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Júlia Caroba INFECÇÃO URINÁRIA NA INFÂNCIA - ITU (SBP 2021) Þ Conceito germes patogênicos no sist urinário prolife- ram e desenvolvem processo inflamatório sintomático Þ Epidemiologia 2° infecção bacteriana mais frequente em ped 8,4% das meninas, 1,7% dos meninos < 7 anos primeiro ano afeta em mesmo número meninas e meninos idade é fator importante Incidência: lactentes, segunda infância e adolescentes crianças no primeiro episódio de ITU 30 - 40% podem ter disfunção intesti- nal e urinária sexo masculino prevalência no 1° ano de vida. Após isso sexo fem 10:1 Reinfecção = nv episódio de ITU < 2 semanas Þ Fatores de Risco 1. alto risco de recorrência no primeiro ano 2. quadro anterior de ITU 3. < de 2 anos descartar malformações do trato urinário (RVU, bexiga neurogêni- ca...) 4. alterações na ecografia antenatal 5. histórico familiar de doenças renais 6. adolescentes do sexo feminino => ava- liar início da atividade sexual 7. seco feminino 8. ativ sexual em mulheres 9. constipação: devido fator mecânico comprimendo a bexiga ou no fator es- fincteriano Þ Fatores Predisponentes 1. refluxo vesicoureteral (RVU) 2. anomalias estruturais e/ou funcionais do trato urinário Þ Etiologia - meninas: E. coli 75 - 90% - meninos: equilíbrio entre E.coli e Proteus Cistite Hemorrágica => Adenovírus Þ Patogênese - infecção ascendente - raro: disseminação hematogênica Þ Quadro Clínico Suspeita Diagnóstica => febre sem foco localizatório > 24 hrs variar de sintomas leves quadros graves de bacteremia RN e Lactentes - febre sem sinal localizatório - vômitos - diarreia Júlia Caroba - icterícia persisten- te - recusa alimentar - irritabilidade - quadro de septi- cemia Pré - escolares inicia sintomas urinários - urina fétida - dor abdominal - disúria - polaciúria - incontinência - urgência miccio- nal - febre Escolares - sintomas miccio- nais: disúria, pola- ciúria, inconitência, urg miccional - enurese secund- ária - dor lombar + fe- bre => pensar em pielonefrite Adolescentes - disúria - polaciúria - urg miccional - pielonefrite: dor lombar + febre (sin- tomas sistêmicos). Doença de envolvi- mento do parênqui- ma renal --> lesão renal --> cicatriz pielonefrítica Þ Classificação da ITU 1. Cistite --> ITU baixa estrangúria, disúria, odo forte da urina, dor suprapúbica ... NÃO causa febre 2. Pielonefrite --> ITU alta dor lombar, febre, fadiga, astenia, nitri- to... 3. Bacteriúria assintomática comum em mulheres, urinocultura positiva, sem manifestações clínicas --> SEM INDI- CAÇÃO DE TTO Þ Diagnóstico EAS + urocultura Exames Complementares: CRIANÇAS SEM CONTROLE ESFINCTERIANO Cateterismo vesical = sonda vesical de alívio Punção Suprapúbica (PSP) “Clean Cacth” ingestão de líquidos (25ml/kg) e após 25min fazer estímulos/massagem na regi- ão sacral e suprapúbica p estimular micção e coletar o jato intermediário Saco coletor --> indicação: descartar diagnóstico de outro exame q deu nega- tivo, mas existem suspeitas diagnósti- cas de ITU. na prática médica: utilizado quando se tem dificuldade p os outros métodos CRIANÇAS COM CONTROLE ESFINCTERIANO EAS - coletar jato intermediário. ITU = Júlia Caroba presença de cilindros leucocitários, nitrito, leucócitos... Normalmente segue essa sequência: q sedimento urinário (exame físico e químico q bacterioscópio (método Gram) q urocultura - padrão ouro. Nas amostras resultado positivo quando: - punção suprapúbica: qualquer contagem de colônias - cateterismo vesical: > 1.000 UFC/ml - jato intermediário: > 50 - 100ml UFC/ml Sugestivo de ITU: Quando no sedimento urinário apre- senta 1 desses: - 5 a 10 leucócitos/campo - nitrito positivo - esterase leucocitária positiva - flora bacteriana aumentada ***quando pielonefrite: EAS + urocultura + hemocultas Þ Tratamento PROVA > 3 meses de idade: adm preferencial VO Tto de Pielonefrite ou com febre: C.I. nitrofurantoína ou ácido nalidíxico Tempo de tto na ITU Febril diretrizes inglesa (NICE), italiana (ISPN) e australiana (KHA- Cari) 10 dias diretrizes Canaden- se e Americana 7 - 14 dias PROVA Revisão de terapia antimicrobiana a partir de 48 - 72 hrs + antibiograma caso o quadro clínico não mude ou piora descartar anormalidade do trato urinário + aumentar o espectro Þ Resistência Bacteriana Fatores de Riscos: PROVA - uso de ATB nos últimos 90 dias - risco maioooor nos últimos 30 dias - anomalias no trato urinário refluxo vesiureteral hidronefrose litíase displasia - hospitalização prévia Júlia Caroba - alteração funcional da bexiga e instestino Þ Indicações de Internação PROVA a. < 2 meses de idade b. ITU com gravidade c. não adesão ao tto Þ Recorrência de ITU Presença de 1 desses: - 3 ou mais episódios de cistite - 2 ou mais episódios de pielonefrite - 1 de cistite + 1 de pielonefrite Recorrência X Reinfecção Reinfecção => nv ITU < 2 semanas Þ Complicação ITU n tratada --> IRC Þ Profilaxia “sem consenso ainda” Objetivo da profilaxia: reduzir os episódios recorrentes de pielonefrite e formação ou piora de cicatrizes renais Quando: 1. alterações da USG antenatal ou atual 2. ITU febril com PCR positivo 3. RVU graus 4 e 5 4. uropatias obstrutivas 5. ITU recorrentes iniciar profilaxia de ITU durante investigação Profilaxia com 1/2 ou 1/3 da dose terapêu- tica, 1x/dia de nitrofurantoína OU sulfame- toxazol + trimetroprima Quando usar Exames de Imagem? - descartar malformações/anomalias do tra- to urinário - menores de 2 anos com pielonefrite RESUMO
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