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FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: ORGANIZAÇÕES E POLÍTICAS PUBLICAS PERÍODO: 2012.2 PROFa. ADRIANA MARCELINO Página 1 de 10 VISITA AO HUSE REALIZADA NO DIA 28 DE NOVEMBRO DE 2012. GRUPO Teresa Cristina Pereira Rui Manuel Príncipe Patrícia Oliveira Fabíola Soares Santana Maria Juliana S.F.P. Alves Débora Liz Thiago Davis Bomfim dos Santos Valeria de Jesus FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: ORGANIZAÇÕES E POLÍTICAS PUBLICAS PERÍODO: 2012.2 PROFa. ADRIANA MARCELINO Página 2 de 10 1. Histórico: O Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE) foi inaugurado em 7 de novembro de 1986, mas começou a funcionar quase três meses depois, no dia 2 de fevereiro do ano seguinte. Depois de diversas ampliações, o maior hospital público de Sergipe possui em seu quadro funcional cerca de 2,8 mil servidores, entre efetivos, terceirizados e contratados. Há diversas especialidades como clínica geral, pediatria, ortopedia, cardiologia, oncologia, cirurgia geral, pediatria, plástica, torácica e vascular, endocrinologistas, gastroenterologistas, hematologistas, infectologistas e profissionais que atuam nas áreas de nefrologia, neurologia, oftalmologia, psiquiatria, urologia, radiologia, otorrinolaringologia, radioterapia, ultra-sonografia, pneumologia e proctologia, odontologia hospitalar e intensivista pediátrico. O complexo hospitalar possui profissionais de enfermagem, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares, nutricionistas, psicólogos, cirurgiões- dentistas, incluindo a especialidade de buco-maxilo-facial, biomédicos, farmacêuticos, fisioterapeutas, radioterapeutas, técnicos de radiologia, técnicos de laboratório, auxiliares laboratoristas, ajudantes-laboratoristas de Saúde, anestesiologistas, agentes de serviço de saúde, assistentes sociais e físico-médicos. Com um atendimento médio de 14 mil pacientes por mês somente nos setores de Urgência/Emergência, o HUSE compreende atualmente 13 alas de internação e capacidade física instalada de 421 leitos. O HUSE possui o maior Pronto-Socorro público do Estado. Além disso, hospital conta ainda com Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: ORGANIZAÇÕES E POLÍTICAS PUBLICAS PERÍODO: 2012.2 PROFa. ADRIANA MARCELINO Página 3 de 10 Centro de Tratamento Intensivo Pediátrico (CTI Pediátrica), Tomografia Computadorizada, Centro Cirúrgico e Pronto-Socorro Infantil. 2. Psicologia Hospitalar O HUSE dispõe de Serviço de Psicologia Hospitalar. Implantado em 2002, o serviço conta atualmente com dez psicólogos, cinco estagiários extracurriculares selecionados por meio de processo seletivo organizado pelo Centro de Educação Continuada do HUSE e mais um estagiário curricular encaminhado pela Universidade Tiradentes (Unit). Profissionais e estagiários atuam diretamente nas Alas de Internamento e unidades mais críticas do HUSE, como na Urgência/Emergência, Pronto-Socorro Infantil, Semi-Intensiva, Unidades de Terapia Intensiva e Tratamento de Queimados, além da Pediatria e do Centro de Oncologia. A equipe realiza reuniões técnicas mensais e faz o acompanhamento psicológico no leito, atendimento ambulatorial no Centro de Oncologia e emergencial a pacientes, além de suporte emocional a familiares, acompanhantes e visitantes. 3. Projetos O Serviço de Psicologia Hospitalar do HUSE realiza os seguintes projetos e ações: 3.1 Grupo de Mães FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: ORGANIZAÇÕES E POLÍTICAS PUBLICAS PERÍODO: 2012.2 PROFa. ADRIANA MARCELINO Página 4 de 10 O trabalho é desenvolvido mensalmente com as mães das crianças internadas na Ala 600 (Pediatria). São feitas palestras informativas e dinâmicas de grupo para diminuir a angústia das mães por conta do estado de saúde de seus filhos. 3.2 Roda da Conversa A partir dos relatos de experiências de pacientes infantis e adultos, os psicólogos dão sentido terapêutico à conversa e trabalham temas específicos durante uma hora por semana com pacientes e acompanhantes da Ala da Pediatria. 3.3 Passeio da Alegria Um grupo de cinco a dez crianças da Pediatria, acompanhadas das mães, participam de um passeio pelas áreas externas do HUSE. A ação terapêutica ajuda a criança a se sentir mais ativa e segura, proporcionando uma interação com o meio ambiente, saindo da unidade de internação. 3.4 Cine Pipoca Uma vez por semana, cerca de dez crianças da Pediatria se reúnem para assistir a filmes infantis na Videoteca do HUSE. A atividade é uma parceria entre o Serviço de Psicologia, Nutrição e a Coordenação de Enfermagem, com a participação dos acompanhantes. Após a exibição regada a muita pipoca, todos participam de uma discussão sobre o filme. FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: ORGANIZAÇÕES E POLÍTICAS PUBLICAS PERÍODO: 2012.2 PROFa. ADRIANA MARCELINO Página 5 de 10 3.5 Café com Idéias Encontro entre os profissionais de saúde e os psicólogos do HUSE para viabilizar a troca de experiências e uma melhoria dos serviços. O objetivo é integrar cada vez mais o Serviço de Psicologia e aos demais setores, com a discussão de temas relacionados à Psicologia voltados para um melhor atendimento aos pacientes. 3.6 Lanche Legal A proposta é despertar nas crianças a importância de uma boa alimentação e o valor nutritivo dos alimentos consumidos no hospital, através de um lanche especial e palestra com uma nutricionista. 3.7 Vamos ao Teatro Voltado à Pediatria e Oncologia, o projeto é realizado em parceria com o grupo de teatro SOS Alegria, formado por servidores do HUSE, para proporcionar às crianças que estão internadas no hospital um momento de lazer e alegria, auxiliando no tratamento terapêutico e reabilitação dos pacientes. 3.8 Contadores de Estórias Um grupo de voluntários visita os pacientes da Pediatria e Oncologia, contando estórias infantis e usando fantoches para estimular a fantasia e criatividade das crianças. FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: ORGANIZAÇÕES E POLÍTICAS PUBLICAS PERÍODO: 2012.2 PROFa. ADRIANA MARCELINO Página 6 de 10 3.9 Sala de Espera Um psicólogo faz acolhimento da família de pacientes que estão internados na UTI e Semi-intensiva no momento da visita, passando informações sobre o funcionamento dessas unidades e os cuidados especiais que estão sendo dados aos pacientes. 4. Relatório da visita No maior hospital público do estado de Sergipe, HUSE, nosso grupo foi recepcionada pela psicóloga Keysen que atua nesta instituição do SUS a mais de dois anos e que possui pós graduação de Clínica de Dor. Sempre guiadas pela referida psicóloga, a equipe percorreu a ala da enfermagem onde as enfermarias são identificadas por letras A, B, C e D, ou por numeração de 100 a 170. Lá estão alojados os pacientes pós cirúrgicos e/ou aqueles que estão aguardando pelo procedimento. No primeiro andar do prédio encontra-se a UTI e o Centro cirúrgico. No pronto socorro encontramos a ala vermelha. Neste local estão alojados os pacientes portadores de enfermidades consideradas de maior gravidade, a exemplo de AVC, infarto, tentativa de suicídio. A psicóloga enfatizou que não atua muito nesta ala pelo fato de que, os pacientes que lá se encontram estão quase sempre sob efeito de sedação. Seu trabalho se restringe ao aconselhamento familiar. Na ala seguinte, amarela, encontram-se os pacientes com enfermidades consideradas menos grave que os da ala vermelha.FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: ORGANIZAÇÕES E POLÍTICAS PUBLICAS PERÍODO: 2012.2 PROFa. ADRIANA MARCELINO Página 7 de 10 A visita seguinte foi a ala azul, onde se encontram pacientes aguardando a realização de exames. E por último, adentramos na ala verde onde se encontram os pacientes aguardando avaliação clínica. A psicóloga Keysen nos explicou que as cores das alas são utilizadas mundialmente para classificar o grau de risco das enfermidades. Esclareceu ainda que muito dos pacientes que estavam na entrada do pronto socorro poderiam ser atendidos pelos postos de saúde, tendo em vista ser o HSU um hospital para atendimento de alta complexidade. Caso isso ocorresse diminuiria, segundo ela, o fluxo de pessoas. Observamos que, neste caso, estaria sendo aplicada a cartilha do SUS. Contudo, as pessoas preferem ir diretamente ao HUSE por acreditarem mais no seu atendimento do que o realizado nos postos de saúde dos bairros. Na recepção visitamos, também, a sala reservada ao atendimento do serviço social. Fomos informados que este serviço é realizado em conjunto com o trabalho do psicólogo. Esse trabalho consiste em preparar os familiares para receberem notícias de acontecimentos desagradáveis, tais como enfermidades graves, amputações de membros. Também acompanham pessoas que tentaram suicídio, bem como seus familiares. Por último procuram confortar os familiares cujos pacientes vieram a óbito. FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: ORGANIZAÇÕES E POLÍTICAS PUBLICAS PERÍODO: 2012.2 PROFa. ADRIANA MARCELINO Página 8 de 10 4.1 Observações Verificamos que o trabalho psicossocial é de grande importância na valorização do paciente e seus familiares que ali se encontram vulneráveis ao sofrimento tanto físico quanto emocional. A atuação desses profissionais está focada no tripé paciente-família-equipe, com práticas baseadas nos preceitos do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Psicologia no Contexto Hospitalar. Utilizam como instrumento principal de trabalho a escuta qualificada daqueles que se encontram em sofrimento psíquico, decorrente do impacto do diagnóstico, de seu processo de adoecimento e hospitalização. 5. Críticas As políticas públicas se destacam hoje porque estão ligados ao mundo social e neste campo vem a saúde que é a maior preocupação do país, estados e municípios. São ações do governo e, todos os setores tem uma real situação quando se fala em saúde. A causa maior é justamente voltada à classe baixa, pobres que esperam ser atendidos num período curto de tempo. O Brasil desde sua constituição de 1988 já embutia em suas ações as políticas públicas para o bem estar da população, mas ainda hoje tudo continua e as dificuldades são muitas e o país encontra entraves dos quais não podem solucionar, porque a população é carente, desmotivada e, muitos ainda até analfabetos. Os médicos são poucos, pois há lugares de nosso país que a medicina está fora de alcance. FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: ORGANIZAÇÕES E POLÍTICAS PUBLICAS PERÍODO: 2012.2 PROFa. ADRIANA MARCELINO Página 9 de 10 E como ainda queremos trabalhadores motivados para o trabalho? A mão de obra sem saúde não pode usar de sua força. Existe ainda o que chamamos de alimento básico para uma saúde e um rendimento eficaz. O arroz e feijão na mesa do trabalhador está ficando cada vez mais escasso, em virtude também do salário não suportar a compra de outros alimentos. Uma família que deseja ter uma saúde perfeita, com certeza precisa, primeiro comer, simplesmente comer. Ninguém consegue trabalhar de estômago vazio. A medicina em muitos locais já procuram alternativas de alimentos produtivos de fácil acesso as pessoas carentes. Continuamos a ver hospitais sucateados, filas enormes às portas de prontos-socorros, macas nos corredores, mau atendimento e desrespeito aos usuários. A administração pública é antes de tudo burocrática e incompetente, e muitas vezes corrupta. De fato, é obrigação, do Estado, oferecer serviços de saúde aos que não podem pagar por eles, mas não a de geri-los. 6. Considerações Finais A Saúde Pública no país melhorou muito. O Brasil de hoje é outro. A população mais do que triplicou e migrou para o espaço urbano. FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: ORGANIZAÇÕES E POLÍTICAS PUBLICAS PERÍODO: 2012.2 PROFa. ADRIANA MARCELINO Página 10 de 10 Apesar de tudo, a assistência médica se disseminou pelo país. Precária, perdulária, desigual, mal organizada, alvo de manipulação a serviço de interesses políticos e de administradores corruptos, é verdade. Contudo, jamais tantos tiveram acesso a ela. Até em pontos distantes do território e em cidades com milhões de habitantes, a maioria das mães consegue levar os filhos ao médico. Muitas vezes, precisam acordar de madrugada e esperar horas pelo atendimento, mas eles não passam a infância sem pediatra, como antes. Mesmo os hospitais públicos, em grande parte administrados precariamente, apresentam ilhas de excelência em alguns serviços oferecidos a pessoas que jamais poderiam sonhar em pagar por eles. O Programa de Vacinações é um dos maiores programas gratuitos do mundo; cobre a quase totalidade das crianças e se torna cada vez mais completo. O Programa de Tratamento da AIDS é referência mundial. A distribuição gratuita de antivirais mudou o panorama da doença não apenas no Brasil, mas serve de modelo para os países africanos e asiáticos mais assolados pela epidemia. Vale ressaltar que em nosso país há muita desigualdade e injustiça social, em especial na distribuição de renda, com excessiva concentração dos meios de produção, e imensos contingentes populacionais vivendo de forma sub-humana.
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