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5° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Exames Laboratoriais UCXV Resistência Bacteriana Gram Direcionar a antibioticoterapia Mais comuns: sangue, pele, etc Demora 16-36h para crescer a amostra semeada Principais bactérias patogênicas Gram positivos: Cocos o Estafilococos o Estreptococos o Enterococos Bacilos Gram negativos: a maioria são bacilos, alguns são cocobacilos Fermentadores de glicose (enterobactérias): podem ser realizadas as provas bioquímicas por meio de meios de cultura e alteração das cores o E coli, Klebsiella, Proteus Não fermentadores de glicose o Pseudomonas Antibiograma Quanto maior o halo, melhor: quer dizer que o ATB fez seu efeito para a bactéria Sensível: usa Intermediário: resposta duvidosa Resistente: não usa A resistência a determinado antimicrobiano pode constituir uma propriedade intrínseca de uma espécie bacteriana ou uma capacidade adquirida. Para adquirir resistência, a bactéria deve alterar seu DNA, material genético. Os genes de resistência quase sempre fazem parte do DNA de plasmídeos extracromossômicos, que podem ser transferidos entre microrganismos. Alguns genes de resistência fazem parte de unidades de DNA denominadas transposons que se movem entre cromossomos e plasmídeos transmissíveis. Resistência intrínseca: Proteus: naturalmente resistente a nitrofurantoína Resistência adquirida: Varia de acordo com bactéria e região Muito comum 5° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ARM 2025.1 Mecanismos de resistência em gram positivos MLS (genes erm ou msrA) – Staphylococcus aureus Streptococcus beta-hemolíticos. A resistência MLS pode ser constitutiva ou induzível, dependendo da exposição aos macrolídeos. Trata-se da resistência à eritromicina e clindamicina. A resistência a estes antibióticos ocorre devido a três mecanismos: modificações no alvo de ligação no ribossomo; efluxo ativo; ou inativação enzimática da droga. MRSA/MRS (gene mecA) – Staphylococcus aureus resistente à oxacilina ou S. lugdunensis e S. coagulase negativa. O mecanismo de resistência está relacionado à alteração de proteínas ligadoras de penicilina (PBP), codificada pelo gene mecA. A presença da PBP2a faz com que a meticilina e os compostos penicilinaseresistentes tenham baixa afinidade pelo local de ligação na bactéria, a parede celular, e por consequência deixem de ser efetivos. Cepas MRSA são sempre resistentes: a antibióticos β-lactâmicos; a todas as cefalosporinas, inclusive as de quarta geração; aos carbapenêmicos, independentemente do resultado obtido no antibiograma. Os glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina) são as drogas clássicas de escolha para o tratamento de infecções causadas por MRSA. Outras classes mais recentes de antimicrobianos, como as oxazolidinonas (linezolida) podem ser opções no tratamento de cepas MRSA. Porém são necessários estudos que avaliem a sua eficácia em infecções graves como as bacteremias. VRSA (gene vanA) – Staphylococcus aureus resistente à vancomicina. O mecanismo de resistência nessas cepas se dá pela existência de um espessamento importante da parede celular bacteriana do S. aureus Enterococcus spp. Não precisa saber Resistência à ampicilina e penicilina – Não-beta- lactamase-mediada: devido à alteração de PBPs (proteínas de ligadoras de penicilina) – mais frequente; Resistência à ampicilina e penicilina – Beta-lactamase- mediada: a resistência à ampicilina e penicilina também pode ser atribuída à produção de beta- lactamase, descrita quase que exclusivamente para o E. faecalis e atribuída, na maioria dos casos, à aquisição do óperon responsável pela produção de beta-lactamase do Staphylococcus aureus; Altos níveis de resistência a aminoglicosídeos (HLAR – High-level Resistance to Aminoglycosides): resistência plasmídio-mediada com a aquisição de novos genes que codificam enzimas que promovem modificações nos aminoglicosídeos. VRE – Enterococcus resistente à Vancomicina (e, às vezes, Teicoplamina). Mecanismos de resistência em gram negativos Aminoglicosídeos – modificação enzimática é o mecanismo mais comum de resistência aos aminoglicosídeos. Este tipo de mecanismo pode resultar em alto grau de resistência a estes agentes antimicrobianos. Os genes responsáveis por esta resistência encontram- se geralmente em plasmídios ou transposons. Atualmente, mais de 50 enzimas modificadoras de aminoglicosídeos já foram descritas. β-lactamases – as ß-lactamases são enzimas que catalisam a hidrólise do anel ß-lactâmico, impossibilitando a atividade antimicrobiana. β-lactamases AmpC – Grupo CESP (Citrobacter freundii, Enterobacter sp, Serratia marcescens e Providencia sp) e outras (Morganella morganii, Pseudomonas aeruginosa, Stenotrophomonas maltrophilia etc) podem expressar gene ampC constitutivamente. Outras bactérias podem adquirir este mecanismo através de plasmídios. Até 3ª geração. β-lactamases de espectro ampliado (ESBL) – agem até 4ª geração e monobactâmicos. Carbapenemases (β-lactamases) Serinocarbapenemases – tem como sítio ativo a serina. KPC, OXA, IMI, etc Metalobetalactamases – são cátion-dependentes. Culturas de vigilância Culturas de vigilância são as culturas coletadas de pacientes com risco de estarem colonizados por microorganismos multirresistentes. Mecanismo de Resistência: Gram positivas: VRSA, resistente à ampicilinas e penicilinas, MLS, MRSA, VRE Gram negativas: carbapenemase, AmpC, ESBL 5° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ARM 2025.1 Tipo de Resistência ATB que atinge MLS Clindamicina Eritromicina MRSA Oxacilina Beta-lactâmicos VRE Vancomicina VRSA Vancomicina Teicoplanina Ampicilina e penicilina Ampicilina e penicilina AmpC Até beta-lactâmicos de 3° geração ESBL Até beta-lactâmicos de 4° geração Monobactâmicos Carbapenemase Todos os betalactâmicos Paciente hospitalizado com S. aureus: oxacilina é a primeira opção terapêutica Se é resistente ao MRSA/oxacilina → usa-se vancomicina/teicoplanina Se é resistente ao VRSA/vancomicina → usa-se linezolida 5° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ARM 2025.1
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