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(+) Nota da Prova: CURSO: DIREITO PROFESSOR (A): Brunho Cunha Weyne DISCIPLINA: Métodos Adequados de Soluções de Conflitos ALUNO(A): Otavio Michel Pinheiro dos Santos Média Final: Assinatura Profº.: TURMA: Valor: 10 pontos AV2 - Questão 01 (1,0 ponto) De acordo com a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário, pode-se afirmar que a conciliação e a mediação são instrumentos: a) Extrajudiciais sem segurança jurídica os acordos entabulados em sessão de mediação e conciliação; b) Processuais aptos a garantir a efetividade da execução das decisões proferidas pelo Poder Judiciário; c) Efetivos de pacificação social, solução e prevenção de litígios, e que a sua apropriada disciplina em programas já implementados nos país tem reduzido a excessiva judicialização dos conflitos de interesses, a quantidade de recursos e de execução de sentenças; d) Garantidores de proteção diante de eventual ameaça ou violação do direito, compelindo o seu agressor ao cumprimento ou sancionando-o ante o seu descumprimento; e) Auxiliares ao processo judicial, devendo ser utilizado tão somente em conflitos que dispensem a produção de provas. Questão 02 (1,0 ponto) As negociações são frequentes no âmbito dos negócios, nos relacionamentos diários e em várias outras situações nas quais nem se percebe a importância desse processo. Uma negociação caracteriza-se por se tratar de um processo que a) desconsidera os conflitos de interesse, já que o processo, em si, tem como objetivo identificar a melhor solução para as partes envolvidas; b) requer uma pesquisa documental rigorosa, para que a comunicação possa ser negligenciada, tendo em vista os conflitos que a comunicação gera, por diferenças de interpretação; c) deve conduzir a um acordo que proporcione resultados que atendam aos interesses das partes e que sejam satisfatórios e colaborativos; d) é unidirecional, devendo abordar uma única área de interesse, já que a manutenção do foco na solução é o objetivo desse processo; e) deve atender ao interesse individual da parte que tem maior poder de barganha no processo. Questão 03 (1,0 ponto) Jorge e Carla são divorciados e, desde a separação, vêm tendo vários desentendimentos, em especial no que tange à convivência com os filhos, ao valor de pensão e à divisão de patrimônio. Com o objetivo de realizarem a autocomposição de conflitos, decidiram buscar a mediação. Sobre a mediação é correto afirmar que: a) O mediador não poderá reunir-se separadamente com uma das partes, sob o risco de violar o princípio de imparcialidade; b) A construção da solução é sempre feita apenas pelo mediador, que dará a palavra final no encaminhamento do caso; c) Pode ser objeto de mediação o conflito que verse sobre direitos disponíveis, sendo vedado para os direitos indisponíveis, mesmo que admitam transação; d) Transcende a solução dos litígios, dispondo-se a transformar o contexto adversarial em colaborativo; e) É um processo de caráter sempre obrigatório no contexto jurídico brasileiro que visa à solução amistosa unicamente dos conflitos que envolvem filhos. Questão 04 (1,0 ponto) Um dos objetivos da mediação é: a) Oferecer uma solução rápida do litígio com o encaminhamento do processo diretamente para a decisão do juiz; b) Evitar a revitimização de crianças vítimas de violência, colhendo um único depoimento com intermediação do psicólogo; c) Restaurar o diálogo entre as partes, restabelecendo o relacionamento amistoso em busca de uma solução consensual d) Amenizar conflitos entre curador e curatelado, trabalhando com o interdito a sua condição de incapacidade civil; e) Permitir uma solução rápida do litígio, a ser tomada por um terceiro imparcial denominado de árbitro. Questão 05 (1,0 pontos) O método de resolução de conflito tido como consensual quanto à escolha do terceiro imparcial e do procedimento e quanto à sujeição a sua decisão, mas tido por heterotópico porque as partes voluntariamente se submetem à decisão substitutiva e vinculativa do terceiro imparcial, não realizado por autoridade estatal, é chamado: a) arbitragem; b) mediação; c) conciliação; d) negociação; e) justiça restaurativa. Questão 06 (1,0 ponto) Sobre a arbitragem, assinale a única alternativa que NÃO representa um dos valores centrais da desse método de solução de controvérsias: a) A autonomia da vontade das partes na arbitragem, que a esta se vinculam por meio da convenção de arbitragem, sendo sua instituição exigível judicialmente, por meio de tutela específica; b) A confiança e a especialidade do árbitro, o que possibilita a escolha de uma pessoa de confiança de ambas as partes, bem como um especialista na matéria da arbitragem; c) A busca de eficiência e de justiça procedimental, já que a arbitragem coloca-se como uma alternativa para julgamentos produzidos com uma melhor-relação custo e benefício, bem como se apresenta como a oportunidade para as partes obterem uma decisão mais equitativa; d) A definitividade da sentença arbitral, pois o árbitro decide de maneira final, isto é, sua decisão não é passível de ser atacada pela interposição de um recurso, permitindo-se, no Brasil, apenas pedido para correção de erro material e de esclarecimento de obscuridade, dúvida, contradição ou omissão em que tenha incorrido a sentença arbitral. e) A parcialidade dos árbitros, visto que eles podem possuir um viés mais favorável em relação a uma ou outra parte, sem que isso comprometa a lisura do processo arbitral. Questão 07 (2,0 pontos) “A pandemia do novo coronavírus chegou ao Brasil em março do ano passado, impondo o isolamento social. À medida que escolas e ambientes de trabalho, em geral, foram esvaziados, os brasileiros estiveram mais do que nunca dentro de suas casas. Ironicamente, para quem vive em prédios, a convivência com os vizinhos aumentou. Os problemas, portanto, foram intensificados. Na Equilibre Gestão de Conflitos, uma câmara de mediação e arbitragem que atua para famílias, empresas e condomínios, a procura por parte dos edifícios cresceu 400% no período. [...] Na hora da raiva, é comum vir a ideia de levar logo o caso à Justiça para resolver a contenda. No entanto, tal saída nunca é a melhor no primeiro momento, garante a advogada Mariana Freitas de Souza. Os motivos principais para isso são três: processos são demorados, custam muito dinheiro e não quer dizer que a decisão vai ser favorável ao autor da ação. Além disso, há um fator complicador: é necessário provar ao tribunal a alegação de que o vizinho está errado. — Se o problema é o som de uma festa, por exemplo, a pessoa vai precisar comprovar que o barulho é mais alto do que o permitido. Isso exige perícia técnica enquanto o ruído é produzido. Ou seja, é impossível, porque até a ação ser ajuizada, e o perito ser chamado, a festa acabou — exemplifica: — E esses são os casos que mais vão parar na Justiça”. (VELOSO, Ana Clara; MUNIZ, Camilla. Conflitos em condomínios crescem 400% após pandemia. 07 jun. 2021. Disponível em: https://extra.globo.com/economia/castelar/conflitos-em- condominios-crescem-400-apos-pandemia-veja-dez-problemas-tipicos-25049168.html. Acesso em 11 jun. 2021). A partir da leitura do texto acima e do que foi estudado em classe, explique: a) o que é a mediação de conflitos; e A Mediação pode ser explicada como um metodo de resolução de lides que conta com um terceiro imparcial que vai estabelecer um dialogo entre as partes, de maneira que enxerguem por eles mesmos, outros aspectos do impasse, até que chegue em uma solução plausivel. A figura do mediador pode esta presente de duas maneiras, quando contratado pelas partes ou quando indicado pelo judiciario, este não terá que ter nenhum interesse do conflito a ser resolvido por conta sua imparcialidade.Nesse sentido leciona Fernanda Tartuce: Mediação é o mecanismo de abordagem consensual de controvérsias em que uma pessoa isenta e capacitada atua tecnicamente com vistas a facilitar a comunicação entre os envolvidos para que eles possam encontrar formas produtivas de lidar com as disputas. (Fernanda Tartuce , CAPÍTULO XII - Da audiência de instrução e julgamento, 2019) Portanto, tal instituto e de notaria importancia ao Direito Brasileiro, pois acaba que desabarrota o Judiciario. b) por que esse método e as suas estratégias podem ser uma melhor alternativa para a pacificação dos conflitos que surgiram em decorrência do cenário imposto pela pandemia da COVID-19. Este metodo pode ser a melhor alternativa diante dos conflitos adventos da Pandemia, pois com a mundança repentina de habitos e com tão famoso distaciamento social, cuminou que a relação se tornou algo mais efetivo, e as pessoas tinham um otica de mundo passado, sendo que muitos principios foram colocados em cheque. Este metodo pode ser efetivo por conta que um conciliador pode da uma nova visão de mundo de como resolver os conflitos, de uma maneira que nenhuma das partes tenham plejuizos. Conforme explica Guimarães Feliciano: Por outro lado, em favor das interações síncronas, temos o respeito aos princípios que regem o instituto da mediação (em especial o da confidencialidade); a necessária observância, pelo mediador, de todo o processo de mediação/pré-mediação, sessão de abertura, comunicação, negociação e encerramento; o inequívoco conhecimento, pelo mediador, das técnicas pertinentes a esta forma de solução de conflitos; e, por fim, a preservação do princípio do jus postulandi nas audiências de mediação realizadas nos Cejuscs-JT, conforme se infere do parágrafo 1º-A do art. 6º da Resolução 174/16, do CSJT (CSJT, 2016)5. Eis aqui convincentes argumentos a reconhecer, nas interações síncronas, a forma mais adequada para a realização das audiências de mediação nos Cejuscs-JT. Conforme observado, a Mediação de Conflitos é uma meneira que tende a diminuir as demandas do Judiciario, e uma vez o aumento de lides por conta da pandemia, pode trazer mais morosidade na solução dos interesses dos jurisdicionados, solução é utiliza-se os metodos adequados de conflitos. Questão 08 (2,0 pontos) “O que é conciliar? Embora a resposta possa parecer óbvia, conciliar transcendente a ideia de simplesmente obter um acordo entre as partes. [...] Verificando-se de forma adequada, a conciliação poderá alcançar o objetivo de pacificar com justiça; caso contrário, transações ilegítimas ensejarão mais conflitos entre os contendores e gerarão outras lides. Por essa razão, é essencial que o conciliador atue com esmero em sua importante função, promovendo reflexões significativas e produtivas aptas a promover a conscientização dos envolvidos sobre direitos e deveres recíprocos”. (SALLES; Carlos Alberto. LORENCINI, Marco Antônio Garcia Lopes; SILVA, Paulo Eduardo Alves da. Negociação, mediação, conciliação e arbitragem: curso de métodos adequados de solução de controvérsias. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020). Após a leitura do trecho acima e com base no estudado em sala de aula, responda criticamente: a) o que se entende por conciliação, apontando duas diferenças desta em relação à mediação. O entendimento de conciliação, e quando existe um conflito, onde as pessoas possam procurar uma maneira alternativa para resolve-lo, que no caso quando não um vinculo estabelecido entre as partes busca-se a conciliação, que terá uma um terceira pessoa que dará auxilio na lide de forma neutra, este será o um canal entre as partes de maneira a estabelecer denominador comum entre elas. Podemos dizer que esta é a primeira diferença, enquanto na conciliação há uma terceira pessoa neutra que não se interfere de maneira direta na lide, já a mediação com a presença de uma terceira pessoa, que no caso, se interfere na lide dando sugestões, dando aleternativas para tal. Outra grande diferença entre esse dois institutos é que na conciliação não existe um vinculo preenxistente entre as partes, enquanto na mediação esse vinculo existe. b) o brocardo popular “antes um mau acordo do que um processo demorado na justiça” é correto? Justifique. Esse ditado popular não esta correto, pelo simples fato que um mau acordo pode insejar a procura do Judiciario, pois as duas ou uma das partes em sintese não esta sastifeita com a resolução do conflito. Por isso, que o uso correto da escolha do metodo adequado para melhor resolução do conflito é primordial nesses casos. Pois o que adiantaria, um mal acordo se as partes podem volta novamente ao Judiciario.
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