos tipos são produzidos em grandes quantidades. É durante esses períodos que a relação custo/benefício e nutricional é mais interessante. Os Legumes podem ser divididos por tipos de acordo com as características individuais que são: • Legumes de fruto • Legumes de Caule • Legumes de Bulbo • Fruto de Flor • Tubérculos • Cogumelos • Folhosos • Legumes de Fruto Parte externa, e de polpa suculenta. O fruto da planta pode ser consumido cru (tomate, pimentões, etc.) como cozido (berinjela, abobrinha, etc.). Temos que tomar os devido cuidados com o recebimento e acondicionamento. Quanto ao recebimento: ✓ Evitar legumes muito macios e com odor forte ✓ Casca de cor firme e sem batidos ✓ Limpos e sem terra Quanto ao acondicionamento: ✓ Caixas baixas, claras e com furos para a ventilação, ✓ Câmara positiva para maior duração, ✓ Área externa para as que desejem amadurecer (Ex: Tomate) ✓ Higieniza-la para maior segurança. 45 • Tubérculos Raiz com alta concentração de amidos e açúcares, geralmente de textura firme necessitando de cocção para o seu consumo. Alguns espécimes podem ser consumidos crus como (beterraba, cenoura, nabo, rabanete.) Devendo tomar os devidos cuidados: Quanto ao recebimento: ✓ Evitar legumes macios e com líquido (mau condicionamento e velho) ✓ Casca firme e sem raízes aparentes ✓ Limpos e inteiros Quanto ao acondicionamento: ✓ Batatas, aipim devem ficar fora de câmaras frigoríficas, mas em áreas de boa ventilação e temperatura amena (15 C) ✓ Cenouras e beterrabas podem ficar tanto fora com dentro das câmaras, ✓ Rabanetes, nabos devem ficar dentro das câmaras, ✓ Caixas com furos para ventilação, • Legumes de Caule Legumes no qual a maior (ou única) utilização é o caule, que pode ser consumidos crus, cozidos ou fazendo parte de bases de condimentos e devem ser recebidos e acondicionados com os mesmos critérios de outros legumes, os exemplos abaixo servem como modelo: ✓ Aipo ou Salsão – Talos firmes de verde claro e folhas de verde escuras. Evitar os batidos, higienizar bem para retirar toda a terra que fica entre os caules. Para o melhor acondicionamento deve-se retirar parte das folhas e colocar em caixas baixas em câmaras frigoríficas
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