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MED – CIR 3– 27.01.2016 Liz Yumi SÍNDROME DE HIPERTENSÃO PORTA VASCULARIZAÇÃO NORMAL ARTÉRIA >> CAPILAR >> VÊNULA >> VEIA SISTEMA PORTA VEIA QUE SE ENCONTRA ENTRE 2 REDES DE CAPILARES ARTERIAL >> VENOSO >> VENOSO O SISTEMA PORTA HEPÁTICO VEIA PORTA HEPÁTICA = VEIA MESENTÉRICA SUPERIOR + VEIA ESPLÊNICA Dificuldade da passagem de sangue >> ↑ pressão HIPERTENSÃO PORTA gradiente de pressão > 5mmHg Consequências: varizes esofagogástricas, esplenomegalia, varizes anorretais, ascite, cabeça de medusa, encefalopatia hepática Classificação PRÉ-HEPÁTICA Trombose da veia porta – hipercoagulabilidade ex.: perda de antitrombina III na urina – síndrome nefrótica >> hipercoagulabilidade Trombose de veia esplênica – hipertensão porta segmentar; varizes de fundo gástrico – lembrar: PANCREATITE CRÔNICA INTRA-HEPÁTICA Pré-sinusoidal Esquistossomose Sinusoidal Cirrose Pós-sinusoidal Doença veno- oclusiva (obstrução da veia centrolobular) – ex.: chá da Jamaica PÓS-HEPÁTICA Budd-Chiari: trombose da veia hepática (hipercoagulabilidade) Obstrução de VCI: trombose, neoplasia **edema MMII** Doenças cardíacas: pericardite constritiva, insuficiência tricúspide ** edema MMII, turgência jugular** Obs.: Obstrução >> o sinusoide funciona como uma ‘válvula de escape’, de modo que o aumento da pressão leva ao gotejamento de líquido para a cavidade (ascite). VARIZES ESOFAGOGÁSTRICAS FORMAÇÃO DAS VARIZES = GRADIENTE DE PRESSÃO > 10 mmHg PORTA CAVA (em órgãos que possuem dupla circulação / “órgãos de passagem”) GRANDE RISCO DE SANGRAR = GRADIENTE DE PRESSÃO > 12 mmHg Abordagem das varizes A) NUNCA SANGROU CIRROSE = rastreamento com EDA ALTO RISCO = PROFILAXIA PRIMÁRIA Varizes médio e grosso calibre Cherry red spots (manchas vermelho cereja) Child B / Child C ↓ Beta-bloqueador (propranolol, nadolol, carvedilol) OU Ligadura elástica B) SANGROU 1. Estabilizar 2. Descobrir a fonte e tratar 3. Prevenir complicações ESTABILIZAÇÃO HEMODINÂMICA Cristaloides Sangue Plasma (INR > 1,7) DESCOBRIR A FONTE E TRATAR = EDA ENDOSCOPIA Escleroterapia Ligadura elástica (escolha) Obs.: cianoacrilato >> varizes gástricas DROGAS IV Somatostatina Octreotide Terlipressina BALÃO Sengstaken-Blakemore (3 vias) Minnesota (4 vias) ** máximo = 24 horas ** TIPS Shunt Portossistêmico Intrahepático Transjugular Vantagem: bom para transplante Desvantagem: encefalopatia, estenose Contraindicação: IC direita, doença cística CIRURGIA (URGÊNCIA) Shunts não seletivos (shunt porto-cava término-lateral ou látero-lateral) – sobrevida de 10 meses Shunts parciais (calibrados) PREVENIR COMPLICAÇÕES Peritonite bacteriana espontânea (PBE) Ressangramento Encefalopatia (lactulose?) PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA (PBE) Sangramento >> Hipoperfusão >> Translocação ... CEFTRIAXONE 1g EV seguido por NORFLOXACINO 400mg VO 12/12h RESSANGRAMENTO (PROFILAXIA SECUNDÁRIA) 70% de ressangramento em 1 ano BETABLOQUEADOR E LIGADURA ELÁSTICA TIPS/ transplante Cirurgias eletivas (shunt seletivo >> esplenorrenal distal (Warren) / desconexão) SHUNT SELETIVO Vantagem: mantém fluxo mesentérico portal Desvantagem: pode piorar a ascite DESVASCULARIZAÇÃO Desconexão ázigo-portal Ligadura de veias gástricas + esplenectomia Mais simples, boa para esquistossomose ASCITE Todo paciente com ascite deve ser submetido à paracentese diagnóstica Manobras: piparote, macicez móvel, semicírculos de Skoda MED – CIR 3– 27.01.2016 Liz Yumi Diferenciando: GRADIENTE DE ALBUMINA SORO-ASCITE (GASA) ALBUMINA SORO – ALBUMINA ASCITE GASA ≥ 1,1 Transudato Hipertensão porta Cirrose, ICC, Budd-Chiari GASA < 1,1 Exsudato Doenças do peritônio Neoplasias, TB, pâncreas ASCITE DA CIRROSE Mais comum GASA alto Citometria e bioquímica normais (proteínas < 2,5) ASCITE NEOPLÁSICA Segunda mais comum GASA baixo Citologia oncótica (+), proteína e LDH ↑ ASCITE CARDÍACA GASA alto Citometria e bioquímica normais (proteínas > 2,5) ASCITE TUBERCULOSA GASA baixo Mononucleares (>500), ADA alta Laparoscopia (~100% sensibilidade) Tratamento da ascite Restrição de sódio (2g/dia) ** Restrição hídrica – se hipoNa+ dilucional Diuréticos (se a restrição não adiantar) ESPIRONOLACTONA 100-400mg/dia FUROSEMIDA 40-160mg/dia ↓ 0,5mg/dia (sem edema) ou ↓1kg/dia (com edema) . Ascite refratária = falência do trat./ recorrência precoce Paracenteses terapêuticas seriadas* TIPS Transplante Shunt peritônio-venoso (*) Não há limite máximo de volume que pode ser retirado PARACENTESE DE GRANDE VOLUME (>5L) Repor 8-10g de albumina por litro retirado (contar desde o primeiro litro retirado) ENCEFALOPATIA HEPÁTICA ↑Amônia (NH3) Flapping, letargia, sonolência ... Precipitado por: hemorragia, constipação, PBE, alcalose (hipoK+, diuréticos) Tratamento: Evitar restrição proteica (proteína vegetal?) Lactulose: laxativo, pH ácido (NH3 >>NH4+) ATB: neomicina, metronizadol, rifamixina PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA (PBE) Translocação ... monobacteriana Febre, dor abdominal, encefalopatia PNM > 250/mm³ Ascite neutrofílica > 250/mm³ / cultura (-) Bacterascite < 250/mm³ / cultura (+) Tratamento Cefalosporina de 3ª. geração (cefoxima) por 5 dias Profilaxia: Primária: Aguda pós-sangramento por varizes Ceftriaxone/ norfloxacino por 7 dias Crônica (ptn ascite <2,5) Norfloxacin 400mg/dia Secundária (todos): norfloxacin 400mg/dia Profilaxia síndrome hepatorrenal: albumina 1,5g/kg 1º. dia e 1g/kg 3º. dia Diagnóstico diferencial: peritonite secundária Leucocitose com desvio ... polimicrobiana 2 ou mais na ascite: Proteína > 1g/dL Glicose < 50mg/dL LDH ↑↑ Conduta: associar metronidazol SÍNDROME HEPATORRENAL Doença hepática grave ... vasodilatação periférica > vasoconstrição >> sem hipovolemia/ lesão renal/ obstrução Cr >1,5 Na+urinário ↓ Tipo I: rápida progressão (<2 sem) Tipo II: insidiosa, melhor prognóstico Tratamento: albumina + terlipressina +/- transplante INSUFICIÊNCIA HEPATOCELULAR Caso clínico: Síndrome ictérica: pele amarelada, ↑bilirrubina direta, Fadiga, eritema palmar, ↑TAP, ↓albumina, anemia, plaquetopenia USG com alteração hepática ↓ Síndrome de insuficiência hepática Arquitetura hepática: os hepatócitos estão organizados em muros que formam estruturas poligonas; no meio temos a veia centrolobular, e, nos vértices, os espaços- porta. Cirrose: não é sinônimo de fibrose. Quando as traves fibróticas surgem, elas acabam isolando os hepatócitos em nódulos de regeneração (deixam de ser funcionais). Cirrose tem fibrose. CIRROSE = FIBROSE + NÓDULOS DE REGENERAÇÃO O desarranjo estrutural é mais importante do que a perda de células parenquimatosas. Funções hepáticas: Metabolismo da bilirrubina (conjugação e excreção) >> icterícia (↑bilirrubina direta) Eliminação de toxinas >> encefalopatia, alterações hemodinâmicas (cirrótico é vasodilatador) Síntese de proteínas >> ↓ albumina, ↑TAP Metabolismo intermediário/ hormonal >> ↑ glicemia, ↓testosterona, ↑estrogênio >> rarefação de pelos, ginecomastia MED – CIR 3– 27.01.2016 Liz Yumi Insuficiência hepática – quadro clínico: Aguda Icterícia, alterações circulatórias e neurológicas Crônica (>6m) Fadiga, “estigmas hepáticos”, hipertensão porta (*) Estigmas hepáticos: eritema palmar, telangiectasias (aranhas vasculares), baqueteamento digital, contratura palmar de Dupuytren (hepatopatia alcoólica), tumefação de parótidas (hepatopatia alcoólica) Causas Vírus HBV e HCV Tóxica Álcool, triglicerídeos, drogas Autoimune Hepatite auto-imune, cirrose biliar primária Estadiamento e prognóstico CHILD-PUGH >> 5 critérios (“BEATA”) ESCORE MELD >> Bilirrubina, INR, Creatinina (“BIC”) Obs.: estabelece prioridade na fila de transplante DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICAResistência à insulina ... ↑ triglicerídeos ESTEATOSE ↓ ESTEATO-HEPATITE (NASH) ↓>45 anos, DM, obeso CIRROSE EH alcoólica EH não alcoólica Transaminase AST>ALT ALT>AST Carência folato/B1/B6 Sim Não Biópsia Mallory (+++) Mallory (+) Associação >40g etanol Síndrome metabólica Ferritina Normal Alta Clínica Febre, dor abdomina, icterícia Assintomática Tratamento Abstinência/ corticoide Dieta/exercício DOENÇA DE WILSON ↓Excreção biliar ... ↑COBRE Forma hepática Fulminante Crônica ativa/ cirrose Forma neuropsiquiátrica Dist. Movimento (Parkinsonismo) Alteração da personalidade/ psicose Anéis de Kayser-Fleisher *JOVEM (5-30 anos) *Pode ter anemia hemolítica Coombs (-) não é imune *Anéis de Kayser-Fleisher: 98% dos pacientes com lesão SNC Diagnóstico: o cobre liga-se à ceruloplasmina; se o cobre não consegue ligar-se à ceruloplasmina, tal como ocorre na doença de Wilson, esta é rapidamente degradada. Triagem: ↓ ceruloplasmina Confirmação: ↑ cobre livre, urinário ou hepático. Anéis de KF Tratamento: quelante (trientina/ penicilamina) / transplante (casos graves/ refratários) HEMOCROMATOSE *acúmulo de FERRO* Pode ser adquirida (sobrecarga de transfusão) OU Hereditária: alteração genética = ↑absorção intestinal ..↑FERRO 6Hs: Hepatomegalia (95%) Heart Hiperglicemia Hiperpigmentação Hipogonadismo H”artrite” Diagnóstico: Triagem: ↑ferritina e/ou saturação da transferrina Confirmação: teste genético (C282Y e H63D) Tratamento: flebotomia Quelante: desferoxamina >> excreção Transplante: casos mais avançados Obs.: pior prognóstico: cirrose e diabetes no momento do diagnóstico HEPATITE B CRÔNICA Vírus + Lesão hepática HbeAg/HBV-DNA ALT/Biópsia METAVIR ≥A2/F2 A = atividade inflamatória (A2 = moderada) F = fibrose (F2 = fibrose portal + septos) Manifestações extra-hepáticas: POLIARTERITE NODOSA HbeAg (+) HbeAg (-) CIRROSE INTERFERON TENOFOVIR ENTECAVIR HEPATITE C CRÔNICA Vírus + Lesão hepática HCV-RNA Metavir ≥F2 há 3 anos, F3 e F4 Manifestações extra-hepáticas: CRIOGLOBULINEMIA Comorbidades: HIV, renal crônico, linfoma ... INTERFERON + RIBAVIRINA SOFOSBUVIR/ SIMEPREVIR/ DACLATASVIR Genótipo 1: Sofosbuvir + Simeprevir ou Daclatasvir (12 sem)
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