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5- Tratamento não cirúrgico da doença periodontal (resumo)

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– ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução: 
A terapia convencional do tratamento não-cirúrgico consiste em 
raspagem e alisamento radicular realizado por sextantes em 
intervalos de uma a duas semanas, de maneira que o tratamento 
ativo é concluído dentro de quatro a seis semanas e reavaliação 
após 3 meses. 
Instrumentos periodontais: 
Os instrumentos periodontais são desenhados para propósitos 
específicos, como remoção de cálculo, alisamento das superfícies 
radiculares, curetagem da gengiva e remoção do tecido doente. 
Para se obter uma raspagem satisfatória, deve-se levar em 
consideração: 
• Tipo de instrumental; 
• Indicação correta do instrumental; 
• Afiação do instrumento; 
• Ângulo de corte; 
• Habilidade profissional; 
• Posição e apoio do instrumento e das mãos. 
Requisitos dos instrumentos periodontais: 
• Delicado e confortável; 
• Rígido sem ser grosseiro; 
• Permitir manipulação sem esforço excessivo; 
• Ponta ativa no prolongamento ao longo eixo do cabo; 
• Ser afiado com facilidade e rapidez; 
• Permitir eficiência na remoção de placa/cálculo e 
preparo da raiz; 
• Conforto para o operador; 
• Mínima fadiga muscular; 
• Ótima sensibilidade táctil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação: 
Os instrumentos periodontais são classificados de acordo com os 
propósitos que eles servem: 
• São instrumentos utilizados para bolsas, assim como para 
determinar seus cursos em superfícies dentárias 
individuais. 
• São usados para medir a profundidade das bolsas e 
determinar suas configurações. 
• A sonda típica é um instrumento afilado, de forma 
cilíndrica calibrado em milímetros, com uma ponta 
redonda e cega. 
 
 
 
 
• A sonda da Organização Mundial de Saúde (OMS) tem 
marcações milimetradas e uma extremidade 
arredondada e pequena. Possui marcações coloridas com 
secções de 3 mm. 
 
 
 
• A sonda periodontal Willians – tem 10mm (os milímetros 
que não tem na sonda são o 4 e o 6 então temos apenas 
o 1, 2, 3, 5, 7, 8, 9, 10). Por possuir uma milimetragem 
maior, é utilzada para realizar o periograma. 
 
• Sonda periodontal carolina do norte ou PCP-15: Tem 15 
mm . 
 
 
Tratamento não cirúrgico: 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
• Sonda periodontal plástico/teflon: são utilizados para 
manusear os implantes de titânio e não danificá-los. 
 
 
 
 
 
• Sonda Nabers: Totalmente curva para medir o grau de 
envolvimento de furca dos molares e pré-molares. Deve 
ser utilizada apenas nos dentes posteriores (em doenças 
periodontais muito avançacadas e que apresenta 
comprometimento de furca). 
 
 
 
 
 
 
 
As sondas peridontais, durante a inserção, devem realizar uma 
leve pressão com a haste paralela ao longo eixo dentário. Deve ir 
desde a JCE até o teto de furca. A inserção que ultrapassa a JCE, 
representa perda dos tecidos periodontais. Quando não ultrapassa, 
trata-se apenas de uma gengivite, sem perda dos tecidos de 
inserção. 
Exploradores são usados para localizar os depósitos de cálculo e 
cárie e para checar a lisura das superfícies radiculares após o 
alisamento radicular. Os exploradores são confeccionados com 
vários formatos e ângulos, com vários usos, assim como limitações. 
• São delgadas e flexíveis, com extremidade dupla. 
• Identificam as áreas com ranhuras após a raspagem – 
que devem ser alisadas para evitar um novo acúmulo de 
biofilme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São usados para remoção de biofilme e depósitos calcificados da 
coroa e raiz de um dente, remoção do cemento alterado da 
superfície radicular subgengival e debridamento do revestimento 
de tecido mole da bolsa. 
 
 
 
 
 
▪ 
Curetas são instrumentos delicados utilizados para raspagem 
subgengival, alisamento radicular e remoção do revestimento de 
tecido mole da bolsa. 
 
 
 
Curetas Universais Mc Call: As curetas universais têm bordas 
cortantes que podem ser inseridas em quase todas as áreas da 
dentição, alterando-se e adaptando ao apoio digital, ao fulcro e à 
posição da mão do operador. Possui face da lâmina 90º e margem 
cortante bilateral. Se não for inserida corretamente, pode cortar 
a gengiva. Elas são utilizadas para remover o cálculo mais grosseiro, 
por isso são usadas antes da Gracey. 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
• Mc Call 13-14: utilizada para remocção de cálculo 
grosseiro nos dentes anteriores. O maior objetivo é a 
remoção, para o alisamento não é muito indicada. 
 
 
 
 
• Mc Call 17-18: utilizada para remoção de cálculo grosseiro 
nos dentes posteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As curetas Mc Call são utilizadas para remover o cálculo 
grosseiro (em casos em que há muito cálculo). 
Curetas Gracey: estas curetas e suas modificações são 
provavelmente os melhores instrumentos para raspagem 
subgengival e alisamento radicular, porque elas fornecem a melhor 
adaptação à anatomia radicular complexa. 
• Possui dorso inclinado/curvatura em 2 planos: 1 corta; 
• Lado convexo: cortante; 
• Lado operante/lado não operante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essas curetas são utilizadas após a MC Call, pois são mais delicadas, 
com sensibilidade táctil. Possuem ângulo de corte 
curvo/extremidade arredondada. Realiza o refinamento do 
procedimento e é determinada de acordo com a área de utilização. 
Se o cálculo do paciente for pouco, a raspagem pode ser iniciada 
utilizando a gracey. Mas se houver muito cálculo, iniciar o 
procedimento com a gracey, pode acabar danificando o 
instrumento (perde o corte mais rápido). 
• Curetas Gracey 1-2, 3-4, 5-6: possuem hastes menos 
anguladas, são utilizadas em dentes anteriores 
superiores e inferiores. 
• Curetas Gracey 7-8 e 9-10: utilizadas para a raspagem 
supra e subgengival na região vestibular/lingual dos pré-
molares e molares. A 7-8 é melhor em pré-molares e a 
9-10 é exclusiva para molares. 
• Curetas Gracey 11-12 e 13-14: utilizadas para a raspagem 
supra e subgengival na região mesial/distal dos pré-
molares e molares. A 11-12 para os pré-molares e a 13-
14 nos molares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Face 
Dorso 
Borda cortante A 
Borda cortante B 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adições recentes à coleção de curetas Gracey foram as curetas 
15-16 e 17-18. A Gracey 15-16 é uma modificação da cureta 
padrão 11-12 e é desenhada para as superfícies mesiais dos dentes 
posteriores. Ela consiste em uma lâmina de Gracey 11-12 combinada 
com o ângulo mais agudo da haste da cureta 13-14. A Gracey 17-
18 é uma modificação da Gracey 13-14. Ela possui uma haste 
terminal alongada 3 mm e uma angulação mais acentuada da haste 
que fornece uma visualização oclusal completa e melhor acesso a 
todas as superfícies distais posteriores. 
 
Curetas mini-five: são curetas com minilâminas, elas possuem 
metade do comprimento das curetas gracey padrão. A lâmina mais 
curta permite uma inserção mais fácil e melhor adaptação nas 
bolsas estreitas e profundas; furcas; sulcos de desenvolvimento; 
linhas anguladas; e bolsas profundas, estreitas, vestibulares, 
linguais ou palatinas. 
• Permitem movimentos verticais e sem trauma; 
• Possui todos os números de Gracey, exceto 9-10; 
• Facilita o tratamento subgengival. 
 
 
• Cureta Mini-Five 5-6 – para dentes anteriores e pré-
molares; 
• Cureta Mini-Five 7-8 – para superfícies vestibular e 
lingual de posteriores; 
• Cureta Mini-Five 11-12 – para superfícies vestibular e 
lingual de molares; 
• Cureta Mini-Five 13-14 – para mesial de dentes 
posteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curetas plásticas/teflon: utilizada em paciente que possui implante 
dentário com as roscas expostas na cavidade oral. Para pessoas 
com implante, as curetas devem ser de plástico ou de titânio, para 
evitar marcas ou danos permanentes aos implantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ 
As limas possuem uma sériede lâminas numa base. Sua função 
principal é fraturar ou esmagar grandes depósitos de cálculo 
retentivo ou placas polidas de cálculo. As lâminas podem facilmente 
escavar ou tornar rugosas as superfícies radiculares quando 
usadas de forma inapropriada. Portanto, elas não são adequadas 
para a raspagem delicada e para o alisamento radicular. 
 
Curetas Gracey 1-2, 3-4, 5-6 -> dentes anteriores. 
Curetas Gracey 7-8, 9-10 -> dentes posteriores 
(vestibular e lingual). 
Curetas Gracey 11-12 / 15-16 -> dentes 
posteriores (face proximal distal). 
Curetas Gracey 13-14/ 17-18 -> dentes 
posteriores (face proximal mesial). 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• As curetas com minilâmina são as preferidas para o 
alisamento delicado em áreas onde as limas já foram 
usadas, algumas vezes as limas são usadas para remover 
as margens sobressalientes das restaurações dentárias. 
Carcterísticas: 
• Pequenos dentes na superfície; 
• Ambiente sub: dorso arredondado; 
• Não traumatiza; 
• Não alisa; 
• Não são adequadas para raspagem delicada. 
 
 
 
 
Vantagens: 
• Extremamente eficiente na remoção de placas e cálculos 
subgengivais; 
• Produz aplainamento e alisamento radicular; 
• Permite melhor sensibilidade táctil; 
• Produz menor contaminação no ambiente de trabalho. 
Desvantagens: 
• Requer maior pressão na empunhadura e ativação; 
• Remove mais lentamente grandes porções de cálculos; 
• Produz mais fadiga do profissional e do paciente; 
• Produz mais desconforto ao paciente; 
• Pode produzir uma maior sensibilidade dentinária. 
Instrumentos Ultra-sônicos: 
Instrumentos ultrassônicos podem ser usados para remoção de 
placa, raspagem, curetagem e remoção de pigmentações. 
• Utilizados para raspagem supragengival; 
• Não substitui a raspagem manual; 
• Confere uma vibração de alta frequência; 
• Deve ser utilizado com irrigação; 
• Não usar com movimentos fixos (leves e intermitentes); 
• Não faz o alisamento, sempre é necessário 
complementar com as curetas; 
• A ponta não é cortante e não danifica a gengiva; 
 
 
Vantagens: 
• Extremidade ativa espessa e larga; 
• Sem corte; 
• Movimentos rápidos e suaves; 
• Sem fadiga para o profissional; 
• Remoção de manchas alimentares, nicotina. 
Desvantagens: 
• Custo; 
• Precisa está conectado ao equipo; 
• Não promove alisamento (não tem corte); 
• Risco de infecção cruzada por formar muito aerosol. 
Instrumentos para polimento: 
1. Taças de borracha: são usadas na peça de mão com um 
contra-ângulo especial de profilaxia; 
2. Escova de Robson: a escova é usada no contra-ângulo 
de profilaxia com uma pasta polidora. Como as cerdas são 
duras, o uso da escova deve ser limitado à coroa para 
evitar lesão ao cemento e à gengiva. 
3. Contra-ângulo; 
4. Pasta profilática + água; 
5. Pedra pomes + água/Clorexidina (para irrigar a região 
inflamada/infeccionada); 
6. Pedra pomes maior abrasividade/ jato de bicarbonato. 
 
 
 
 
 
 
Instrumentação: 
• Firme, curto e de tração; 
• Dedo + mão + antebraço; 
• Força não é o instrumental; 
• Mão bem apoiada para permitir aplicar força; 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• Direção: radicular -> coronária (trazendo o cálculo para 
fora); 
• Mão bem apoiada para permitir aplicar força; 
• Não destacar todo o cálculo grande. 
OBS: durante o procedimento de raspagem, deve-se usar gazes 
para colocar os pedaços de cálculo, evitando que entrem em 
contato com a boca do paciente. E também podem ser utilizados 
pra conter os pequenos sangramentos que podem surgir. 
 
 
 
 
 
 
Uma empunhadura adequada é essencial para o controle preciso 
dos movimentos durante a instrumentação periodontal. Uma 
empunhadura estável e mais eficaz para todos os instrumentos é 
a empunhadura de caneta modificada. 
 
 
 
 
 
• Vertical ou oblíquo (o sentido horizontal pode traumatizar 
os tecidos, deve ser evitado); 
• Sentido único: apical para cervical. 
 
• Mocho confortável; 
• Pés planos ao solo; 
• Coxas paralelas ao solo; 
• Observar todo o campo; 
• Paciente: boca próxima ao apoio do cotovelo. 
 
 
• Sempre deve-se iniciar a raspagem pela região 
supragengival; 
É impossível realizar um procedimento com um instrumento cego, 
pois o mesmo precisa ser segurado com mais força, reduzindo a 
capacidade tátil (escapar). Portanto, é muito importante afiar os 
instrumentos. Transformar um ângulo arredondado e sem corte 
em agudo e afiado sem deformar o instrumento; 
 
 
 
 
• Material abrasivo mais duro que o instrumental; 
• Pedras brutas: partículas maiores e cortam mais rápido; 
• Pedras finas: afiação final; 
• Pedras naturais; 
• Pedras artificais. 
1. .Escolha de uma pedra adequada; 
2. .Pedra esterilizada; 
3. Estabelecer um ângulo adequado entre a pedra e a 
superfície do instrumento; 
4. Segurar bem a pedra e o instrumental (afiado por igual); 
5. Evitar pressão excessiva (para preservar a vida útil); 
6. Lubrificar a pedra durante a afiação - minimiza o 
entupimento da superfície abrasiva da pedra de afiar 
com partículas metálicas removidas do instrumento. Isso 
também reduz o calor produzido pela fricção. Óleo deve 
ser usado em pedras naturais e água nas pedras 
sintéticas 
 
 
 
 
 
 
 
 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
De cima para baixo, Pedra da Índia plana, pedra de Arkansas plana, 
pedra de Arkansas em formato cônico, e pedra de cerâmica. 
 
Considerações finais: 
Um tratamento periodontal adequado e melhoria da higiene bucal 
normalmente ajudam a evitar mais danos à gengiva, aos tecidos de 
suporte e ao osso. 
Referências: 
CARRANZA, Fermin A. et al. Periodontia Clínica. 11. 
ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2011. 
Aula teórica de Periodontia laboratorial. Professora 
Juliana Campos Pinheiro. Faculdade Maurício de 
Nassau, Odontologia, 2021.

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