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Existem três tipos de câncer de mama: Carcinoma ductal (ductos lactíferos) e lobular (lóbulos); Carcinoma infiltrante ou invasivo; Carcinoma in situ. Diagnóstico: Auto-exame; Mamografia; US; Biopsia aspirativa. Fatores de risco: História familiar; 1º filho após 30 anos; Não ter filhos; Não ter amamentado; Menopausa tardia; Menstruação precoce; Idade acima dos 40 anos; Obesidade/sedentarismo. Estadiamento: RX de tórax; Cintilografia óssea; Tomografia de tórax e abdome; Receptor de estrógeno e progesterona no tecido tumoral retirado na biopsia, para avaliar possibilidade de hormonioterapia; Avaliação de HER-2 no tecido retirado, que ajuda a decidir por diferentes tratamentos. Estadiamento (TNM): A doença é classificada em: Estágio 0: carcinoma in situ que não se infiltrou pelos ductos ou lóbulos, sendo um câncer não invasivo; Estágio I: tumor pequeno e não se espalhou pelos linfonodos; Estágio IIa: o tumor tem menos que 2cm e infiltrou linfonodos axilares; o tumor tem de 2 a 5cm, mas não atinge os linfonodos axilares; não há evidência de tumor na mama, mas existe câncer nos linfonodos axilares. Estágio IIb: o tumor tem de 2 a 5cm e atinge linfonodos axilares; o tumor é maior que 5cm mas não atinge linfonodos axilares. Estágio IIIa: o tumor é menor que 5cm, se espalhou pelos linfonodos axilares que estão aderidos uns aos outros ou a outras estruturas vizinhas; o tumor é maior que 5cm, atinge linfonodos axilares os quais podem ou não estar aderidos uns aos outros ou a outras estruturas vizinhas. Estágio IIIb: o tumor infiltra a parede torácica ou causa inchaço ou ulceração da mama ou é diagnosticado como câncer de mama inflamatório. Pode ou não ter se espalhado para os linfonodos axilares, mas não atinge outros órgãos do corpo. Estagio IIIc: tumor de qualquer tamanho que não se espalhou para partes distantes, mas que atinge linfonodos acima e abaixo da clavícula ou para linfonodos dentro da mama ou debaixo do braço. Estagio IV: tumor de qualquer tamanho que tenha se espalhado para outros locais do corpo como ossos, pulmões, fígado ou cérebro. Linfonodo sentinela Baseado na identificação e exérese do primeiro linfonodo que drena o tumor em especifico; Marcação pelo Tecnécio 99m – identificação por radiação gama para auxílio na localização do tumor; após uma hora de aplicação é feita leitura em gama câmera e identificado o linfonodo. Tipos de cirurgia: Mastectomia radical – Halsted (mama, linfonodos, músculos peitoral maior e menor); Mastectomia radical modificada – Patey (preserva o musculo peitoral maior); Mastectomia radical modificada – Madden (preserva os peitorais); Tumorectomia e linfadenectomia radical (tumores até 1cm); Quadrantectomia e linfadenectomia radical (tumores entre 2 a 3cm). Terapias coadjuvantes: Quimioterapia – utiliza compostos químicos chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica. Os agentes utilizados no tratamento afetam tanto as células normais como as neoplásicas, porém acarretam maior dano as células malignas devido as diferenças quantitativas entre os processos metabólicos dessas duas populações celulares. Os efeitos colaterais são queda de cabelo, alterações nas células do sangue, musocite e diarreia, náuseas e vômitos, efeitos tóxicos sobre o SN, alterações sexuais, alterações de pele e unhas e instabilidade emocional. Radioterapia: é capaz de destruir células tumorais empregando feixe de radiações ionizantes, buscando erradicar todas as células tumorais com o menor dano possível as células normais circunvizinhas. Hormonioterapia: impede que as células malignas continuem a receber hormônio que estimula o seu crescimento. Tamoxifeno modulador seletivo do receptor de estrogênio. Reconstrução mamária: Prótese de silicone; Reconstrução com expansor tecidual; Reconstrução com retalhos do musculo grande dorsal; Reconstrução com retalhos da musculatura abdominal. Complicações associadas à cirurgia de câncer de mama: Limitação funcional; Linfedema MS; Aderência; Fibrose pós radioterapia; Trombose linfática; Alterações posturais e respiratórias; Seroma; Linfocele; Infecção – erisipela; Deiscência da sutura; Dor; Mama fantasma; Lesão nervosa. Dor: Oncológica; Miofascial – contratura gerada por ansiedade e estresse; Microtraumatismos cirúrgicos; Resseções musculares. Para o tratamento da dor, pode-se utilizar TENS, compressas frias, massagens, dessensibilização, além da orientação de exercícios físicos para MS e atividade física. Seroma: É o acumulo de linfa em espaços onde foi realizada a cirurgia. Complicação mais frequente da cirurgia de mama; Resseção de vasos linfáticos e linfonodos; Espaço morto axilar; Piora com mobilização excessiva; Mau posicionamento do dreno. Linfocele: É o encapsulamento do seroma. Organização do seroma; Não ligadura dos vasos linfáticos; Envoltório fibroso; Espaços mortos axilares e inguinais. Aderências e fibroses: Tração excessiva das boras cirúrgicas; Pós seroma; Pós linfocele; Movimentação inadequada; ADM limitada; Distúrbios do tecido conjuntivo. Mama fantasma: Cerca de 50% das pacientes submetidas a mastectomia experimentam alguma sensação de uma mama residual após a cirurgia; Causa desconhecida; Queixas de dor, prurido, sensações mamilares e eróticas, inchaço pré-menstrual. Lesão nervosa: Existem alguns nervos que podem ser lesados durante a cirurgia de câncer de mama; Nervo motor tóraco-dorsal – inerva o musculo grande dorsal. A lesão pode resultar em fraqueza, rotação interna e adução do MS sem causar incapacidade funcional. Nervo motor torácico longo ou de Bell – inerva o serrátil anterior. Lesão causada por secção ou excesso de manipulação pode levar a uma escápula alada; a cinesioterapia é sugerida nesse caso, e deve iniciar de modo lento e suave, com alongamentos, especialmente dos músculos antagonistas, e fortalecimentos do trapézio e deltoide, que ajudam na estabilização escapular. Nervo intercostobraquial – exclusivamente sensorial, inerva a face medial do braço. A lesão está relacionada a uma diminuição transitória da sensibilidade local e dor axilar; a fisioterapia pode atuar nessa parte na dessensibilização da área afetada, uso de texturas diferentes, e quando necessário, utilizar recursos analgésicos, como compressas frias e TENS. Nervo peitoral lateral e medial – inervam peitoral maior e menor. Quando são sacrificados, podem desencadear atrofia muscular e pequena incapacidade do ombro ipsilateral à cirurgia. Limitação funcional Dor; Imobilidade; Medo, ansiedade, estresse; Lesões nervosas; Invasão tumoral; Fisioterapia tardia; Não encaminhamento médico; Alterações posturais. Linfedema: Pode se apresentar transitoriamente no pós- operatório imediato da cirurgia de câncer de mama; O linfedema tardio é mais comum e deve-se ao comprometimento da drenagem linfática durante a dissecção axilar ou secundário a infecção severa; é o acúmulo anormal de fluidos no espaço intersticial; Fatores como infecção, necrose do retalho de pele, radioterapia, quimioterapia, imobilização, favorecem o aparecimento de linfedema. Pode causar dores, aumento do risco de infecções, diminuição da ADM, alterações sensoriais, problemas com imagem corporal; Em geral é observado aumento do volume do membro em comparação ao contralateral; Os principais tratamentos são a fisioterapia complexa descongestiva, compressão pneumática intermitente, laser de baixa potência e bandagem elástica funcional. Objetivos da fisioterapia Recuperação da mobilidadee função muscular; Prevenção e/ou minimização das complicações; Alívio de dor; Tratamento das complicações; Normalização da sensibilidade; Melhora da qualidade de vida; Melhora da qualidade de sobrevida. Recursos fisioterapêuticos Cinesioterapia; Drenagem linfática; Enfaixamento compressivo não elástico; Contenção elástica; TENS; Crioterapia; Estimulação da sensibilidade; Relaxamento; Orientações de cuidados gerais. Pré-operatório: Avaliação da função pulmonar; Avaliação funcional dos ombros e cintura escapular; Avaliação da força muscular dos MS; Avaliação da perimetria dos MS (observar edemas anteriores); Avaliação postural, observando se existe alguma deformidade postural. Pós-operatório imediato: Precoce – PO até a retirada de pontos (15ºdia); O objetivo principal é evitar complicações próprias da inatividade e da imobilização do paciente sobre os cuidados com o membro ipsilateral à cirurgia; Conduta: reeducação respiratória, promovendo expansibilidade torácica e mantendo permeabilidade da via aérea; cinesioterapia – flexão e extensão dos dedos, punho e cotovelo, pronação e supinação do antebraço. Iniciar os movimentos de flexão e abdução com ADM de acordo com o limite da paciente a partir do primeiro dia de pós-operatório; não devem ser trabalhados exercícios de resistência nessa fase. Exercícios circulatórios de MMII e MMSS, prevenindo distúrbios circulatórios; Estimular a deambulação e AVDs; Posicionamento adequado; Redução de algias com a utilização de TENS; Estimular a automassagem; Cuidados gerais. Pós-operatório tardio: Após a retirada dos pontos até a recuperação total do paciente; Objetivos: prevenir ou tratar complicações respiratórias, circulatórias e aderências como fibrose e contraturas. Prevenir linfedemas; Mobilização de cicatriz; Cinesioterapia; Ganho de ADM; Ganho de força com pouca resistência; Reeducação postural; Orientação sobre a automassagem ao nível do sistema linfático; Relaxamento da cintura escapular; Atividades em grupos; Incentivar a autoestima e dar orientações sobre os cuidados com MS. Cuidados gerais: Evitar ferir o braço; Evitar raspar ou depilar a axila; Evitar medir a PA; Evitar aplicar injeções, vacinas, acupuntura, tirar ou receber sangue; Não tirar cutículas, calos e cortar cuidadosamente as unhas; Não fazer grandes esforços; Não praticar pequenos movimentos repetidos; Evitar tomar sol excessivo ou se expor em ambientes muito quentes; Não usar relógios, anéis ou pulseiras apertadas; Manter a pele hidratada; Se notar picadas de insetos, lavar o local com água e sabão neutro; Procurar manter o peso ideal e beber bastante água; Use luvas para realizar trabalhos domésticos com intuito de evitar lesões no MS; A prótese externa ajudará a diminui as compensações posturais e melhorar a autoestima. Exercícios: Relaxamento; Respiratórios; Estimulação da sensibilidade e mobilização de fibrose com vácuo; Mobilização de cicatriz; Cinesioterapia; Exercícios com resistência leve; Grupo de apoio; Cirurgias para CA ginecológico: Histerectomia – carcinoma de endométrio, colo e vagina); Vulvectomia; Ooforectomia – carcinoma de ovário. Complicações associadas à cirurgia de CA ginecológico: Incontinência urinária; Linfedema em MMII, vulva, abdome, região glútea; Limitação funcional de tronco e MMII; Fibrose abdominal pós radioterapia; TVP; Infecção – erisipela MMII; Deiscência da sutura; Dor.
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