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MEDIAÇÃO-E-CONCILIAÇÃO-1

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1 
 
 
MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO 
1 
 
 
Sumário 
 
Sumário ........................................................................................................... 1 
POSSÍVEIS CAUSASQUE GERAM OS CONFLITOS ................................. 7 
CONCILIAÇÃO: UM PROCESSO DE AUTOCOMPOSIÇÃO .................... 12 
VANTAGENS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO ....................................... 16 
DE QUE FORMA SE DÁ O PROCESSO DE MEDIAÇÃO? ....................... 17 
PRINCÍPIOS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO ......................................... 18 
São princípios do processo de mediação: ................................................. 18 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 20 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA: .................................................................. 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
FACUMINAS 
 
A história do Instituto FACUMINAS, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação.Com isso foi criado a FACUMINAS, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A FACUMINAS tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O presente trabalho tem como escopo conceituar os meios alternativos 
de solução de conflitos, em especial a negociação, conciliação e mediação, 
institutos utilizados com a finalidade de solucionar os conflitos existentes entre 
pessoas que buscam ou tutelam algo. 
Mostrar a importância da resolução dos conflitos, como e qual momento 
são aplicados. Estes possuem uma importância singular para o sistema 
judiciário, pois o congestionamento no judiciário brasileiro tem prejudicado em 
muito o andamento dos processos, por deixá-lo demasiadamente lento 
dificultando, assim, inúmeros profissionais do direito e os seus clientes; para 
pôr fim a esse imbróglio, tem-se estimulados os mecanismos alternativos de 
solução de conflitos. 
O papel destes métodos é que se gere maior satisfação entre as partes 
envolvidas, pois nestes meios a real intenção é, não só resolver o conflito em 
questão, mas principalmente que o conflito solucionado atenda equilibradamente 
ambas as partes em choque, não necessitando passar por 
toda a lentidão da burocrática jurisdição estatal, desafogando, também, o Poder 
Judiciário. 
Abordaremos as diferenças e os principais aspectos relevantes desses 
conflitos e também a atuação do mediador e do conciliador, que são as 
pessoas responsáveis por direcionar esses litígios, cujo objetivo principal é 
fazer com que as partes se comuniquem e cheguem a um denominador 
comum, que é o acordo. 
 
ORIGEM DOS MEIOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE 
CONFLITOS 
 
 Antes de iniciarmos sobre as peculiaridades de cada método utilizado na 
resolução de conflito, há a necessidade de explanarmos sobre o motivo pelo 
qual esses meios alternativos surgiram com tamanha eficiência em nosso país 
e consequentemente mostrar sua real importância. Antigamente, nas fases primitivas 
da trajetória humana, não havia a intervenção do Estado para dirimir os conflitos da 
4 
 
 
população, estes eram resolvidos através da imposição da vontade do mais forte ou 
da concessão direta de uma parte em nome da paz, ou seja, criando assim algo que 
hoje conhecemos como autotutela ou autodefesa. Como eram as partes envolvidas 
no conflito que os resolviam, chamamos isso de auto composição. 
Com o passar dos anos, sacerdotes, anciãos ou pessoas de grande 
poder econômico envolvidas nesse jogo de forças, passaram a tomar decisões 
em nome das partes, o que tornava tal decisão obrigatória por ser tomada por 
um terceiro e que não tinha relação com o conflito, surgindo então a 
heterocomposição, ou seja, um conflito que era dirimido mediante os valores de 
uma terceira pessoa. Mediante esse aspecto e posteriormente construído, 
encontramos um sistema que é um exemplo de heterocomposição, o Sistema 
Judiciário, que como já sabemos é lento e vem mostrando de forma bastante clara 
sua dificuldade em lidar com as controvérsias sociais, familiares, econômicas, 
empresariais, políticas, criminais e etc., pelo meio do consagrado e tradicional 
Processo Judicial. Entretanto, o artigo 5º da nossa Carta Magna menciona os direitos 
e deveres individuais e coletivos do cidadão, assegurando em seu inciso XXXV o 
acesso da população ao Poder Judiciário, quando houver lesão ou ameaçar o direito 
dos cidadãos. 
Art. 5º CF – 
 Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes: XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 1 
lesão ou ameaça a direito. Destarte, entendemos que a Constituição permite ao 
cidadão que procure o Poder Judiciário a fim de ter seus direitos assegurados pela 
mesma. Nesse sentido, Araújo comenta que o Poder Judiciário: “garante a 
imparcialidade de quem julga e protege a parte menos forte ou mais desprotegida da 
relação em conflito. Garante, além disso, a igualdade perante a lei a todos os cidadãos, 
a gratuidade do sistema e não deixa ao livre arbítrio das partes a interpretação de 
normas de cumprimento imperativo ou a aplicação de direitos 
que a lei considera como irrenunciáveis por parte dos particulares, além de outros 
benefícios.” 
5 
 
 
 Portanto, conforme exposto vemos por parte do Estado uma proteção ao 
cidadão, criando desse modo uma pré-noção por parte do povo de que 
somente o Estado possui a capacidade e a responsabilidade de resolver os 
problemas da sociedade, ou seja, as pessoas sentem que o seu direito está 
resguardado e protegido por meio de sentença proferida por juiz. 
Devido este pensamento por parte da sociedade, de que somente por 
meio de processo nos tribunais é que se consegue resolver os litígios, que 
ocasionou essa superlotação do nosso sistema judiciário, havendo dessa forma 
vários problemas, entre eles, demora nos julgamentos dos processos, 
 
Artigo 5º Constituição Federal 
 
ARAÚJO, Luís Alberto Gómez. "Os mecanismos alternativos de solução de 
conflitos como ferramentas na busca da paz". In Mediação – métodos de resolução 
de controvérsias, n. 1, coord. Ângela Oliveira. São Paulo: LTr, 1999, p.127 – 
132.dificuldade de acesso à justiça, trazendo ao cidadão uma sensação de 
impotência. 
 Com o intuito de desafogar esse sistema falido, começou então a serem 
desenvolvidas novas possibilidades heterocompositivas e também uma forma 
autocompositiva que estão contidas nos Meios Extrajudiciais ou Alternativos de 
Solução de Conflitos que, basicamente, são a Arbitragem, a Negociação, a 
Conciliação e a Mediação. 
 O seu objetivo, em resumo, é possibilitar que os interessados na solução 
dos litígios não dependam da decisão da Justiça Estatal, surgindo no meio dos 
negócios (políticos e comerciais), havendo um incentivo para que as partes 
litigantes encontrem soluções com maior liberdade,por si próprias, ainda que 
ajudadas por um terceiro, independente, ou mesmo se submetam ao 
julgamento de um Juiz Privado por elas escolhido, livremente, como é o caso 
da Arbitragem. 
 Diante do exposto, explanaremos a seguir sobre a negociação, 
conciliação e mediação. 
 
6 
 
 
 
NEGOCIAÇÃO 
Palavra que tem a sua origem vinda do latim “negotium”. “Neg” significa “Não” e 
“Otium” quer dizer “Descanso”, ócio. Podemos concluir que significa ausência do 
descanso, ausência de folgo, é negar ao ócio, logo, todo esse contexto do significado 
da palavra NEGOCIAÇÃO, nos remete a pensar em trabalho. 
Contudo, é visto que seja no trabalho, em casa, na faculdade, ou onde 
quer que estejamos certamente em dado momento nos veremos em meio a uma 
negociação; a negociação é algo que faz parte do nosso dia-a-dia, é algo 
corriqueiro em nossa rotina. Negociar é usar de métodos para que através de diálogo 
e interação, possamos acordar a fim de que tenhamos de outrem, alguma coisa e vice 
versa, de forma que ambos tenham satisfação no negócio. 
É importante citar que, aqueles que apresentam em suas vidas 
particulares facilidades em negociar, de certo, vivem de forma mais proveitosa 
em nosso meio onde a comunicação é imprescindível. 
Por fim vale ressaltar a falsa crença de que negociar seja tirar vantagem 
sobre algo ou alguma pessoa – ERRADO – Negociar não é obter vantagem, pois seu 
resultado é temporário e não permanente. 
 
NEGOCIAÇÃO COMO MÉTODO DE SOLUÇÃO DE 
CONFLITOS. 
 Para que possamos falar de Negociação como forma de solução de 
conflitos, se faz necessário destacarmos como ponto fulcral a diferença entre 
esta e a conciliação, mediação e arbitragem, pois, nanegociação não é 
necessária a intervenção de um terceiro para que, por fim, tenha-se a favor das 
partes um acordo feito em prol de um negócio com êxito. 
 Além disso, na negociação, não é necessário formalidade, até porque, 
como já citamos acima, na negociação são as próprias partes conflitantes que, 
através do diálogo, visam a melhor forma para que possam obter um acordo de 
forma satisfatória e aceitável por ambas. 
 Portanto as partes envolvidas no conflito, através de técnicas de 
negociação chegarão a um denominador comum, assim, estas devem efetuar 
um planejamento para estabelecer objetivos, patamares e alinhamentos para 
7 
 
 
se chegar mais próximo do que se deseja, tornando assim a reciprocidade um 
ponto importante, ou seja, o desejo das partes deve ser considerado para se 
atingir um resultado. 
 O objeto final da negociação, que é o acordo, deve conter pontos que 
satisfaçam as partes envolvidas, desta forma este processo deve possuir 
começo, meio e fim. É também preciso possuir o controle sobre o objeto de 
uma negociação, seja ele total ou parcial. 
 Desta forma, negociar não é barganhar, pois para negociar deve-se 
utilizar de técnicas, estratégias e argumentações sobre os pontos divergentes 
do conflito em questão. No entanto é preciso conhecer as possíveis causas que 
geram estes conflitos para que, posteriormente, possamos atingir o êxito de 
solucioná-los. 
Por fim, vejamos uma citação curta e clara acerca deste assunto, para que 
possamos ter uma melhor compreensão: “negociação é um processo de comunicação 
com o propósito de atingir um acordo agradável sobre diferentes ideias e 
necessidades”. 
 
POSSÍVEIS CAUSASQUE GERAM OS CONFLITOS 
 
 Muitas vezes ignoramos a origem dos conflitos antes de resolvê-lo, 
porém esta questão é ponto importante para que se chegue a uma solução. 
A maioria dos conflitos que geram uma negociação é proveniente de: 
 Experiência de frustração de uma ou ambas as partes: incapacidade de atingir 
uma ou mais metas e/ou satisfazer os seus desejos, por algum tipo de limitação 
pessoal, técnica ou comportamental; 
Diferenças de personalidade: são invocadas como explicação para as desavenças 
tanto no ambiente familiar como no ambiente de trabalho, e reveladas no 
relacionamento diário de algumas características indesejáveis na outra parte 
envolvida; 
Metas diferentes: é muito comum estabelecermos e/ou recebermos metas/objetivos 
a serem atingidos e que podem ser diferentes dos ACCUF. “As Principais 
Ferramentas envolvidas em uma negociação”. Disponível em: de outras pessoas e 
8 
 
 
de outros departamentos, o que nos leva à geração de tensões em busca de seu 
alcance; 
 Diferença em termos de informações e percepções: costumeiramente 
tendemos a obter informações e analisá-las à luz dos nossos conhecimentos e 
referenciais, sem levar em conta que isso ocorre também com o outro lado com quem 
temos de conversar e/ou apresentar nossas idéias, e que este outro lado pode ter 
uma forma diferente de ver as coisas. E chegando ao conhecimento de como surge 
um conflito, seja ele proveniente de qualquer uma destas nascentes, precisamos 
seguir alguns passos para resolvê-los de maneira eficaz, utilizando de técnicas de 
negociação. 
 
 
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO 
 
 Não se pode ter sucesso em uma negociação o indivíduo que se 
encontra fechado a aceitar as necessidades da parte contrária, ou que 
sua teimosia seja tamanha que o impossibilite de analisar seus próprios 
erros. Ao entrar em uma negociação, esperando dela um bom resultado, 
deve-se saber que em alguns momentos vamos ceder, para que o objeto 
final possa agradar reciprocamente as partes, no entanto existem 
técnicas que podem ser usadas de modo que possibilita a exposição dos 
pontos de vista e elimine alguns pontos contraditórios iniciais. São astécnicas de uma 
negociação eficaz: Criar uma atmosfera afetiva (Harmonia);Criar uma situação de 
afinidade ou similaridade com a parte contrária. Estabelecer as percepções (Rapport); 
Técnica persuasiva da programação neurolinguística Focalizar em necessidades 
individuais e compartilhadas (Colocar-se no lugar do outro); 
Enxergar da mesma forma que a parte contrária auxilia os 
momentos de controvérsias. Construir um poder positivo e compartilhado 
(Flexibilidade); O elemento mais flexível é quem controla o sistema. Olhar para o 
futuro e, em seguida, aprender com o passado (Fazer o outro se enxergar); 
Utilizar comparações de fato que a parte contrária assuma seus erros. Gerar opções 
de ganhos mútuos; Desenvolver passos para a ação a ser efetivada; Estabelecer 
acordos de benefícios mútuos. Mas, para que seja possível a concretização desses 
9 
 
 
passos aqui expostos, as partes precisam saber se comunicar, ouvir, perguntar, 
colaborar, livrar-se do caráter competitivo, não se acomodar e serem comprometidas 
com todas as questões envolvidas. O manejo de situações de conflito é essencial 
para as pessoas e as organizações como fonte geradora de mudanças, pois das 
tensões conflitivas, dos diferentes interesses das partes envolvidas é que nascem 
oportunidades de crescimento mútuo. 
 
RAPPORT: TÉCNICA DE PERSUASÃO UTILIZADA NA 
NEGOCIAÇÃO 
 O dicionário “The American Heritage” define o rapport como “Relação, 
especialmente única de confiança mútua ou afinidade emocional”. Este é um 
bom começo, contudo não suficiente para fazer essa técnica atuar a seu favor. 
 No mundo da Programação Neurolinguística, criar o rapport pode ser 
entendido como o estabelecimento de confiança, harmonia e cooperação em 
uma relação. Uma vez mais a palavra confiança aparece na definição. Assim 
você está começando a perceber que aquele rapport conduz a confiar, e talvez 
você esteja começando a também notar como essa técnica é importante para a 
negociação. Quando o rapport se transforma em persuasão, tiver grande 
espelhamento com o outro pode conduzir a uma situação de aceitação 
incondicional de uma sugestão. Isto é devido ao nível de confiança que vem 
com o espelhamento. Se houver confiança, então o outro estará aberto a aceitar o 
que você tem a dizer. A primeira e mais importante etapa para saber sobre o rapport 
é, contudo tão simples que frequentementeas pessoas a omitem. Para ser efetivo 
com o espelhamento você tem que PRESTAR ATENÇÃO! Isto significa que a 
parte da negociação que irá utilizar desta técnica deve focalizar na pessoa a 
sua frente. Observe a outra parte com o qual você está interagindo. 
As técnicas do rapport são muitas, mas todas as habilidades do mundo 
não lhe ajudarão em nada se você não prestar atenção na outra pessoa com 
quem você está negociando. Esta é uma valiosa habilidade para qualquer tipo 
de relação, seja ela de negócios, reunião social ou de família. Se você presta 
atenção, todas suas outras habilidades de relacionamento serão potencializadas. 
Imitar e espelhar foram determinados como os principais fatores para se 
criar estados poderosos de rapport. Igualando os movimentos da outra pessoa, 
10 
 
 
a postura, os atributos vocais, as frases chaves e até mesmo a sua respiração. 
Também é muito poderoso poder igualar os seus sistemas de representação. 
O Rapport é uma prática fascinante e pode conduzir o negociador numa 
viagem de descoberta na direção de entender a parte contrária. 
 
CONCILIAÇÃO 
 
 “Conciliação: s.f. Ação de conciliar, resultado dessa ação. Acordo entre 
duas partes em litígio. Alguns sinônimos: acordo, concordância, concórdia.” 
 A palavra conciliação deriva do latim “conciliatione”, que tem como 
significado ato ou ação de conciliar acordo entre pessoas, acerto de diferenças. 
É difícil apontar a origem da conciliação, pois se entende que faz parte 
da natureza humana. Por isso este instituto não é novo no país, tão pouco em 
nosso ordenamento jurídico. Curiosamente, há uma passagem na Bíblia que se refere 
à conciliação,o que prova a existência da mesma em meio aos povos antigos: 
“Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para 
que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue aooficial, 
e te encerrem na prisão. Eu te garanto: daí não sairás, enquanto não pagares até o 
último centavo” Também na Roma Antiga, base do nosso Direito, prestigiava-se a 
conciliação em atributo à deusa Concórdia. 
Exercida geralmente por força de lei, a conciliação é um meio de solução 
de controvérsias onde um terceiro, o conciliador, age para resolver um conflito 
entre as partes, aproximando-as, aconselhando e sugerindo soluções. O 
conciliador é imparcial e trata somente do assunto a que se refere o conflito. 
Na conciliação o papel do juiz torna-se tão respeitável quanto nos 
processos tradicionais, pois além de julgar e manter a justiça, ainda se faz 
mister a função de pacificação mediante as partes para que as relações 
permanecem da melhor forma possível após o fim da conciliação entre as 
mesmas. 
 
 
 
11 
 
 
DISPOSITIVOS LEGAIS QUE SÃO ENVOLVIDOS NA 
CONCILIAÇÃO 
 A previsão legal referente à conciliação dá-se no artigo 125, IV do Código de 
Processo Civil, “o juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste código, 
competindo-lhe: IV – tentar, a qualquer tempo, conciliar as 
partes”, assim como no artigo 331 do mesmo Código: “Art. 331. Se não ocorrer 
qualquer das hipóteses previstas nas seções precedentes, e versar a causa sobre 
direitos que admitam transação, o juiz designará audiência preliminar, a 
realizar-se no prazo de 30 (trinta) dias, para a qual serão as partes intimadas a 
comparecer, podendo fazer-se representar por procurador ou preposto, com poderes 
para transigir. § 1.º Obtida a conciliação, será reduzida a termo e homologada por 
sentença § 2.º Se, por qualquer motivo, não for obtida a conciliação, o juiz fixará os 
pontos controvertidos, decidirá as questões processuais pendentes e determinará as 
provas a serem produzidas, designando audiência de instrução e julgamento, se 
necessário § 3.º Se o direito em litígio não admitir transação, ou se as circunstâncias 
da causa evidenciarem ser improvável sua obtenção, o juiz poderá, desde logo, 
sanear o processo e ordenar produção da prova, nos termos do § 2º.”Assim, com o 
objetivo de uniformizar os procedimentos para instalação e as condições de 
funcionamento dos setores de conciliação e mediação nas comarcas e foros dos 
Estados, o Provimento 953/04 do Conselho Nacional de Justiça disciplina essa 
instalação. Ademais, a RDC 125/10 do CNJ, institui a política judiciária nacional de 
tratamento dos conflitos de interesse, e ainda, com o objetivo de atender a Código de 
processo Civil Política Judiciária Nacional de tratamento de conflitos de interesse foi 
criado o Provimento 1868/11. 
 Com o advento da Lei 9958/00, à Consolidação das Leis do Trabalho 
foram acrescentados alguns artigos com o objetivo de facultar às empresas e 
aos sindicatos a criação de Comissões de Conciliação Prévia, são estes os 
artigos 625-A a 625-H. Estes artigos disciplinam desde como e quando é 
possível dirimir os conflitos trabalhistas por meio de conciliação, até por 
quantos membros esta comissão deve ser formada, as garantias dos 
participantes edos resultados, os prazos prescricionais e a forma com que será 
lavrado o acordo aceito mediante este processo. Assim, o principal objetivo das 
Comissões de Conciliação Prévia é incentivar a solução extrajudicial dos 
12 
 
 
conflitos trabalhistas. Vale ressaltar que, com o objetivo de regular os assuntos 
pertinentes à estrutura, à organização, à competência e ao funcionamento deste 
instituto, existe o REGIMENTO INTERNO DO NÚCLEO PERMANENTE DE 
MÉTODOS CONSENSUAIS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS. Um exemplo deste é 
que no estado de São Paulo há a capacitação dos conciliadores e dos mediadores 
por meio da Associação dos Advogados de São Paulo, Escola Superior de 
Magistratura e a Ordem dos Advogados de São Paulo, juntamente com a 
Escola Superior de Advocacia, a fim de disciplinar a ética funcional e a 
regulamentação de suas inscrições. 
 
CONCILIAÇÃO: UM PROCESSO DE AUTOCOMPOSIÇÃO 
 
A conciliação é uma forma de autocomposição dos conflitos porque as partes 
interessadas encontram meios para terminar o conflito através de uma negociação, 
sem a presença de um terceiro que proponha a solução (mediação) ou a imponha 
(arbitragem e jurisdição) Apesar de a Lei nº 9.958/00 estabelecer a existência de 
terceiros, os conciliadores, a conciliação continua sendo forma de autocomposição, 
porque, como destoa José Augusto Rodrigues Pinto sobre o instituto: "a atividade de 
alguém que tenta aproximar os protagonistas de um conflito de interesses, 
estimulando-os a encontrar solução negociada que lhe ponha fim". 7 
A conciliação obtida na forma acima mencionada também representa 
uma transação, que é um negócio jurídico bilateral no qual, atravésde 
concessões mútuas, os interessados previnem ou extinguem obrigações 
litigiosas ou que envolvem a res dubia (quando há incerteza subjetiva quanto 
ao devido) e para que verdadeiras renúncias não ocorram, a atuação dos 
conciliadores será fundamental não permitindo que outros interesses venham a 
fraudar, impedir ou desvirtuar os preceitos contidos nas normas de proteção do 
direito do trabalho, ressaltando-se que os conciliadores não representam as 
entidades sindicais, portanto eles não têm o poder de validar as renúncias que 
estes órgãos podem negociar e que são previamente garantidas por nossa 
Constituição Federal de 1988 em seu artigo. 7º, VI, XIII e XIV. 
Se os conciliadores não impedirem as renúncias unilaterais dos 
trabalhadores, muitas vezes tentados pelo desejo de se tornar efetivo, de 
13 
 
 
imediato, um crédito que o empregador não quer pagar em sua totalidade, 
tenha ou não fundamento para assim agir, acredita-se que havendo prova do 
vício de consentimento o Poder Judiciário poderá solicitar a nulidade da 
suposta transação. 
 Espera-se que os trabalhadores não sejam levados à renúncia, mas que 
ocorram verdadeiras transações, fruto da conciliação entre os atores das 
relações trabalhistas, uma vez que a conciliação faz parte da natureza do serhumano. Temos que exercitá-la e as Comissões de Conciliação Prévia são um 
incentivo. 
 
 AS CONCILIAÇÕES PODEM SER 
 No Brasil, a conciliação pode ser extrajudicial ou judicial. A conciliação 
extrajudicial depende exclusivamente da vontade das partes e pode ser feita a 
qualquer momento.Já a conciliação judicial pode ser facultativa ou obrigatória. 
Na facultativa, as partes tomam a iniciativa, já na obrigatória, a iniciativa é 
dever do juiz. A partir da reforma do Código de Processo Civil, em 1994, a conciliação 
judicial foi revigorada, pois, em vários dispositivos, a tentativa de conciliação foi 
privilegiada, permitindo ao juiz, a qualquer momento, tentar conciliar as partes,mesmo 
nas causas não sujeitas à audiência. 
No Processo do Trabalho, de acordo com os artigos 846 e 847 da CLT, a 
conciliação é proposta após a defesa do reclamado e renovada depois das 
razões finais, nos termos do artigo 850 da consolidação. Mas nem sempre o 
juiz exerce essa figura de conciliador de maneira produtiva, pois assume uma 
postura de decidi dor dos conflitos, e não se preocupa em trabalhar sua 
capacidade conciliatória. Desta forma, para melhor entendimento, podemos resumir 
da seguinte forma: Conciliação judicial cabe à autoridade judiciária ou por 
representante tutelado. É endoprocessual, ou seja, é realizada dentro do processo, 
como aponta os artigos já citados. A conciliação é obrigatória, cabendo 
ao juiz a tentativa ao decurso do processo, sendo cabível a qualquer 
momento do mesmo; A conciliação extrajudicial e denominada extraprocessual ou 
préprocessual, é empregada antes de intentada a ação, ou seja, é de 
exclusiva vontade das partes. Apesar de levar o nome pré-processual 
pode ser executada a qualquer momento também. 
14 
 
 
 O tempo de pendência de uma ação judicial é excessivamente longo e 
oneroso. Nossa legislação é de caráter muito técnico, tornando muito dificultoso o 
entendimento de um não jurista. O decorrer dos processos é de extrema formalidade. 
O juiz, no decorrer do processo, normalmente desconhece o que pensam e o que 
preocupa as partes; ele conhece apenas a versão apresentada pelos advogados nos 
articulados, fato que estes muitas vezes distorcem a sua realidade. Todos esses 
fatores fazem da conciliação o melhor caminho para as partes. Garante celeridade na 
resolução do litígio, e tem como objetivo, também, agradar ambas as partes. O que, 
se julgado em processo pelo juiz, não acontece, sempre acaba por dar vantagem a 
uma das partes somente. 
 
MEDIAÇÃO 
 Mediação é o ato do qual ocorre a interferência de um mediador para a 
busca de entendimento e composição entre partes em conflito. A origem etimológica 
do termo "mediação" é latina, de "mediare", vindo de "meditationis", com o sentido de 
intervenção. Esta é um processo de facilitação de comunicação para que se construa 
uma relação em que se possa por um fim no conflito. 
 O mediador é um terceiro neutro, imparcial entre as partes, que, por elas 
voluntariamente escolhido e de sua confiança, tem como função auxiliar a 
solucionar o conflito, incentivando os envolvidos a aceitarem voluntariamente 
uma solução reciprocamente favorável, ou seja, é um canal de comunicação 
que busca facilitar o diálogo. O mediador torna viável essa negociação; cabe a ele 
encontrar na realidade dos envolvidos os instrumentos necessários aos acordos 
convenientes. No lugar dos problemas e das frustrações, o mediador cria 
opções de êxito comum, enfatizando um futuro cooperativo e gerando 
economia de dinheiro, tempo e energia, ou seja, o mediador age como um facilitador, 
um catalisador, que utilizando da arte de mediar, leva as partes a 
encontrar a solução de seus imbróglios. 
 A mediação é uma ótima opção. Embora ainda pouco utilizada no Brasil, 
é comum em outros países que estão servindo de exemplos, fomentando 
reflexões e impulsionando experiências em diversas áreas. 
 “Nos Estados Unidos, por exemplo, a mediação de conflitos é 
estimulada há mais de trinta anos, ocasionando o descongestiona mento dos tribunais, 
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enquanto na Europa a técnica é adotada por diversas empresas, principalmente no 
âmbito comercial.” 
 Nesses casos, a simples comunicação e sincera vontade dos envolvidos 
de resolveram o imbróglio, de modo rápido e em que ambos fiquem satisfeitos 
com a solução do conflito, não havendo a necessidade do juiz togado ou do 
árbitro impor uma solução, e sim dos próprios envolvidos, dando-se assim uma 
autocomposição. 
 Desta forma, a mediação sendo um método clássico para resolução de 
controvérsias, tem como objeto final uma assunção de maior responsabilidade 
das partes. Por outro lado, a mediação espelha autocomposição, o que se 
afirma na exata medida em que o mediador se restringe a orientar as partes, de 
tal sorte que não pode, como faz o juiz ou o árbitro, impor qualquer decisão. 
No processo de mediação existe a preocupação de (re)criar vínculos 
entre as pessoas, estabelecer pontes de comunicação, transformar e prevenir 
conflitos. 
 
O MEDIADOR 
 
 É ponto vencido o fato do terceiro (mediador) ser imparcial/neutro, de 
confiança e escolhido pelas partes, porém um profissional capaz de tal façanha 
precisa de uma formação multidisciplinar,que transcenda o domínio dos textos 
legais, até porque a lide que ele resolve é sociológica e não apenas jurídica; é 
real e não apenas formal. É a ética na prática, fonte que o direito perdeu nos 
excessos do positivismo 
 Na mediação, de maneira diversa, este mediador, neutro e imparcial, 
apenas auxilia as partes a solucionar o conflito sem sugerir ou impor a solução 
e também sem interferir nos termos do acordo, apenas conduzindo as partes 
negociantes a identificarem os pontos de conflito. O resultado útil da 
conciliação e da mediação é a transação, ou seja, o acordo entre as partes 
que, igualmente, podem transacionar sem o auxílio de um conciliador ou 
mediador. 
 Neste ponto vale ressaltar a diferença do mediador para o conciliador. 
Por mais que sejam procedimentos parecidos, há diferenças e não podemos 
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confundi-los. Em nossa cultura, exercemos a conciliação por força de lei e 
compulsoriamente por servidor público que usa a autoridade de seu cargo para 
tentar promover a solução do conflito. Já o mediador é um profissional treinado 
meio a arte de mediar, qualificado a conduzir uma sessão de mediação, pois 
conhece muito bem o universo da negociação. 
 
VANTAGENS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO 
 
Assim como todo e qualquer MESC - método extrajudicial de solução de 
controvérsias -, a mediação é: 
 
a) PRÁTICA, pois é menos onerosa, menos demorada, e de mais fácil 
acesso, se comparada ao processo judicial, além de que, por certo ponto de 
vista, não implica em perdas, uma vez que é a própria parte quem decide os 
termos do acordo; 
 
b) Possibilita um maior CONTROLE do processo que é mais previsível, 
mais participativo e menos formal que o processo judicial; 
 
c) Apresenta SOLUÇÕES criativas, práticas e realizáveis, uma vez que 
estas são encontradas pelas próprias partes, que sabem, muito bem, o que são 
capazes de cumprir, e o que não são; 
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d) Um processo que procura garantir ao máximo a PRIVACIDADE do 
problema, mantendo todos os dados apresentados ao mediador em sigilo, 
evitando precedentes capazes de “prejulgar” problemas futuros; 
 
e) Voltado à manutenção das RELAÇÕES contínuas, uma vez que é um 
processo não adversarial de solução de controvérsias. 
 
f) Possibilita às partes: Compreender melhor seus próprios objetivos; Explorar as 
opções possíveis; Aumentar a capacidade pessoal para resolver conflitos; Participar 
de forma ativa na tomada de decisões Reconhecer e respeitar a situação da outra 
parte; Ver as coisas de outra maneira; Reconhecer outras formas de solução do 
problema. 
 
DE QUE FORMA SE DÁ O PROCESSO DE MEDIAÇÃO? 
 
 A mediação é presidida pelo mediador, que,como já dito antes, é uma 
terceira pessoa estranha à controvérsia que irá ajudar na comunicação das 
partes de maneira imparcial, sem dar sua opinião pessoal, e sem apresentar 
possíveis soluções, as quais deverão ser encontradas pelas próprias partes. 
Apesar de a informalidade ser uma de suas características, a mediação 
possui um procedimento próprio que deverá ser seguido. 
 Primeiramente o mediador deve se apresentar e conhecer as partes e, a 
seguir, fazer uma breve introdução ao processo, apresentando o regulamento 
da Câmara de Mediação a qual pertença, e o acordo em que ambas as partes 
aceitam submeter-se ao processo de mediação. 
 Em seguida, devem as partes fazer um relato do conflito, apresentando 
os pontos principais de divergência. É importante salientar que ambas as 
partes devem ter igual possibilidade de se expressar livremente. 
O mediador deve, então, esclarecer quais as questões principais a 
serem resolvidas, resumindo os pontos de discordância. Na sequência, o mediador 
deverá estimular as partes a formularem opções para cada uma das questões que 
foram identificadas. Após a apresentação das opções, deverá ser feita uma análise 
de cada uma delas, para que as partes possam chegar a um acordo, que, tão logo 
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seja atingido, deverá ser reduzido a termo e assinado pelas partes e pelo mediador. 
Não encontrando uma solução adequada, as partes podem dar por terminada a 
mediação. As partes podem, também, firmar um acordo provisório enquanto 
trabalham em um acordo permanente. 
 As partes têm como responsabilidade participar do processo de boa fé, 
compartilhando toda informação relevante para a solução da controvérsia. Estas 
devem dispor de uma comunicação aberta e construtiva, escutando ativamente os 
demais participantes e manter a mente aberta e disposta a usar o processo para 
expressar-se e entender melhor as opções. 
 Estar disposta a entender os interesses da outra parte e os seus próprios 
é ponto importante para buscar opções que possam satisfazer aos interesses 
de ambas as partes. 
 
PRINCÍPIOS DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO 
 
São princípios do processo de mediação: 
 
Impessoalidade; devem-se focalizar as questões e não as pessoas; 
Mútua satisfação; é necessário criar opções que satisfaçam interesses de 
cada uma das partes em separado, e de ambas ao mesmo tempo; 
Objetividade na avaliação das opções, sem pressões de qualquer espécie. 
 
ASPECTOS IMPORTANTES E AS DIFERENÇAS ENTRE 
NEGOCIAÇÃO, CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO 
 
Após conceituarmos cada um dos métodos de solução de conflitos, abordaremos as 
principais características e diferenças entre eles. 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
Negociação 
• A Negociação é feita pelas próprias partes que, de forma espontânea, sem 
interferência de um terceiro, podem ou não chegar a um acordo. 
• Ela é utilizada a todo o momento em todos os lugares, sempre que houver duas ou 
mais pessoas que tenham interesse em algo, ex: relação de consumo onde ambos 
negociam valores sobre a coisa, ou seja, existe uma negociação das partes 
envolvidas, que possuem o mesmo objetivo, saírem satisfeito com o acordo. 
 
Conciliação 
• A Conciliação ocorre geralmente em juízo, sob a direção do próprio juiz do Estado, 
ou quando fora do Poder Judiciário, na presença e com a participação de um 
conciliador privado que busca obter um acordo para prevenir ou terminar o litígio. 
• O Conciliador atua avaliando a controvérsia em conjunto com as partes 
sugerindo soluções, estimulando o acordo, interferindo nas controvérsias com suas 
opiniões. 
• Há um objetivo claro e pré-estabelecido: chegar a um acordo pela conciliação das 
partes. 
• Cada parte faz concessões para a outra e a Conciliação representa o acordo para 
finalizar a controvérsia. 
• Limitação da conciliação para abordar e resolver a complexidade do conflito. O 
Conciliador, seja quem for, fica na superfície do conflito, sem 
entrar nos fatores que ocasionaram o conflito, limitando-se mais às 
vantagens de um acordo, onde cada um cede um pouco, para sair do 
problema. 
• A Conciliação fica muito limitada a vantagens econômicas, para equilibrar as perdas 
e ganhos monetários das partes. • A Conciliação é adversária, as partes estão em 
oposição defendendo suas posições e interesses. 
 
Mediação 
• A Mediação é método não adversário, visando a autocomposição entre as partes. 
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•O mediador previamente treinado utiliza técnicas de negociação, juntamente com 
aspectos legais e psicológicos, para a reconstrução dos relacionamentos. 
 
• O Mediador não julga, nem intervém na decisão das partes, somente 
facilita a comunicação entre elas visando ajudá-las a entender a complexidade da 
polêmica e sua mudança para uma situação melhor, procurando, assim, criar um 
vínculo. 
• As partes podem chegar, ou não, a uma solução sobre a controvérsia. 
• Durante o processo, existe um aumento do poder de decidir por si 
próprios, sem confiar a decisão por um terceiro. 
• O objetivo principal da Mediação não é chegar a um acordo. O acordo é 
uma das possibilidades decorrentes do procedimento de Mediação, mas 
não é a finalidade da Mediação. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Após explanarmos sobre os métodos alternativos de solução de 
conflitos, compreendemos a sua real importância no processo de pacificação 
social, colaborando para que as partes envolvidas saiam satisfeitas, bem como 
na contribuição direta desses meios com o sistema judiciário, diminuindo os 
procedimentos e consequentemente desafogando a sua parte administrativa. 
Com nosso estudo, conseguimos verificar a sua eficiência, bem como a 
agilidade e a segurança que esses métodos representam para os que o 
procuram, pois independente de serem meios extrajudiciais, possuem a 
segurança que a sociedade precisa, além da celeridade que os conflitos são 
solucionados. 
 Diante do exposto, o que se espera é que aja maior divulgação por parte 
do Estado, apoiando a utilização desses métodos, para que a sociedade ao se 
deparar com um conflito possa saber da qualidade e eficiência desses meios. 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA: 
 
 
GARCIA, Antônio. “As Principais Ferramentas envolvidas em uma negociação”. 
disponível em: http://www.gestiopolis.com/canales8/ger/herramientas-para-
lanegociacion.htm 
 
ACCUF. “As Principais Ferramentas envolvidas em uma negociação”.Disponível em: 
http://www.gestiopolis.com/canales8/ger/herramientas-para-la-
negociacion.htm.Acesso em 08 de setembro de 2012. 
 
ASSARA. Igor “Aspectos da Conciliação e o projeto do novo Código de 
Processo Civil”. Disponível em: http://www.artigonal.com/doutrina-artigos 
 
PETINATI, Rafael. “Conciliação – Um http://www.artigonal.com/doutrina-artigos 
Conceito”. Disponível em: GOUVEIA, Mariana França. “A causa de pedir na ação 
declarativa”. 2004 
 
"Conciliação". Disponível em: www.dicio.com.br/conciliacao. Acesso em 09 de 
setembro de 2012. 
 
Cartilha de Mediação – OAB/MG, pág. 4 – 2009 
 
PINTO, José Augusto Rodrigues. "Direito Sindical e Coletivo do Trabalho". São 
Paulo, editora Ltr., 1998, p. 258 
 
ARAÚJO, Luís Alberto Gómez. "Os mecanismos alternativos de solução de 
conflitos como ferramentas na busca da paz". In Mediação – métodos de 
resolução de controvérsias, n. 1, coord. Ângela Oliveira. São Paulo: LTr, 1999, 
 
 
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