Buscar

2-contestacao-aud-civel-instr-2-proc-0811075-05-2014-8-12-0001

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

desde 1951 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE CAMPO GRANDE – MS 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS, já 
qualificada nos autos do processo n.° 0811075-05.2014.8.12.0001, onde figura como parte 
autora ALDA FERREIRA DE PAULA E OUTROS, vem, respeitosamente, a douta 
presença de Vossa Excelência, por via de seu advogado infra-assinado, que recebe 
intimações de estilo na rua XV de novembro, 2029 – Jardim Aclimação – Campo Grande – 
MS, apresentar CONTESTAÇÃO aos termos e pedidos insertos na peça inaugural, o que 
faz com fulcro nos elementos de fato e de direito a seguir articulados: 
 
I. DA ALTERAÇÃO DO PÓLO PASSIVO DA LIDE - DA NECESSIDADE DE 
INCLUSÃO DA SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO 
DPVAT S.A. NA DEMANDA. 
 
Antes de qualquer argumentação acerca do mérito da questão 
propriamente dita, é indispensável asseverar que por via Resolução n.º 154/06 do Conselho 
Nacional de Seguradores Privados - CNSP - foram criados os Consórcios responsáveis pela 
condução do Convênio DPVAT, bem como a denominada Seguradora Líder (art. 5.º). 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 56
Acrescente-se que a autorização para SEGURADORA LÍDER 
DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A. operar em tal seguimento aconteceu 
em 04.12.2007, quando editada a Portaria 2797/2007 (art. 1.º) pela Superintendência de 
Seguros Privados – SUSEP. 
 
Para melhor visualização de tal questão, seguem, respectivamente, 
alguns dispositivos insertos na referida Resolução e Portaria, senão vejamos: 
 
 “......................................... OMISSIS 
ART. 5º PARA OPERAR NO SEGURO DPVAT, AS 
SOCIEDADES SEGURADORAS DEVERÃO ADERIR, 
SIMULTANEAMENTE, AOS DOIS CONSÓRCIOS 
ESPECÍFICOS, UM ENGLOBANDO AS CATEGORIAS 1, 2, 9 E 
10 E O OUTRO, AS CATEGORIAS 3 E 4. 
§1º OS CONSÓRCIOS QUE INCLUEM AS CATEGORIAS 1, 2, 9 
E 10 E AS CATEGORIAS 3 E 4, DEVERÃO SER 
CONSTITUÍDAS AO LONGO DO EXERCÍCIO DE 2007, 
ENTRANDO EM VIGOR ATÉ 1O DE JANEIRO DE 2008. 
§ 2º AS SOCIEDADES SEGURADORAS QUE JÁ OPERAM O 
SEGURO DPVAT POR MEIO DOS CONVÊNIOS QUE 
ENGLOBAM AS CATEGORIAS 1, 2, 9 E 10 E CATEGORIAS 3 E 
4 ESTARÃO AUTOMATICAMENTE INSERIDOS NOS NOVOS 
CONSÓRCIOS A PARTIR DE SUAS RESPECTIVAS 
CRIAÇÕES. 
§3º CADA UM DOS CONSÓRCIOS TERÁ COMO ENTIDADE 
LÍDER UMA SEGURADORA ESPECIALIZADA EM SEGURO 
DPVAT, PODENDO A MESMA SEGURADORA SER A 
ENTIDADE LÍDER DOS DOIS CONSÓRCIOS PREVISTOS 
NO CAPUT DESTE ARTIGO.” 
........................................................... 
“ART. 1° CONCEDER À SEGURADORA LÍDER DOS 
CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A., COM SEDE SOCIAL 
NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO – RJ, AUTORIZAÇÃO 
PARA OPERAR COM SEGUROS DE DANOS E DE PESSOAS, 
ESPECIALIZADA EM SEGURO DPVAT, EM TODO O 
TERRITÓRIO NACIONAL. 
ART. 2.° RATIFICAR QUE A SEGURADORA LÍDER DOS 
CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A. EXERCE A FUNÇÃO 
DE ENTIDADE LÍDER DOS CONSÓRCIOS DE QUE TRATA 
O ART. 5° DA RESOLUÇÃO CNSP Nº 154, DE 8 DE 
DEZEMBRO DE 2006.” 
 
Pelo o que se depreende nos dispositivos transcritos, passou a 
Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S.A. ser a entidade superior no que 
tange a gestão das coberturas estabelecidas na Lei 6.194/74, inclusive no que se refere ao 
pagamento de todos os beneficiários das garantias. 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 57
Feitos os respectivos esclarecimentos, requer-se a Vossa 
Excelência, após oitiva da parte autora, que autorize a alteração do polo passivo da lide, 
onde deverá constar apenas a Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S.A., 
pois esta é quem tem a responsabilidade pelo pagamento da cobertura perseguida na inicial. 
 
Ressalte-se que, por ser importante, que não é o caso de sucessão 
ou substituição processual, mesmo porque tais Institutos não se alinham com a situação 
vivificada no que tange ao Convênio DPVAT, onde, diga-se, não houve configuração de 
uma legitimação extraordinária ou incorporação entre empresas, de modo que se adota a 
presente medida. 
 
Posto isto, pelo deferimento do presente pedido, devendo, por 
conseguinte, ser excluída da lide a demandada e incluída a SEGURADORA LÍDER DOS 
CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A., sendo imperativo asseverar que esta 
empresa tem plenas condições de arcar com eventual condenação, não havendo desta 
maneira qualquer prejuízo à parte. 
 
II. SÍNTESE DA INICIAL 
 
Segundo os termos da peça vestibular, pretendem os autores 
receberem o valor de R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), a título de indenização do 
Seguro DPVAT, por serem legítimos beneficiários do Sr. João Francisco de Paula, que 
veio a óbito em decorrência de um suposto acidente automobilístico ocorrido em 
28/06/2013. 
 
Pugnaram pela concessão da justiça gratuita, por não terem 
condições de arcarem com custas e demais despesas processuais. 
 
Sem maiores detalhamentos, tem-se que não merece guarida o 
pedido deduzido na prefacial, o que será melhor esmiuçado nas razões seguintes. 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
eEs
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 58
III. PRELIMINARMENTE 
III. 1. DA ILEGITIMIDADE DA PARTE AUTORA PARA POSTULAR PELO 
PAGAMENTO DA COBERTURA SECURITÁRIA 
 
Como em toda e qualquer ação, não sendo diferente a presente, 
tem-se necessário para o seu regular processamento o preenchimento de três (03) requisitos 
básicos e indispensáveis, ou seja, a possibilidade jurídica do pedido, a legitimidade ad causum e 
o interesse processual, dos quais o Estado condiciona o direto do jurisdicionado de obter a 
tutela do direito invocado. 
 
Consoante se verifica facilmente na peça vestibular, pode-se dizer 
que não se encontra presente a legitimidade ad causum, mais precisamente quanto ao direito 
dos demandantes em cobrar da seguradora ré a cobertura integral, uma vez que a 
documentação acostada aos autos não autoriza concluir que eles sejam os únicos 
herdeiros/beneficiários do seguro em testilha. Ressalte-se que o falecido possuía 78 
anos de idade. 
 
Frise-se que a simples afirmação dos demandantes que inexistem 
outros herdeiros do de cujus não faz prova cabal da condição de únicos beneficiários da 
vítima, razão pela qual deveriam ter trazido à baila processual comprovação de que 
inexistem outros beneficiários/herdeiros que possuem direito à indenização, porquanto se 
existentes, certamente serão prejudicadas com o pagamento integral da indenização 
somente para a mesma. 
 
Em verdade, deveriam os postulantes ter apresentado 
certidão do INSS como prova de não haver outros herdeiros do falecido (filhos), 
pois, de acordo com a Lei 11.482/07, para acidentes ocorridos a partir de 29.12.2006, 
o valor da indenização é dividido simultaneamente, em cotas iguais, entre o 
cônjuge ou companheiro (50%) e os herdeiros (50%), obedecida a ordem da 
vocação hereditária. 
 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 59
Para melhor visualização da questão, seguem dispositivos vigentes 
quando do acidente: 
 
“ART. 4O A INDENIZAÇÃO NO CASO DE MORTE SERÁ PAGA DE 
ACORDO COM O DISPOSTO NO ART. 792 DA LEI NO 10.406, DE 10 DE 
JANEIRO DE 2002 - CÓDIGO CIVIL.” 
__________________________________________ 
“ART. 792. NA FALTA DE INDICAÇÃO DA PESSOA OU BENEFICIÁRIO, 
OU SE POR QUALQUER MOTIVO NÃO PREVALECER A QUE FOR 
FEITA, O CAPITAL SEGURADO SERÁ PAGO POR METADE AO CÔNJUGE 
NÃO SEPARADO JUDICIALMENTE, E O RESTANTE AOS HERDEIROS 
DO SEGURADO, OBEDECIDA A ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA.” 
(GRIFO NOSSO) 
 
Destarte, insta configurar que, ao contrário do que pensam os 
autores, não cabe à seguradora indenizá-los, mesmo porque o artigo acima nos remete a 
ordem de vocação hereditária (art. 1829, Código Civil) senão veja-se: 
 
“ART. 1.829. A SUCESSÃO LEGÍTIMA DEFERE-SE NA ORDEM 
SEGUINTE: 
I - AOS DESCENDENTES, EM CONCORRÊNCIA COM O CÔNJUGE 
SOBREVIVENTE, SALVO SE CASADO ESTE COM O FALECIDO NO 
REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL, OU NO DA SEPARAÇÃO 
OBRIGATÓRIA DE BENS (ART. 1.640, PARÁGRAFO ÚNICO); OU SE, NO 
REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL, O AUTOR DA HERANÇA NÃO 
HOUVER DEIXADO BENS PARTICULARES; 
II - AOS ASCENDENTES, EM CONCORRÊNCIA COM O CÔNJUGE; 
III - AO CÔNJUGE SOBREVIVENTE; 
IV - AOS COLATERAIS.” 
 
Sem necessidade de grande esforço hermenêutico, note-se que 
efetivamente os demandantes não têm o direito em receber o valor pleiteado 
correspondente ao seguro DPVAT, pois, primeiramente, deveriam provar que a vítima não 
teria deixado outros descendentes ou beneficiários. 
 
Neste contexto, segue julgado pertinente: 
 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 60
“APELAÇÃO CÍVEL. DPVAT. PRELIMINAR. SEGURADORA 
LÍDER. SEGURO OBRIGATÓRIO. MORTE. CÔNJUGE. 
SEPARAÇÃO DE FATO HÁ MAIS DE DOIS ANOS. 
LEGITIMIDADE DO HERDEIRO PARA COBRANÇA 
INTEGRAL. COMPLEMENTAÇÃO DEVDA. 
 A ESCOLHA DA SEGURADORA CONTRA QUEM VAI LITIGAR A VÍTIMA 
OU BENEFICIÁRIO DO SEGURO DPVAT PERTENCE A ELA TÃO-
SOMENTE, NÃO SENDO OPONÍVEL A RESOLUÇÃO DO CNSP QUE 
CRIOU A ENTIDADE LÍDER DAS SEGURADORAS. SUBSTITUIÇÃO 
DESCABIDA. EM CASO DE MORTE DA VÍTIMA, APÓS O ADVENTO DA 
LEI Nº 11.482/2007, A INDENIZAÇÃO DEVE SER PAGA AO CÔNJUGE 
SOBREVIVENTE E AOS HERDEIROS LEGAIS, NA PROPORÇÃO DE 50% 
PARA CADA UM. ENTRETANTO, O CÔNJUGE DEIXA DE SER 
BENEFICIÁRIO DA VERBA SE ESTIVER SEPARADO DE FATO HÁ MAIS 
DE DOIS ANOS, NOS TERMOS DO ARTIGO 1830 DO CÓDIGO CIVIL, 
RAZÃO PELA QUAL A INTEGRALIDADE DEVERÁ SER ALCANÇADA AOS 
HERDEIROS LEGAIS. COMPLEMENTAÇÃO RECONHECIDA AO FILHO 
DO AUTOR. CORREÇÃO MONETÁRIA DEVIDA A PARTIR DO 
PAGAMENTO ADMINISTRATIVO, QUANDO A INTEGRALIDADE DA 
INDENIZAÇÃO DEVERIA TER SIDO ALCANÇADA À VÍTIMA. 
SENTENÇA MANTIDA. PRELIMINAR REJEITADA. APELO 
DESPROVIDO. (TJ-RS; AC 70032310450; CAXIAS DO SUL; QUINTA 
CÂMARA CÍVEL; REL. DES. ROMEU MARQUES RIBEIRO FILHO; 
JULG. 14/10/2009; DJERS 22/10/2009; PÁG. 66) CC, ART. 1830”. 
___________________________________ 
“PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. SEGURO OBRIGATÓRIO 
DPVAT. COMPROVADA A CONDIÇÃO DE BENEFICIÁRIAS 
PELAS APELADAS. CONDENAÇÃO AFINADA COM A 
PREVISÃO DA LEI Nº 6.194/74 PARA O CASO DE MORTE. 
RECURSO CONHECIDO. PROVIMENTO NEGADO. 
 1. CONFORME O ART. 4º DA LEI Nº 6.194/74, A INDENIZAÇÃO NO 
CASO DE MORTE SERÁ PAGA DE ACORDO COM O DISPOSTO NO ART. 
792 DO CC/2002, QUE DETER MINA QUE "NA FALTA DE INDICAÇÃO 
DA PESSOA OU BENEFICIÁRIO, OU SE POR QUALQUER MOTIVO NÃOPREVALECER A QUE FOR FEITA, O CAPITAL SEGURADO SERÁ PAGO 
POR METADE AO CÔNJUGE NÃO SEPARADO JUDICIALMENTE, E O 
RESTANTE AOS HERDEIROS DO SEGURADO, OBEDECIDA A ORDEM 
DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA". 2. IN CASU, É POSSÍVEL AFERIR QUE, 
APESAR DE A CERTIDÃO DE ÓBITO CONSTAR QUE O DE CUJUS ERA 
SOLTEIRO, AS APELADAS LOGRARAM ÊXITO EM COMPROVAR A 
QUALIDADE DE FILHA E VIÚVA DO MESMO POR MEIO DA CERTIDÃO 
DE NASCIMENTO E DA CERTIDÃO DE CASAMENTO QUE 
INSTRUÍRAM A INICIAL. 
3. NÃO É RAZOÁVEL PRIVAR AS APELADAS DO RECEBIMENTO DO 
SEGURO OBRIGATÓRIO - DPVAT SOB A JUSTIFICATIVA QUE O 
PAGAMENTO FOI EFETUADO EM FAVOR DA G ENITORA DO DE 
CUJUS, MESMO PORQUE COMO BEM DESTACA A SENTENÇA, A RÉ / 
APELANTE "NÃO PRODUZIU QUALQUER ÁTIMO DE PROVA QUE TAL 
PAGAMENTO TENHA SE EFETIVADO EM FAVOR DE OUTREM, NA 
MEDIDA EM QUE A PEÇA DE BLOQUEIO DE FLS. 23/26 FOI 
INSTRUÍDA, TÃO SOMENTE, COM CARTA DE PREPOSIÇÃO, 
PROCURAÇÃO E SUBSTABELECIMENTO E NA OCASIÃO DA 
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO PUGNOU PELO JULGAMENTO 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 61
ANTECIPADO, PERMITINDO A ILAÇÃO DE QUE NÃO PRETENDIA A 
DILAÇÃO PROBATÓRIA, APESAR DE PRECLUSA A OPORTUNIDADE 
PARA A PRODUÇÃO DE PROVA DOCUMENTAL, JÁ QUE ESTA DEVERIA 
ACOMPANHAR A CONTESTAÇÃO". 4. VALOR FIXADO NA SENTENÇA 
EM CONFORMIDADE COM O ART. 3º, INC. I DA LEI Nº 6.194/74. 5. 
RECURSO CONHECIDO. PROVIMENTO NEGADO. (TJ-ES; AC 
21100089347; SEGUNDA CÂMARA CÍVEL; REL. DESIG. DES. 
FERNANDO ESTEVAM BRAVIN RUY; DJES 10/11/2011) CC, ART. 
792”. 
 
Esclarecida tal questão, impõe-se o acolhimento da presente 
preliminar, reconhecendo, por conseguinte, que a parte postulante não comprovou ser 
legítima herdeira/beneficiária para pleitear a cobertura securitária. 
 
IV. MÉRITO 
IV. 1. DA COMPLETA IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL – FALTA DE 
NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O ACIDENTE E A MORTE – DA FALTA DE 
PROVA DO FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DOS AUTORES – AUSÊNCIA 
DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA 
 
Analisando detidamente a documentação alocada à prefacial, nota-
se que os autores não juntaram ao feito documentos indispensável à justificação de seu 
suposto direito, mais precisamente o boletim de ocorrência, conforme determina o artigo 
5.º da lei 6.194/74. 
 
Ora, no presente caso, a apresentação do boletim de ocorrência é 
imprescindível para comprovar efetivamente o sinistro em questão, bem como o 
envolvimento da vítima no mesmo. 
 
Salienta-se que a Lei que rege o instituto DPVAT estabelece 
expressamente que o beneficiário tem de apresentar, para viabilizar o pagamento da 
cobertura, o competente boletim de ocorrência emitido pela autoridade policial 
responsável, sendo correto que não existe na legislação qualquer lacuna que possibilite a 
substituição de tal documento por outro. 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 62
Não há nos autos uma prova sequer de que o Sr. João 
Francisco de Paula tenha sofrido um acidente de trânsito e que tenha falecido em 
decorrência dele. Conforme relato da inicial o suposto acidente ocorreu em 
28/06/2013, mas o óbito só em 17/08/2013, conforme certidão de óbito anexado 
pela própria parte autora em sua exordial, portanto, 02 (dois) meses após o 
acidente. Os autores sequer comprovaram que o falecido ficou hospitalizado nesse 
período. Dessa forma, não há nexo entre a morte e um suposto acidente de trânsito, 
que sequer foi registrado. 
 
DESTARTE, OS AUTORES NÃO APRESENTARAM 
INDÍCIOS SUFICIENTES PARA PROVAR QUE A MORTE DO SR. JOÃO 
FRANCISCO DE PAULA FOI REALMENTE CAUSADA POR ACIDENTE 
ENVOLVENDO VEÍCULO AUTOMOTOR, NÃO FAZENDO JUS, 
PORTANTO, AO RECEBIMENTO DA INDENIZAÇÃO DO SEGURO 
OBRIGATÓRIO DPVAT. 
 
Acerca de tal questão, seguem arestos pertinentes: 
 
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO 
DPVAT. INVALIDEZ PERMANENTE. AUSÊNCIA DE PROVA 
DO ACIDENTE E DO NEXO CAUSAL. INDENIZAÇÃO 
AFASTADA. 
I - DE ACORDO COM A LEI NÚMERO 6.194/74, PARA QUE FACA JUS 
AO PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO DECORRENTE DO SEGURO 
DPVAT, BASTA QUE COMPROVE A VÍTIMA A OCORRÊNCIA DO 
ACIDENTE ENVOLVENDO VEÍCULO EM CIRCULAÇÃO E OS DADOS 
DO EVENTO DECORRENTES, DEVENDO JUNTAR NO CASO DE 
INVALIDEZ, PROVA DAS DESPESAS EFETUADAS PELA VÍTIMA COM O 
SEU ATENDIMENTO POR HOSPITAL, AMBULATÓRIO OU MÉDICO 
ASSISTENTE E REGISTRO DA OCORRÊNCIA NO ÓRGÃO POLICIAL 
COMPETENTE, DOCUMENTOS ESSÊNCIAIS SEM OS QUAIS NÃO HÁ 
COMO DEFERIR A INDENIZAÇÃO PRETENDIDA. 
II - NÃO ESTANDO OS AUTOS DEVIDAMENTE INSTRUÍDOS COM OS 
REFERIDOS DOCUMENTOS OU QUAISQUER OUTROS QUE 
COMPROVEM AS LESÕES SOFRIDAS PELA PARTE, IMPÕE-SE A 
EXTINÇÃO DO FEITO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, NOS TERMOS 
DO ARTIGO 267, INCISO IV, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 
III - APELO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
toco
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 63
(TJ-GO; AC 101293-0/188; PROC. 200602286411; GOIÂNIA; 
TERCEIRA CÂMARA CÍVEL; RELª DESª NELMA BRANCO FERREIRA 
PERILO; JULG. 23/01/2007; DJGO 07/02/2007)”. 
_________________________________________ 
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. SEGURO 
DPVAT. BOLETIM DE OCORRÊNCIA. LAUDO DO IML. 
QUANTUM INDENIZATÓRIO. FIXAÇÃO. SALÁRIO 
MÍNIMO. LEGALIDADE. 
A FALTA DE JUNTADA DO LAUDO DE EXAME DE CORPO DO DELITO 
NÃO ENSEJA A EXTINÇÃO DO FEITO POR AUSÊNCIA DE 
PRESSUPOSTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO, SE HOUVER NOS 
AUTOS PROVA HÁBIL A DEMONSTRAR A OCORRÊNCIA DO 
ACIDENTE, DO QUAL RESULTOU A INVALIDEZ PERMANENTE DA 
VÍTIMA. 
A LEI N. 6.194/74 NÃO CONFERE OBRIGATORIEDADE A 
APRESENTAÇÃO DE LAUDO EMITIDO PELO IML, APENAS O INDICA 
COMO UM DOS MEIOS HABÉIS, A DEMONSTRAÇÃO DO EVENTO 
INDENIZÁVEL (ARTIGO QUINTO, PARÁGRAFO QUINTO). 
TRATA-SE, POIS, DE LAUDO COMPLEMENTAR. O SEGURO 
OBRIGATÓRIO DE DANOS PESSOAIS, EM CASO DE INVALIDEZ 
PERMANENTE DO SEGURADO, CORRESPONDERA A QUARENTA 
VEZES O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE A ÉPOCA DA 
PROPOSITURA DA AÇÃO. 
AS LEIS N. 6.205/75 E 6.423/74 NÃO REVOGAM O ARTIGO TERCEIRO 
DA LEI N. 6.194/74, PORQUANTO A REFERIDA NORMA ADOTA O 
SALÁRIO MÍNIMO COMO PARÂMETRO PARA A FIXAÇÃO DO 
MONTANTE INDENIZÁVEL, NÃO CONSTITUINDO OFENSA AO 
PRECEITO DO ARTIGO SÉTIMO, INCISO IV, DA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL. APELO CONHECIDO IMPROVIDO. 
 (TJ-GO; AC 108315-0/188; PROC. 200700641216; ITUMBIARA; 
TERCEIRA CÂMARA CÍVEL; REL. DES. FELIPE BATISTA CORDEIRO; 
JULG. 22/05/2007; DJGO 13/06/2007)”. 
 
 Ante o exposto, não merece procedência o pedido da inicial 
devido a INEXISTÊNCIA DE NEXO CAUSAL entre acidente causado por veículo 
automotor e a morte do Sr. João Francisco de Paula. 
 
IV. 2. DA COMPLETA IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL POR AUSÊNCIA 
DE NEXO CAUSAL – DA NÃO DEMONSTRAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE O 
SINISTRO E A MORTE 
 
Analisando detidamente a pretensão dos autores à luz dos 
documentos anexados aos autos, deverá ser reconhecido por esse nobre Juízo que os 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 64
mesmos não tem o condão de demonstrar os fatos constitutivos do direito das mesmas, 
senão veja-se: 
 
Pelo o que se depreende nos autos, principalmente pelos parcos 
documentos trazidos com a inicial, não há a menor condição de se aferir que o óbito 
da vítima foi decorrente de um acidente automobilístico, devendo-se frisar ainda que a 
certidão de óbito (f. 20) alocado ao feito assevera que o mesmo faleceu em virtude de 
choque cardiogênico, infarto agudo do miocárdio, miocardiopatia hipertensiva, 
hipertensão arterial sistêmica, o que não deixa dúvidas da falta de relação entre acidente 
e óbito, e ainda não podendo ser considerado para tal desiderato. 
 
Aliás, as documentações alocadas remontam à existência de 
complicações de saúde do de cujus, portanto, não são capazes de comprovar o nexo entre o 
falecimento e o sinistro ocorrido. 
 
Frise-se que o suposto ACIDENTE DE TRÂNSITO 
noticiado nos autos, ocorreu em 28/06/2013, e a morte só em 17/08/2013, ou seja, 
02 (dois) meses após, ainda, em decorrência de “CHOQUE CARDIOGÊNICO, 
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO, MIOCARDIOPATIA HIPERTENSIVA, 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA”, e não em virtude do acidente em si. 
 
No presente caso, além de não haver Boletim de ocorrência 
comprovando a ocorrência de acidente de trânsito envolvendo o Sr João, não há também 
informações no prontuário médico acerca do suposto acidente, portanto, não houve 
demonstração da relação entre a causa mortis de infarto agudo do miocárdio, 
miocardiopatia hipertensiva, hipertensão arterial sistêmica e as complicações 
advindas do acidente em questão, que são fraturas no braço direito e no tornozelo 
esquerdo, conforme documentos de f. 22/36. 
 
Em suma, sem prova de que o suposto acidente noticiado pelos 
demandantes tenha sido o fator determinante para a ocorrência da morte da vítima, não há 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 65
que se falar em pagamento do perseguido seguro DPVAT, entendimento este que tem 
respaldo em nossa Jurisprudência, senão veja-se: 
 
“APELAÇÃO CÍVEL. COBRANÇA. CERCEAMENTO DE 
DEFESA. NECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE PROVA 
TÉCNICA. AUSENTE. DPVAT. MORTE DECORRENTE DE 
CAUSA NATURAL. INFARTO. AUSÊNCIA DE NEXO DE 
CAUSALIDADE ENTRE A MORTE E O ACIDENTE DE 
TRÂNSITO. INDENIZAÇÃO INDEVIDA. NULIDADE DA 
CERTIDÃO DE ÓBITO E EXAME DE CORPO DE DELITO. 
DOCUMENTOS QUE GOZAM DE FÉ PÚBLICA. RECURSO 
IMPROVIDO. ACHANDO-SE O FEITO EM CONDIÇÕES DE 
JULGAMENTO ANTECIPADO, SEM NECESSIDADE DE 
COLHEITA DE NOVAS PROVAS, A PROLAÇÃO DA 
SENTENÇA NEM SEQUER É UMA FACULDADE, MAS UMA 
OBRIGAÇÃO, À VISTA DOS PRINCÍPIOS DA ECONOMIA E 
CELERIDADE PROCESSUAIS. O SEGURO DPVAT DEVE SER 
PAGO ÀQUELES QUE FORAM VÍTIMAS DE ACIDENTE DE 
TRÂNSITO E TIVERAM DANOS PESSOAIS CAUSADOS POR 
VEÍCULOS AUTOMOTORES DE VIA TERRESTRE, OU POR 
CARGA, ÀS PESSOAS TRANSPORTADAS OU NÃO. 
INEXISTINDO NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE A MORTE 
DA ACIDENTADA, QUE VEIO A ÓBITO POR CAUSA 
NATURAL, E O ACIDENTE DE TRÂNSITO, NÃO HÁ COMO 
CONCEDER INDENIZAÇÃO DECORRENTE DO SEGURO 
OBRIGATÓRIO. OS DOCUMENTOS PÚBLICOS, TAIS COMO 
CERTIDÃO DE ÓBITO E EXAME DE CORPO DELITO, 
POSSUEM FÉ PÚBLICA, E QUAISQUER NULIDADES NESSE 
SENTIDO DEVEM SER DISCUTIDAS EM AÇÃO PRÓPRIA. 
(TJ-MS; AC-SUM 2007.029387-1/0000-00; CAMPO GRANDE; 
TERCEIRA TURMA CÍVEL; REL. DES. RUBENS BERGONZI 
BOSSAY; DJEMS 21/11/2007; PÁG. 18).” 
____________________________________ 
“CIVIL. INDENIZAÇÃO. SEGURO OBRIGATÓRIO DE 
DANOS PESSOAIS CAUSADOS POR VEÍCULOS 
AUTOMOTORES DE VIA TERRESTRE (DPVAT).ACIDENTE. MORTE DO CONDUTOR DO AUTOMÓVEL 
ORIGINÁRIA DE CAUSA NATURAL. INEXISTÊNCIA DE 
NEXO CAUSALIDADE ENTRE O SINISTRO E O ÓBITO. 
INDENIZAÇÃO INDEVIDA. I. DE CONFORMIDADE COM O 
DELINEADO PELAS FORMULAÇÕES LEGAIS QUE 
REGRAM O SEGURO OBRIGATÓRIO DE DANOS PESSOAIS 
CAUSADOS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES DE VIA 
TERRESTRE (DPVAT), ESSE SEGURO DESTINA-SE 
EXCLUSIVAMENTE À COBERTURA DOS DANOS 
CAUSADOS PELO VEÍCULO E PELA CARGA 
TRANSPORTADA A PESSOAS TRANSPORTADAS OU NÃO, 
NÃO ALCANÇANDO A COBERTURA DELE ORIGINÁRIA 
EVENTOS CUJO FATO GERADOR NÃO DERIVARA DO USO 
DE AUTOMÓVEL. II. CONSEQÜENTEMENTE, SE O ÓBITO 
DO COMPANHEIRO DA AUTORA DERIVARA DE CAUSA 
NATURAL, E NÃO DAS LESÕES QUE EXPERIMENTARA EM 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 66
DECORRÊNCIA DO ACIDENTE DE TRÂNSITO EM QUE SE 
ENVOLVERA, QUE PROVAVELMENTE, DIANTE DAS 
CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE SE VERIFICARA, DECORRERA 
DO PRÓPRIO ATAQUE CARDÍACO QUE O VITIMARA, 
RESTA AFASTADA O LIAME MATERIAL PASSÍVEL DE 
GERAR A INDENIZAÇÃO QUE PERSEGUE DIANTE DA 
IRREVERSÍVEL INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO 
ENLIÇANDO A MORTE AO SINISTRO OCORRIDO. III. 
PATENTEADO, ENTÃO, QUE O ÓBITO NÃO DERIVARA 
DAS LESÕES EXPERIMENTADAS PELO FALECIDO POR 
OCASIÃO DO ACIDENTE DE VEÍCULO EM QUE SE 
ENVOLVERA, MAS QUE DECORRERA, ISSO SIM, DO 
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO QUE O ATINGIRA 
ENQUANTO DIRIGIA O AUTOMÓVEL SINISTRADO, FICA 
IRREVERSIVELMENTE AFASTADO O NEXO DE 
CAUSALIDADE LIGANDO O SINISTRO À MORTE, 
OBSTANDO O APERFEIÇOAMENTO DO SILOGISMO PARA 
QUE A INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA FOSSE DEVIDA E 
LEGITIMANDO A RECUSA DA SEGURADORA EM 
SUPORTÁ-LA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 
UNÂNIME. (TJ-DF; ACJ 20020110217175; AC. 167927; DF; 
SEGUNDA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS 
CÍVEIS E CRIMINAIS; REL. DES. TEÓFILO RODRIGUES 
CAETANO NETO; JULG. 11/12/2002; DJU 17/02/2003; PÁG. 
72).” 
_____________________________________ 
“APELAÇÃO CÍVEL. COBRANÇA DE SEGURO 
OBRIGATÓRIO (DPVAT). NEXO CAUSAL ENTRE O 
SINISTRO E A CAUSA MORTIS DA VÍTIMA NÃO 
DEMONSTRADO. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO DE 
CONSTITUIÇÃO VÁLIDA E REGULAR DO PROCESSO. 
PRELIMINAR ACOLHIDA. SENTENÇA CASSADA. PARA 
FAZER JUS A INDENIZAÇÃO DE SEGURO OBRIGATÓRIO 
POR DANO DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRANSITO 
(SEGURO DPVAT), COM RESULTADO MORTE, DEVE O 
BENEFICIÁRIO DEMONSTRAR, POR MEIO HABIL, O 
NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O SINISTRO E A MORTE 
DA VITIMA, SEM O QUE TORNA-SE IMPERATIVA A 
EXTINÇÃO DO PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DO MERITO, 
DADA A AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO DE CONSTITUIÇÃO 
E DE DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO 
PROCESSO (ART. 267, IV, DO CPC). (TJ-GO; AC 119377-8/188; 
GOIATUBA; REL. DES. ZACARIAS NEVES COELHO; DJGO 
21/11/2008; PÁG. 246) CPC, ART. 267”. 
_________________________________ 
INDENIZAÇÃO. SEGURO OBRIGATÓRIO. DPVAT. MORTE. 
AUSÊNCIA DE PROVAS QUANTO AO NEXO CAUSAL. 
INERTE A PARTE QUANTO À COMPROVAÇÃO DA 
EXISTÊNCIA DO NEXO CAUSAL ENTRE A MORTE E O 
ACIDENTE DE TRÂNSITO SOFRIDO PELA VÍTIMA, DEVE 
SER JULGADA IMPROCEDENTE A PRETENSÃO 
RESSARCITÓRIA. (TJ-MG; APCV 1.0024.06.251696-8/0011; BELO 
HORIZONTE; DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL; RELª 
DESª CLÁUDIA MAIA; JULG. 26/06/2008; DJEMG 19/07/2008) 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 67
Portanto, os demandantes deixaram de comprovar os fatos 
constitutivos de seu direito, ônus que lhes incumbia, conforme o inciso I do art. 333 do 
Código de Processo Civil, o que era indispensável para o acolhimento de seu pleito. 
 
Ante o exposto, não merece procedência o pedido da inicial 
devido a INEXISTÊNCIA DE NEXO CAUSAL entre acidente causado por veículo 
automotor e a morte da suposta genitora das requerentes. 
 
IV. 3. DA IMPROCEDÊNCIA – DA AUSÊNCIA DE PROVAS QUANTO À 
INVALIDEZ PERMANENTE DO FALECIDO – DO DIREITO PERSONALÍSSIMO 
PARA PLEITEAR INDENIZAÇÃO POR INVALIDEZ 
 
Seguindo, cumpre observar que sem procedência alguma a 
pretensão inaugural, mormente porque inexiste no feito prova contundente de que o 
falecido efetivamente estava inválido de forma permanente e definitiva quando de seu 
óbito, devendo-se repisar que os documentos acostados à prefacial não têm o condão de 
amparar o pagamento da cobertura pretendida, o que certamente será reconhecido por este 
r. Juízo quando da prolação da decisão. 
 
Para ser mais preciso, era imperativo para confortar a tese inicial 
que fosse juntado laudo do IML que demonstrasse efetivamente que o falecido estava 
incapacitado, bem como de que ela era permanente e definitiva, sem qualquer possibilidade 
de melhora por via de tratamento médico-fisioterápico. 
 
No caso, diferentemente do que acredita os postulantes, os 
documentos alocados à inicial não têm valor algum, sobretudo porque não existem neles 
sequer indícios de que o mesmo estava incapacitado, na ocasião da morte, de forma 
permanente e definitiva em alguma de suas funções como narrado na exordial, o que é 
indispensável ao fim perseguido na inicial. 
 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
talm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 68
Lembre-se, segundo estabelece a própria Lei Federal 6.194/74, 
mais especificamente nos §§4.º e 5.º, do art. 5º, que deverá a parte beneficiária obter junto 
ao Instituto Médico Legal - IML - da jurisdição do acidente o competente LAUDO 
PERICIAL COM O FIM DE QUANTIFICAR AS LESÕES PARA FINS DE SEGURO 
ABRANGIDO PELA LEI e demonstrar se efetivamente está inválida em caráter 
permanente e definitivo, procedimento este que, diga-se de passagem, não foi observado 
pelos demandantes. 
 
A bem da verdade, os autores não cumpriram com a determinação 
legal e muito menos com o ônus previsto no artigo 333, inciso I do CPC, pois não trouxe 
aos autos qualquer laudo pericial com possibilidades a comprovar a invalidez do Sr. João. 
 
A jurisprudência sustenta o posicionamento ora adotado, senão 
vejamos nos seguintes arestos: 
 
“APELAÇÃO CÍVEL - SUMÁRIO- N. 2003.001464-0/0000-00 – CAMPO 
GRANDE. 
RELATOR - EXMO. SR. DÊS. ELPÍDIO HELVÉCIO CHAVES MARTINS 
APELANTE - BRADESCO SEGUROS S.A. 
ADVOGADOS - EDYEN VALENTE CALEPIS E OUTROS. 
APELADO - CLAUDEMILSON ROSA DA ROCHA. 
ADVOGADOS - JOÃO CATARINO TENÓRIO NOVAES E OUTRO. 
AÇÃO DE COBRANÇA – ACIDENTE DE TRÂNSITO – 
SEGURO OBRIGATÓRIO – INVALIDEZ PERMANENTE 
NÃO CONFIGURADA – IMPROCEDÊNCIA. JULGA-SE 
IMPROCEDENTE A PRETENSÃO DE INDENIZAÇÃO PELOS DANOS 
PESSOAIS COBERTOS PELO SEGURO OBRIGATÓRIO, SE NÃO 
CONSTATADA A INVALIDEZ PERMANENTE DA VÍTIMA. 
HONORÁRIOS - SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. HAVENDO 
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA, CADA UMA DAS PARTES DEVE ARCAR 
COM OS HONORÁRIOS DE SEU PRÓPRIO PATRONO E PAGAR 
METADE DAS CUSTAS DO PROCESSO, NOS TERMOS DO ART. 21, 
CAPUT, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 
ACÓRDÃO 
VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS ESTES AUTOS, ACORDAM OS 
JUÍZES DA 4.ª TURMA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, NA 
CONFORMIDADE DA ATA DE JULGAMENTOS E DAS NOTAS 
TAQUIGRÁFICAS, DAR PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME. 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 69
CAMPO GRANDE, 02 DE MARÇO DE 2004. 
DES. RÊMOLO LETTERIELLO – PRESIDENTE 
DES. ELPIDIO HELVÉCIO CHAVES MARTINS - RELATOR”. 
_______________________________________ 
“AÇÃO DE COBRANÇA. DPVAT. INVALIDEZ 
PERMANENTE. AUSÊNCIA. LAUDO PERICIAL. AUSÊNCIA 
DE PEDIDO. IMPROCEDÊNCIA. MANUTENÇÃO DA 
SENTENÇA. MANTÉM-SE A SENTENÇA QUE JULGOU 
IMPROCEDENTE O PEDIDO DE COBRANÇA DE SEGURO DPVAT SE 
NÃO HÁ COMPROVAÇÃO DE INVALIDEZ PERMANENTE, DIANTE DA 
AUSÊNCIA DE LAUDO CONCLUSIVO QUE CONSTATA A ALEGADA 
INVALIDEZ. (TJ-RO; APL 0008090-12.2008.8.22.0007; SEGUNDA 
CÂMARA CÍVEL; REL. DES. MIGUEL MONICO NETO; JULG. 
16/06/2010; DJERO 29/06/2010)”. 
 
Ademais, cumpre salientar que os autores não são ilegítimos para 
figurarem no pólo ativo da ação que pede indenização por invalidez permanente, sobretudo 
porque não existe a menor possibilidade deles cobrarem o seguro DPVAT por invalidez, 
ainda mais que inexiste prova de que o de cujus estava inválido. 
 
No caso, pode-se dizer que não se encontra presente a legitimidade 
ad causum, dos demandantes em cobrares da seguradora o valor da cobertura perseguida, a 
título de invalidez permanente, uma vez que a mesma só poderia ser realizada pela 
PRÓPRIA VÍTIMA, tendo em vista que o mérito discutido se refere a cobrança do 
seguro DPVAT, em virtude de invalidez permanente. 
 
Confortando a assertiva, segue o disposto §3º do art. 4º da Lei 
6.194/74, in verbis: 
 
“ART. 4O A INDENIZAÇÃO NO CASO DE MORTE SERÁ PAGA DE 
ACORDO COM O DISPOSTO NO ART. 792 DA LEI NO 10.406, DE 10 DE 
JANEIRO DE 2002 - CÓDIGO CIVIL. 
§3O NOS DEMAIS CASOS, O PAGAMENTO SERÁ FEITO 
DIRETAMENTE À VÍTIMA NA FORMA QUE DISPUSER O CONSELHO 
NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS - CNSP.” 
 
Assim, quando o dispositivo acima transcrito menciona “nos demais 
casos”, está se referindo aos casos de invalidez permanente e às despesas de 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 70
assistência médica e suplementares, já que para os casos de morte consta previsão 
expressa no caput do artigo, concluindo que aqueles CONSTITUEM DIREITO 
PERSONALÍSSIMO DA VÍTIMA E SOMENTE ELA DETÉM LEGITIMIDADE 
PARA RECLAMAR A COBERTURA PELA SEGURADORA, NÃO 
COGITANDO A TRANSFERÊNCIA PARA OS SUCESSORES. 
 
Assim, que o pedido de indenização por invalidez deverá ser 
julgado improcedente, uma vez que não há provas nos autos de que o falecido estava 
inválido na ocasião da morte, bem como que para as AÇÕES DE COBRANÇA DO 
SEGURO DPVAT POR INVALIDEZ SOMENTE PODE SER REQUERIDA 
PELO PRÓPRIO BENEFICIÁRIO, POIS SE TRATA DE UM DIREITO 
PERSONALÍSSIMO, que, diga-se, não admite sequer cessão. 
 
V. PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE 
V. 1. DO VALOR INDENIZATÓRIO EVENTUALMENTE DEVIDO - DA 
APLICAÇÃO DA LEI 11.482/2007 
 
Em observância ao princípio da eventualidade, considerando a 
remota hipótese deste Juízo reconhecer a existência de direito da parte demandante ao 
recebimento do valor indenizatório, que seja estabelecido de acordo com o importe vigente 
nesta data, R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), para casos de morte de acordo com 
a Lei 11.482/07. 
 
Ressalte-se, por ser de extrema relevância, que o art. 3º da Lei 
6.194/74 foi revogado pela Lei 11.482 de 31 de maio de 2007, de modo que não há a 
menor possibilidade de adoção de critério diverso para o caso de pagamento do seguro 
DPVAT. 
 
Para melhor visualização da questão ora articulada, seguem 
disposições insertasno art. 8.º da referida Lei: 
 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 71
“ART. 8º OS ARTS. 3º, 4º, 5º E 11 DA LEI NO 6.194, DE 19 DE 
DEZEMBRO DE 1974, PASSAM A VIGORAR COM AS SEGUINTES 
ALTERAÇÕES: 
“ART. 3º OS DANOS PESSOAIS COBERTOS PELO SEGURO 
ESTABELECIDO NO ART. 2º DESTA LEI COMPREENDEM AS 
INDENIZAÇÕES POR MORTE, INVALIDEZ PERMANENTE E DESPESAS 
DE ASSISTÊNCIA MÉDICA E SUPLEMENTARES, NOS VALORES QUE SE 
SEGUEM, POR PESSOA VITIMADA: 
A) (REVOGADA); 
B) (REVOGADA); 
C) (REVOGADA); 
I - R$ 13.500,00 (TREZE MIL E QUINHENTOS REAIS) - NO CASO DE 
MORTE; 
II - ATÉ R$ 13.500,00 (TREZE MIL E QUINHENTOS REAIS) - NO CASO 
DE INVALIDEZ PERMANENTE; E 
III - ATÉ R$ 2.700,00 (DOIS MIL E SETECENTOS REAIS) - COMO 
REEMBOLSO À VÍTIMA - NO CASO DE DESPESAS DE ASSISTÊNCIA 
MÉDICA E SUPLEMENTARES DEVIDAMENTE COMPROVADAS. 
........................................ 
ART. 24. ESTA LEI ENTRA EM VIGOR NA DATA DE SUA 
PUBLICAÇÃO, PRODUZINDO EFEITOS EM RELAÇÃO: 
I - AOS ARTS. 1º A 3º, A PARTIR DE 1O DE JANEIRO DE 2007; 
II - AOS ARTS. 20 A 22, APÓS DECORRIDOS 90 (NOVENTA) DIAS DA 
PUBLICAÇÃO DESTA LEI; 
III - AOS DEMAIS ARTIGOS, A PARTIR DA DATA DE PUBLICAÇÃO 
DESTA LEI.” 
 
Posto isto, requer-se, desde já, o acolhimento da tese ora 
defendida, devendo, por consequência, ser utilizado por este r. Juízo os argumentos ora 
defendidos. 
 
V. 2. DOS JUROS, DA CORREÇÃO MONETÁRIA E HONORÁRIOS 
 
Em caso de eventual condenação, hipoteticamente falando, 
deverão os juros de mora ser de 1% ao mês, contados a partir da citação válida 
ocorrida, consoante a súmula 426 do STJ, conforme segue: 
 
“SÚMULA N. 426-STJ. 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 72
OS JUROS DE MORA NA INDENIZAÇÃO DO SEGURO DPVAT FLUEM A 
PARTIR DA CITAÇÃO. REL. MIN. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, EM 
10/3/2010.” 
 
Quanto à correção monetária, em caso de condenação, espera-se 
que seja observada a data de propositura da presente como termo inicial para a sua 
incidência, em observância ao disposto na Lei nº 6.899/81, bem como o índice utilizado 
seja o menos gravoso - INPC. 
 
Neste ponto, não se pode perder de vista que a relação existente as 
seguradoras e os possíveis beneficiários do seguro em questão são derivadas de um 
contrato de natureza estritamente social, motivo pelo qual se impõe a aplicação das regras 
estabelecidas na respectiva Lei Federal. 
 
Neste contexto, segue julgado pertinente: 
 
“RECURSO ESPECIAL Nº 1.008.556 - SP (2007/0275405-1) 
RELATOR: MINISTRO ALDIR PASSARINHO JUNIOR 
RECORRENTE: BRADESCO SEGUROS S/A 
ADVOGADO: PEDRO PAULO OSORIO NEGRINI E 
OUTRO(S) 
RECORRIDO: IZABEL VIANA DAMACENO 
ADVOGADO: KELLY CRISTINA PEREZ E OUTRO(S) 
EMENTA CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO 
OBRIGATÓRIO (DPVAT). RESPONSABILIDADE 
CONTRATUAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS 
MORATÓRIOS. TERMOS INICIAIS. AJUIZAMENTO E 
CITAÇÃO, RESPECTIVAMENTE. 
I. NO CASO DE ILÍCITO CONTRATUAL, SITUAÇÃO DO DPVAT, OS 
JUROS DE MORA SÃO DEVIDOS A CONTAR DA CITAÇÃO E A 
CORREÇÃO MONETÁRIA DESDE O AJUIZAMENTO. PRECEDENTES. 
II. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO. 
ACÓRDÃO VISTOS E RELATADOS ESTES AUTOS, EM QUE SÃO 
PARTES AS ACIMA INDICADAS, DECIDE A QUARTA TURMA, POR 
UNANIMIDADE, CONHECER DO RECURSO ESPECIAL E DAR-LHE 
PROVIMENTO, NOS TERMOS DO VOTO DO SR. MINISTRO RELATOR. 
OS SRS. MINISTROS JOÃO OTÁVIO DE NORONHA E FERNANDO 
GONÇALVES VOTARAM COM O SR. MINISTRO RELATOR. 
BRASÍLIA (DF), 20 DE MAIO DE 2008 (DATA DO JULGAMENTO) 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 73
MINISTRO ALDIR PASSARINHO JUNIOR - RELATOR.” (G. N.) 
 
Derradeiramente, caso seja provido o pedido, que sejam os 
honorários arbitrados até o máximo de 15%, pretensão esta que tem alicerce o §1.º, art. 11, 
da Lei 1.060/50, senão vejamos: 
 
“ART. 11. OS HONORÁRIOS DE ADVOGADOS E PERITOS, 
AS CUSTAS DO PROCESSO, AS TAXAS E SELOS 
JUDICIÁRIOS SERÃO PAGOS PELO VENCIDO, QUANDO O 
BENEFICIÁRIO DE ASSISTÊNCIA FOR VENCEDOR NA 
CAUSA. 
§1º. OS HONORÁRIOS DO ADVOGADO SERÃO 
ARBITRADOS PELO JUIZ ATÉ O MÁXIMO DE 15% 
(QUINZE POR CENTO) SOBRE O LÍQUIDO APURADO NA 
EXECUÇÃO DA SENTENÇA.” 
 
VI. REQUERIMENTOS 
 
Por todo exposto, requer-se a Vossa Excelência: 
 
 Seja deferida a exclusão da lide a seguradora demandada e incluída a SEGURADORA 
LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A, nos termos do item I da 
presente defesa; 
 O acolhimento da preliminar arguida, devendo o processo ser extinto sem julgamento 
do mérito, nos termos do art. 267, inciso VI, do Código de Processo Civil, pela 
ilegitimidade das partes postulantes em pleiteares o seguro em testilha. 
 Acaso não seja acolhida apreliminar suscitada, no mérito, que se digne julgar 
integralmente IMPROCEDENTE o pedido inicial, tendo em vista que os autores não 
lograram êxito em comprovar os fatos constitutivos de seu direito, devendo, ainda, ser 
condenados no ônus da sucumbência, no que estará sendo realizada a mais lídima e 
escorreita JUSTIÇA! 
 Ultrapassada tal questão, que a cobertura seja paga de acordo com os critérios 
defendidos na presente, mais precisamente conforme o disposto no item V da presente. 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 74
 A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial 
depoimento pessoal da parte autora e expedição de ofício ao INSS para verificação 
acerca da existência de outros beneficiários. 
 Derradeiramente, que seja anotado na capa do feito o nome do DR. RENATO 
CHAGAS CORRÊA DA SILVA, OAB/MS 5.871, com o fim de recebimento das 
intimações de estilo, sob pena, caso assim não seja feito, de nulidade das mesmas. 
 
Pede-se deferimento. 
Campo Grande – MS, 14 de maio de 2014. 
 
EDYEN VALENTE CALEPIS - OAB/MS 8.767 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 75
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTRUMENTOS DE MANDATO 
 
 
 
 
 
ht
tp
s:
//e
sa
j.tj
ms
.ju
s.b
r/p
as
tad
igi
tal
/pg
/ab
rirC
on
fer
en
cia
Do
cu
me
nto
.do
, in
for
me
 o 
pro
ce
ss
o 0
81
10
75
-05
.20
14
.8.
12
.00
01
 e 
o c
ód
igo
 B
79
50
0.
W
CG
R1
48
00
96
30
60
 
 ,
 e
 lib
er
ad
o 
no
s 
au
to
s 
di
gi
ta
is 
po
r U
su
ár
io
 p
ad
rã
o 
pa
ra
 a
ce
ss
o 
SA
J/
AT
, e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
30
. P
ar
a 
ac
es
sa
r o
s 
au
to
s 
pr
oc
es
su
ai
s,
 a
ce
ss
e 
o 
sit
e
Es
te
 d
oc
um
en
to
 é
 c
op
ia
 d
o 
or
ig
in
al
 a
ss
in
ad
o 
di
gi
ta
lm
en
te
 p
or
 E
DY
EN
 V
AL
EN
TE
 C
AL
EP
IS
 e
 T
rib
un
al
 d
e 
Ju
st
ica
 d
o 
M
at
o 
G
ro
ss
o 
do
 S
ul
. P
ro
to
co
la
do
 e
m
 1
4/
05
/2
01
4 
às
 2
1:
19
, s
ob
 o
 n
úm
er
o
fls. 76

Continue navegando