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1 UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ ENGENHARIA QUÍMICA LEOMAR JAHN TIAGO MARQUARDT BARRETO VINICIUS DAVID PREPARO DE MEIOS DE CULTURA, TÉCNICAS DE SEMEADURA EM MEIOS DE CULTURA, ESGOTAMENTO, DILUIÇÃO SERIADA E ANTIBIOGRAMA CHAPECÓ 2021 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 3 2 METODOLOGIA ................................................................................................................................ 4 2.1 Preparação do meio de cultura ................................................................................................... 4 2.2 Teste de esgotamento para obtenção de cultura pura .............................................................. 4 2.3 Técnica de diluição seriada ......................................................................................................... 4 2.4 Antibiograma ............................................................................................................................... 5 2.5 Tubo inclinado ............................................................................................................................. 5 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................................................ 6 3.1 Preparo dos meios de cultura ..................................................................................................... 6 3.2 Teste de esgotamento ................................................................................................................. 6 3.3 Técnica de diluição seriada, plaqueamento em superfície e profundidade ............................... 7 3.4 Antibiograma ............................................................................................................................... 7 4 CONCLUSÃO .................................................................................................................................... 9 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 10 3 1 INTRODUÇÃO Os meios de cultura são produtos que nutrem microrganismos fora de seu habitat natural, possibilitando o estudo do crescimento e desenvolvimento com diferentes nutrientes. Como existe inúmeros microrganismos o meio deve atender às exigências nutricionais de cada espécie a ser cultivada. Além da nutrição deve se observar as condições de pressão osmótica, pH, grau de umidade e temperatura adequada para a incubação. Normalmente cultivados tubos de ensaio, frascos, placas de Petri deve se ter cuidado na preparação e manutenção para não estragar a amostra com contaminação oriunda do exterior, os meios de cultura são principalmente divididos em meios sólidos e líquidos. As colônias microbianas geralmente possuem uma aparência distinta, o que permite diferenciar um organismo um do outro, por isso necessita-se de culturas puras, a obtenção dessas se dá geralmente pelo método de esgotamento em placa. Plaqueamento em Superfície, técnica usada para contagem de microrganismos em amostras cultivadas em meios sólidos. Sua vantagem é que permite maior visualização das colônias, mas limita a 0,1 ml inoculado da amostra. Plaqueamento em Profundidade, técnica que permite uma inoculação maior de 1ml da amostra, pode ser usada para a contagem de outros grupos, gêneros ou espécies de microrganismos (TORTORA, FUNKE e CASE, 2017). A respeito da contagem de colônias se trabalha de 25 a 250 colônias, quando o valor é superior a esse dizemos que a incontáveis. 4 2 METODOLOGIA 2.1 Preparação do meio de cultura Nesta prática utilizou-se o meio de cultura Brain Heart Infusion (BHI) que já estava pronto e também o meio de cultura Ágar Nutriente (AN), como a recomendação do fabricante era de 20g em 1000ml de água destilada e necessitávamos de apenas 100ml da solução, utilizou- se 2g em 100ml de água destilada. Para a solução do (AN) ficar totalmente homogênea, a mistura foi aquecida no micro- ondas, o tempo para que ocorresse a diluição foi de 1 minuto e 30 segundos, com o intervalo de 30 segundos para não derramar a solução. Logo após o (AN) foi pipetado em tubos e levados para a esterilização em autoclave por 15 minutos a 121°C. Passado 15 minutos foi feito o plaqueamento em placas de Petri estéreis. 2.2 Teste de esgotamento para obtenção de cultura pura Para esse método foi utilizado dois Ágares diferentes, o Ágar macConkey e o Ágar Sal Manítol, em 2 placas de Petri, os dois são utilizados para determinar grupos de bactérias. Foi retirado uma colônia da placa de Petri contaminada com a bactéria Staphylococcus aureus com uma alça de platina esterilizada e feita a técnica de esgotamento (Figura 1) na placa de Petri com o o Ágar de macConkey e o Ágar Sal Manítol. Figura 1 – Técnica de esgotamento Fonte: Google,2021 Para cada “estria” foi necessário esterilizar a alça de platina para que a quantidade de bactérias fosse menor que nos processos anteriores. 2.3 Técnica de diluição seriada 5 Para essa etapa, separou-se 3 tubos com água peptonada, um com 10 mL e outros dois com 9 mL, coletamos uma colônia da bactéria Staphylococcus aureus com a alça de platina esterilizada e adicionamos ao tubo de 10 mL, agitamos com o auxílio do agitador, assim esse tubo passou a ser denominado como “0”, então foi retirado 1 mL dessa solução com o auxílio de um pipetador e adicionado em outro tubo que é denominado como “-1”, e o mesmo processo é realizado com o tubo “-1” para o terceiro tubo que é denominado como “-2”. Com cada uma das soluções foi feita o plaqueamento por superfície, esse método foi feito em placas de Petri com o meio de cultura Ágar PCA (Plate Count Agar), retirados 0,1 mL de cada solução preparada e adicionadas em cada placa de Petri assim identificando cada placa com a solução utilizada (0,-1,-2) e utilizando alças de drigalski esterilizadas espalhando e solução nas placas. Para a semeadura em profundidade foi utilizado 1 mL de cada solução (0,-1,-2) em 3 placas de Petri com o meio de cultura Ágar PCA (Plate Count Agar), com o meio de cultura em estado líquido a uma temperatura de 40°C á 45°C as soluções foram adicionadas ao meio de cultura e então misturadas fazendo movimentos de “infinito” na mesa com as placas de Petri, depois desse processo identificamos cada placa com suas soluções. 2.4 Antibiograma Neste método foi utilizado o meio de cultura Ágar Mueller Hinton (MH), foi retirada uma colônia da bactéria Staphylococcus aureus com o auxilio da alça de platina esterilizada e adicionada a uma solução salina 0,9%, com o auxílio da escala de Mc Farland 0,5×10⁸ UFC/mL (unidade formadora de colônias/mL) foi adicionado colônias até a solução se igualar na opacidade da referência, essa solução agora com a bactéria foi agitada e com um swab foi retirada uma amostra, adicionada a o meio de cultura e então foi espalhada. Depois desse processo foi adicionado 2 discos contendo antibiótico penicilina e ácido pipemídico, e então as placas foram incubadas na estufa. 2.5 Tubo inclinado É retirada uma colônia da bactéria Staphylococcus aureus com o auxílio da alça de platina esterilizada espalhada na direção do fundo para fora do tubo. 6 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 3.1 Preparo dos meios de cultura O devido preparo do meio de cultura tem uma grande importância, dado que influência toda cadeia de ensaios, respectivamente os fatos como temperatura, pureza da água, pH e cuidados no preparo e armazenamento. 3.2 Teste de esgotamentoNo teste de esgotamento para obtenção de uma cultura pura, manuseamos duas placas de petri. Uma foi colocada a bactéria Staphylococcus aureus com ágar manitol com sua coloração amarelada e a outra Staphylococcus aureus com ágar Mac Conkey com coloração vermelha (Figura 2). Figura 2 - Teste de esgotamento com bactérias S. Aureus em ágar manitol e ágar Mac Conkey Fonte: Resultado obtidos na prática. Observa-se que na placa 1, onde está o ágar manitol, a bactéria Staphylococcus aureus se desenvolveu, pois este Ágar tem sua seletividade para bactérias gram-positivas. Também pode-se perceber que o teste de esgotamento funcionou, no setor inicial tem-se uma grande quantidade de colônias, no segundo e terceiro setor percebe-se a diminuição, no quarto encontramos uma colônia pura. Na placa 2 com ágar Mac Conkey a bactéria Staphylococcus aureus não se desenvolveu devido a seletividade para bactérias gram-positivas. Na técnica esgotamento em tubo percebeu-se a diminuição gradativa das colônias do fundo do tubo a extremidade, provando-se eficaz, mas não tão precisa quanto à de esgotamento em placas de Petri. 7 3.3 Técnica de diluição seriada, plaqueamento em superfície e profundidade A técnica de diluição seriada superficial percebe-se que na diluição 100 a visualização das colônias é de enorme dificuldade, pois há uma grande concentração de colônias de bactérias. Na placa 10⁻¹ a visualização ainda é difícil devido a quantidade de colônias, mas neste momento percebe-se a diminuição de tais. Na placa com diluição 10⁻² a visualização das colônias é mais nítida (Figura 3). Figura 3 – Plaqueamento em superfície bactéria S. aureus Fonte: Resultado obtido na prática. No plaqueamento em profundidade percebe-se a mesma gradação de bactérias que no plaqueamento superficial, mas neste a bactéria Staphylococcus aureus formaram colônias no interior do meio de cultura (Figura 4). Figura 4 – Plaqueamento em profundidade bactéria S. aureus Fonte: Resultado obtido na prática. 3.4 Antibiograma 8 Com base em resultados mostrados na figura 5, observou-se no antibiograma a capacidade de inibição dos agentes antimicrobianos, ácido pipemídico e a penicilina, na bactéria Staphylococcus aureus. Nas placas 1 e 2 os agentes microbianos ácido pipemídico causo um halo de inibição de 20mm e a penicilina causou halos de inibição de 50mm e 58mm, respectivamente assim revelando que a bactéria S. aureus possuem sensibilidade aos dois agentes. Figura 5 – Antibiograma com bactérias E. coli e S. aureus Fonte: Resultado obtido na prática. 9 4 CONCLUSÃO Após realizar vários teste entendesse que o Ágar é uma solução liquida ou solida, de vital importância para a cadeia de ensaios, e cada microorganismo exige um aguar diferente. Na técnica de esgotamento em tubo inclinado observou-se que a quantidade de colônias diminuição gradativa do fundo do tubo a extremidade, assim separando as colônias. No esgotamento em plaqueamento superfície e de profundidade nota-se que a gradação é cada fez maior em cada etapa, visualizando assim as colônias separadas, também concluem-se que o método de plaqueamento em placas de Petri é mais eficaz que em tudo tubos inclinados. Na diluição seriada tanto de profundidade quanto a superficial, nota-se que com o alimento das diluições ocorre a diminuição das colônias assim podemos observar cada fez melhor as colônias separadas. No teste antibiograma com a bactéria S. Aureus percebeu-se que o ácido pipemídico e a penicilina causam sensibilidade na bactéria. 10 REFERÊNCIAS SPLABOR. Meios de Cultura, Classificação e Procedimentos Gerais de Acordo com a Anvisa. Jan. 2016. SIMÕES, T. V. M. D., et al. Identificação laboratorial de Staphylococcus aureus em leite bovino. 1. ed. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2013. 11 p. Disponível em http://www.cpatc.embrapa.br/publicacoes_2013/ doc_177.pdf. Acesso em: 27 maio 2021. TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. 12. ed. Porto Alegre: ArtMed, 2017. recurso online ISBN 9788582713549. SIMÕES, T. V. M. D., et al. Identificação laboratorial de Staphylococcus aureus em leite bovino. 1. ed. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2013. 11 p. Disponível em http://www.cpatc.embrapa.br/publicacoes_2013/ doc_177.pdf. Acesso em: 27 maio 2021
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