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O mecanismo de parto é o conjunto de fenômenos mecânicos que levam o concepto a atravessar o canal de parto. Tipos de pelve Ginecoide: arredondada, mas com diâmetro transverso e obliquo maiores; 50% das mulheres possuem esse tipo de pelve; favorável para o parto normal. Antropoide: pelve típicas de gorilas; o maior diâmetro do estreito superior é AP; 20-25% das mulheres possuem esse tipo de pelve; não costuma atrapalhar o parto normal. Androide (triangular): pelve típica masculina; péssimo prognostico para parto normal; utiliza- se via abdominal alta para nascimento. Platipelóide (chata): normalmente não traz dificuldades para o parto normal; 5% das mulheres possuem esse tipo de pelve. Estática fetal É maneira como o feto se posiciona dentro da cavidade uterina, e é avaliado através do toque ou palpação. Atitude: Relações das partes fetais entre si; O feto deve se encolher todo para poder passar no canal vaginal; A atitude fetal normal é de flexão generalizada. Situação fetal: Relação entre o maior eixo uterino com o maior eixo fetal; O mais comum é a situação longitudinal (99% das vezes). Apresentação fetal: É a primeira parte fetal que ocupa o estreito superior da pelve materna, enchendo-o em sua totalidade. Posição fetal: Relação do dorso fetal com a mãe; Pode ser direita ou esquerda; Serve para auxiliar na procura dos BCF; O mais comum é a posição esquerda. Fatores que influenciam o trabalho de parto Objeto – feto e placenta; Trajeto – canal de parto; Força/motor – contrações; Posição da mãe; Resposta psicológica. Parto É caracterizado por contrações da musculatura lisa miometrial, cujo objetivo é promover a dilatação do colo uterino e a expulsão do feto por meio dos mecanismos de adaptação ao canal de parto. A progressão do parto é dividida em fatores maternos e fetais. Os fatores maternos ocorrem na evolução do processo de parturição, que incluem o período de quatro fases/estágios; dilatação, expulsão, dequitação e greemberg. Os fenômenos fetais compreendem 3 tempos; insinuação, descida e desprendimento. Fase 1 - Dilatação: ocorre a dilatação do colo que é o afinamento da cérvix; na última fase da dilatação, ocorrem a centralização do colo do útero e a dilatação deve chegar a 10cm; As contrações são intensas e duram entre 60 e 90 segundos com intervalos de 2 ou 3 minutos. Fase 2 – expulsivo: inicia-se após a dilatação completa do colo até o nascimento; fase de contrações intensas/fortes; o períneo fica saliente; ocorre a contração sincrônica (puxo). Fase 3 – dequitadura: saída da placenta; corresponde a involução do útero após o parto; está associada com a liberação de ocitocina. Fase 4 – Greenberg: miotaponamento; trobotaponamento; indiferença miouterina e contração uterina fixa. Fatores fetais – tempo do mecanismo de parto 1- Insinuação e encaixamento: o polo cefálico atinge o estreito superior da pelve e passagem de maior circunferência do polo cefálico ultrapassa o estreito superior; Ocorre redução dos diâmetros da cabeça, através da orientação de diâmetros e por flexão. 2 – Descida: o polo cefálico desce desde o estreito superior até o estreito inferior; É um dos tempos indispensáveis do mecanismo de parto. Na maioria das vezes, para que ocorra a descida do polo cefálico, ele sofre movimentos de rotação dentro da pelve óssea – rotação interna. 3- Deflexão: o polo cefálico, após completar a descida e a rotação interna, sofre um movimento de deflexão sobre seu eixo, fazendo com que o occipital se posicione na margem anterior da sínfise púbica, tempo também indispensável para o parto. 4- Desprendimento: é o último tempo do mecanismo de parto e compreende a saída de todo o feto pelos genitais externos. DOR NO PARTO Influências: aspectos culturais, psicológico e emocional e experiências anteriores. Causa da dor no 1º estágio do parto: dilatação da cérvix; pressão no nervo sensório; contração reflexa da cérvix devido ao ciclo e medo. Com a progressão do parto a intensidade e frequência das contrações aumentam, as zonas de dor se expandem e se tornam mais difusas. Dor no final do primeiro estágio: Região do baixo ventre e sacro-ilíaca; Queimação e cãibras nas coxas; Pressão nas raízes dos nervos; Lombares e sacrais. Dor no segundo estágio: Nos tecidos macios da região perineal; Dor na sínfise púbica, articulação sacro-ilíaca e sacro-coccígea. Cesariana Parto através da incisão na parede abdominal e uterina; Tipos de cesariana: longitudinal e transversal; Eletiva: feto macrossômico, eclampsia, apresentação transversa; Emergência: sofrimento fetal/materno. Alterações físicas Sistema musculoesquelético: Aumento do peso do útero e mamas – associado a frouxidão ligamentar = desajuste do sistema articular e muscular; Edema em 80% das gestantes – compressão de nervos e ligamentos; Ganho de peso – sobrecarga e instabilidade postural. Disfunções uroginecológicas Crescimento uterino > aumento da pressão intra- abdominal > sobrecarga de músculos/fáscias/ligamentos > IU, I. fecal e prolapsos de órgãos pélvicos. Fisioterapia no pré-natal Exercícios com a bola; Alongamento da musculatura pélvica; Epi-no; Orientação postual; Exercícios metabólicos (ativa a bomba muscular e diminui estase venosa); Deambulação; Uso de meias compressivas; Drenagem linfática manual. Orientações no parto Posições adequadas; Respiração adequada; Relaxamento; Massagem de relaxamento; Auxiliar na quebra do ciclo medo, tensão e dor; Conscientização da musculatura do períneo. A manipulação dos tecidos pode estimular a liberação de opiáceos endógenos e ativar o mecanismo de bloqueio a nível espinhal.
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