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Enfermagem no perioperatório
 O cuidado de enfermagem no perioperatório visa o bem estar integral do paciente durante o pré-operatório, intra/trans operatório e pós-operatório. 
Contexto histórico
A palavra cirurgia tem origem etimológica do grego kheirourgia, que significa trabalho manual. As práticas cirúrgicas datam deste a antiguidade, há registros a partir do período neolítico. 
Na idade média os locais cirúrgicos eram nos campos de batalhas, nas casas dos cirurgiões ou em convés dos navios de guerra, sendo assim o ato cirúrgico era apenas curativista. 
“O abdome, o tórax e o cérebro sempre serão fechados à intrusão do cirurgião”
Sir John Ericksen- Cirurgião da Rainha Vitória, 1837 
No século XIX estas regiões do corpo não poderiam ser submetidas a cirurgias, pois é uma área muito vascularizada e nesta época não havia conhecimento sobre anatomia e meio de contenção sanguínea. Devido esta ausência de conhecimento a igreja proibia a dissecação dos corpos pois, associava a sacrilégio ou delito. Apenas no século XIV, anatomistas da Universidade da Bolonha, na Itália, receberam autorização da igreja para realizara dissecação dos corpos de criminosos executados. 
Sendo assim os procedimentos cirúrgicos na antiguidade estavam associados a:
1. Necessidades eminentes, como amputação.
2. Mágica
3. Empirismo, intuição, artesanato
4. Religião (de modo negativo) 
O Papiro de Edwin Smith
Foi a primeira obra sobre a cirurgia na história da medicina. Neste tratado os procedimentos passaram a ser observados de modo objetivo e não mágica. Ele contem as mais antigas descrições anatômicas e fisiológicas de diversas doenças e também os primeiros registros das palavras cérebro, meninges, e líquido cefalorraquidiano, as quais serviram de base para atual nomenclatura anatômica. 
Na fase pré-moderna os procedimentos restringiam-se à amputação de membros, drenagem de abcessos e retirada de tumores. Não havia biossegurança, a infecção passou a ser estudada após o advento dos antibióticos. Não eram usada anestesia, e havia ausência de procedimento específico para controle da hemorragia, que na época era estancado utilizando-se cauterização com óleo fervente ou ferro em brasa.
Na fase moderna o cenário foi mudado a partir de Ambroise Paré, pai da cirurgia moderna e cirurgião do exército francês nos campos de guerra. Ele substituiu o uso de óleo fervente por uma mistura de Terebintina, gema de ovo e óleo de rosas para o tratamento de feridas. Também substituiu o ferro em brasa pela ligadura cirúrgica de vasos sanguíneos e inventou novos instrumentos e próteses de membros. 
Ainda na fase moderna, no final do século XIX aconteceram importantes avanços na cirurgia:
- William Thomas Green Morton (1819-1868) nos EUA, fez a descoberta da Cirurgia Geral.
- Joseph Lister (1827-1912) na Inglaterra, descobriu técnicas de assepsia. 
Ainda que com poucas noções de biossegurança, com a descoberta das máscaras e de avental cirúrgico e a padronização da degermação das mãos houve uma diminuição da infecção em pacientes. William Halsted, pai da cirurgia cientifica americana, em 1890, implementou o uso de luvas nas salas cirúrgicas, mas não para proteção do paciente, e sim para sua noiva que era enfermeira e tinha alergia a antissépticos. 
Apenas no século XX que houveram mudanças:
- Evolução das técnicas cirúrgicas
- Introdução de anestesia geral
- Criação de instrumentos próprios para melhorar acesso às áreas operadas. 
- Introdução de técnicas assépticas 
- Os procedimentos passaram a ser realizados em hospitais
- Evolução nas técnicas de transfusão sanguínea, antibióticos.