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Cid Rodrigues dos Santos - Contestação Alimentos 5158810-83

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EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE BELO HORIZONTE/MG
Ação de Alimentos
Autos nº 5158810-83.2017.8.13.0024
Autores: ANA LUIZA RODRIGUES DOS SANTOS, PAULO HENRIQUE RODRIGUES DOS SANTOS e ALEX LUAN RODRIGUES DOS SANTOS, menores, representados por sua genitora, Maria Aparecida Rodrigues dos Santos
CID RODRIGUES DOS SANTOS, brasileiro, solteiro, desempregado, portador da carteira de identidade nº MG 14199912 e inscrito no CPF de nº 069.117.346.06, residente e domiciliado em loteamento de invasão, sendo Rua Sete de Setembro, nº 50, bairro Água Limpa, Nova Lima - MG, CEP 34000-000, assistido pela DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS, no exercício de sua autonomia, consubstanciada no art. 134, §2°, da Constituição da República, e observado o art. 74, XI, da Lei Complementar Estadual 65/03, vem perante V. Exa. apresentar CONTESTAÇÃO com pedido de revisão dos alimentos provisórios fixados, aduzindo o que se segue:
1 - DA TEMPESTIVIDADE 
 Destaca-se, inicialmente, que a presente manifestação mostra-se regular e tempestiva, uma vez que a audiência para tentativa de conciliação foi realizada em 13/09/2018 e como não teve acordo com relação aos alimentoscomeçou a fluir o prazo para defesa. 
Ademais, deve-se considerar o cômputo em dobro de todos os prazos processuais, prerrogativa funcional do Defensor Público, nos termos do art. 5º, §5º, da Lei 1.060/50, c/c art.128, I, da Lei Complementar Federal 80/94 e art.74, I, da Lei Complementar Estadual 65/03.
Neste contexto, tem-se que a presente contestação é por demais tempestiva.
2 – SÍNTESE DA DEMANDA 
Trata-se de Ação de Alimentos ajuizada pelos autores, menores ANA LUIZA RODRIGUES DOS SANTOS, PAULO HENRIQUE RODRIGUES DOS SANTOS e ALEX LUAN RODRIGUES DOS SANTOS, menores impúberes, representados por sua mãe, MARIA APARECIDA RODRIGUES DOS SANTOS, em face do requerido, na qual buscam a fixação da pensão alimentícia.
Segundo narrou a exordial, a genitora e o requerido mantiveram união estável por 10 anos, e que nesse tempo ele contribuía om as despesas do aluguel e com cestas básicas e ela com as despesas básicas.
Narra também que se separaram há dois anos, que possui guarda integral dos menores e que atualmente arca sozinha com as despesas dos mesmos.
Por outro lado, a exordial afirmou que o requerido possui total capacidade de prestar alimentos aos filhos normalmente.
Neste contexto, a inicial pugnou pela regulamentação de visitas do genitor aos menores nos finais de semana alternados ou quando autorizado pela genitora dos menores.
Pugnou para que fosse o requerido condenado a pagar alimentos provisórios e definitivos no valor correspondente a 01 (um) salário mínimo vigente.
Recebida a demanda ora resumida, V.Exa., no despacho inicial, fixou alimentos provisórios no valor de 50% (cinquenta por cento) do salário mínimo, a partir da citação.
Realizada audiência em 13/09/2018, conforme ata de ID 52454449, foi lavrado acordo com relação a guarda e convivência paterno-filial, contudo não se chegou a termo com relação aos alimentos para os filhos.
Eis a síntese da ação em combate, que, salvo melhor juízo, deve ser julgada parcialmente procedente, pelos termos a seguir expostos.
3– DO MÉRITO – DA VERDADE DOS FATOS
O requerido é pedreiro, desempregado, residente em local de invasão onde não tem água, esgoto e nem luz, bem assim sem pavimentação, denominado Balneário Água Limpa, no município de Nova Lima. 
Em novembro de 2017 quebrou o pé, tendo ficado afastado do trabalho por 30 dias e, ao retornar, em dezembro/2017, foi demitido e até então não conseguiu outro emprego fixo. Com isso, para conseguir alguma renda, vive de “bico” como ajudante de pedreiro, limpeza, serviços gerais, etc.
Que o requerido está desesperado, vivendo à mingua do que ganha e, ora, não percebe nada, como neste mês de setembro/2018, que até a presente data não conseguiu nenhum “bico”, portanto, não auferiu nenhuma renda, tendo conseguido uma cesta básica de terceiro, o que vem lhe salvando na alimentação.
Registra-se que o requerido cumpre com sua obrigação de pai, pois sempre que podia efetuava repasses diretamente a genitora dos menores e, muitas vezes, quem recebia era o filho mais velho de nome Alex, que entregava a sua mãe.
Esclarece, ainda, o requerido que a genitora dos menores recebe do Programa Bolsa Família (PBF) auxílio do Governo Federal em razão das 03 crianças, que estão matriculadas em escola pública, sendo saudáveis, possuindo gastos presumíveis as idades que são 13, 8 e 6 anos de idade, sem contar que não foi apresentado comprovante de nenhum gasto extraordinário, o que se pressupõe somente os ordinários, além do que os alimentos devem ser divididos igualmente entre os genitores.
Os alimentos devem ser razoáveis dentro da necessidade de quem pleiteia e a possibilidade de quem paga.
Como se sabe, o dever de prestação de alimentos, respaldado pelo princípio jurídico da solidariedade familiar, resta inscrito no atual Código Civil nas idas do art. 1695 do Código Civil, in verbis:
Art. 1695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
 
De outra mão, não há que se olvidar que é dever do requerido prover o sustento de sua prole, obrigação esta que decorre dos princípios constitucionais da solidariedade (art. 3º, I, da CR) e da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CR), e que não podem ser desrespeitados, sob pena de violação de direitos fundamentais.
 Percebe-se, então, que os alimentos são, ao mesmo tempo, direito essencial de quem deles necessita e dever cogente daquele que os presta, visto estarem eles relacionados às próprias necessidades vitais do ser humano. Assim leciona Maria Helena Diniz, em sua obra "Curso de Direito Civil Brasileiro", 5º. Volume, página 317, 10ª. Edição, Editora Saraiva: 
Segundo Orlando Gomes, Alimentos são prestações para satisfação das necessidades vitais de quem não pode provê-las por si. Compreende o que é imprescindível à vida da pessoa como alimentação, vestuário, habitação, tratamento médico, diversões, e, se a pessoa alimentada for menor de idade, ainda verbas para sua instrução e educação. 
 
De outra mão, o artigo 1694, em seu §1º, assim estabelece: 
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.(grifo nosso)
 
O artigo supra espelha a exclamação unânime da doutrina e jurisprudência no sentido de que o valor dos alimentos será fixado a partir da análise do binômio necessidade-possibilidade, aliado ao princípio da proporcionalidade. Por tal motivo, a doutrina moderna vem falando em trinômio necessidade-possibilidade-proporcionalidade.
 
Precisamente nesse sentido são as considerações tecidas por Maria Berenice Dias a respeito da matéria: 
Para definir valores, há que se atentar ao dogma que norteia a obrigação alimentar: o princípio da proporcionalidade. Esse é o vetor para a fixação dos alimentos. (...) Tradicionalmente invoca-se o binômio necessidade-possibilidade, ou seja, perquirem-se as necessidades do alimentando e as possibilidades do alimentante para estabelecer o valor da pensão. No entanto, essa mensuração é feita para que se respeite a diretriz da proporcionalidade. Por isso se começa a falar, com mais propriedade, em trinômio: proporcionalidade-possibilidade-necessidade. (Manual de Direito das Famílias. 8 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.p. 552/553) 
 
Para que não restem dúvidas sobre a cogência do referido critério de fixação dos alimentos, destaque-se o que já assentou o Egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais:
RECURSO DE APELAÇÃO. AÇÃO DE ALIMENTOS. INCONFORMISMO COM O VALORDO ENCARGO ALIMENTAR FIXADO. TRINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE E PROPORCIONALIDADE. OBSERVÂNCIA. SENTENÇA MANTIDA. I - A fixação dos alimentos deve observar o trinômio necessidade/possibilidade/proporcionalidade, previsto no § 1º do art. 1694 do Código Civil. II - Mantém-se o encargo alimentar quando a condenação atende ao trinômio necessidade/possibilidade e proporcionalidade. III - A decisão sobre alimentos não está sujeita à coisa julgada, podendo ser revista sempre que houver alteração nas condições do obrigado ou nas necessidades dos beneficiários. (TJMG. Apelação Cível 1.0079.08.419887-2/001. Relator Desembargador Leite Praça. Data do Julgamento: 01/12/2011)
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO DE ALIMENTOS. BINÔMIO POSSIBILIDADE E NECESSIDADE. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE. REDEFINIÇÃO DO QUANTUM FIXADO. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. 1 - A concessão de alimentos deve guardar relação com a capacidade econômica do alimentante e, ao mesmo tempo, atender às necessidades do alimentando, respeitando-se a diretriz da proporcionalidade; 2 - Não trazendo o alimentante informações sobre seus ganhos, fixa-se a pensão por indícios que evidenciem seu padrão de vida; 3 - Nos termos dos artigos 1.566, IV, e 1.703, ambos do Código Civil, é também obrigação da genitora contribuir para a mantença de seus filhos, dentro do possível, pois é dever dos pais somar esforços para suprir as necessidades básicas de sua prole; 4 - Recurso parcialmente provido. (TJMG. Apelação Cível 1.0394.09.105283-4/001. Relator Desembargador Washington Ferreira. Data do Julgamento: 31/01/2012) 
Firmada a noção sobre o parâmetro legal que deve balizar a fixação de alimentos ao requerido pelos autores, deve-se atentar para a situação fática da situação financeira do requerido.
Destaca-se que o alimentante só pode pagar 20% (vinte por cento) do salário mínimo, sem comprometer o seu próprio sustento, mesmo porque não percebe nem um salário mínimo.
De mais a mais, o demandado externa o seu intento de permanecer em dia com as suas obrigações alimentares, desde que compatíveis com a sua renda. Nesse sentido, insta consignar que o valor pleiteado na petição inicial – 01 (um) salário mínimo – suplanta em larga medida as suas possibilidades do réu. Isto porque sempre recebeu dentro do mínimo legal, sem qualquer perspectiva de melhoria de condição profissional, devido à baixa instrução formal e de qualificação profissional.
A propósito, o réu permite tem baixo perfil socioeconômico, evidenciando o seu baixo nível educacional e as suas restritas possibilidades profissionais e financeiras. Nessa ordem de ideias, esclarece que sequer completou o ensino fundamental, realidade que corrobora que as suas perspectivas profissionais não são promissoras.
Mostra-se patente, aliás, o despropósito do valor arbitrado a título de alimentos provisórios, o qual está a merecer pronta revisão, que será requerida e fundamentada em item próprio. 
Desta forma, requer seja os alimentos em definitivo fixados em patamar compatível com a renda do alimentante, qual seja, de 20% (vinte por cento) do salário mínimo. 
3.1 – Dos Alimentos Provisórios - Revisão 
Os alimentos provisórios devem ser fixados sempre com moderação e devem ter em mira tanto a capacidade econômica do alimentante como as necessidades do alimentando. Aliás, caso demonstrada a inadequação do valor ao binômio possibilidade-necessidade, de que trata o art. 1.694, § 1º, do CCB, cabe redimensionar o quantum dos alimentos provisórios. 
Ressalta-se que os alimentos provisórios não integram o patrimônio jurídico subjetivo do alimentando, podendo ser revistos a qualquer tempo, porquanto provimento rebus sic stantibus, já que não produzem coisa julgada material (art. 15 da Lei nº 5.478⁄1968), senão vejamos a jurisprudência abaixo:
AGRAVO INTERNO. ALIMENTOS  PROVISÓRIOS.  NÃO INTEGRAM O PATRIMÔNIO JURÍDICO  SUBJETIVO  DO ALIMENTANDO, PODENDO SER REVISTOS A QUALQUER TEMPO. REVOGAÇÃO DA DECISÃO QUE FIXOU ALIMENTOS PROVISIONAIS. PRETENSÃO DE RECEBER VERBA, POSTERIORMENTE RECONHECIDA COMO INDEVIDA. INVIABILIDADE.   ENTENDIMENTO PACIFICADO NO ÂMBITO DO STJ.
1.  A  Segunda  Seção, por ocasião do  julgamento  dos EREsp nº 1.181.119⁄RJ, ao interpretar  o  art.  13,  § 2º, da Lei nº 5.478⁄1968, concluiu que  os  alimentos  provisórios  não integram o patrimônio jurídico  subjetivo  do alimentando, podendo ser revistos a qualquer tempo, porquanto provimento rebus sic stantibus, já que não produzem coisa julgada material (art. 15 da Lei nº 5.478⁄1968).
2. Com efeito, conforme entendimento sufragado por aquele Colegiado, demonstrado  em  sede de juízo exauriente, observado o contraditório e a ampla defesa, que a obrigação imposta liminarmente não   deve  subsistir,  fica vedada  a  cobrança  dos  denominados alimentos provisórios, sob pena de enriquecimento sem causa.
3. "Os efeitos da sentença proferida em ação de revisão de alimentos - seja  em  caso  de redução, majoração ou exoneração - retroagem à data  da  citação  (Lei  5.478⁄68,  art.  13,  §  2º),  ressalvada a irrepetibilidade  dos  valores  adimplidos  e  a  impossibilidade de compensação  do  excesso  pago  com  prestações vincendas. (AgRg nos EREsp 1256881⁄SP, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 25⁄11⁄2015, DJe 03⁄12⁄2015).
4. Agravo interno não provido. (STJ, AI Nº 1.531.597, Relator: Luís Felipe Salomão, Quarta Turma, J. 16/03/2017). 
Portanto, os alimentos provisórios podem ser revistos a qualquer tempo, bastando que venham aos autos elementos de convicção que justifiquem a revisão, como a comprovação da ausência de renda mensal, gás e alimentos, não tem como o alimentante contribuir com o percentual de 50% (cinquenta por cento) do salário mínimo a título de provisórios. O fato de o requerido morar em área de invasão sem rede de esgoto, água e luz, sem pavimentação, por si só, demonstra a condição socioeconomica de miserabilidade e vulnerabilidade do alimentante 
A questão é pura matemática Culto Magistrado. As contas não fecham no caso dos 50% de alimentos provisórios para o alimentante que não possui renda mensal atualmente e tem que se alimentar para procurar emprego e fazer os “bicos”. É de se levar em conta também o perigo do requerido se tornar inadimplente face a desproporcionalidade do que tem que pagar a título de alimentos provisórios com o fato de que não tem salário, sendo os “bicos” de forma irregular . Lembrando que alimentos não é pena, castigo, retirando a subsistência e a dignidade do requerido, mas obrigação de pai dentro de sua possibilidade e necessidade de quem recebe.
Assim requer a redução dos alimentos provisórios para 20% (vinte por cento) do salário mínimo até ulterior decisão deste juízo.
4 – DA NEGATIVA GERAL 
Por fim, mesmo tendo impugnado todos os fatos alegados pelos autores, em razão do princípio da eventualidade, realiza o requerido a impugnação da contestação por negativa geral, nos termos do artigo 341, parágrafo único, do CPC/2015 a seguir transcrito, vez que assistido por Defensor Público.
Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: (...)
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.
5 – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
 a) Seja recebida a vertente contestação, sendo determinada a sua juntada aos autos para todos os fins de direito.
b) Que seja revisto os alimentos provisórios fixados, reduzindo-os para 20% (vinte por cento) do salário mínimo, tendo em vista a capacidade econômica do alimentante como as necessidades dos alimentandos.
c) Pleiteia que seja dado parcial provimento à demanda, estipulando-se a pensão definitiva devida pelo suplicado em, no máximo, 20% (vinte por cento) do salário mínimo.
d) Que seja a autora condenada a arcar com custas e honorários sucumbenciais a serem revertidos em favor do Fundo de Aparelhamento da DefensoriaPública de Minas Gerais.
e) Que seja concedido ao requerido o benefício da justiça gratuita, uma vez que não possui condições de arcar com as despesas deste processo, sem prejuízo de seu sustento – Art. 98 do CPC, estando, nesta oportunidade, assistido pela Defensoria Pública de Minas Gerais que, no uso de sua atribuição descrita nas idas das Leis Complementares 80/94 e 65/2003, já confirmou o estado de pobreza do requerido.
f) Que seja determinada a intimação pessoal do Defensor Público, designado para atuar perante esta douta vara, para todos os atos processuais, contando-lhe em dobro os prazos, nos termos do art. 186/CPC, art. 5º, § 5º da Lei 1060/50, art. 128, inciso I da L.C. Federal 80/94 e art.74, inc.I da L.C. Estadual 65/03.
Protesta pela produção de todas as provas em Direito admitidas, dentre as quais prova documental; prova testemunhal que junta o rol abaixo, depoimento pessoal da genitora da requerida, pericial, etc.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Belo Horizonte, 25 Setembro de 2018. 
Eliane Medeiros
Defensora Pública
MADEP 0834-D/MG
Ana Carolina Petracconi
Estagiária de Direito
ROL DE TESTEMUNHAS:
01 – MAURÍCIO DA CRUZ VIANA, brasileiro, solteiro, motoboy, inscrito no CPF nº 046.852.206-92
Rua Serra Negra, nº 80 – Bairro Água Limpa – Nova Lima/MG – CEP 34000-000.
02 – RENATA LUZIA DA PAIXÃO, brasileira, solteira, doméstica, inscrita no CPF nº 053.773.506-26
Rua Serra Negra, nº 80 – Bairro Água Limpa – Nova Lima/MG – CEP 34000-000.
03 – VALMIR GUIMARÃES ARAÚJO, brasileiro, solteiro, ajudante, inscrito no CPF nº 955.146.236-10
Rua Lambari, nº 6, Bairro Água Limpa – Nova Lima/MG – CEP 34000-000.
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