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Georgia Andressa De Carvalho e Lima Santos T5-A Período neonatal Anormalidade do piloro, causada pela hipertrofia da musculatura (principalmente de sua camada circular), provocando obstáculo ao esvaziamento gástrico. Não aumenta em número! ETIOLOGIA Múltiplos fatores EPIDEMIOLOGIA o Causa mais comum de vômitos de tratamento cirúrgico no recém-nascido e lactente. A criança não nasce com estenose hipertrófica, ela adquire e começa a dar sintomas. o Idade: 2 a 12 semanas de vida (15 a 45 dias). Muito raro fora dessa faixa etária. o Incidência: 2-3: 1000 nascidos vivos. Mais comum em meninos (4:1). Brancos e primogênitos. QUADRO CLÍNICO o Típico: vômitos em jato (não bilioso) 30 a 60 minutos a após a mamada, toda vez. (projectil emesis). o Peristaltismo visível na região epigástrica. Está distendida. o Exame físico: piloro à massa tumoral de consistência dura à clássica sensação de oliva (99% - sensibilidade se positivo). Em HD. o Icterícia (BI) 2% (retardo do trânsito). Normalmente esses bebês já perderam muito peso, vão desnutrindo. Ondas de Kussmaul à ondas peristálticas DIAGNÓSTICO – RX Estômago extremamente dilatado, mas não há ar no restante do trato digestivo, tanto na imagem em decúbito dorsal quanto em ortostático. Há edema da mucosa. RX EED Estômago extremamente dilatado, com pregas da mucosa gástrica visíveis (falhas de enchimento). Refluxo é secundário a obstrução. o Sinal do cordão (string): passa apenas um pouquinho de contraste. (Sinal de rabo de rato). o Sinal do ombro o Sinal do bico do seio o Hiperperistalse gástrica o Efeito do cogumelo no duodeno DIAGNÓSTICO - US ABDOMINAL Além de ver que o canal está fechado, consegue medir o diâmetro do piloro, o tamanho da parede do piloro. No corte transversal: sinal do alvo. A mucosa é menos ecodensa, a muscular fica extremamente enegrecida. Centro mais claro e parede escura. o Sinal do alvo no abdome= estenose hipertrófica de piloro. CUIDADOS NO PRÉ-OPERATÓRIO o Não é urgência! Não operar a criança imediatamente. o Primeiro deve-se realizar a correção do distúrbio metabolicamente (desidratação, perda de peso). o Alcalose hipocloremica (Cl), hipocalemia (K), hiponatremia (Na). Essa criança pode ter alcalose metabólica. o Urina I, cálcio sérico, bicarbonato sérico. o Bicarbonato <28mEq/dl e cloro >100 mEq/dl à parâmetros seguros para anestesia. Após o diagnóstico: passar uma soda para descomprimir estômago, dosa eletrólitos, hidratar e fazer gasometria. Após o equilíbrio acidobásico adequado e hidratação: operar. Se operar sem corrigir, criança pode ter arritmia e parar na mesa cirúrgica. PILOROMIOTOMIA 1912 Fredet-Hamstedt. Laparotomia por uma incisão periumbilical, abre um pouco na linha média e tem acesso ao piloro. Piloromiotomia: cortar o músculo do piloro. Expor o piloro para fora da cavidade, com a mão direita fazer uma incisão na borda anti-mesentérica (menos vascularizada), fazer secção dos músculos. Procurar preservar a mucosa. Abrir apenas serosa e muscular. A criança se recupera rápido e consegue comer após algumas horas. Pode-se fazer laparoscopia. A técnica é a mesma. Bebê já nasceu com o problema. É a causa mais frequente de obstrução intestinal congênita em RN. Atresia à oclusão total da luz intestinal Estenose à oclusão parcial o Atresia duodenal o Atresia jejuno – ileal o Atresia de Cólon ETIOLOGIA Etiologia e quadro clínico das atrésias são diferentes. Atresia duodenal: Teoria de Tandler à falha no processo de vacuolização das células intestinais à falta de recanalização do intestino na fase embrionária em que o intestino primitivo é constituído por um cilindro sólido. Atrésia intestinal – outras: acidentes vasculares mesenteriais no período pré-natal seguidos de necrose e atresia. ATRESIA INTESTINAL Atresia duodenal à Polidrâmnio: se o feto está obstruído, por uma obstrução alta, o líquido não digere, fica voltando e acumula. O parto será prematuro, devido a distensão uterina à isso gerará bebê prematuro e de baixo peso. Vômitos serão biliosos à habitualmente é distal a papila de Oddi. Atresia jejunoileal é mais comum entre os RN. Alças distendidas: no raio x múltiplas bolhas de ar. CLASSIFICAÇÃO – ATRESIA DUODENAL DIAGNÓSTICO Sinal da dupla bolha na atresia duodenal: estômago extremamente dilatado, outro segmento de alça dilatado (duodeno) e o restante ausência de ar. Esse sinal também é visto no ultrassom. o O diagnostico é feito no período pré-natal! Segmento pré atresia e pós atresia: observar diamentro CLASSIFICAÇÃO - ATRESIA INTESTINAL (JEJUNO-ILEAL E CÓLON) o O mais grave é o último, todo intestino delgado se forma envolta da a. mesentérica. à síndrome do intestino curto se for reconstruir. DIAGNÓSTICO Raio x: múltiplas bolhas ar nas alças. Distensão de alça generalizada, nível líquido em ortostático. o É um bebê a termo, não é obrigatoriamente prematuro. o Incidência: Jejunal à Ileal à Duodenal à Cólon o Exame físico: abdome distendido (aumento de volume, alças com conteúdo). o É de difícil anastomose, pela diferença de calibre. Applepeal. ATRESIA DE CÓLON Grande distensão. É mais rara. TRATAMENTO o Cuidados clínicos o Laparotomia transversa supraumbilical (Incisão transversa: consegue explorar toda a cavidade abdominal da criança. É obrigatório correr sobre todas as alças.) o Exploração de toda cavidade o Resseccao parte dilatada ou redução por enteroplastia longitudinal (ressecção parte da alça). Moldagem da alça para diminuir o calibre para conseguir fazer a anastomose à enteroplastia longitudinal. o Anastomose o Biopsias seriadas para descartar D. de Hirschsprung o NPP: nutrição parenteral e cuidados. MALFORMAÇÃO ANORRETAL Grupo de malformações congênitas derivadas de erros do desenvolvimento do intestino primitivo posterior provocando defeito estrutural do reto e canal anal, podendo ou não se comunicar por uma fistula com o períneo ou o trato geniturinário. Crianças que nascem com anus na região não tópica. Pode ter anomalias congênitas associadas. MALFORMAÇÕES ANORRETAIS o Prevalência 1: 4.000 a 5.000 o Anomalias congênitas 60% o Predominância de 1,25 M: 1F o Os dois tipos mais comuns têm que saber: o Meninas à fistula retovestibular o Meninos à fistula retouretral QUADRO CLÍNICO o Ausência de anus ou fistula o Presença de fóvea anal ou zona mais escurecida o Forma do períneo o Trajetos fistulosos o Calibre da fistula o Calibre do ânus o Aspecto da genitália externa o Presença de mecônio na urina Esse diagnóstico é feito na sala de parto Observar a urina principalmente se for menino: sai mecônio na urina. CLASSIFICAÇÃO Invertograma: esperar 24 horas. Raio x em perfil, de ponta cabeça à exame feito para determinar a distância do final do reto e fóvea anal. Se a distância for maior que 4 cm não consegue resolver por anoplastia. Se a distância for menor que 4 cm consegue fazer anoplastia. Colostomia deve ser dupla boca, pois o segmento distal está fechado, deixar os dois segmentos exteriorizados. Feito em flanco esquerdo. Contar 20 cm do final do reto e exteriorizar o segmento. Após um tempo: anoplastia sagital posterior à incisão na região Inter glútea. QUADRO CLÍNICO o Sexo masculino: fistula retouretral, fistula perineal. o Sexo feminino: fistula vestibular ou estenose anal (anus anteriorizado). o Cloaca à fezes, urina e reprodução pelo mesmo óstio. DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG Conceito: obstrução funcional congênita causada por segmento intestinal distal agangliônico, não propulsivo e espástico, decorrente da alteração da migração das células ganglionares dos plexos mioentéricos. Abdome extremamente distendido, não tem peristaltismo. Há interrupção da migração das células nervosas do intestino. o Ocorre em1:5.000 NV o Frequência maior no sexo masculino 4:1 o RN a termo em 95% o Rara em negros o 1/3 obstruções intestinais neonatal Diagnóstico é feito no período neonatal. Se não fizer, cursa com constipação intestinal crônica. Não tem o plexo! Fibras nervosas hipertrofiam e se tornam espásticas. Fibras não tem peristaltismo. Biópsia intestinal é uma forma de fazer diagnostico. Parte dilatada: gânglios. Parte espástica não tem. CLASSIFICAÇÃO O mais frequente é o semento clássico retossigmóide 75% QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL o Síndrome do íleo meconial o Síndrome do cólon esquerdo o Quadro de enterocolite necrosante o Constipação intestinal crônica (erro alimentar) o Displasia neuronal DIAGNÓSTICO o Anamnese o Exame físico o Exame radiológico (simples ou contrastado) o Biopsia retal (hematoxilina eosina, acetil colinesterase). Dá certeza do diagnóstico à é o padrão ouro o Manometria anorretal: ele não dilata. O que chama atenção à irregularidades na parede Enema opaco: consegue mostrar o segmento espástico, zona de transição e o segmento normal. Manometria anorretal Biópsia TRATAMENTO INICIAL Melhorar as condições do paciente. Descompressão: o Sonda nasogástrica o Esvaziamento do reto (sonda retal) repetidamente através de sondagens e irrigações intestinal. TRATAMENTO CIRÚRGICO INICIAL o Colostomia o Lavado intestinal o Antibiótico EV Segmento gangliônico (que tem plexo) no reto. Técnicas: Duhamel, Swenson, Soave. Cirurgia De La Torre Mondragon à abaixamento transanal endorretal do colo. A mais moderna e usada em crianças menores. Não pode ser feito em megacólon total.
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