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17
A INCLUSÃO ESCOLAR DE ALUNOS COM DEFICIENCIA MOTORA.
ALMEIDA, Sandra Ferreira de
RESUMO
Esse artigo visa mostrar os direitos de crianças com deficiência motora, de estarem inseridas nas instituições escolares, visto que, a partir de: muitas lutas e manifestos, documentos legais como o Estatuto da Criança e do Adolescente, as Leis de Diretrizes e Bases, a Constituição Federal, a Declaração de Salamanca e a Lei Brasileira de Inclusão, essas crianças passam a ter direitos para a inserção em escolas regulares. A educação inclusiva é indispensável para a construção de uma sociedade sem preconceitos, uma vez que não basta apenas garantir a matrícula e a permanência da criança com deficiência motora na escola regular é preciso garantir aprendizagem de qualidade e prazerosa para eles. A partir do contato com a diversidade aprendemos a ser mais tolerantes. Os professores devem estar preparados para encontrar a diversidade de alunos que chegam à escola, as mudanças e as adaptações das práticas educativas existentes são fundamentais para um bom desenvolvimento do trabalho e aprendizado dessas crianças, as instituições escolares devem favorecer qualificação e capacitação dos profissionais da educação para beneficiar e desenvolver os alunos com deficiência motora, visto que a escola é um local muito importante para o pleno desenvolvimento do aluno, mas, é preciso compreender como muitos alunos com deficiência motora, mesmo inclusos no âmbito escolar sofrem a integração escolar, são estudantes que necessitam de professores que auxiliem no desenvolvimento e na autonomia dos mesmos e uma instituição adequada possuindo rampas, banheiros adaptados, materiais didáticos específicos. Considerar o aluno e não a deficiência é a maneira mais eficiente para derrubar as barreiras contra a exclusão. É necessário um olhar atento para a inserção dos alunos, buscar um trabalho diferenciado e auxiliar no desenvolvimento e aprendizados das crianças com deficiência motora.
	
PALAVRAS-CHAVES: Inclusão. Aceitação. Capacitação.
RESUMEN
 
Este artículo tiene como objetivo mostrar los derechos de los niños con discapacidades físicas, que se colocan en las escuelas, a partir de: muchas luchas y manifiestos, documentos legales, tales como el Estatuto de Niños y Adolescentes, la Ley de Directrices y Bases, la Constitución Federal, la Declaración de Salamanca y la Ley Brasileña de Inclusión, estos niños tienen ahora derecho a la inclusión en las escuelas regulares. La educación inclusiva es esencial para la construcción de una sociedad sin prejuicios, ya que no es suficiente para garantizar el registro y la estancia de personas con discapacidad motora niño en la escuela regular es necesaria para garantizar una enseñanza de calidad y agradable para ellos. Desde el contacto con la diversidad que aprender a ser más tolerante. Los maestros deben estar preparados para satisfacer la diversidad de los estudiantes que llegan a la escuela, cambios y adaptaciones de las prácticas educativas existentes son la clave para un buen desarrollo del trabajo y el aprendizaje de estos niños, las instituciones escolares deben ayudar a las cualificaciones y la formación de profesionales de la educación para beneficiar y desarrollar a los estudiantes con discapacidades físicas, ya que la escuela es un sitio muy importante para el desarrollo integral del estudiante, pero hay que entender cómo muchos estudiantes con discapacidades físicas, incluso las escuelas incluidas en la integración escolar sufren son los
estudiantes necesitamos maestros para ayudar en el desarrollo y la autonomía de la misma y una institución apropiada que tiene rampas, baños adaptados, material didáctico específico. Considere el estudiante y no la discapacidad es la forma más eficaz para romper las barreras contra la exclusión. Una mirada más cercana a la integración de los estudiantes, conseguir un trabajo diferente y ayudar en el desarrollo y aprendizaje de los niños con discapacidad motora se requiere
PALABRAS CLAVE: Inclusión. Aceptación. Entrenamiento.
INTRODUÇÃO
É notório que a inclusão escolar deve ser para todos, principalmente para alunos com deficiência motora, no entanto, normalmente não é isso que ocorre, é preciso ressaltar a legislação que amparam esses estudantes, no intuito de garantir a permanência, acessibilidade e profissionais qualificados nessa inserção. Assim, a acadêmica Sandra Ferreira de Almeida, a partir da definição da temática propõe nesse artigo desenvolver elementos que serão essenciais e nortearão os caminhos para a inclusão escolar de alunos com deficiência motora, na intenção de garantir uma educação de qualidade. 
A inclusão de alunos na escola é um dos maiores desafios educacionais. Esse processo necessita do apoio da família e da equipe escolar na qual a criança está inserida, para proporcionar uma adaptação saudável e desenvolver suas potencialidades. A criança mesmo matriculada na escola não significa estar de fato incluída, é indispensável conhecer os processos e a legislação que amparam os direitos dos alunos com deficiência motora para essa inclusão. Será que a escola é de fato inclusiva? Os professores estão preparados para receber os alunos com deficiência motora? O Centro Municipal de Ensino João Maria do Nascimento Filho possui uma estrutura física adequada para atender essas crianças? Para responder questões tão complexas precisamos compreender as dificuldades encontradas nesse processo inclusivo de alunos com deficiência motora.
Os profissionais de educação nem sempre estão preparados para receber as crianças com deficiência motora, que necessitam de um trabalho diferenciado, alguém que auxilie no desenvolvimento e aprendizado dos mesmos sempre que necessário. Cursos de capacitação e uma estrutura física adequada da instituição escolar é o princípio para uma educação inclusiva de qualidade.
Para que o processo de conhecimento em relação à investigação dessa proposta se torne mais significativo, foi estabelecido como objetivo geral conhecer as dificuldades enfrentadas por alunos com deficiência motora no processo de inclusão escolar, no intuito de promover a convivência para com as diferenças, contribuir com a formação de professores e adequação da estrutura física da instituição no processo de inclusão e a partir do mesmo foram definidos objetivos específicos: Aprofundar o conhecimento sobre as práticas inclusivas; Observar a adequação da estrutura física; Identificar como esse processo de inclusão é aceito pela instituição escolar e pelos profissionais de educação. 
O artigo foi desenvolvido através de estudos bibliográficos e realização de uma pesquisa de campo, na qual foram entrevistadas 30 pessoas constituídas de funcionários e pais de alunos do Centro Municipal de Ensino Joao Maria do Nascimento Filho, ao ser finalizado a pesquisa esses dados foram analisados e interpretados de forma quantitativa e qualitativa, para possibilitar informações e compreensão sobre a inclusão escolar de alunos com deficiência motora.
1.CONCEITO DE DEFICIÊNCIA MOTORA
A Deficiência motora é uma disfunção o qual afeta a pessoa em relação à mobilidade, a coordenação motora e a fala, pode ser genético ou adquirido. Esse tipo de deficiência pode decorrer de vários motivos acidentes de trânsito, acidentes de trabalho, erros médicos, violência, má formação na gravidez, dentre outras situações. Causando dificuldades de movimentar, escrever ou falar.
 Existem diversos tipos de deficiência motora, monoplegia a pessoa que não possui movimento em um membro do corpo; hemiplegia a pessoa não tem movimento na metade do corpo; paraplegia perda dos movimentos da cintura para baixo; tetraplegia perda dos movimentos do pescoço para baixo; amputado perda de um membro do corpo. De acordo com a Tabela Nacional de Incapacidades considera-se deficiente motor todo o indivíduo que seja portador de deficiência motora, de caráter permanente, ao nível dos membros superiores ou inferiores, de grau igual aprovada pelo decreto de lei nº 341/93,30 de Setembro. Seguindo esse contexto é preciso conhecer o aluno e as dificuldades de cada um para assim saber trabalhar suas potencialidades e auxiliar no desenvolvimento do mesmo. 
A escola deve proporcionar um ambiente favorável aos alunos com deficiência motora, onde os mesmos tenham condições de locomover em todos os espaços, possuindo acessibilidade nos ambientes escolares, pois as barreiras enfrentadas pelos alunos são faltas de informação e preconceitos, os discentes devem participar das atividades com todos os demais, proporcionando a interação social, desenvolvendo suas possibilidades e os professores devem promover o trabalho em grupo, estimular a autonomia dos alunos com deficiência motora e identificar suas limitações para resultar em um trabalho eficaz.
 2.EDUCAÇÃO INCLUSIVA BASEADOS NAS LEIS
A educação inclusiva é um direito adquirido de todas as pessoas com deficiência, porém, é vista como algo indesejável para pessoas que não possuem nenhum tipo de deficiência, mesmo sendo um direito estabelecido em condições de acesso e permanência no âmbito escolar, segundo a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com deficiência em seu art.4° “Toda pessoa com deficiência tem direito a igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação”. Visto que todas as crianças possuem características, interesses, habilidades e formas de aprendizagem que são únicas. De acordo com O Estatuto da Criança e do Adolescente recomenda, em seu Art. 15 “a criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como seres humanos em processo de desenvolvimento”. 
A convivência com as diferenças deve contribuir para a formação dos alunos na escola com e sem deficiência motora, pois é necessário um trabalho que ajude a todos e que demonstre a importância no seu desenvolvimento. Segundo Mantoan, (2006 p. 16) para ter uma escola inclusiva é preciso rever e estabelecer planos para uma educação para todos, onde não existam preconceitos e valorize as diferenças. É preciso pensar nas crianças com deficiência, reconhecer e valorizar as diferenças, estruturar um ambiente voltado para a inserção de alunos com deficiência motora, possuir uma instituição preparada com professores qualificados que trabalhem as potencialidades e autonomia dos estudantes. Os direitos de aprendizagem de crianças e adolescentes precisam ser respeitados de modo que atenda a todos, especialmente crianças com deficiência motora, assegurando-lhes uma educação para um princípio de aceitação e respeito. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, no art. 59.
 Preconiza que os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender suas necessidades; assegura a terminalidade especifica aqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências.
E continua em seu Capítulo V Da Educação Especial, diz que: Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para os alunos com deficiência. Para compreender e enfrentar esses processos ressalta os princípios da educação inclusiva, acessibilidade, remoção de barreiras e a avaliação da aprendizagem. Necessitando conter uma gestão participativa, da família e da comunidade escolar, com apoio especializado, currículo multicultural e professores capacitados, assim essas crianças terão um apoio em sua vida escolar.
 A declaração de Salamanca no seu item 7 diz que um dos princípios fundamentais da escola inclusiva é que todas as crianças devem aprender juntas independentemente de suas dificuldades e diferenças. Devem reconhecer e ajudar nas necessidades diversas de cada aluno, contribuindo com a aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, utilização de recursos e parceria com a comunidade, com serviços e apoio nas dificuldades encontradas dentro da escola. Essas leis garantem o direito e o acesso de crianças com deficiência estarem no ensino regular, contudo, é preciso que as escolas, professores e a equipe escolar estejam preparados para receber essas crianças.
3. O OLHAR DO PROFESSOR NESTA INCLUSÃO
Não há como incluir crianças com deficiência no ensino regular sem apoio pedagógico, que ofereça aos professores qualificação, orientação e capacitação. É preciso um professor que busque apoio e orientação para auxiliar no desenvolvimento da criança com deficiência. A educação inclusiva é aquela que oferece um ensino adequado às diferenças e às necessidades de cada aluno e não deve ser vista lateralmente ou isolada, mas, como parte do sistema regular. Para isso é indispensável à formação adequada e continua do professor. 
De acordo com Mantoan (2006, pág. 41-42) reorganizar a escola é enfrentar muitos processos, como: criar novamente o modelo educativo escolar, utilizando como ponto principal a educação para todos; modificar as instituições escolares pedagogicamente, com espaços cooperativos, dialógicos, solidários, criativos e com criticidade entre toda comunidade escolar, pois são habilidades para exercer a cidadania; garantir aos estudantes determinação e liberdade para a aprendizagem, como não afastar o ensino e não concordar com a repetência; também são necessários à formação, aprimoramento e valorização dos professores, desta forma os mesmos são estimulados e terão condições para ensinar os alunos incluindo todos.
Quando o professor recebe um aluno com deficiência motora, alguns profissionais da educação ainda reagem de forma diferenciada frente às práticas inclusivas nas escolas: ignorando o processo de mudança, por insegurança, sem tomar conhecimento do que está acontecendo; ou demonstrando preconceito, devido à falta de informação; ou ainda, aceitando a ideia da mudança do ensino, reagindo de forma positiva e reconhecendo a validade da sua atitude, evidenciando que está aberto tanto para a discussão sobre a inclusão como para aceitação desse aluno, em sua sala de aula, num esforço para encontrar respostas para essa situação. 
 O professor deve contemplar a reflexão sobre os valores da educação, a vivência interdisciplinar, o trabalho em equipe, pesquisa e construção de competências, tem que fazer um trabalho diferenciado para o aluno, tendo capacidade de desenvolver o conhecimento e o compromisso com a aprendizagem dos estudantes, mostrando que eles são capazes de aprender. Alguns docentes julgam-se incapazes de dar conta dos alunos com deficiência motora, que estão despreparados, sem capacitação e impotentes frente a essa realidade que é agravada pela falta de material adequado, de apoio administrativo e recursos financeiros. 
O professor deve fazer diferença para o aluno com deficiência motora e trabalhar a autoestima dos educandos. Trabalhar com as expectativas de forma diferenciada, encontrando uma forma de envolvê-los, prover condições de trabalho que permitam acomodação às necessidades do aluno, descobrir suas habilidades, suas dificuldades, para assim, buscar estratégias e um trabalho no qual possa incluir a todos.
O professor tem papel essencial no processo de inclusão, necessitando de capacitação profissional, no qual, o mesmo deve educar na diversidade e conhecer cada estudante, suas necessidades, potencialidades, interesses, experiências, planejar as aulas onde todos participem, visto que as crianças com deficiência motora possuem dificuldades em atividades por causa de suas limitações e necessitam que o professor esteja voltado para os princípios de aceitação e respeito e que seu trabalho pedagógico incluía a todos. O professor não é transmissor de conhecimento, ele é de grande relevância para o aluno na construção de conhecimentos e na formação de valores se tornando uma referência para o aluno.
Cabe ao professor conhecer seus alunos para orientar e abrir perspectivas dos conteúdos valorizando o esforçodo aluno, propondo conteúdos e experiências pedagógicas para que ele tenha uma participação ativa. Levando o aluno a acreditar em suas possibilidades. A relação professor e aluno se dá quando o conhecimento resulta de trocas que se estabelecem na interação com o meio onde o professor é o mediador e ambos colaboram para conseguir aumentar essas trocas.
O professor deve ser investigador conhecer mais de uma maneira de aprender e ensinar, perceber as dificuldades de cada aluno, valorizar os seus conhecimentos prévios, ter uma visão renovada de seus conceitos com relação ao diferente e compreender que estarão formandos futuros cidadãos. 
4. A ACEITAÇÃO ENVOLVE RECONHECER E VALORIZAR AS DIFERENÇAS
As escolas são espaços para a construção de seres críticos, autônomos, de personalidades, que sabem viver e trabalhar em cooperação. Esses locais devem reconhecer e valorizar as diferenças, respeitando, motivando, ajudando no que for necessário para o desenvolvimento e aprendizados de crianças com deficiência motora, a mesma deve inserir o aluno oferecendo acessibilidade, ou seja, uma estrutura física adequada e profissionais preparados e capacitados para essa inserção.
As escolas que reconhecem e valorizam as diferenças  têm projetos inclusivos de educação. Nesse sentido, elas contestam e não adotam o que é tradicionalmente utilizado para dar conta das diferenças nas escolas: os currículos passam por adaptações, e as atividades e os programas são facilitados para que as aprendizagens sejam reforçadas, ou mesmo aceleradas, em casos de defasagem idade/série escolar (MANTOAN, 2006, p. 44).
As escolas devem estar preparadas para a inserção dessas crianças, pois elas têm direitos iguais a de todos, necessitam de um local sem discriminações e sem preconceitos. A escola tem o dever de se adaptar às especificidades dos alunos, buscando além de sua permanência na escola, o seu desenvolvimento, conforme a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com deficiência em seu Art. 53 “A acessibilidade é direito que garante a pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação social”, sendo assim, uma escola deve se preparar para enfrentar o desafio de oferecer uma educação com qualidade para todos os seus alunos.
Todo aluno possui características próprias que tornam seres únicos, cada pessoa apresentam aprendizagem, desenvolvimento e interesses diferentes, o desafio da escola hoje é trabalhar com essa diversidade. Quando um aluno com deficiência ou não está com dificuldades na escola, esse problema deve ser analisado, pois, um trabalho pedagógico de qualidade não é aquele em que a maioria dos alunos está indo bem, mais sim, aquele em que atenda todas as necessidades e possibilidades dos alunos.
As escolas devem criar ambientes acolhedores com ações que devem ser fortalecidas e regulamentadas, respeitando as características individuais de cada criança e acreditando que todos são capazes de aprender, desde que se estruturem possibilidades e estabeleçam estratégias para organização das práticas pedagógicas. 
5. METODOLOGIA 
Esse artigo visa desenvolver elementos de grande relevância para inclusão de alunos com deficiência motora, tendo em vista compreender as dificuldades enfrentadas e a integração escolar que sofrem os alunos deficientes, mediante a isso necessita-se de capacitação e a aceitação dos estudantes na prática inclusiva e a contribuição no desenvolvimento e autonomia dos mesmos.
Sendo assim, o presente artigo foi realizado através da pesquisa bibliográfica com alguns autores, utilizando alguns textos: como a Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer, Ensaios Pedagógicos- Construindo escolas inclusivas e leis como o Estatuto da Criança e do Adolescente, as Leis de Diretrizes e Bases, a Constituição Federal, a Declaração de Salamanca e a Lei Brasileira de Inclusão para consolidar e amparar o trabalho também foi realizado a pesquisa de campo para complementar esses estudos literários e auxiliar na obtenção de resultados significantes para uma prática inclusiva. 
Gil (1999, p. 44) conceitua a pesquisa bibliográfica como aquela que “é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”.
Posteriormente a realização da pesquisa bibliográfica foi realizada uma pesquisa de campo, para Lakatos e Marconi (2011, p.69) a pesquisa de campo “consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que se presumem relevantes, para analisá-los”.
A pesquisa de campo foi realizada com análise qualitativa e quantitativa na qual estavam incluídos na realização da presente pesquisa, os funcionários e pais de alunos do Centro Municipal de Ensino Atacílio de Souza alunos no Município de Tangará da Serra. Foi realizado questionário simples com uma estrutura de cinco questões, sendo uma questão aberta e quatro fechadas de múltipla escolha.
De acordo com Lakatos e Marconi (2011, p.89) “questionário é um instrumento de coleta de dados constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador”. 
Os questionários foram aplicados, no intuito de compreender a temática, na qual foram dadas opiniões que contribuíram para a conclusão final do artigo apresentado. A pesquisa abrange uma amostra de 30 pessoas. 
Nessa pesquisa foi considerada uma parcela da população, no qual a mesma representara sua totalidade, considerando a margem de erro de 5% e o intervalo de confiança de 95% do total da população entrevistada.
Após a transcrição dos relatos, fez-se uma leitura do material obtido e em seguida foi realizado a análise de resultados, esses dados foram analisados e interpretados de forma quantitativa e qualitativa, possibilitando informações que ajudaram a compreender o processo inclusivo de alunos com deficiência motora no âmbito escolar e como essa inclusão é importante no desenvolvimento e aprendizagem dos mesmos.
5.1. Análise de resultado
Para chegar nessa análise foram entrevistadas 27 pessoas, dentre as quais estavam funcionários e pais de alunos do Centro Municipal de Ensino Joao Maria do Nascimento Filho em relação ao tema: A inclusão de alunos com deficiência motora. Diante da pesquisa exposta foram definidas opiniões diversas que contribuíram para essa pesquisa.
Tabela 01. Você sabe o que é inclusão escolar?
	
	SIM
	NÃO
	
	
	24
	3
	Total 27 Participantes
	
	
	
Fonte: Funcionários e pais do Centro Municipal de Ensino Joao Maria do Nascimento Filho
 Conforme a tabela 01 concretiza a pesquisa a partir dos resultados obtidos sendo sua totalidade de 27 pessoas, 24 participantes sabiam o que é inclusão escolar e 3 não sabiam, sendo assim, partir desse contexto foi possível descrever sobre inclusão escolar. O mesmo possui o significado inserir na educação, acolher em todos os aspectos, visto que a escola deve ser um espaço socializador que promove conhecimentos, na qual deve possuir recursos pedagógicos, estrutura e profissional capacitado para o aluno e respeitar o ritmo e singularidade de cada um.
A escola é considerada inclusiva quando valoriza as diferenças, luta pela discriminação e garantem a todos os alunos o direito de aprender, buscando recursos necessários ao atendimento e especificidades de cada aluno. A escola deve incluir o aluno oferendo um ambiente adequado para seu aprendizado e desenvolvimento. De acordo com o texto Ensaios Pedagógicos- Construindo escolas inclusivas a inclusão na educação é um meio para garantir uma maior equidade e o desenvolvimento de sociedades mais inclusivas, isso significa criar escolas que incluam a todas as crianças e ajudem em suas especificidades, tornando assim uma sociedade mais justa, integrada e democrática.
Com tudo isso é preciso construir caminhos para uma educação inclusiva garantindo práticas pedagógicas diferenciadas, acessibilidade, professores capacitados para ajudar na inclusão escolar.
Tabela 02.No seu ponto de vista os professores estão preparados para o processo inclusivo?
	
	SIM
	NÃO
	
	
	6
	21
	Total 27 Participantes
	
	
	
Fonte: Funcionários e pais do Centro Municipal de Ensino Joao Maria do Nascimento Filho
De acordo com a tabela 02, 21 dos participantes consideram que os professores não estão preparados para receber alunos com deficiência, pois mesmo inseridos nas salas de aula não significa que estão de fato inclusos. Eles necessitam de apoio de todos, principalmente do professor, que deve conhecer todos seus alunos, suas dificuldades e especificidades para assim fazer um planejamento que contemple a todos e que ajude no desenvolvimento cognitivo, físico e social dos mesmos para garantir educação de qualidade.
O professor não deve ver o aluno limitando-o a sua deficiência, mais sim, uma pessoa que possui nome, idade, história, valores e necessidade de aprendizagem. Para isso, o mesmo deve estar preparado ou buscar capacitação, adquirir estratégias de ensino para ajudar na aprendizagem.
Gil, Marta em Educação Inclusiva: o que o professor tem a ver com isso? (2005, p. 39) diz que um ponto relevante para a inclusão de pessoas deficientes se dá pela colaboração no âmbito escolar, permitindo a interação e troca entre a turma. Desenvolver estratégias para promover um local cooperativo em que os alunos com dificuldades recebem ajuda daqueles com mais habilidades.
O docente deve respeitar o conhecimento prévio trazido pelo aluno, desse modo os mesmos se consideram sujeitos do aprendizado, a partir do contexto eles desenvolvem autonomia e se sintam valorizados. O professor deve rever sempre sua prática e buscar formas diferenciadas de ensino, estimular a cooperação, para modificar suas atitudes em relação aos alunos com deficiência.
Tabela 03. O Centro Municipal de Ensino Atacílio de Souza está preparado para receber alunos com deficiência motora?
	
	SIM
	NÃO
	
	
	5 
	22
	Total: 27 Participantes
	
	
	
Fonte: Funcionários e pais do Centro Municipal de Ensino Joao Maria do Nascimento Filho
Em relação à tabela 03, 22 pessoas responderam que o CME Joao Maria do Nascimento Filho não está preparado para receber os alunos com deficiência motora. Por meio de observação no Centro Municipal de Ensino, foi constatado que a estrutura física do centro, se encontra com muitas barreiras para a inclusão de crianças com deficiência, não possuindo adequações para as crianças. A instituição não possui rampas, banheiros adaptados, a calçada está com buracos, o parque não está adequado, pois o terreno possui uma inclinação, podendo causar quedas, o muro com chapisco podendo ocorrer acidentes. No interior se encontra muitos objetos (caixas, livros, brinquedos) empilhados ocupando espaço que poderia ser ocupado para outras finalidades, as salas de aula estão com infiltração e umidade nas paredes que é prejudicial para crianças com imunidade baixa. Já os professores não possuem especialização para trabalhar com crianças com deficiência, deixando a criança aos cuidados da auxiliar na educação especial, a instituição necessita de adequações e capacitação para os professores.
Também é necessário conhecer a lei n°10.098, de 19 de dezembro de 2000, ela institui normas e critérios para promover a acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, buscando eliminar barreiras e obstáculos nos espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação. Essa lei ajuda eliminar barreiras para inserção escolar, para tornar um espaço de aprendizagem e de cooperação.
Tabela 04. Você conhece as leis que amparam os alunos com deficiência?
	
	SIM
	NÃO
	
	
	15
	12
	Total 27 Participantes
	
	
	
Fonte: Funcionários e pais do Centro Municipal de Ensino Joao Maria do Nascimento Filho.
Mediante a tabela 04, 15 pessoas responderam saber as leis que amparam os alunos com deficiência, já 12 entrevistados responderam não saber, diante disso esse questionário mostrou que as legislações que protegem os direitos de crianças com deficiência são aparentemente conhecidas, mas, mesmo conhecendo esses direitos, os mesmos não são lembrados e assim os alunos não têm seus direitos garantidos.
Em uma perspectiva inclusiva necessita conhecer as legislações com base nas politicas públicas de educação especial para possibilitar o papel inclusivo da escola. Para o MEC/SECADI Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os estudantes de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. 
Os documentos legais referentes à educação inclusiva têm como princípios o direito do aluno com deficiência a educação, acessibilidade, permanência, professores qualificados, métodos pedagógicos e infraestrutura adequada, no entanto, mesmo com a existência dessas leis encontra-se muitas dificuldades para a inclusão dos alunos deficientes.
Questão 05: Qual o papel da escola no processo inclusivo de alunos com deficiência motora?
Na questão 05 sobre qual o papel da escola no processo inclusivo de alunos com deficiência motora, foi uma pergunta dissertativa resultando em opiniões variadas. Os entrevistados contribuíram com as informações relatando que a escola deve receber as crianças de forma adequada, oferecendo um ambiente físico estruturado, com acessibilidade, tendo o direito de ir e vir sem obstáculos, com materiais pedagógicos, profissionais preparados, desde o porteiro da escola até a gestora da instituição, no intuito de proporcionar o pleno desenvolvimento dos alunos em todos os aspectos, físicos, sociais, cognitivos e afetivos.
A escola deve acolher dar suporte físico, estimular e desenvolver atividades que favoreçam a socialização, a autoestima, as habilidades e competências para o desenvolvimento do processo de aprendizagem, deve tratar cada criança de forma única respeitando e trabalhando de modo que os alunos tornem-se cidadãos conscientes de suas capacidades, direitos e deveres.
 As autoras Sampaio, Cristiane T.; Sampaio, Sônia Maria R. no texto Educação inclusiva: o professor mediando para a vida (2009, p. 148) os fatores que facilitam a inclusão, são a formação e o apoio da instituição para reparar dificuldades dos alunos em que toda comunidade escolar esteja envolvida. 
O papel da escola é fazer a inclusão do aluno não só no meio escolar, mas na sociedade, porém nem todas as escolas estão preparadas para a inclusão de alunos com qualquer deficiência é necessário inserir o aluno para a interação com os demais, proporcionando experiências que possibilite o seu desenvolvimento, observando suas limitações. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A partir do texto pode-se fazer uma reflexão sobre a inclusão escolar de alunos com deficiência motora, mostrando que para haver inclusão, as mudanças são fundamentais exigindo esforço e comprometimento de todos, possibilitando que a escola seja vista como um ambiente de construção de conhecimento, deixando de existir a discriminação. E para que isso ocorra é necessário rever uma série de barreiras, conhecer a política e práticas pedagógicas, o desenvolvimento dessas crianças com deficiência motora e o processo de ensino aprendizagem, levando em conta as dificuldades de cada aluno. O professor deve utilizar novas tecnologias e Investir em capacitação, envolvendo toda comunidade escolar. Utilizando currículos e metodologias flexíveis, respeitando os interesses, as ideias e desafios para novas situações. Investindo na diversificação de conteúdos e práticas que possam melhorar as relações entre professor e alunos. Avaliando de forma continuada e permanente, oportunizando a criatividade, a cooperação e a participação.
Inclusão não se limita apenas em ter rampas e banheiros adaptados é receber cada aluno como único e valorizando suas potencialidades não as suas deficiências e limitações. A escola precisa ter um olhar mais atento para ainserção desses alunos, é necessário buscar um trabalho diferenciado e acima de tudo abrir caminhos para a inclusão, para não prejudicar o desenvolvimento e aprendizagem dessas crianças.
Com isso, almeja-se alcançar avanços na inclusão de crianças com deficiência motora no centro de ensino, contribuir com professores mais capacitados, uma melhora na estrutura física do centro, mostrar que a aceitação da equipe escolar e o conhecimento é o princípio para mudanças e a inclusão dessas crianças ressaltando o importante papel que cada educador tem nas vidas das famílias e alunos, para ajudar no pleno desenvolvimento e aprendizado das mesmas. 
	REFERÊNCIAS
BRASIL. Ensaios Pedagógicos- Construindo escolas inclusivas. 1ª ed. Brasília. Mec., Seesp, 2005.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.068 de 13 julho de 1990. (ementa). Diário Oficial da União de 13 de julho de 1990. 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 8ª ed., Brasília: Edições Câmara, 2013.
Brasil. Ministério da Educação/ SECADI. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Educação Inclusiva. Disponível em: http//portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192 Acesso em 14/02/2021.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed., São Paulo: Atlas, 1999.
GIL, Marta (Coord.). “Educação Inclusiva: o que o professor tem a ver com isso?” Disponível em: http://saci.org.br/pub/livro_educ_incl/redesaci_educ_incl.html. Acesso em 14/02/ 2021.
Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência),6 de julho de 2015.Disponivel www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/.../Lei/L13146.ht Acesso em 14/02/2021
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