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Neo Benignas dos tecidos moles bucais É uma proliferação celular autônoma com características morfológicas e as vezes funcionais semelhantes ao tecido de origem. DO EPITÉLIO DE REVESTIMENTO BUCAL PAPILOMA Hpv 6 ou 11 (pode ser agressivo), junção do palato duro/mole, lábios, gengiva e língua. É uma lesão esbranquiçada, séssil ou pediculada, assintomática, menos de 1cm, parece couve- flor ou aspecto granular. Branca avermelhada ou cor da mucosa, cresce rápido. Epitélio escamoso estratificado ceratinizado, com centro de projeção de TC que pode ter inflamação. Atividade mitótica pode ser visto. Coilócitos, células epiteliais claras alteradas pelo vírus HPV, com núcleos corados. Tratamento: excisão cirúrgica conservadora. QUERATOACANTOMA Semelhante ao carcinoma epidermoide bem diferenciado. Lesões intraorais são raras. Causa desconhecida, mas é associada à danos causados pelo sol, HPV 26 e 37, imunossupressão, fármacos., queimaduras e traumatismos. Geralmente são lesões solitárias, com predileção ao sexo masculino após aos 45 anos. 8% das lesões ocorre em vermelhão do lábio inferior e superior. Nódulo em forma de cúpula séssil, firme, bem demarcado, queratina central. A parte externa do nódulo possui testura e coloração usual, podendo ser eritematosa. O plugue central de queratina é irregular e amarelado, marrom ou preto, com superfície verrucosa em alguns casos. Maioria assintomático, mas algumas pessoas sentem leve prurido. Evolução dividida em 3 fases: 1) fase de crescimento (1-2 cm em ate 6 semanas); 2) fase estacionária (lesão estabiliza); 3) fase de involução (regride em 12 meses, deixando uma cicatriz com depressão central). Existem variantes o queratoacantoma gigante, o queratoacantoma centrifugo marginado, queratoacantoma mucoso, e essas variantes não tendem a regredir. HISTOPATOLOGIA: o epitélio tem aparencial normal em direção ao conjuntivo, a cratera é preenchida por queratina. Resposta inflamatória crônica. Em estagio final tem maior queratinização nas áreas mais profundas da neoplasia. Freqüente se acha microabcessos. Quando a lesão está em regressão achamos uma faixa de fibrose. TRATAMENTO: clinicamente parece muito um carcinoma epidermoide. O tratamento precose previne cicatrizes grandes. Recorrência varia de 4-8%. Excisão cirúrgica é o principal, mas como terapias alternativas temos criocirurgias, eletrodissecção e curetagem, laser, agentes tópicos. Comportamento agressivo e transformação em carcinoma existem, mas pouco, em imunossuprimidos. TECIDO CONJUNTIVO LIPOMA Neo benigna de gordura, é a neoplasia mesenquimal mais comum, nas regiões orais são menos freqüentes. Patogênese incerta, mas é comum em obesos. Lipoma não reduz de tamanho com ingestão de calorias reduzidas. Pode ser cor amarela, rosa. Mucosa jugal e vestíbulo bucal são os mais comuns, 50% de todos casos. Ligua, assoalho e lábio são menos comuns. Acima de 40 anos é mais comum. HISTOPATOLOGIA: adipócitos madulos similares ao do tecido adiposo normal. A neoplasia é bem circunscrita, pode apresentar fina cápsula fibrosa, pode observar um distinto arranjo lobular das células, e raramente se vê dentro do lipoma uma metapasia cartilaginosa ou óssea. Podemos ver tbm tecido fibroso, relacionado ao fibrolipoma. Se encontrarmos vasos sanguíneos chamamos de angiolipoma. Se tiver tecidos de glândulas salivares aprosionadas chamamos de sialolipoma. TRATAMENTO: remoção cirúrgica, excisão local conservadora, recidiva rara. FIBROMA Neoplasia mais comum da cavidade oral. Ocorre em qualquer lugar da boca, mais comum na mucosa jugal, linha de oclusão, conseqüência do trauma de mordida na bochevha. Mucosa labial e língua tbm são comuns. Em gengiva pode ser que seja a maturação de um granuloma piofgênico. A lesão apresenta um nódulo liso e rosa, em negros pode ser cinza- acastanhada. Em alguns casos pode ter superfície branca em decorrência da hiperqueratose. Muitos são sésseis. Mas pode ser pediculado. Vai de mm a cm, a maioria tem 1,5cm. Não tem sintomas, so se tiver ulcerado. 4ª a 6ª década de vida. Pode acontecer no feio também. Geralmente superior. HISTOPATOLOGIA: aumento de TC fibroso recoberto por epitélio pavimentoso estratificado. Esse TC normalmente é denso e colagenizado, mas alguns são frouxos. Colágeno pode estar circular, irradiado ou aleatório. Pode ser observado inflamação difusa crônica (linf. E plasm;). Tem bastante queratina. TRATAMENTO: excisão cirúrgica conservadora. recidiva rara. TECIDO NERVOSO NEURILEMOMA (SCHWANNOMA) Neoplasia benigna neural com origem nas células de Schwann é uma lesão incomum. É solitário, tem crescimento lento e encapsulado que surge associado a um tronco nervoso, com o crescimento ele empurra o nervo para o lado, mas tende a ser assintomático, as vezes a pessoa tem dor e sensibilidade. Mais comum em jovens e adultos de meia-idade, vai de mm a cm. Língua é o local mais comum, mas pode surgir no osso e produzir expansão óssea. Casos intraósseos são mais comuns em região posterior da mandíbula, em RX são radiolúcidos uni ou multiloculares. A NEUROFIBROMATOSE 2 é uma condição autossômica do cromossomo 22, os pacientes apresentam manchas café com leite cutânea, podem apresentar também surdez, tontura ou zumbido. HISTOPATOLOGIA: tem 2 padroes microscópicos, o Antoni A e Antoni B. o A apresenta células em arranjo em paliçada ao redor de uma área acelular eosinofílica central, chamados de corpos de verocay, já o B é menos celular e menos organizado, as células são arranjadas aleatoriamente dentro de um estroma frouxo. No NF2 podemos encontrar tbm lesões chamadas de neurilemomas anciãos e neulilemoma plexiforme. TRATAMENTO: excisão cirúrgica, não te recidiva. As lesões de NF2 são de difícil manejo e podem causar surdez total e danos ao nervo facial. NEUROFIBROMA Mais comum neo de nervo periférico, mistura de células de Schwann e fibroblastos perineurais. Podem ser solitárias ou como componentes da neurofibromatose. Mais comum em adultos jovens, indolor, amolecido e de crescimento lento, tamanho variável. Lingua e mucosa jugal são mais comuns, mas pode ser intraósseo, radiolúcida uni ou multiloculada, com margens bem ou mal delimitadas. HISTOPATOLOGIA: é bem circunscrito ainda mais quando ocorre no perineuro do nervo envolvido, quando não ocorre no perineuro podem não ser bem delimirados e se misturam ao TC. A lesão é composta de feixes entrelaçados de células fusiformes que geralemnte exibem núcleo ondulado, essas células são associadas à feixes de colágeno. TRATAMENTO: excisão cirúrgica local, recidiva rara. Quando o paciente tem essa lesão deve investigar para saber se tem neurofibromatose. NF1: MULTIPLOS NEUROFIBROMAS, 6 OU + MANCHAS CAFÉ COM LEITE, CONDIÇÃO HEREDIRÁRIA. RELACIONADO COM MICROCEFALIA, DEFICIENCIA MENTAL, ESCOLIOSE, MANIFESTAÇÕES BUCAIS. TRATAMENTO TEMOS PREVENÇÃO DAS DOENÇAS; TUMOR DE CÉLULAS GRANULARES Incomum, mas tem predileção para cavidade oral, se origina de células de Schwann. Língua é o local mais comum, na superfície dorsal. Mucosa jugal segundo local comum. Ocorre mais na 4ª e 6ª década, gênero feminino 2:1. É um nódulo séssil assintomático, com 2cm ou menos, cor rosa ou amarela, solitário mas pode ter múltiplos, especialmente em pacientes negros. S100 HISTOPATOLOGIA: células grandes poligonais no citoplasma granular, as células se apresentam arranjadas em camadas, mas podem ser encontrados em cordões e ninhos. Se mistura ao TC. Presença de acantose ou hiperplasia pseudoepiteliomatosa. Pode se confundir com carcinoma epidermoide. TRATAMENTO: excisão local conservadora. TECIDO VASCULAR LINFANGIOMA São crescimentos benignos hamartomatosos, 3 tipos: macrocistico – higroma cístico (2cm ou mais) geralmente ocorrem no pescoço, microcistico ocorrem mais na boca (menos 2 cm) e misto (combinação). Algumas das lesões são notadas no nascimento e se desenvolvempor volta dos 2 anos de idade. Em boca são mais comuns nos dois terços anterior da língua, podendo resultar em macroglossia, a lesão demonstra uma superfície pedregosa que se assemelha a vesículas translucentes, parecem com osos de rã ou pudim de tapioca. HISTOPATOLOGIA: podem mostrar dilatação discreta ou estruturas semelhantes a cistos, geralmente vasos de infiltram difusamente nos tecidos moles vizinhos. Epitélio delimitante é fino e os espaços contem fuidos proteináceos e ocasionais linfócitos. Alguns canais vêem hemácias. TRATAMENTO: depende do tamanho, localização e anomalia. Lesões menores requer apenas acompanhamento. Quando requer tratamento consiste em excisão cirúrgica ou escleroterapia (injeção dentro de um vaso para destrui-lo). Recorrência é comum especialmente nos microcisticos. HEMANGIOMA Mal formações vasculares de desenvolvimento, são lesões benignas da infância, crescimento rápido com involução gradual. Surgem nas 8 primeiras semanas de vida. HEMANGIOMA DA INFÂNCIA Mais comum em mulheres brancas, na cabeça e pescoço. Cresimento na pele em volume de superfície de bossa, vermelho claro, firmes e borachosos. Se estende por 6-12 meses, cresce de acordo com crescimento da criança, após esse período tem involução lenta. A cor se altera pra roxa escura. Resolução completa 5-9 anos. MALFORMAÇÕES VASCULARES Presentes ao nascimento e ao longo da vida, manchas tipo “vinho do porto” são malformações capilares comuns associadas a mutação do gene GNAQ. Podem ser tbm intraósseas. HISTOPATOLOGIA: H. da infância: celular endoteliais volumosas e lumens vasculares indistintos. Com maturação da lesão as céulas endoteliais se tornam achatadas e os espaços vasculares mais evidentes. Com a involução esses espaços se preenchem por TC fibroso e gorduroso. Malforamões vasculares: exibem vasos mais dilatados. Não tem proliferação ativa de células endoteliais. TRATAMENTO: acompanhamento no da infnacia, se houver complicações pode tratar com terapia farmacológica ex corticosteróides. Laser. Tratamento depende do tamanho e grau de envolvimento. TECIDO ÓSSEO OSTEOMA Composto de osso maduro compacto ou esponjoso, envolve esqueleto craniofacial. Osteomas dos ossos gnáticos são mais detectados em adultos com predileção pelo corpo da mandíbula e côndilo. Lesões envolvendo o corpo são encontradas na face lingual próximos aos PM e M. menos comum ocorre no ângulo da mandíbula, ramo e processo coronoide. A maioria é solitário e assintomático, crescimento lento, rara dor e raro deslocamento dentário. Raramente fica grande e deforma a face. Os osteomas peiosteais aparecem como pólipos ou massas sésseis na superfície do osso, e os endosteais não são evidentes clinicamente ate ocasionarem expansão. Lesões multifocais podem surgir em associação com a síndrome de Gardner. Quando envolve o côndilo pode causar limitação na abertura de boca ou má oclusão desviando a linha media para o lado não afetado. Dor e edema são possíveis. Nos seios paranasais são mais comuns que em lesões gnáticas, mas podem causar sinusite e sensibilidade dolorosa, rinorreia; em alguns casos esse osteoma pode se expandir para estruturas orbitárias. Quando é intracraniano pode causar meningite. Abcessos cerebrais e mucocele intracraniana. No RC aparece masssa escleróticas circunscritas. Difícil diferenciar osteomas endosteais de osteíte condensante oateomielite, por RX. Osteoma osteoide tem dor e aspirina a noite melhora. HISTOPATOLOGIA: osso compacto de aparência normal com tecido medular mínimo. Os esponjosos vemos trabéculas ósseas e medula fibrinogordurosa. Pode haver atividade osteoblástica aumentada. TRATAMENTO: os assintomático não precisa tratar, mas deve ser observado. Excisão conservadora é indicada para osteomas grandes e sintomáticos no corpo da mandíbula. Quando em côndilo, costumas ter sintomatologia, então deve realizar cirurgia de ressecão ou condelectomia. SINDROME DE GARDNER rara, caracterizada por pólipos intestinais e anormalidades ósseas, na pele e tecido mole. Ligação com cromossomo 5q21 e gene APC. Muitos indivíduos afetados tem historia familiar da doença. Pólipos colorretais se desenvolvem na segunda década de vida, assintomáticos mas podem causar diarréias, constipação, sangramento retal, anemia e dor abdominal. Se não tratar podem virar adenocarcinoma. Mais de 90% dos pacientes com essa síndrome demonstram anomalias esqueléticas, osteomas é o mais comum, são notados na puberdade as áreas mais comuns são crânio, seio paranasal e mandíbula. Anormalidades em boca temos dentes supranumerários e impactados. HISTOPATOLOGIA: osteomas são em geral compacto. TRATAMENTO: colectomia profilática. Aconselhamento genético tbm é indicado. Tratamento orto pode ser um pouco mais difícil devido ao aumento da densidade óssea dos osteomas. TECIDO MUSCULAR LEIOMIOMA Normalmente ocorrem no útero, trato gastrointestinal e na pele, na cavidade oral são raros. 3 tipos: leiomiomas sólidos, vasculares (angiomiomas ou angioleiomiomas) e epitelióides (leiomioblastomas). As angiomas representam 75% dos casos orais. Pode ocorrer em qualquer idade, nódulo mucoso firme de crescimento lento, assintomáticos na maioria, mas podem apresentar dor. Coloração normal como a mucosa, ou azul. Locais mais comuns são lábios, língua, palato, mucosa jugal. HISTOPATOLOGIA: neoplasias bem circunscritas que consistem em feixes entrelaçados de células musculares fusiformes. Núcleos alongados com terminação romba. Incomum ver mitose. Múltiplos vasos sanguineos tortuosos, paredes espessas, hiperplasia de músculo liso. TRATAMENTO: excisão cirúrgica local. Sem recidiva. RABDOMIOMA Neoplasias do músculo esquelético. São raras. Os de cabeça e pescoço são divididos em: rabdomioma do adulto e rabdomioma fetal. ADULTO: meia-idade e idosos, 75% dos casos encontramos em homens, mais freqüente em faringe, cavidade oral e laringe. Intraorais temos no assoalho, palato mole e base da língua. Nódulo ou tumor que pode atingir cm ate ser descoberto. Na laringe/faringe pode obstruir vias aéreas. FETAIS: masculino, aparece mais na face e região periauricular. HISTOPATOLOGIA: ADULTO: lóbulos bem circunscritos de grandes celular poligonais com abundante citoplasma granular eosinofílico. Aparência de “teia de aranha” do citoplasma. FETAIS: aparência menos maduta, células musculares fusiformes, desorganizadas encontradas as vezes dentro de estroma mixoide. TRATAMENTO: excisão cirúrgica local. EPÚLIDE CONGÊNITA Lesão incomum exclusiva do rebordo alveolar do recém-nascido. Raramente ocorre em língua. Apresenta um aumento de volume polipoide, superfície lisa, cor rosa ou vermelha, com 2cm ou menos, mas existem casos grandes tipo 7cm. Lesão pode ser detectada antes do nascimento por ultrassonografia. Mais comum em maxila que em mandíbula, lateral da linha media, região de I e C. gênero feminino (90% dos casos). HISTOPATOLOGIA: presença de grandes células arredondadas, abundante citoplasma granular, e núcleo rodondo/oval. Epitélio exibe atrofia das cristas. S-100. TRATAMENTO: excisão cirúrgica, sem recidiva. Após nasciemnto o crescimento cessa e pode diminuir de tamanho.
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