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SAÚDE DA MULHER INTERMEDIÁRIA 1

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SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
 
Saúde da Mulher,
Sexualidade Humana 
e Planejamento Familiar
UNIME
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intermediária I
 Elucidar as principais etiologias e
tratamento do corrimento vaginal;
Descrever o quadro clínico,
fisiopatologia e tratamento da dor
pélvica;
Explicar as principais IST 's relacionadas
ao caso clínico, bem como sua etiologia,
prevalência, diagnóstico e tratamento;
Explicar a propedêutica do exame
ginecológico + fluxograma dos exames
relacionada com o caso.
OBJETIVOS
1.
2.
3.
4.
OBJETIVO 1
O corrimento vaginal é uma síndrome
comum, que ocorre principalmente na
idade reprodutiva, podendo ser
acompanhado de prurido, irritação local e
alteração no odor.
 
OBS: A mulher apresenta um corrimento fisiológico - é
constituído por células vaginais descamadas, presença de
bactérias e fungos em limiar baixo, muco cervical-, esse
corrimento age como uma barreira de proteção evitando
que qualquer agente externo prolifere e entre no canal
vaginal. É esperado que a mulher no dia a dia apresente
uma secreção transparente ou branco, em pequena
quantidade e sem odor, sendo resultado da própria flora e
a produção de estrogênio.
 
Quando a paciente apresenta um
corrimento patológico deve-se realizar
uma investigação minuciosa, com
informações sobre características do
corrimento, consistência, cor e odor.
Além disso, deve-se observar práticas de
higiene, agentes irritantes locais,
medicamentos tópicos ou sistêmicos.
Durante o exame físico, além das
características do corrimento, o
profissional deve observar ainda a
existência de ulcerações e/ou eritema. 
Infecções endógenas: candidíase
vulvovaginal e agentes da vaginose
bacteriana;
Infecções iatrogênicas: infecções pós-
aborto e pós-parto;
Infecções sexualmente transmissíveis:
tricomoníase.
Vaginose bacteriana;
Candidíase vulvovaginal;
Tricomoníase;
Causas não infecciosas {p.ex vaginite
inflamatória descamativa, vaginite
atrófica, presença de corpo estranho
e gravidez.}
Todos os corrimentos vaginais são
considerados Infecções do Trato
reprodutivo (ITR):
1.
2.
3.
 
Esse corrimento pode apresentar
múltiplos agentes etiolóigicos, dentre os
principais:
 
1.
2.
3.
4.
Métodos diagnóstico para corrimento vaginal
pH vaginal: pH normal é menor que 4,5
sendo o Lactobacillus spp.
predominante na flora vaginal. Para
medir o pH é usado uma fita de pH na
parede lateral vaginal comparando a cor
do resultado com o padrão da fita. Pode
ser observado: 
pH > 4,5: vaginose bacteriana ou
tricomoníase.
pH < 4 5: candidíase vulvovaginal
1.
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
 
 
 
 
 
 
2. Teste de Whiff - aminas ou ''do cheiro'':
Colaca-se um gota de KOH {hidróxido de
potássio} a 10% sobre o conteúdo vaginal, se
houver ''odor de peixe'' o teste é considerado
positivo. 
 
3. Exame fresco: Realizado com esfregaço
com amostra de material vaginal e uma gota
de salina, cobrindo-se a preparação com
lamínula. O preparado é examinado sob
objetiva com aumento de 400x, observando-
se a presença de leucócitos, células
parabasais, Trichomonas sp. móveis, leveduras
e/ou pseudo-hifas. 
 
OBS: Os leucócitos estão presentes na
candidíase vulvovaginal e tricomoníase.
 
4. Bacterioscopia por coloração de Gram:
Pode ser observado a presença de clue cells,
células epiteliais escamosas de aspecto
granular pontilhado e bordas indefinidas
cobertas por pequenos e numerosos
cocobacilos, é típica de vaginose bacteriana. 
 
 
 
Etiologia do corrimento vaginal
Infecções sexualmente transmissíveis
Das infecções sexualmente trasmissíveis, a
infecção por Chlamydia trachomatis é a mais
comum, é um parasita intracelular que
infecta o epitélio do canal endocervical e
uretra. 80% das pacientes não apresentam
sintomas, mas caso apresentem serão
observados a partir da 1 a 3 semana após a
infecção, sendo notado:
Corrimento vaginal purulento;
sangramento pós-coital ou inter-
menstrual;
dor abdominal baixa;
dispareunia.
1.
2.
3.
4.
Como apresenta sintomas semelhantes as
outras doenças vaginais é importante que
faça o diagnóstico laboratorial, sendo
antígenos bacterianos detectados por
imunofluorescência ou métodos
imunoenzimáticos.
 
Caso a infecção não seja tratada
corretamente pode levar a sequelas, como
gravidez ectópica, doenças inflamatória
pélvica e até infertilidade. O tratamento
consistem em azitromicina, 1 g, em dose
única ou doxiciclina 100 mg, 2x dia/ 7 dias. 
 
OBS. Os parceiros sexuais devem ser
encaminhados para avaliação e tratamento, e as
relações sexuais devem ser evitadas. 
 
Outra doença sexualmente comum será a
gonorreia, apresenta um período de
incubação de 5 a 7 dias. Na maioria das
vezes a infecção é assintomática, mas pode
aparecer corrimento vaginal espesso e
purulento. O diagnóstico laboratorial de
rotina se faz pela microscopia e coloração
de Gram e cultura. 
 
Quando não tratada pode evoluir para uma
doença inflamatória pélvica. O tratamento é
feito com ciprofloxacina, 500 mg, dose única
ou ceftriaxona, 250 mg, dose única. 
 
OBS: cerca de 45% das pacientes com gonorréia
apresentam clamídia, então o tratamento para
clamídia deve ser feito concomitantemente {p. ex.
azitromicina, 1g, dose única}.
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
corrimento vaginal amarelo esverdeado;
odor fétido;
prurido;
dispareunia;
sinusorragia.
 
 
Sua apresentação pode ir desde um quadro
assintomático (50%) até grave doença
inflamatória aguda. Aproximadamente um
terço das pacientes assintomáticas torna-se
sintomáticas em seis meses. 
 
Os sinais e sintomas são:
1.
2.
3.
4.
5.
 
O aspecto de morango é graças á acentuada
distensão dos capilares e micro
hemorragias, pelo intenso processo
inflamatório.Nas mulheres pode haver
também edema vulvar e sintomas urinários,
como disúria.
 
O diagnóstico laboratorial conta com o
exame a fresco, com gota do conteúdo
vaginal e soro fisiológico, observando-se o
parasita ao microscópio, o pH quase sempre
é maior que 5,0 e geralmente maior que 6,6.
Na maioria dos casos o teste das aminas é
positivo. A bacterioscopia com coloração
pelo método de Gram observa o parasita
Gram negativo, de morfologia característica.
A cultura pode ser requisitada nos casos de
difícil diagnóstico.
 
 
O método mais viável e utilizado é o exame
a fresco, visibilizando-se o movimento do
protozoário, que é flagelado e há grande
número de leucócitos. E em 70% dos casos
de exames afresco confirmou-se por cultura.
 
 
É causado pelo protozoário flagelado,
trichomonas vaginalis, é essencialmente
sexual. Nota-se que é uma infecção
cervicovaginal, com o colo uterino
apresentando microulcerações que dão um
aspecto de morango ou framboesa,
entretanto é uma cervicocolpite
acometendo o epitélio escamoso e não a
mucosa glandular primeiramente, é
importante lembrar que apresenta um
processo inflamatório intenso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não há impedimento para o flagelado
sobreviver em meio ácido, no entanto, a
transudação inflamatória das paredes
vaginais eleva o pH para 6,7 a 7,5, e neste
meio alcalino, pode surgir variada flora
bacteriana patogênica, inclusive anaeróbica,
apresentando assim uma vaginose
bacteriana associada.
 
Se enquadra nas vulvovaginites , porque a
infecção principal é do epitélio escamoso
vaginal, entretanto em 90% dos casos se
estende à uretra, sabendo-se que a uretra
como único sítio chega no máximo a 5% dos
pacientes. Não é a mucosa glandular o
habitat natural do protozoário, apesar de a
tricomoníase ser multifocal, afetando o
epitélio vaginal, glandular de Skene e
Bartholin e uretra.
Tricomoníase Diagnóstico clínico e laboratorial
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
Metronidazol 2g, via oral, dose única, ou
250mg via oral de 8/8h, por 7 dias; ou
400 mg via oral de 12/12h, por 7 dias;
Secnidazol ou Tinidazol, 2gvia oral, dose
única. Vale ressaltar que o Secnidazol é
utilizado há mais de 30 anos, em larga
escala, no Brasil e alguns outros poucos
países, sem grandes ensaios clínicos
publicados, entretanto, com anos de
experiência e eficácia demonstrada na
prática clínica. A vida média do
Secnidazol 20-25h, do tinidazol é de 12h,
do ornidazol (pouco utilizado na
tricomoníase) é de 14h e a do
metronidazol é de 8h. 
 
 
O tratamento de escolha: 
 
1.
2.
Tratamento
 
 
Na prática clínica, a cultura ou a PCR têm
valor em crianças e nos casos com forte
suspeita e vários exames a fresco e corados
repetidamente negativos. O simples achado
de trichomonas vaginalis numa citologia
oncótica de rotina impõe o tratamento da 
 paciente e a chamada de seu(s) parceiro(s)
para consulta e tratamento.
 
Na GRAVIDEZ recomenda-se utilizar os
mesmos esquemas que para as não
grávidas, com metronidazol, após o início do
segundo trimestre. Faltam evidências
consideráveis em relação à toxicidade do
metronidazol na gravidez, portanto o
tratamento deve ser considerado para
mulheres com sintomas moderados a
severos, a partir do segundo trimestre. Vale
ressaltar que o metronidazol cruza a
barreira placentária e, apesar de ser bem
absorvido pela mucosa vaginal, a terapia de
escolha mundialmente aceita, mesmo nas
grávidas sintomáticas, é a oral. O
metronidazol é excretado pelo leite
materno, sendo os níveis da droga no leite
iguais aos níveis séricos.
 
Quando falamos de duchas vaginais, NOTA-
SE que não são duchas de borracha
antihigiênicas, mas apenas lavar a vagina
com as soluções supracitadas, durante o
banho, com seringas de 20ml, pela higiene
mantida. Esta nota é porque nas
recomendações do ACOG encontra-se um
item onde as duchas vaginais não são
recomendadas para prevenção ou
tratamento de vaginites.
 
 
O tratamento para as pacientes HIV-
POSITIVAS é o mesmo que já expusemos
para as negativas, sabendo que a
tricomoníase não tratada amplifica a
transmissão da doença HIV. A tricomoníase
é particularmente prevalente entre as
pacientes HIV-positivo com hábitos sexuais
de alto risco. 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
Vulvovaginites
Candidíase vulvovaginal.
Vulvovaginites e vaginoses são as causas
mais comuns de corrimento vaginal
patológico, são afecções do epitélio
estratificado da vulva e/ou vagina. Os
agentes mais frequentes são os fungos, as
bactérias anaeróbicas {em número
significativamente aumentado} ou até
mesmo um aumento exacerbado da flora
normal de lactobacilos.
 
Vale ressaltar que frequentemente as
pacientes queixam-se de infecções vaginais
pelo fato de perceberem as descargas
vaginais fisiológicas como anormais,
geralmente terá variação com o ciclo
menstrual e com etapas do ciclo da vida
feminino. 
 
 
 
O agente causal mais comum, cerca de 80%
a 90%, é a candida albicans. Os outos 10%
pode ser causada devido ás espécies não
albicans, ex. glabrota, tropicalis e krusei. 
 
Durante a vida reprodutiva cerca de 10% a
20% das mulheres podem ser colonizadas
com candida sp, assintomáticas. 
Fatores de risco e recorrência
Quando há uma recorrência de quatro ou
mais episódios, sintomáticos, em um ano a
paciente apresenta CVV recorrente,
necessitando de uma mudança na terapía e
no estilo de vida. 
 
Vale lembrar que a candidíase sintomática é
causada por uma resposta imunológica inata
agressiva {resposta inflamatória}, enquanto
a assitomática não apresenta resposta
inflamatória á cândida. Podemos observar
CVV complicada e não complicada, as
complicadas é definida como severa ou
recorrente ou por outras espécies de
cândida ou hospedeiro com resposta
imunológica inadequada, na qual não
respondem ao azóis em curto prazo. 
Diagnóstico clínico e laboratorial
Prurido;
Ardência;
Corrimento geralmente grumoso, sem
odor;
Dispareunia;
Disúria.
Clinicamente a paciente pode apresentar:
1.
2.
3.
4.
5.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É importante lembrar que esses sinais e
sintomas não são exclussivos da candidíase
vulvovaginal, levando as pacientes a
confundirem com outras condições
patologicas vaginais. 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
É importante lembrar que o diagnóstico
laboratorial é valioso, sendo observado
uma citologia a fresco utilizando soro
fisiológico e hidróxido de potássio a 10%
para visibilizar a presença de hifas e /ou
esporos dos fungos. Além disso, a CVV está
associada a pH normal vaginal (< 4.5). Se a
citologia a fresco for negativa, culturas
vaginais específicas deveriam ser realizadas.
 
 Vale ressaltar que clinicamente, com o
teste de Schiller, com ou sem o colposcópio,
a CANDIDÍASE VAGINAL apresenta colpites
em pontos, por vezes erosiva, quando a
resposta inflamatória é muito intensa. Outra
caracteristica importante é que o pH vaginal
na CVV é geralmente normal {ácido} , como
o custo da fita medidora de pH é baixo,
acreditamos que possa auxiliar no
diagnóstico, diante de exame clínico muito
característico e impossibilidade
momentânea de realizar outros testes,
devendo aliviar os sintomas da paciente.
 
O diagnóstico também pode ser auxiliado
pelo exame microbiológico que deve ser
realizado com swab coletado por colocação
de espéculo vaginal, preferencialmente no
fórnice vaginal anterior, para estudo a
fresco, gram ou cultura específica, esta
última sendo recomendada, sobretudo nos
casos de CVV complicada. A citologia a
fresco observando muitas hifas do fungo
implicando em alta carga fúngica, portanto
ela é específica, porém não muito sensível
no diagnóstico da CVV, em contraste com a
cultura que é muito sensível e pouco
específica.
Mudanças de hábitos
Como ''padrão ouro'' é indicado que não
utilize sabonetes e cremes vulvovaginais que
não respeitem o pH, nem perfumados, nem
irritantes, assim como evitar o uso de
roupas sintéticas e apertadas. 
 
Apesar das evidências, a experiência já
instituiu essas e outras mudanças de
hábitos capazes de diminuir o número de
surtos de candidíase, que ultrapassa a
incidência de vaginose bacteriana no verão,
comportando-se de maneira SAZONAL.
Sabe-se que o ecossistema vulvovaginal tem
suma importância na proteção da genitália
feminina, portanto, na prevenção das
vulvovaginites. Acredita-se que a não
aeração da genitália feminina altere a flora
vaginal facilitando as infecções. 
 
O uso de produtos higiênicos adequados
minimiza os risco de alergias e irritações, já
ressaltando que as vulvovaginites alérgicas
ou irritativas são diagnóstico diferencial de
candidíase, além das próprias vulvovaginites
alérgicas poderem deflagrar crises de
candidíase.
 
Ainda na mudança de hábitos, sabe-se da
relação da CVV com os esteróides. Deve-se
dar preferência aos contraceptivos orais de
mais baixa dosagem, assim como terapia
hormonal de baixa dose, explicando à
paciente os motivos, para que tenha
aderência aos conselhos concomitantes.
Lembrar do uso indiscriminado de
antibióticos e corticóides como fatores
desencadeantes de candidíase. 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
Tratamento
O tratamento deve ser realizado somente
por uma via de administração, sendo a oral
ou vaginal. 
 
OBS: Não há necessidade de convocar o
parceiro, a não ser que o mesmo apresente
queixas. Vale salientar que é ilegal a prescrição
automática para o parceiro na receita da
própria paciente. 
 
Portanto uma crise de CVV não complicada
pode ser EFETIVAMENTE tratada com DOSE-
ÚNICA ou terapia curta atingindo resposta
superior a 90%, com azóis ou poliênicos:
Fluconazol 150 mg, dose única ou
Itraconazol 200 mg, 12/12h, 1 dia, ou
cetoconazol 200mg, 12/12h, 5 dias, via oral
ou Nistatina oral, esquemas mais
prolongados. Quanto aos cremes ou óvulos
vaginais, temos o butoconazol a 2%, creme
5g, dose única, clotrimazol em 3 esquemas,
3, 7 ou 14 dias, miconazol em 4 esquemas,
tioconazol dose única, isoconazol dose única
ou 7 dias, fenticonazol, terconazol e até 
 mesmo a Nistatina creme por 14 dias, todos
com resposta semelhante.
 
Quando a CVV é complicada, não deve-se
tratar com dose única ou esquemas curtos,
como os acima descritos para as CVV não
complicadas. Nas CVV COMPLICADAS, no
mínino um esquema vaginal de 7 dias é
requerido ou MÚLTIPLAS DOSES DE
FLUCONAZOL (150 mg a cada 72h, 3 doses).
A terapia com os Azóis, até mesmo o
voriconazol, é frequentemente um fracasso
quando se trata de C. glabrata.
NA GRAVIDEZ NÃO SE RECOMENDA OS
AZÓIS ORAIS, preferindo-se o tratamento
com cremes vaginais de Nistatina por 14
dias ou clotrimazol 1% por 7 dias. Em casos
de recorrência, pode-se utilizar Clotrimazol
500 mg a cada 1 a 2 semanas para controle
dos sintomas. Os antifúngicos orais são
drogas classe C, em altas doses há relatos
de teratogenia. Não há evidências sobre a
necessidade de tratar grávidas
assintomáticas (30 a 40%). Conclui-se que na
GRAVIDEZ E LACTAÇÃO a TERAPIA ORAL
para CVV está CONTRA–INDICADA, mas
estudos recentes mostram associações com
parto prematuro, indicando sempre o
tratamento. 
Vaginose bacteriana.
 
 
 
Desordem frequente entre as mulheres em
idade reprodutiva e a causa mais prevalente
de corrimento vaginal com odor fétido. É
uma infecção que está associada á perda da
flora vaginal normal de lactobacilos, na qual
é aumentada em uma resposta de defesa.
Resumidamente, será caracterizada pela
falta de lactobacilos normais vaginais e por
super crescimento de inúmeras bacterias
anaeróbicas {a mais prevalente =
gardnerella vaginalis}.
 
A flora vaginal normal consiste de bactérias
aeróbicas e anaeróbicas, com os
LACTOBACILOS VAGINAIS predominando em
mais de 95% das bactérias presentes para
provavelmente ser uma grande linha de
defesa contra infecções, em parte pela
própria manutenção do pH ácido inerente à
vagina normal e mantendo a produção de
peróxido de hidrogênio (água oxigenada)
neste microambiente. 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
Corrimento vaginal;
pH > 4,5;
presença de clue cells a fresco;
Whiff positivo.
 
 
O diagnóstico irá contar com:
1.
2.
3.
4.
A coloração pelo Gram, do fluido vaginal é o
método mais utilizado avaliado para VB.
Dessa forma quantifica-se o número de
lactobacillus e de bactérias patogênicos,
resultando em um escore que determina se
há infecção.
 
Diagnóstico clínico e microbiológico
Essas bacterias produzem sialidase que
pode decompor produtos do muco cervical,
levando o corrimento bolhoso que cobre a
vagina. O aumento intenso das sialidases,
facilita a ascenção de germes na doença
inflamatória pélvica (DIP). As bactérias da VB
aumentam na época da menstruação, o que
explica a maior incidência de DIP pós-
menstrual, se houver uma cervicite
associada. 
 
O uso de antibióticos indiscriminadamente
pode ser uma causa da perda dos
lactobacilos, assim como fatores locais tais
quais diafragma, espermaticidas, o coito,
anel vaginal e outros, que facilitariam
bactérias impróprias a crescerem, por
exemplo a E. coli, que nesses casos citados
se associam à alteração da flora, mas
rapidamente os lactobacilos deveriam
retornar aos níveis basais, o que não
ocorrendo, favorece à VB. Sem lactobacilos,
o pH de 4-4,5 aumenta e a gardnerella
vaginalis produz aminoácidos, os quais são
quebrados pelas bactérias anaeróbicas da
VB em aminas voláteis, que aumentam o pH
e levam ao odor desagradável. 
 
OBS: A prevalência da VB aumenta
consideravelmente em clínicas de IST's,
comparando-se a consultórios
ginecológicos gerais.
 
 
Em grávidas as sintomáticas, deve-se fazer
teste microbiológico para VB e tratá-las para
a resolução dos sintomas. O tratamento oral
ou vagina é aceitável e apresenta baixo risco
de complicação, deve ser usado
metronidazol 500mg, oral, 2 vezes ao dia,
por 7 dias ou clindamicina 300mg, oral, 2
vezes ao dia, por 7 dias. Terapia vaginal não
é recomendada para esta indicação.
 
A VB RECORRENTE ( 4 ou mais diagnósticos
confirmados no último ano ) é muito comum
e vem sendo tratada com macrolídeos e
nitroimidazólicos, dependendo do qual foi
primeiramente utilizado. Uma das
recomendações é a utilização do
METRONIDAZOLoral ou vaginal por três dias
desde o início da menstruação, por três a
seis meses, com oferecimento de
antifúngicos, se houver história de
candidíase, pois esta poderá recorrer.
Estudo mostrou que o uso de tinidazol 1g
ao dia por 5 dias e 2g ao dia por 2 dias
mostraram-se eficazes para o tratamento de
VB.
 
Tratamento
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
Outras causas:
Vaginose citolítica: que consiste na
flora de lactobacilos exacerbada, por
vezes incomoda as pacientes e torna-se
queixa principal, apesar de ser apenas
aumento do resíduo vaginal fisiológico.
Pode-se aliviar os sintomas da paciente
com creme vaginal com tampão borato
pH8, por 10 dias e depois manter duas
vezes por semana por 2 meses ou
alcalinizar o meio vaginal com “injeções''.
Vaginose atrófica: própria da paciente
hipoestrogênica, leva à dispareunia,
porvezes apareunia, deve ser tratada
com estrogeniaterapia (Terapia
hormonal sistêmica, se houver
indicações outras) ou estrógenos
vaginais em esquemas individualizados,
como o promestrieno ou o estriol.
Entretanto, quando, além da atrofia, a
vaginose bacteriana secundária está
instalada, pela própria perda de barreira
pela diminuição do número de camadas
do epitélio, o tratamento de ataque
pode ser feito com clindamicina tópica a
2% por 3 a 7 dias,seguido de estrogênios
conjugados por 15 a 30 dias.
Vaginite lactacional: caracteristico
dohipoestrogenismo, pode até mesmo
mimetizar a tricomoníase. Os sintomas
são similares, com desconforto urinário,
prurido vaginal e secura, dispareunia e
corrimento. O pH geralmente é mais
alcalino. À microscopia observa-se
poucos lactobacilos, diminuição de
células superficiais e aumento de células
basais e parabasais. Gel aquoso
lubrificante é aconselhado para aliviar a
dispareunia e há controvérsias sobre o
uso de estrógenos vaginais, que são
absorvidos. 
 
1.
2.
3.
4. Vaginite alérgica: causada por
hipersensibilidade a medicamentos,
cosméticos íntimos, antígenos de fungos ou
protozoários, látex do condom ou
diafragma, espermaticidas, etc., são tratadas
com sucesso, quando o diagnóstico foi
acertado em pacientes muito atópicas, com
vulvites alérgicas concomitantes, anamnese
apurada, utilizando antihistamínicos e, se
houver infecção concomitante, o tratamento
específico conjunto. Apaciente refere ardor,
prurido e há eritema, tal como na irritativa.
 
5. Vaginite descamativa inflamatória:
pode apresentar descarga purulenta e
dispareunia. O corrimento é amarelado com
pH alto, colpite macular pode estar presente
e à microscopia observa-se aumento de
polimorfonucleares e células parabasais.
Difere da VB pela inflamação presente.
Infecção estreptocócica concomitante é
relatada e provavelmente trata-se do
próprio líquen plano erosivo vaginal,
podendo levar a sinéquias vaginais se o
tratamento com espumas de
corticosteróides ou cremes vaginais com
corticosteróides não for instituído.
Secreções fisiologicas
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
OBJETIVO 2
Aparelho muscular;
Pele;
Peritonio;
Dor referida;
Trato reprodutor;
Trato urinário;
Gastrointestinal.
Somática: aguda e localizada;
Visceral: dor difusa, contínua, díficil de
localização, sensação vaga e
associada a respostas reflexas
autônomas;
Inflamatória: envolvidas com os
nocioceptores, apresenta uma
caracteristica de dor em pontada e
queimação;
Neuropática: lesão ou inflamação do
sistema nervoso, é uma dor crônica.
A dor pélvica é uma das frequentes
queixas ginecológicas, quando chega
uma pacientes com a queixa principal de
dor pélvica é nessário pensarmos e
ivestigarmos de onde vem a dor,
lembrando que nem sempre a causa é
necessariamente ginecológica. Podemos
considerar que a dor pode estar vindo:
 
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
 
OBS: normalmente a dor vai dar algumas
dicas para saber de onde ela vem e que
tipo ela é. 
 
Podemos classificar as dores pélvicas:
1.
2.3.
4.
DOR AGUDA
início súbito;
aumento abrupto;
curta duração;
associada ao ciclo menstrual {sendo a
dismenorreia a dor clínica mais comum};
A dor aguda apresenta características:
1.
2.
3.
4.
 
A dor aguda está relacionada com sinais de
inflamação ou infecção, como febre e
leucocitose. A fisiopatologia da dor pélvica
aguda conta com a participação de
mediadores da inflamação presentes em
alta concentração. 
 
O início rápido da dor é mais compatível
com perfuração ou ruptura de alguma
víscera oca ou isquemia após torção de um
pedículo vascular. A dor tipo cólica ou
espasmódica intensa está muitas vezes
associada à contração muscular ou à
obstrução de alguma víscera oca, como o
intestino, o ureter ou o útero. A dor em todo
o abdome sugere reação generalizada a um
líquido irritante na cavidade peritoneal,
como sangue, um líquido purulento ou o
conteúdo de algum cisto ovariano.
 
O diagnóstico precoce é fundamental, uma
vez que grande atraso aumenta a
morbidade e mortalidade e, como já
discutido em outros momentos, a anamnese
minuciosa será um ponto importante para o
diagnóstico correto. É importante perguntar
para a paciente a data e as características
dos duas últimos períodos menstruais, bem
como corrimento e sangramento anormal.
Deve investigar a história sexual,
contraceptiva, IST's e distúrbios
ginecológicos prévios. Na história da queixa
atual é importante investigar melhor sobre a
dor, o momento que ela se inícia, bem como
sinais de infecção (febre, calafrios,
corrimento vaginal purulento) e os seguintes
sintomas: relacionados com a gravidez,
sistema gastrintestinais, urinários e
atribuíveis ao hemoperitônio. É preciso
registrar qualquer história clínica e cirúrgica
prévia e os medicamentos em uso.
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
amenorreia;
sangramento irregular;
início agudo de dor.
 
 
Deve ser feito teste de gravidez em todas as
mulheres em idade reprodutiva com dor
pélvica aguda. A gravidez ectópica é a
implatação do feto na tuba uterina , vale
lembrar que a dor será relatada quando
tiver dilatação aguda da tuba, se houver
ruptura tubária a dor abdominal localizada
tende a ser aliviada e substituída por dor
pélvica e abdominal devido a ocorrência de
hemoperitônio. 
 
Será observado na paciente:
1.
2.
3.
 
 
Os cistos funcionais sãos os mais comuns e
estão mais propensos á ruptura que
neoplasias benignas ou malignas. A dor
associada á ruptura do folículo ovariano no
momento da ovulação é mittelschmerz, essa
dor pélvica pode ser uma resposta a
pequena quantidade de sangue que
extravasa para a cavidade peritoneal e alta
concentração de prostaglandinas no líquido
folicular. 
Em geral, a dor varia entre leve a moderada
e é autolimitada.
Sistema reprodutivo
Atraso da menstruação;
dor com início súbito;
dor abdominal generalizada;
tontura;
síncope {Desmaio ou perda temporária
e súbita de consciência.}.
dor intensa a palpação abdominal;
descompressão súbita no quadrante
inferior;
irritação peritoneal.
A paciente pode apresentar: 
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Gravidez ectópica
Extravasamento ou ruptura de cisto
ovariano 
 
A torção do pedículo vascular de um ovário,
de um ovário com cisto, de uma tuba
uterina, de um cisto paratubário ou
raramente de um mioma uterino pediculado
provoca isquemia das estruturas distais ao
pedículo torcido e início agudo de dor.
Sendo o mais comum para sofrer torções o
teratoma cístico benigno, a torção é
incomum nas tubas e nos ovários normais,
embora possa ocorrer no ovário policístico.
O diagnóstico de torção dos anexos é difícil,
deve basear-se na anamnese, no exame
clínico e em outros exames, como a US
transvaginal.
 
O processo de torção oclui a drenagem
linfática e venosa dos anexos acometidos;
portanto, a víscera torcida aumenta
rapidamente de tamanho e pode ser
palpada com facilidade ao exame ou
observada por US.
Torção dos anexos 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
aumento da dor com movimento;
febre;
corrimento vaginal purulento;
náuseas e vômito;
elevação de temperatura e taquicardia;
dor a palpação abdominal direta e a dor
a descompressão súbita é acentuada.
 
 
Todos os casos de DIP são polimicrobianos,
causados por bactérias aeróbicas e
aneróbicas gram-negativas e positivas. DIP
iniciada por gonorreia ou clamídia provoca
início agudo de dor pélvica, pacientes
apresentam:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
 
Na DIP aguda, observam-se leucocitose e
aumento da velocidade de
hemossedimentação (VHS), um sinal
inespecífico, embora mais sensível, de
inflamação, para diagnóstico de DIP afirmam
que se deve suspeitar de DIP e instituir
tratamento caso haja risco de DIP e dor à
mobilização uterina, cervical ou anexial sem
motivo aparente.
 
febre e leucocitose;
taquicardia;
hipotensão arterial;
obcessos palpaveis ao exame bimanual
 
 
Os abscessos tubo-ovarianos, uma
complicação da salpingo-ooforite aguda,
geralmente são unilaterais e multiloculares.
Paciente apresenta: 
 
1.
2.
3.
4.
 
 
dor intensa, constante ou pode ser
intermitente;
respostas reflexas autonômicas: náuseas,
vômito e agiitação;
Pequena elevação da temperatuda,
taquicardia e leucocitose;
Grande massa pélvica ao exame bimanual.
Paciente apresenta:
1.
2.
3.
4.
 
doença inflamatória pélvica
Abscesso tubo-ovariano 
 
 
 
Em mulheres com endometriose, as
glândulas e o estroma endometriais
implantam-se fora da cavidade uterina, na
maioria das vezes, nos ovários ou peritônio
pélvico. A cada ciclo menstrual pode haver
maior proliferação, com consequente
inflamação, formação de tecido cicatricial,
fibrose e surgimento de aderências, dessa
forma a dor aguda atribuível a endometriose
geralmente é pré-menstrual e menstrual.
 
Paciente pode apresentar:
 
Dor aguda relacionada
 à endometriose 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
dispareunia;
disquezia;
sangramento irregular;
infertilidade;
dor a palpação abdominal direta e a dor
a descompressão súbita.
 
 
1.
2.
3.
4.
5.
 
 
dor abdominal difusa;
dor periumbilical;
anorexia;
náuseas;
vômitos;
constipação intestinal;
 dor à palpação do quadrante inferior
direito.
 
 
É a causa intestinal mais comum de dor
pélvica aguda, os sinais e sintomas podem
ser semelhantes aos da DIP, sendo assim
paciente apresenta:
 
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
dor intensa no quadrante inferior
esquerdo da diverticulite;
calafrios;
constipação intestinal;
Exame abdominal mostra distensão com
dor à palpação do quadrante inferior
esquerdo e dor localizada à
descompressão súbita.
 
 
A diverticulite aguda é um distúrbio no qual
há inflamação de um divertículo ou
evaginação da parede do cólon, em geral,
com acometimento do cólon sigmoide. A
diverticulite costuma acometer mulheres na
pós-menopausa, mas pode ocorrer na faixa
dos 30 a 49 anos.
 
Sinais e sintomas:
1.
2.
3.
4.
 
Sistema gastrintestinal
Apendicite 
Diverticulite aguda 
dor abdominal tipo cólica;
distensão abdominal;
vômito;
constipação intestinal;
obstrução intestinal
 
As causas mais comuns de obstrução
intestinal em mulheres são aderências pós-
cirúrgicas, encarceiramento de hérnia,
doença intestinal inflamatória e carcinoma
do intestino ou ovário. Paciente apresenta:
1.
2.
3.
4.
5.
 
Obstrução intestinal 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
dor intensa e em cólica;
hematúria;
infecção vesical ou renal;
disúria;
polaciúria.
As infecções urinárias que causam dor
aguda são cistite e pielonefrite. Os
microrganismos mais comuns causadores
de infecção urinária (IU) são Escherichia coli
seguida por Proteus, Klebsiella e
Pseudomonas. 
 
Sinais e sintomas:
1.
2.
3.
4.
5.
Sistema urinário
DOR CRÔNICA
A dor pélvica crônica é uma dor que possui a
mesma localização por mais de 6 meses e
causa incapacidade funcional ou requer
tratamento. 
 
OBS: Pacientes com DPC frequetemente são
ansiosas e deprimidas, pois há abalo na vida
conjugal, social e ocupacional. Independentementeda causa original, quando a dor persiste por
qualquer período de tempo, é provável que outros
fatores psicossociais estejam contribuindo para sua
continuidade. Muitas vezes, a dor é acompanhada
por ansiedade e depressão, e esses distúrbios
devem ser cuidadosamente avaliados e tratados
 
Na primeira consulta, deve-se obter uma
história completa da dor, levando-se em
conta a natureza de cada sintoma:
localização, irradiação, intensidade, fatores
que a agravam e aliviam; efeito do ciclo
menstrual, estresse, trabalho, exercício,
relação sexual e orgasmo; o contexto no
qual a dor surgiu; e o custo social e
ocupacional da dor.
 
Genitais: sangramento vaginal anormal,
corrimento vaginal anormal,
dismenorreia, dispareunia e infertilidade.
Gastrintestinais: constipação intestinal,
diarreia, flatulência, hematoquezia e
relação entre a dor e os períodos de
alteração da função intestinal ou
aparência das fezes e alívio da dor com a
defecação.
Musculoesqueléticos e neuropáticos:
traumatismo físico – cirurgia ou lesão,
exacerbação com o exercício físico ou
alterações posturais, fraqueza,
parestesia, dor lancinante.
Urológicas: urgência, polaciúria, noctúria,
hesitação, disúria, hematúria,
incontinência
Psicológicas: diagnósticos,
hospitalizações e medicamentos
anteriores, depressão atual, ansiedade,
pânico, inclusive ideais suicidas, traumas
emocionais, físicos ou sexuais passados
e atuais.
Deve ser avaliado doenças:
1.
2.
3.
4.
5.
 
Os achados mais comuns por ocasião da
laparoscopia na DPC são endometriose e
aderências.
Aperelho genital
 
A endometriose causa uma reação
inflamatória de baixo grau, que, com o
tempo, provoca aderências entre órgãos
pélvicos próximos, porém ainda não se sabe
bem a causa da dor, mas pode-se relacionar
com lesões de endometriose com infiltração
profunda e acometimento do septo
retovaginal e do intestino, dos ureteres e da
bexiga. 
 
Endometriose
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
 
 
As aderências observadas durante a
laparoscopia podem estar na mesma região
do abdome que a origem da dor pélvica;
entretanto, nem a localização específica
(estruturas anexiais, peritônio parietal e
visceral ou intestino) nem a densidade das
aderências têm correlação previsível com a
dor.
A maioria das mulheres com aderências já
se submeteu a um procedimento cirúrgico
com possível lesão de nervos da parede
abdominal, como os nervos ilio-hipogástrico
ou ilioinguinal, o que provavelmente é a
causa da dor. A parede abdominal tem de
ser avaliada com atenção à procura de lesão
miofascial ou de lesão ou compressão do
nervo como causa da dor antes de se supor
que as aderências são as responsáveis.
A produção de prostaglandinas e citocinas
pode ser responsável pelo dor intensa em
pacientes com doença leve. A síndrome
dolorosa relacionada com a endometriose é
um conceito novo e em evolução, cuja
definição é a dor que não responde, de
maneira adequada, ao tratamento clínico e
cirúrgico apropriado, sobretudo em caso de
doença mínima ou leve. Nessa situação, a
plasticidade neural resulta de sensibilização
central, hipoteticamente iniciada pela lesão
inflamatória periférica
é intermitente;
tipo cólica;
mais prevalente no quadrante inferior
esquerdo.
A síndrome do intestino irritável (SII) é uma
das causas mais comuns de dor abdominal
baixa e pode ser responsável por até
60%das pacientes encaminhadas ao
ginecologista com DPC. 
 
O sintoma predominante de SII é a dor
abdominal. Outros sintomas são distensão
abdominal, flatulência excessiva, alternância
entre diarreia e constipação intestinal,
aumento da dor antes da defecação,
diminuição da dor após a defecação e
exacerbação da dor por eventos que
aumentam a motilidade gastrintestinal,
como a alimentação, o estresse, a
ansiedade, a depressão e a menstruação.
 
A dor na SII possui características:
1.
2.
3.
Causas gastrenterológicas 
Aderências
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
Causas neurológicas e musculoesqueléticas 
dor aguda;
queimação;
dor contínua;
parestesia {dormência ou
formigamento} na distribuição do
dermátomo do nervo acometido.
 
 
A lesão ou compressão do nervo cutâneo
abdominal pode ser espontâneo ou até
mesmo ''induzida'' pela laparoscopia. É
observado, principalmente durante a
contração muscular, que os nervos
ilioinguinal ou ilio-hipogástrico podem ser
aprisionados entre os músculos transverso e
oblíquo interno. Além disso pode ser
encontrado lesão do nervo femoral, um dos
nervos lesados com maior frequência em
laparotomias ginecológicas, costuma ocorrer
quando as lâminas laterais do afastador 
 comprimem o nervo contra a parede lateral
da pelve.
 
A paciente apresenta: 
1.
2.
3.
4.
 
OBS: dermátomos são áreas do corpo que possuem
nervos sensoriais que possuem origem na mesma
raiz nervosa, estando associados à sensibilidade da
região.
 
Ao exame, o ponto de dor ou dor à palpação
máxima deve ser localizado com a ponta do
dedo. O ponto máximo de dor à palpação
em uma lesão ilio-hipogástrica ou ilioinguinal
costuma ser na margem do músculo
retoabdominal, em posição medial e inferior
à espinha ilíaca anterior. No nervo pudendo,
a dor à palpação máxima geralmente ocorre
perto da espinha isquiática.
Compressão do nervo
 dor difusa;
fadiga;
sono não restaurador. 
 
 
A fibromialgia é uma síndrome de dor
miofascial constituída por uma tríade:
1.
2.
3.
 Acredita-se que seja causada por uma
sensibilização do SNC que acarreta a
percepção anormal da dor crônica. A
fibromialgia está intimamente associada à
síndrome de fadiga crônica, uma
combinação de problemas miofasciais
regionais, entre eles infecções e distúrbios
autoimunes ou disautonomias.
Fibromialgia 
 
 
A dor lombar pode estar associada a doença
ginecológica. A dor nas costas pode ser
causada por doença ginecológica, vascular,
neurológica, psicogênica ou espondilogênica
(relacionada com o esqueleto axial e à sua
estrutura).
 
As as mulheres com síndrome de dor
lombar têm dor que ocorre após
traumatismo ou esforço físico, pela manhã
ao despertar ou com a fadiga. A dor lombar
não ginecológica pode intensificar-se com o
ciclo menstrual. O exame consiste em
inspeção, avaliação com movimento e
palpação. Várias estruturas anatômicas na
coluna vertebral devem ser cogitadas como
local de origem da dor. Músculos,
articulações vertebrais e discos (inclusive a
junção lombossacral, os músculos
sacroespinais paravertebrais e as
articulações sacroilíacas) são locais comuns
de origem de dor espondilogênica que
devem ser examinados com atenção.
 
Síndrome de dor lombar 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
Tratamento da dor pélvica crônica 
Intensidade da dor;
sangramento vaginal;
eventos que desencadeiam dor;
 
 
O tratamento em mulheres com dor crônica
deve ser terapêutico, otimista, de apoio e de
compreensão. A paciente deve ser orientada
a preencher um formulário de avaliação
diária da dor depois da primeira consulta. O
formulário é composto de:
1.
2.
3.
 
A oferta de consultas de acompanhamento
periódicas é preferível à instrução para que
a paciente só retorne em caso de
persistência da dor, porque esta última
reforça o comportamento de dor. Devem
ser ensinadas estratégias específicas de
controle da dor com uso de condutas
cognitivo comportamentais ou de técnicas
como meditação de atenção plena ou ioga.
As pacientes devem aprender recursos que
aumentem as oportunidades de controle da
dor. A psicoterapia é indicada nas mulheres
com depressão acentuada, dificuldades
sexuais ou indicações de trauma no
passado. 
 
Quando pensamos em equipe
multiprossional estamos nos referindo a
ginecologista, psicólogo e fisioterapeuta e
pode incluir anestesiologista para bloqueios
anestésicos especializados. 
Tratamento multiprofissional 
 
 
Todas as pacientes com dismenorreia ou
dor que se agrava na fase lútea ou
menstrual devem ser tratadas com agentes
hormonais para inibir a ovulação e/ou a
menstruação.Pacientes com dor neurpática
ou evidências de sensibilização central ou
dor miofascial apresenta um bom resultado
a dose baixa de antidepressivo tricíclico,
vários anticonvulsivantes ou inibidores
seletivos da recaptação de
serotonina/norepinefrina costumam ser
eficazes, sobretudo se combinados à terapia
cognitivo-comportamental. Esses agentes
farmacológicos reduzem o limiar de disparo
do nervo e ajudam a diminuir o uso de
medicamentos narcóticos, aumentando a
atividade e aliviando o impacto que a dor
tem sobre o estilo de vida global das
mulheres.
 
Anticonvulsivantes como gabapentina ou
pregabalina são úteis no tratamento da DPC.
A gabapentina mais amitriptilina foi mais
eficaz que a amitriptilina isolada. O
aprendizado dos bloqueios anestésicos dos
nervos ilioinguinal, ilio-hipogástrico e
pudendo e das injeções nos pontos-gatilho é
fácil, e o ginecologista pode usá-los com
liberalidade quando conveniente para que
se diminuam os sinais neurais.
 Intervenções farmacológicas
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
OBJETIVO 3
Gonorreia;
Clamídia;
Sifilis;
HIV;
Hepatite B e C.
 
É necessário estabelecer uma relação de
confiança entre o profissional de saúde e
a pessoa com IST para garantir a
qualidade do atendimento, a adesão ao
tratamento e a retenção no serviço. Para
tanto, o profissional deve promover
informação/educação em saúde e
assegurar um ambiente de privacidade,
tempo e disponibilidade para o diálogo,
garantindo a confidencialidade das
informações. 
 
A anamnese, a identificação das
diferentes vulnerabilidades e o exame
físico são importantes na abordagem das
pessoas com IST. Sempre que disponível,
devem ser realizados exames para:
 
1.
2.
3.
4.
5.
 
OBS: As amostras para os exames rápidos
ou laboratoriais indicados devem ser
colhidos no momento da primeira consulta.
 
Vale lembrar que muitos pacientes com
IST não buscam tratamento porque são
assintomáticas (a maioria) ou têm sinais e
sintomas leves e não percebem as
alterações. As pessoas sintomáticas
podem preferir tratar-se por conta
própria ou procurar tratamento em
farmácias ou junto a curandeiros
tradicionais. Mesmo aqueles que buscam
atendimento na unidade de saúde
podem não ter uma IST corretamente
diagnosticada ou tratada.
 
As Infecções Sexualmente Transmissíveis
(IST) são causadas por vírus, bactérias ou
outros microrganismos. A principal via de
transmissão é o contato sexual (oral,
vaginal, anal) sem o uso de preservativo
masculino ou feminino, com uma pessoa
que esteja infectada. Sendo possível,
também, a transmissão da mãe para a
criança durante a gestação, o parto ou a
amamentação.
 
Não é segredo que as IST's no Brasil
estão em alta, nesse cenário os testes
rápidos no contexto da Atenção Básica
de Saúde, tornam-se um aliado para a
detecção precoce de hepatite, sífilis e hiv,
possibilitando que uma maior demanda
de população seja atendida pelos
profissionais da saúde, com agilidade e
eficiência de resultados a partir do
desenvolvimento e avanço tecnológico
envolvidos em sua produção a fim de
iniciar o tratamento o mais rápido
possível e evitar transmissões verticais e
horizontais. 
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
 
As IST podem se manifestar por meio de
feridas, corrimentos e verrugas
anogenitais, entre outros possíveis
sintomas, como dor pélvica, ardência ao
urinar, lesões de pele e aumento de
ínguas. Podem aparecer em lugares
diferentes do corpo, como: órgão genital,
palma das mãos, olhos e língua. 
Aparecem no pênis, vagina ou ânus;
Podem ser esbranquiçados,esverdeados
ou amarelados;
Podem ter cheiro forte e/ou causar
coceira;
Pode vir acompanhado de dor ao urina
ou na relação sexual.
 
Características marcantes: 
1.
2.
3.
4.
São causadas pelo Papilomavírus
Humano (HPV) e podem aparecer em
forma de couve-flor, quando a infecção
está em estágio avançado;
Em geral, não doem, mas pode ocorrer
irritação ou coceira.
 
Características marcantes: 
1.
2.
 
Verrugas anogenitais
Aparecem nos órgãos genitais ou em
qualquer parte do corpo, com ou sem
dor;
Os tipos de feridas são muito variados e
podem se apresentar como vesículas,
úlceras e manchas, entre outros;
Podem ser manifestações da sífilis,
herpes genital, cancroide (cancro mole),
donovanose e linfogranuloma venéreo.
 
Características marcantes: 
1.
2.
3.
É outra forma de manifestação clínica
das IST;
Decorre, principalmente, de gonorreia e
clamídia não tratadas;
Atinge os órgãos genitais internos da
mulher (útero, trompas e ovários),
causando inflamações.
 
Características marcantes: 
1.
2.
3.
 
Sintomas das IST's
Corrimentos
Feridas
Doença inflamatória PélvicaSintomas das IST's
 
A sífilis é uma infecção bacteriana {agente
etiológico é o Treponema pallidum,
subespécie pallidum} sistêmica, crônica,
curável e exclusiva do ser humano.
Quando não tratada, evolui para estágios
de gravidade variada, podendo acometer
diversos órgãos e sistemas do corpo -
principalmente sistema nervoso e
cardiovascular-.
 
A maioria das pessoas com sífilis são
assintomáticas; quando apresentam
sinais e sintomas, muitas vezes não os
percebem ou valorizam, e podem, sem
saber, transmitir a infecção às suas
parcerias sexuais. 
Sintomas das IST'sSífilis Adquirida
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
 
 
A transmissão da sífilis depende da sua
classificação clínica, sendo mais
transmissível nos estágios iniciais (sífilis
primária e secundária), diminuindo
gradualmente com o passar do tempo (sífilis
latente recente/ tardia). Essa maior
transmissibilidade explica-se pela riqueza de
treponemas nas lesões, comuns na sífilis
primária (cancro duro) e secundária (lesões
muco-cutâneas). As espiroquetas penetram
diretamente nas membranas mucosas ou
entram por abrasões na pele. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em gestantes, a taxa de transmissão vertical
de sífilis para o feto é de até 80% intraútero.
Essa forma de transmissão ainda pode
ocorrer durante o parto vaginal, se a mãe
apresentar alguma lesão sifilítica. A infecção
fetal é influenciada pelo estágio da doença
na mãe (maior nos estágios primário e
secundário) e pelo tempo em que o feto foi
exposto.
 
OBS: Na gestação, a sífilis pode apresentar
consequências severas, como abortamento,
prematuridade, natimortalidade,
manifestações congênitas precoces ou tardias
e/ou morte do recém-nascido (RN).
 
Trasmissão da sífilis
Sifílis recente {primária, secudária e
latente recente}: até um ano de
evolução.
Sifílis tardia {latente tardia e terciária}:
mais de um ano de evolução.
Sifílis primária: 
Tempo de incubação é de dez a 90 dias;
observa-se úlcera rica em treponemas,
geralmente única e indolor, com borda
bem definida e regular, base endurecida
e fundo limpo, que ocorre no local de
entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina,
colo uterino, ânus, boca, ou outros locais
do tegumento);
duração variavel de três a oito semanas,
e seu desaparecimento independe de
tratamento. 
Sifílis secundária: 
ocorre em média entre seis semanas a
seis meses após a cicatrização do
cancro;
as lesões podem ocorrer em
concomitância com a manifestação
primária;
observa-se erupção macular eritematosa
pouco visível (roséola), principalmente
no tronco e raiz dos membros. Nessa
fase, são comuns as placas mucosas,
assim como lesões acinzentadas e
pouco visíveis nas mucosas. As lesões
cutâneas progridem para lesões mais
evidentes, papulosas eritemato
acastanhada;
mais a frente, podem ser identificados
condilomas planos nas dobras mucosas,
especialmente na área anogenital. 
 
 
É dividida em estágios que serve para
orientar tratamento e monitoramento.
 
1.
2.
 
1.
2.
3.
 
1.
2.
3.
4.
Classificação clínica da sífilis
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
Sifílis latente: 
período em que não se observa nenhum
sinal ou sintomas;
O diagnóstico faz-se exclusivamente pela
reatividade dos testes treponêmicos e
não treponêmicos.A maioria dos
diagnósticos ocorre nesse estágio;
A sífilis latente é dividida em latente
recente (até um ano de infecção) e
latente tardia (mais de um ano de
infecção).
 
 
1.
2.
3.
Sifílis terciária: 
 ocorre aproximadamente em 15% a
25% das infecções não tratadas, após
um período variável de latência,
podendo surgir entre 1 e 40 anos depois
do início da infecção;
apresenta provoca destruição tecidual;
verifica-se a formação de gomas sifilíticas
(tumorações com tendência a
liquefação) na pele, mucosas, ossos ou
qualquer tecido;
As lesões podem causar desfiguração,
incapacidade e até morte.
 
 
1.
2.
3.
4.
Exames diretos de sífilis: São aqueles
que se realiza a pesquisa ou detecção
do T. pallidum em amostras coletadas
diretamente das lesões.
Testes imunológicos de sífilis: São os
mais usados na prática clínica, é
realizado a partir da pesquisa de
anticorpos em amostras de sangue total,
soro ou plasma. Esses testes são
subdivididos em duas classes, os
treponêmicos e os não treponêmicos. 
Testes treponêmicos: são os testes
que detectam anticorpos específicos
produzidos contra os antígenos de T.
pallidum. São os primeiros a se
tornarem reagentes, podendo ser
utilizados como primeiro teste ou teste
complementar. Existe diferentes tipos
de teste: teste rápido, testes de
hemaglutinação e teste de
imunofluorescência indireta.
Testes não treponêmicos: são testes
que detectam anticorpos anticardiolipina
não específicos para os antígenos do T.
pallidum. Permitem a análise qualitativa
e quantitativa. Sempre que um teste não
treponêmico é realizado, é
imprescindível analisar a amostra pura e
diluída, em virtude do fenômeno
prozona. Os testes não treponêmicos
são utilizados para o diagnóstico (como
primeiro teste ou teste complementar) e
também para o monitoramento da
resposta ao tratamento e controle de
cura.
 
 
Os testes utilizados para o diagnóstico de
sífilis são divididos em duas categorias:
exames diretos e testes imunológicos. 
 
 
1.
2.
Métodos diagnósticos
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A benzilpenicilina benzatina é o
medicamento de escolha para o tratamento
de sífilis, sendo a única droga com eficácia
documentada durante a gestação. Outras
opções seriam doxiciclina e a ceftriaxona,
devem ser usadas somente em conjunto
com um acompanhamento clínico e
laboratorial rigoroso, para garantir resposta
clínica e cura sorológica.
 
Recomenda-se tratamento imediato, com
benzilpenicilina benzatina, após apenas um
teste reagente para sífilis (teste treponêmico
ou teste não treponêmico). Para pacientes
sintomáticos com suspeita de sífilis primária
e secundária e impossibilidade de realização
de qualquer teste diagnóstico, recomenda-
se tratamento empírico imediato para sífilis
recente, assim como para as respectivas
parcerias sexuais. 
Tratamento
Baixo risco: tipos 6, 11, 40, 42, 43, 44,
54, 61, 70, 72 e 81. 
Alto risco: tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39,
45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82.
O papilomavírus humano é um DNA-
vírus de cadeia dupla, não encapsulado,
membro da família Papovaviridae. Infecta
epitélios escamosos e pode induzir uma
grande variedade de lesões
cutaneomucosas, tem sua transmissão
por qualquer tipo de atividade sexual e,
excepcionalmente, durante o parto, com
a formação de lesões cutaneomucosas
em recém-nascidos ou papilomatose
recorrente de laringe.
 
Os tipos de HPV que infectam o trato
genital são divididos em dois grupos, de
acordo com o potencial oncogênico e
com as lesões às quais costumam estar
associados: 
1.
2.
 
O tempo médio entre a infecção pelo
HPV de alto risco e o desenvolvimento do
câncer cervical é de aproximadamente 20
anos, de acordo com o tipo do vírus, sua
carga viral, sua capacidade de
persistência e o estado imunológico do
hospedeiro. 
HPV
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As alterações são detectadas pelo exame
preventivo de câncer de colo do útero, por
meio de lupas, corantes e colposcopia,
acompanhada ou não de biópsia. Os tipos
virais de baixo risco oncogênico são
geralmente associados a padrão de lesões
escamosas de baixo grau. 
 
Os tipos de alto potencial oncogênico são
em geral associados a lesões intraepiteliais
escamosas de alto grau correspondendo à
histopatologia aos quadros de displasia
moderada, grave ou carcinoma in situ –
também denominadas neoplasias
intraepiteliais cervicais grau 2 (NIC 2) ou grau
3 (NIC 3). 
Apresentações subclínicas do HPV
 
 
O diagnóstico das verrugas anogenitais é
tipicamente clínico. As mulheres com
verrugas anogenitais requerem um exame
ginecológico completo, incluindo o exame
preventivo de câncer de colo do útero e,
quando indicada pelas alterações
citológicas, colposcopia, acompanhada ou
não de biópsia. Pacientes com lesões anais,
idealmente, devem ter um exame
proctológico com anuscopia e toque retal. 
Diagnóstico do HPV
Verrugas anogenitais: O objetivo do
tratamento das verrugas anogenitais é a
destruição das lesões identificáveis.
Apesar de haver recomendação de
tratamento, não há evidência de que os
tratamentos disponíveis modifiquem a
história natural da infecção pelo HPV. O
tratamento deve ser individualizado,
considerando as características das
lesões, a disponibilidade de recursos, os
efeitos adversos e a experiência do
profissional. Em se tratando de uma
doença em geral autolimitada, devem
ser evitados tratamentos que gerem
cicatrizes desfigurantes.
Tratamento domiciliar: São
imprescindíveis instruções detalhadas
sobre a forma de aplicação e as
potenciais complicações. Como
autotratamentos já incorporados ao
SUS, têm-se o imiquimode e a
podofilotoxina. O imiquimode apresenta
menos efeitos locais que a
podofilotoxina, mas implica maior tempo
de tratamento. {Imiquimode 50mg/g
creme: é um modulador da resposta
imunológica pela indução do interferon
alfa e de outras citocinas}. Para as
verrugas externas genitais/anais, as
aplicações devem ser realizadas em dias
alternados (três vezes por semana), O
tratamento com imiquimode deve ser
mantido até o desaparecimento das
verrugas ou por um período máximo de
16 semanas a cada episódio de verruga. 
 
 
1.
2.
Tratamento
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A infecção pelo HIV envolve diversas
fases, com durações variáveis, que
dependem da resposta imunológica do
indivíduo e da carga viral. A primeira fase
da infecção (infecção aguda) é o período
do surgimento de sinais e sintomas
inespecíficos da doença, que ocorrem
entre a primeira e terceira semana após a
infecção. A fase seguinte (infecção
assintomática) pode durar anos, até o
aparecimento de infecções oportunistas.
 
As estratégias para testagem do HIV têm
o objetivo de melhorar a qualidade do
diagnóstico da infecção pelo vírus e, ao
mesmo tempo, fornecer uma base
racional para assegurar que esse
diagnóstico seja realizado o mais
precocemente possível, de forma segura
e com rápida conclusão. 
HIV
 
Úlceras genitais (UGs) são lesões
localizadas na vulva, vagina ou colo
uterino com perda de tecido, envolvendo
a epiderme e a derme ou apenas a
epiderme. As UGs podem se apresentar
em tamanho e número variados, quase
sempre associadas a processo
inflamatório. Acomete uma parcela
significativa da população feminina, tendo
sua lesão mais comum, quando de causa
infecciosa, associada ao vírus do herpes
simples.
Úlceras Genitais
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tempo e forma da evolução;
localização;
Aspecto: tamanho, profundidade, grau
de inflamação;
Presença de linfadenomegalia regional
e/ou a distância;
Aparecimento concomitante de outras
lesões no corpo e na boca;
Presença de fator desencadeante:
trauma, uso de medicamentos, outras
pessoas com o mesmo quadro;
Presença de doenças sistêmicas.
 
 
O diagnóstico etiológico das UGs feminina
nem sempre é fácil de ser realizado. Entre
outras causas, o tempo decorrido entre o
início dos sintomas e aprocura ao serviço
de saúde habitualmente é longo. A nossa
prática, mesmo nos casos em que há a
necessidade de fazer o tratamento
sindrômico, recomenda fazer a pesquisa dos
possíveis agentes etiológicos. As dificuldades
dos serviços de saúde não justificam uma
prática simplista de ignorar e não se
preocupar em tentar identificar a causa da
doença.
 
No processo de investigação deve ser levado
em conta:
 
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
 
Dependendo da localização, considerar a
prevalência mais frequente das doenças
para o tratamento, uma vez que, como já foi
dito, o diagnóstico complementar não é
suficiente para identificar o agente causal
em aproximadamente 50% dos casos. O
tratamento deve ser feito imediatamente,
levando em consideração os sintomas.
 
 
O herpes genital (HG) é uma doença
sexualmente transmissível de alta
prevalência em nosso meio. O herpes
simples vírus (HSV) pode provocar lesões na
pele e nas mucosas dos órgãos genitais
masculinos e femininos. O HG manifesta-se
por pequenas vesículas que se agrupam nos
genitais. Sua disseminação está associada
com o sistema imunológico do paciente,
sendo falta de sono, traumas, trabalho
excessivo, uso de drogas, constrangimentos
emocionais, má alimentação (desnutrição),
aids (síndrome da imunodeficiência
adquirida), uso de altas doses de corticoide,
neoplasias, quimioterapia, entre outras, são
as principais causas de imunossupressão.
 
Caracterizam-se por apresentar ardor,
prurido, formigamento e adenomegalia, que
podem anteceder a erupção cutânea.
Hiperemia aparece alguns dias após e
depois evoluem para vesículas agrupadas,
que, depois, se rompem formando
exulceração dolorosa seguida de
cicatrização. Possui um diagnóstico
essencialmente clínico (anamnese e exame
físico). A cultura e a biópsia são raramente
utilizadas, pois sua sensibilidade diminui
com a duração da lesão.
Podem ser classificadas por infecção
sexualmente transmissíveis (ISTs) e UGs
não relacionadas às ISTs. 
Diagnóstico 
Principais causas relacionadas a IST'S
Herpes genital
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O cancro mole é uma doença infecciosa
aguda de transmissão sexual e ulcerativa,
localizada nos genitais, pouco frequente em
nosso meio. É causado pelo cocobacilo (ou
bastonete curto) Gram-negativo
Haemophilus ducreyi, apresenta um período
de incubação de três a sete dias. Pequenas
pápulas dolorosas rapidamente se rompem
para formar úlceras rasas, com bordas
irregulares. Logo depois, ocorre erosão
fagedênica, que ocasionalmente leva à
destruição tecidual acentuada. Os
linfonodos inguinais se tornam dolorosos,
aumentados e aderidos entre si e podem
formar um abscesso com flutuação (bubão)
na virilha. 
 
Os regimes de tratamento recomendados
pelo Ministério da Saúde são azitromicina
500 mg, dois comprimidos, VO, em dose
única, ou ceftriaxona 500 mg, IM, em dose
única. Como segunda opção, usa-se também
ciprofloxacino 500 mg, um comprimido, VO,
 
 
É uma IST crônica ulcerativa também
conhecida como granuloma venéreo. É
causada pela bactéria Gram-negativa
intracelular Klebsiella granulomatis, possui
um período de incubação de oito a seis
meses, apresenta lesão nodular em número
variável, que evolui para úlcera. A lesão é
não dolorosa e altamente vascularizada,
sangrando facilmente com o contato.
 
O tratamento é feito com doxiciclina 100 mg,
um comprimido, VO, duas vezes ao dia, por
pelo menos 21 dias ou até o
desaparecimento completo das lesões. O
critério de cura é o desaparecimento da
lesão, não tendo sido relatada infecção
congênita. Devido à baixa infectividade, não
é necessário fazer o tratamento das
parcerias sexuais. 
Cancro mole
Donovanose
Primoinfecção: Aciclovir 400 mg, três
vezes ao dia (7 a 14 dias); Valaciclovir
1.000 mg, duas vezes ao dia (7 a 14 dias);
Fanciclovir 250 mg, três vezes ao dia (7 a
14 dias);
 Recorrência: Aciclovir 400 mg, três vezes
ao dia (cinco dias); Valaciclovir 500 mg,
duas vezes ao dia (cinco dias); Fanciclovir
125 mg, duas vezes ao dia (cinco dias);
 Supressão: Aciclovir 400 mg, uma vez ao
dia (seis meses); Valaciclovir 500/1.000 mg,
uma vez ao dia (seis meses); Fanciclovir
250 mg, duas vezes ao dia (seis meses); 
Não existe ainda tratamento eficaz para a cura
da doença. O tratamento tem por objetivo
diminuir as manifestações da doença ou
aumentar o intervalo entre as crises. As
drogas antivirais mais comumente são:
1.
2.
3.
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OBJETIVO 4
Identificação completa;
queixa principal ;
história da doença atual;
antecedentes patologicos e familiares;
hábitos de vida;
perfil psicossocial.
 
 
 
O roteiro da anamnese ginecológica não é
diferente dos demais, o que altera é que
terá foco principalmente nos antecedentes
ginecológicos e obstétricos da pacientes.
Dessa forma a anmnese contará com:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
 
Os antecedentes ginecológicos e obstétricos
são itens da anamnese muito importantes
para o ginecologista. Ao não abordar algum
dos conteúdos deste item, pode-se perder
uma informação fundamental para
estabelecer as hipóteses diagnósticas mais
adequadas e compreender o que se passa
com a paciente. Inicia-se perguntando sobre
a primeira menstruação (menarca) e sobre
os ciclos menstruais subsequentes, sua
regularidade, intervalo, duração, intensidade
do fluxo, cólicas ou outros sintomas
associados, atrasos menstruais, data da
última menstruação e se ela teve as
características habituais ou foi atípica. Se a
paciente já parou de menstruar, anota-se
também a data da menopausa. Se for
possível, resgatam-se dados sobre o
desenvolvimento puberal (telarca, pubarca).
Quando indicado, investigam-se sintomas
climatéricos, em especial, alterações
menstruais e uso de terapia hormonal. 
É importante também abordar a vida sexual
da paciente e questionar os antecedentes
obstétricos. 
Anamnese
Inspeção estática: Com a paciente
ereta ou sentada e com os membros
superiores dispostos, será observado as
mamas quanto ao tamanho,
regularidade de contornos, forma,
simetria, abaulamento, pigmentação
areolar, morfologia da papila e circulação
venosa. 
Inspeção dinâmica: É pedido para
paciente qie eleve os membros
superiores ao longo do segmento
cefálico e observa-se as mamas quanto
aos itens da inspeção estática. Em
seguida, pede-se à paciente que
estenda os membros para frente e
incline o tronco de modo que as mamas
fiquem pêndulas, perdendo todo o apoio
da musculatura peitoral, quando,
novamente, observa-se as mamas
quanto aos itens citados, anteriormente.
No terceiro tempo desta fase, pede-se
que a paciente apoie as mãos e
pressione as asas do ilíaco,
bilateralmente. O objeyivo dessa
manobras é observar se existe
abaulamentos e retrações.
Palpação: É realizada em duas etapas.
Ainda com a paciente sentada, faz-se a
palpação das cadeias linfáticas cervicais,
supra e infra-claviculares e axilares. a
mão direita do examinador palpa a
região axilar esquerda da paciente,
estando esta com o membro superior
 
 
O exame ginecológico engloba o exame das
mamas, anexos uterinos, o exame da vulva,
vagina e útero. 
 
Para deixar o exame de mama mais
dinâmico podemos dividi-lo em três
momentos: inspeção estática, inspeção
dinâmica e palpação. 
1.
2.
3.
Exame de mama
SAÚDE DA MULHER, SEXUALIDADE HUMANA E PLANEJAMENTO FAMILIAR- UNIME
 homolateral à axila palpada apoiado no
braço esquerdo do examinador, deixando
desta forma a musculatura peitoral relaxada,
facilitando o exame. Na etapa seguinte, com
a paciente deitada em decúbito dorsal,
coloca-se um coxim sob a região a ser
palpada e pede-se que a mão
correspondente ao lado a ser palpado seja
colocada sob a cabeça quando, então, o
examinador faz a palpação dos diversos
quadrantes da mama, utilizando-se os
dedos e as palmas das mãos. Termina-se o
exame mamário, fazendo a expressão de
toda a glândula, desde a sua base até ao
mamilo.

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