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Classificado como Público Pergunta Desafio 1) “É triste! As pessoas passam de ônibus... pessoal de carro não olha muito... e ficam olhando e pensam: rapaz novo, em fila de albergue, tomando sopa... é vagabundo! Eles analisam assim. Pensam que amanhã a gente vai sair e vai roubar. Todo pessoal de albergue é injustiçado. Pensam que é ladrão, drogado, estuprador. A gente fica condenado. Quando a gente vê, tem sempre umas pessoas olhando. Por dentro, a gente fica magoado.” – depoimento de um morador de rua. Estudos sobre a representação que a população faz das pessoas em situação de rua mostram que há uma tendência a percebê-las como vagabundas, sujas, loucas, perigosas e coitadas. Dessas tipificações emergentes resultam atitudes que vão da total indiferença à hostil violência física. Tal conhecimento compartilhado materializa-se nas relações sociais desses indivíduos, servindo como material simbólico utilizado para a constituição de suas identidades. MATTOS, R. M.; FERREIRA, R. F. Quem vocês pensam que (elas) são? representações sobre as pessoas em situação de rua. Psicologia & Sociedade, v. 16, n. 2, p. 47-58, maio/ago. 2004 (adaptado). Nesse contexto, apresente uma estratégia direcionada à modificação das representações sociais acerca das pessoas em situação de rua. RESPOSTA Os moradores em condição rua na maioria das vezes realmente são julgados como pessoas vagabundas, sujas, loucas, perigosas e coitadas. Só que os julgadores também na maioria das vezes não tentam olhar de outro ponto de vista e perceber que aquela pessoa que está “suja” talvez não queria estar nessa situação, mas acabou sendo obrigado. A pessoa julgada como “louca” talvez tenha tido somente essa opção para fugir da realidade. A pessoa “perigosa” talvez possa ser um homem que já roubou, mas largou essa vida, no entanto, agora possui essa etiqueta tampando sua história, tampando seu rosto, tampando seus direitos e suas necessidades como ser humano. Cada dia que passa durante a minha graduação, percebo o quanto a educação é uma base essencial para qualquer um e como ela pode impactar a vida de uma pessoa de forma positiva. Se desde pequenos as crianças fossem ensinadas a como respeitar um morador em condição de rua, entender que há uma vida e toda uma história em cada pessoa que vive nessa situação, também fossem ensinados que há Classificado como Público pessoas que querem morar nessa condição de rua, outras acabaram de perder o emprego, outras tiveram uma crise que não souberam lidar e não receberam a ajuda adequada e acabou indo parar nas ruas, ou seja, se fosse ensinado nas escolas mais sobre a vida dessas pessoas e mostrasse um pouco mais das suas histórias, a criança se tornaria um adulto mais consciente e menos preconceituoso. Para conscientizar a todos a secretaria de Assistência Social poderia fazer uma campanha de valorização à vida mostrando as pessoas em condição de rua e suas histórias. Quando uma campanha alcança a televisão, sites e a rádio, conseguem atingir um público muito grande e dessa forma poderia passar a histórias de pessoas que eram bem sucedidas e que agora estão em condição de rua, pessoas que tinham uma família e devido o vício na bebida acabou parando nas ruas, entre muitas outras histórias que podem ser contadas. Dessa forma, será possível perceber que qualquer pessoa pode acabar parando em uma situação como essa, pois não há uma regra para alguém morar em condição de rua. Campanhas como essa e ensinando as crianças e jovens a terem um olhar diferente e mais respeitoso sobre essas pessoas que vivem em condição de rua, tornarão muitas pessoas mais humanizadas. É importante também que ensinem sobre os direitos humanos e também como a desigualdade social tem um grande impacto nessas pessoas que vivem em condição de rua. Mesmo que só uma parte dessas pessoas consigam ter um olhar mais humanizado, será já um grande passo, pois as vezes um sorriso, um “bom dia”, fazer com que essas pessoas em condição de rua não se sintam mais invisíveis, essas simples mudanças já farão uma grande diferença. Pergunta Desafio
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