Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
desde 1951 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPO GRANDE – MS BRADESCO AUTO/RE COMPANHIA DE SEGUROS, já qualificada nos autos do processo n.° 0811075-05.2014.8.12.0001, onde figura como parte autora ALDA FERREIRA DE PAULA E OUTROS, vem, respeitosamente, a douta presença de Vossa Excelência, por via de seu advogado infra-assinado, que recebe intimações de estilo na rua XV de novembro, 2029 – Jardim Aclimação – Campo Grande – MS, apresentar CONTESTAÇÃO aos termos e pedidos insertos na peça inaugural, o que faz com fulcro nos elementos de fato e de direito a seguir articulados: I. DA ALTERAÇÃO DO PÓLO PASSIVO DA LIDE - DA NECESSIDADE DE INCLUSÃO DA SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A. NA DEMANDA. Antes de qualquer argumentação acerca do mérito da questão propriamente dita, é indispensável asseverar que por via Resolução n.º 154/06 do Conselho Nacional de Seguradores Privados - CNSP - foram criados os Consórcios responsáveis pela condução do Convênio DPVAT, bem como a denominada Seguradora Líder (art. 5.º). ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 56 Acrescente-se que a autorização para SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A. operar em tal seguimento aconteceu em 04.12.2007, quando editada a Portaria 2797/2007 (art. 1.º) pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP. Para melhor visualização de tal questão, seguem, respectivamente, alguns dispositivos insertos na referida Resolução e Portaria, senão vejamos: “......................................... OMISSIS ART. 5º PARA OPERAR NO SEGURO DPVAT, AS SOCIEDADES SEGURADORAS DEVERÃO ADERIR, SIMULTANEAMENTE, AOS DOIS CONSÓRCIOS ESPECÍFICOS, UM ENGLOBANDO AS CATEGORIAS 1, 2, 9 E 10 E O OUTRO, AS CATEGORIAS 3 E 4. §1º OS CONSÓRCIOS QUE INCLUEM AS CATEGORIAS 1, 2, 9 E 10 E AS CATEGORIAS 3 E 4, DEVERÃO SER CONSTITUÍDAS AO LONGO DO EXERCÍCIO DE 2007, ENTRANDO EM VIGOR ATÉ 1O DE JANEIRO DE 2008. § 2º AS SOCIEDADES SEGURADORAS QUE JÁ OPERAM O SEGURO DPVAT POR MEIO DOS CONVÊNIOS QUE ENGLOBAM AS CATEGORIAS 1, 2, 9 E 10 E CATEGORIAS 3 E 4 ESTARÃO AUTOMATICAMENTE INSERIDOS NOS NOVOS CONSÓRCIOS A PARTIR DE SUAS RESPECTIVAS CRIAÇÕES. §3º CADA UM DOS CONSÓRCIOS TERÁ COMO ENTIDADE LÍDER UMA SEGURADORA ESPECIALIZADA EM SEGURO DPVAT, PODENDO A MESMA SEGURADORA SER A ENTIDADE LÍDER DOS DOIS CONSÓRCIOS PREVISTOS NO CAPUT DESTE ARTIGO.” ........................................................... “ART. 1° CONCEDER À SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A., COM SEDE SOCIAL NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO – RJ, AUTORIZAÇÃO PARA OPERAR COM SEGUROS DE DANOS E DE PESSOAS, ESPECIALIZADA EM SEGURO DPVAT, EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL. ART. 2.° RATIFICAR QUE A SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A. EXERCE A FUNÇÃO DE ENTIDADE LÍDER DOS CONSÓRCIOS DE QUE TRATA O ART. 5° DA RESOLUÇÃO CNSP Nº 154, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2006.” Pelo o que se depreende nos dispositivos transcritos, passou a Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S.A. ser a entidade superior no que tange a gestão das coberturas estabelecidas na Lei 6.194/74, inclusive no que se refere ao pagamento de todos os beneficiários das garantias. ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 57 Feitos os respectivos esclarecimentos, requer-se a Vossa Excelência, após oitiva da parte autora, que autorize a alteração do polo passivo da lide, onde deverá constar apenas a Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S.A., pois esta é quem tem a responsabilidade pelo pagamento da cobertura perseguida na inicial. Ressalte-se que, por ser importante, que não é o caso de sucessão ou substituição processual, mesmo porque tais Institutos não se alinham com a situação vivificada no que tange ao Convênio DPVAT, onde, diga-se, não houve configuração de uma legitimação extraordinária ou incorporação entre empresas, de modo que se adota a presente medida. Posto isto, pelo deferimento do presente pedido, devendo, por conseguinte, ser excluída da lide a demandada e incluída a SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A., sendo imperativo asseverar que esta empresa tem plenas condições de arcar com eventual condenação, não havendo desta maneira qualquer prejuízo à parte. II. SÍNTESE DA INICIAL Segundo os termos da peça vestibular, pretendem os autores receberem o valor de R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), a título de indenização do Seguro DPVAT, por serem legítimos beneficiários do Sr. João Francisco de Paula, que veio a óbito em decorrência de um suposto acidente automobilístico ocorrido em 28/06/2013. Pugnaram pela concessão da justiça gratuita, por não terem condições de arcarem com custas e demais despesas processuais. Sem maiores detalhamentos, tem-se que não merece guarida o pedido deduzido na prefacial, o que será melhor esmiuçado nas razões seguintes. ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit eEs te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 58 III. PRELIMINARMENTE III. 1. DA ILEGITIMIDADE DA PARTE AUTORA PARA POSTULAR PELO PAGAMENTO DA COBERTURA SECURITÁRIA Como em toda e qualquer ação, não sendo diferente a presente, tem-se necessário para o seu regular processamento o preenchimento de três (03) requisitos básicos e indispensáveis, ou seja, a possibilidade jurídica do pedido, a legitimidade ad causum e o interesse processual, dos quais o Estado condiciona o direto do jurisdicionado de obter a tutela do direito invocado. Consoante se verifica facilmente na peça vestibular, pode-se dizer que não se encontra presente a legitimidade ad causum, mais precisamente quanto ao direito dos demandantes em cobrar da seguradora ré a cobertura integral, uma vez que a documentação acostada aos autos não autoriza concluir que eles sejam os únicos herdeiros/beneficiários do seguro em testilha. Ressalte-se que o falecido possuía 78 anos de idade. Frise-se que a simples afirmação dos demandantes que inexistem outros herdeiros do de cujus não faz prova cabal da condição de únicos beneficiários da vítima, razão pela qual deveriam ter trazido à baila processual comprovação de que inexistem outros beneficiários/herdeiros que possuem direito à indenização, porquanto se existentes, certamente serão prejudicadas com o pagamento integral da indenização somente para a mesma. Em verdade, deveriam os postulantes ter apresentado certidão do INSS como prova de não haver outros herdeiros do falecido (filhos), pois, de acordo com a Lei 11.482/07, para acidentes ocorridos a partir de 29.12.2006, o valor da indenização é dividido simultaneamente, em cotas iguais, entre o cônjuge ou companheiro (50%) e os herdeiros (50%), obedecida a ordem da vocação hereditária. ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 59 Para melhor visualização da questão, seguem dispositivos vigentes quando do acidente: “ART. 4O A INDENIZAÇÃO NO CASO DE MORTE SERÁ PAGA DE ACORDO COM O DISPOSTO NO ART. 792 DA LEI NO 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 - CÓDIGO CIVIL.” __________________________________________ “ART. 792. NA FALTA DE INDICAÇÃO DA PESSOA OU BENEFICIÁRIO, OU SE POR QUALQUER MOTIVO NÃO PREVALECER A QUE FOR FEITA, O CAPITAL SEGURADO SERÁ PAGO POR METADE AO CÔNJUGE NÃO SEPARADO JUDICIALMENTE, E O RESTANTE AOS HERDEIROS DO SEGURADO, OBEDECIDA A ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA.” (GRIFO NOSSO) Destarte, insta configurar que, ao contrário do que pensam os autores, não cabe à seguradora indenizá-los, mesmo porque o artigo acima nos remete a ordem de vocação hereditária (art. 1829, Código Civil) senão veja-se: “ART. 1.829. A SUCESSÃO LEGÍTIMA DEFERE-SE NA ORDEM SEGUINTE: I - AOS DESCENDENTES, EM CONCORRÊNCIA COM O CÔNJUGE SOBREVIVENTE, SALVO SE CASADO ESTE COM O FALECIDO NO REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL, OU NO DA SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS (ART. 1.640, PARÁGRAFO ÚNICO); OU SE, NO REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL, O AUTOR DA HERANÇA NÃO HOUVER DEIXADO BENS PARTICULARES; II - AOS ASCENDENTES, EM CONCORRÊNCIA COM O CÔNJUGE; III - AO CÔNJUGE SOBREVIVENTE; IV - AOS COLATERAIS.” Sem necessidade de grande esforço hermenêutico, note-se que efetivamente os demandantes não têm o direito em receber o valor pleiteado correspondente ao seguro DPVAT, pois, primeiramente, deveriam provar que a vítima não teria deixado outros descendentes ou beneficiários. Neste contexto, segue julgado pertinente: ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 60 “APELAÇÃO CÍVEL. DPVAT. PRELIMINAR. SEGURADORA LÍDER. SEGURO OBRIGATÓRIO. MORTE. CÔNJUGE. SEPARAÇÃO DE FATO HÁ MAIS DE DOIS ANOS. LEGITIMIDADE DO HERDEIRO PARA COBRANÇA INTEGRAL. COMPLEMENTAÇÃO DEVDA. A ESCOLHA DA SEGURADORA CONTRA QUEM VAI LITIGAR A VÍTIMA OU BENEFICIÁRIO DO SEGURO DPVAT PERTENCE A ELA TÃO- SOMENTE, NÃO SENDO OPONÍVEL A RESOLUÇÃO DO CNSP QUE CRIOU A ENTIDADE LÍDER DAS SEGURADORAS. SUBSTITUIÇÃO DESCABIDA. EM CASO DE MORTE DA VÍTIMA, APÓS O ADVENTO DA LEI Nº 11.482/2007, A INDENIZAÇÃO DEVE SER PAGA AO CÔNJUGE SOBREVIVENTE E AOS HERDEIROS LEGAIS, NA PROPORÇÃO DE 50% PARA CADA UM. ENTRETANTO, O CÔNJUGE DEIXA DE SER BENEFICIÁRIO DA VERBA SE ESTIVER SEPARADO DE FATO HÁ MAIS DE DOIS ANOS, NOS TERMOS DO ARTIGO 1830 DO CÓDIGO CIVIL, RAZÃO PELA QUAL A INTEGRALIDADE DEVERÁ SER ALCANÇADA AOS HERDEIROS LEGAIS. COMPLEMENTAÇÃO RECONHECIDA AO FILHO DO AUTOR. CORREÇÃO MONETÁRIA DEVIDA A PARTIR DO PAGAMENTO ADMINISTRATIVO, QUANDO A INTEGRALIDADE DA INDENIZAÇÃO DEVERIA TER SIDO ALCANÇADA À VÍTIMA. SENTENÇA MANTIDA. PRELIMINAR REJEITADA. APELO DESPROVIDO. (TJ-RS; AC 70032310450; CAXIAS DO SUL; QUINTA CÂMARA CÍVEL; REL. DES. ROMEU MARQUES RIBEIRO FILHO; JULG. 14/10/2009; DJERS 22/10/2009; PÁG. 66) CC, ART. 1830”. ___________________________________ “PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO. SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT. COMPROVADA A CONDIÇÃO DE BENEFICIÁRIAS PELAS APELADAS. CONDENAÇÃO AFINADA COM A PREVISÃO DA LEI Nº 6.194/74 PARA O CASO DE MORTE. RECURSO CONHECIDO. PROVIMENTO NEGADO. 1. CONFORME O ART. 4º DA LEI Nº 6.194/74, A INDENIZAÇÃO NO CASO DE MORTE SERÁ PAGA DE ACORDO COM O DISPOSTO NO ART. 792 DO CC/2002, QUE DETER MINA QUE "NA FALTA DE INDICAÇÃO DA PESSOA OU BENEFICIÁRIO, OU SE POR QUALQUER MOTIVO NÃOPREVALECER A QUE FOR FEITA, O CAPITAL SEGURADO SERÁ PAGO POR METADE AO CÔNJUGE NÃO SEPARADO JUDICIALMENTE, E O RESTANTE AOS HERDEIROS DO SEGURADO, OBEDECIDA A ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA". 2. IN CASU, É POSSÍVEL AFERIR QUE, APESAR DE A CERTIDÃO DE ÓBITO CONSTAR QUE O DE CUJUS ERA SOLTEIRO, AS APELADAS LOGRARAM ÊXITO EM COMPROVAR A QUALIDADE DE FILHA E VIÚVA DO MESMO POR MEIO DA CERTIDÃO DE NASCIMENTO E DA CERTIDÃO DE CASAMENTO QUE INSTRUÍRAM A INICIAL. 3. NÃO É RAZOÁVEL PRIVAR AS APELADAS DO RECEBIMENTO DO SEGURO OBRIGATÓRIO - DPVAT SOB A JUSTIFICATIVA QUE O PAGAMENTO FOI EFETUADO EM FAVOR DA G ENITORA DO DE CUJUS, MESMO PORQUE COMO BEM DESTACA A SENTENÇA, A RÉ / APELANTE "NÃO PRODUZIU QUALQUER ÁTIMO DE PROVA QUE TAL PAGAMENTO TENHA SE EFETIVADO EM FAVOR DE OUTREM, NA MEDIDA EM QUE A PEÇA DE BLOQUEIO DE FLS. 23/26 FOI INSTRUÍDA, TÃO SOMENTE, COM CARTA DE PREPOSIÇÃO, PROCURAÇÃO E SUBSTABELECIMENTO E NA OCASIÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO PUGNOU PELO JULGAMENTO ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 61 ANTECIPADO, PERMITINDO A ILAÇÃO DE QUE NÃO PRETENDIA A DILAÇÃO PROBATÓRIA, APESAR DE PRECLUSA A OPORTUNIDADE PARA A PRODUÇÃO DE PROVA DOCUMENTAL, JÁ QUE ESTA DEVERIA ACOMPANHAR A CONTESTAÇÃO". 4. VALOR FIXADO NA SENTENÇA EM CONFORMIDADE COM O ART. 3º, INC. I DA LEI Nº 6.194/74. 5. RECURSO CONHECIDO. PROVIMENTO NEGADO. (TJ-ES; AC 21100089347; SEGUNDA CÂMARA CÍVEL; REL. DESIG. DES. FERNANDO ESTEVAM BRAVIN RUY; DJES 10/11/2011) CC, ART. 792”. Esclarecida tal questão, impõe-se o acolhimento da presente preliminar, reconhecendo, por conseguinte, que a parte postulante não comprovou ser legítima herdeira/beneficiária para pleitear a cobertura securitária. IV. MÉRITO IV. 1. DA COMPLETA IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL – FALTA DE NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O ACIDENTE E A MORTE – DA FALTA DE PROVA DO FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DOS AUTORES – AUSÊNCIA DO BOLETIM DE OCORRÊNCIA Analisando detidamente a documentação alocada à prefacial, nota- se que os autores não juntaram ao feito documentos indispensável à justificação de seu suposto direito, mais precisamente o boletim de ocorrência, conforme determina o artigo 5.º da lei 6.194/74. Ora, no presente caso, a apresentação do boletim de ocorrência é imprescindível para comprovar efetivamente o sinistro em questão, bem como o envolvimento da vítima no mesmo. Salienta-se que a Lei que rege o instituto DPVAT estabelece expressamente que o beneficiário tem de apresentar, para viabilizar o pagamento da cobertura, o competente boletim de ocorrência emitido pela autoridade policial responsável, sendo correto que não existe na legislação qualquer lacuna que possibilite a substituição de tal documento por outro. ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 62 Não há nos autos uma prova sequer de que o Sr. João Francisco de Paula tenha sofrido um acidente de trânsito e que tenha falecido em decorrência dele. Conforme relato da inicial o suposto acidente ocorreu em 28/06/2013, mas o óbito só em 17/08/2013, conforme certidão de óbito anexado pela própria parte autora em sua exordial, portanto, 02 (dois) meses após o acidente. Os autores sequer comprovaram que o falecido ficou hospitalizado nesse período. Dessa forma, não há nexo entre a morte e um suposto acidente de trânsito, que sequer foi registrado. DESTARTE, OS AUTORES NÃO APRESENTARAM INDÍCIOS SUFICIENTES PARA PROVAR QUE A MORTE DO SR. JOÃO FRANCISCO DE PAULA FOI REALMENTE CAUSADA POR ACIDENTE ENVOLVENDO VEÍCULO AUTOMOTOR, NÃO FAZENDO JUS, PORTANTO, AO RECEBIMENTO DA INDENIZAÇÃO DO SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT. Acerca de tal questão, seguem arestos pertinentes: “APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO DPVAT. INVALIDEZ PERMANENTE. AUSÊNCIA DE PROVA DO ACIDENTE E DO NEXO CAUSAL. INDENIZAÇÃO AFASTADA. I - DE ACORDO COM A LEI NÚMERO 6.194/74, PARA QUE FACA JUS AO PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO DECORRENTE DO SEGURO DPVAT, BASTA QUE COMPROVE A VÍTIMA A OCORRÊNCIA DO ACIDENTE ENVOLVENDO VEÍCULO EM CIRCULAÇÃO E OS DADOS DO EVENTO DECORRENTES, DEVENDO JUNTAR NO CASO DE INVALIDEZ, PROVA DAS DESPESAS EFETUADAS PELA VÍTIMA COM O SEU ATENDIMENTO POR HOSPITAL, AMBULATÓRIO OU MÉDICO ASSISTENTE E REGISTRO DA OCORRÊNCIA NO ÓRGÃO POLICIAL COMPETENTE, DOCUMENTOS ESSÊNCIAIS SEM OS QUAIS NÃO HÁ COMO DEFERIR A INDENIZAÇÃO PRETENDIDA. II - NÃO ESTANDO OS AUTOS DEVIDAMENTE INSTRUÍDOS COM OS REFERIDOS DOCUMENTOS OU QUAISQUER OUTROS QUE COMPROVEM AS LESÕES SOFRIDAS PELA PARTE, IMPÕE-SE A EXTINÇÃO DO FEITO, SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, NOS TERMOS DO ARTIGO 267, INCISO IV, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. III - APELO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro toco la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 63 (TJ-GO; AC 101293-0/188; PROC. 200602286411; GOIÂNIA; TERCEIRA CÂMARA CÍVEL; RELª DESª NELMA BRANCO FERREIRA PERILO; JULG. 23/01/2007; DJGO 07/02/2007)”. _________________________________________ “APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. SEGURO DPVAT. BOLETIM DE OCORRÊNCIA. LAUDO DO IML. QUANTUM INDENIZATÓRIO. FIXAÇÃO. SALÁRIO MÍNIMO. LEGALIDADE. A FALTA DE JUNTADA DO LAUDO DE EXAME DE CORPO DO DELITO NÃO ENSEJA A EXTINÇÃO DO FEITO POR AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO, SE HOUVER NOS AUTOS PROVA HÁBIL A DEMONSTRAR A OCORRÊNCIA DO ACIDENTE, DO QUAL RESULTOU A INVALIDEZ PERMANENTE DA VÍTIMA. A LEI N. 6.194/74 NÃO CONFERE OBRIGATORIEDADE A APRESENTAÇÃO DE LAUDO EMITIDO PELO IML, APENAS O INDICA COMO UM DOS MEIOS HABÉIS, A DEMONSTRAÇÃO DO EVENTO INDENIZÁVEL (ARTIGO QUINTO, PARÁGRAFO QUINTO). TRATA-SE, POIS, DE LAUDO COMPLEMENTAR. O SEGURO OBRIGATÓRIO DE DANOS PESSOAIS, EM CASO DE INVALIDEZ PERMANENTE DO SEGURADO, CORRESPONDERA A QUARENTA VEZES O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO VIGENTE A ÉPOCA DA PROPOSITURA DA AÇÃO. AS LEIS N. 6.205/75 E 6.423/74 NÃO REVOGAM O ARTIGO TERCEIRO DA LEI N. 6.194/74, PORQUANTO A REFERIDA NORMA ADOTA O SALÁRIO MÍNIMO COMO PARÂMETRO PARA A FIXAÇÃO DO MONTANTE INDENIZÁVEL, NÃO CONSTITUINDO OFENSA AO PRECEITO DO ARTIGO SÉTIMO, INCISO IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. APELO CONHECIDO IMPROVIDO. (TJ-GO; AC 108315-0/188; PROC. 200700641216; ITUMBIARA; TERCEIRA CÂMARA CÍVEL; REL. DES. FELIPE BATISTA CORDEIRO; JULG. 22/05/2007; DJGO 13/06/2007)”. Ante o exposto, não merece procedência o pedido da inicial devido a INEXISTÊNCIA DE NEXO CAUSAL entre acidente causado por veículo automotor e a morte do Sr. João Francisco de Paula. IV. 2. DA COMPLETA IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL POR AUSÊNCIA DE NEXO CAUSAL – DA NÃO DEMONSTRAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE O SINISTRO E A MORTE Analisando detidamente a pretensão dos autores à luz dos documentos anexados aos autos, deverá ser reconhecido por esse nobre Juízo que os ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 64 mesmos não tem o condão de demonstrar os fatos constitutivos do direito das mesmas, senão veja-se: Pelo o que se depreende nos autos, principalmente pelos parcos documentos trazidos com a inicial, não há a menor condição de se aferir que o óbito da vítima foi decorrente de um acidente automobilístico, devendo-se frisar ainda que a certidão de óbito (f. 20) alocado ao feito assevera que o mesmo faleceu em virtude de choque cardiogênico, infarto agudo do miocárdio, miocardiopatia hipertensiva, hipertensão arterial sistêmica, o que não deixa dúvidas da falta de relação entre acidente e óbito, e ainda não podendo ser considerado para tal desiderato. Aliás, as documentações alocadas remontam à existência de complicações de saúde do de cujus, portanto, não são capazes de comprovar o nexo entre o falecimento e o sinistro ocorrido. Frise-se que o suposto ACIDENTE DE TRÂNSITO noticiado nos autos, ocorreu em 28/06/2013, e a morte só em 17/08/2013, ou seja, 02 (dois) meses após, ainda, em decorrência de “CHOQUE CARDIOGÊNICO, INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO, MIOCARDIOPATIA HIPERTENSIVA, HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA”, e não em virtude do acidente em si. No presente caso, além de não haver Boletim de ocorrência comprovando a ocorrência de acidente de trânsito envolvendo o Sr João, não há também informações no prontuário médico acerca do suposto acidente, portanto, não houve demonstração da relação entre a causa mortis de infarto agudo do miocárdio, miocardiopatia hipertensiva, hipertensão arterial sistêmica e as complicações advindas do acidente em questão, que são fraturas no braço direito e no tornozelo esquerdo, conforme documentos de f. 22/36. Em suma, sem prova de que o suposto acidente noticiado pelos demandantes tenha sido o fator determinante para a ocorrência da morte da vítima, não há ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 65 que se falar em pagamento do perseguido seguro DPVAT, entendimento este que tem respaldo em nossa Jurisprudência, senão veja-se: “APELAÇÃO CÍVEL. COBRANÇA. CERCEAMENTO DE DEFESA. NECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE PROVA TÉCNICA. AUSENTE. DPVAT. MORTE DECORRENTE DE CAUSA NATURAL. INFARTO. AUSÊNCIA DE NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE A MORTE E O ACIDENTE DE TRÂNSITO. INDENIZAÇÃO INDEVIDA. NULIDADE DA CERTIDÃO DE ÓBITO E EXAME DE CORPO DE DELITO. DOCUMENTOS QUE GOZAM DE FÉ PÚBLICA. RECURSO IMPROVIDO. ACHANDO-SE O FEITO EM CONDIÇÕES DE JULGAMENTO ANTECIPADO, SEM NECESSIDADE DE COLHEITA DE NOVAS PROVAS, A PROLAÇÃO DA SENTENÇA NEM SEQUER É UMA FACULDADE, MAS UMA OBRIGAÇÃO, À VISTA DOS PRINCÍPIOS DA ECONOMIA E CELERIDADE PROCESSUAIS. O SEGURO DPVAT DEVE SER PAGO ÀQUELES QUE FORAM VÍTIMAS DE ACIDENTE DE TRÂNSITO E TIVERAM DANOS PESSOAIS CAUSADOS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES DE VIA TERRESTRE, OU POR CARGA, ÀS PESSOAS TRANSPORTADAS OU NÃO. INEXISTINDO NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE A MORTE DA ACIDENTADA, QUE VEIO A ÓBITO POR CAUSA NATURAL, E O ACIDENTE DE TRÂNSITO, NÃO HÁ COMO CONCEDER INDENIZAÇÃO DECORRENTE DO SEGURO OBRIGATÓRIO. OS DOCUMENTOS PÚBLICOS, TAIS COMO CERTIDÃO DE ÓBITO E EXAME DE CORPO DELITO, POSSUEM FÉ PÚBLICA, E QUAISQUER NULIDADES NESSE SENTIDO DEVEM SER DISCUTIDAS EM AÇÃO PRÓPRIA. (TJ-MS; AC-SUM 2007.029387-1/0000-00; CAMPO GRANDE; TERCEIRA TURMA CÍVEL; REL. DES. RUBENS BERGONZI BOSSAY; DJEMS 21/11/2007; PÁG. 18).” ____________________________________ “CIVIL. INDENIZAÇÃO. SEGURO OBRIGATÓRIO DE DANOS PESSOAIS CAUSADOS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES DE VIA TERRESTRE (DPVAT).ACIDENTE. MORTE DO CONDUTOR DO AUTOMÓVEL ORIGINÁRIA DE CAUSA NATURAL. INEXISTÊNCIA DE NEXO CAUSALIDADE ENTRE O SINISTRO E O ÓBITO. INDENIZAÇÃO INDEVIDA. I. DE CONFORMIDADE COM O DELINEADO PELAS FORMULAÇÕES LEGAIS QUE REGRAM O SEGURO OBRIGATÓRIO DE DANOS PESSOAIS CAUSADOS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES DE VIA TERRESTRE (DPVAT), ESSE SEGURO DESTINA-SE EXCLUSIVAMENTE À COBERTURA DOS DANOS CAUSADOS PELO VEÍCULO E PELA CARGA TRANSPORTADA A PESSOAS TRANSPORTADAS OU NÃO, NÃO ALCANÇANDO A COBERTURA DELE ORIGINÁRIA EVENTOS CUJO FATO GERADOR NÃO DERIVARA DO USO DE AUTOMÓVEL. II. CONSEQÜENTEMENTE, SE O ÓBITO DO COMPANHEIRO DA AUTORA DERIVARA DE CAUSA NATURAL, E NÃO DAS LESÕES QUE EXPERIMENTARA EM ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 66 DECORRÊNCIA DO ACIDENTE DE TRÂNSITO EM QUE SE ENVOLVERA, QUE PROVAVELMENTE, DIANTE DAS CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE SE VERIFICARA, DECORRERA DO PRÓPRIO ATAQUE CARDÍACO QUE O VITIMARA, RESTA AFASTADA O LIAME MATERIAL PASSÍVEL DE GERAR A INDENIZAÇÃO QUE PERSEGUE DIANTE DA IRREVERSÍVEL INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO ENLIÇANDO A MORTE AO SINISTRO OCORRIDO. III. PATENTEADO, ENTÃO, QUE O ÓBITO NÃO DERIVARA DAS LESÕES EXPERIMENTADAS PELO FALECIDO POR OCASIÃO DO ACIDENTE DE VEÍCULO EM QUE SE ENVOLVERA, MAS QUE DECORRERA, ISSO SIM, DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO QUE O ATINGIRA ENQUANTO DIRIGIA O AUTOMÓVEL SINISTRADO, FICA IRREVERSIVELMENTE AFASTADO O NEXO DE CAUSALIDADE LIGANDO O SINISTRO À MORTE, OBSTANDO O APERFEIÇOAMENTO DO SILOGISMO PARA QUE A INDENIZAÇÃO SECURITÁRIA FOSSE DEVIDA E LEGITIMANDO A RECUSA DA SEGURADORA EM SUPORTÁ-LA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. UNÂNIME. (TJ-DF; ACJ 20020110217175; AC. 167927; DF; SEGUNDA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS; REL. DES. TEÓFILO RODRIGUES CAETANO NETO; JULG. 11/12/2002; DJU 17/02/2003; PÁG. 72).” _____________________________________ “APELAÇÃO CÍVEL. COBRANÇA DE SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT). NEXO CAUSAL ENTRE O SINISTRO E A CAUSA MORTIS DA VÍTIMA NÃO DEMONSTRADO. AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO DE CONSTITUIÇÃO VÁLIDA E REGULAR DO PROCESSO. PRELIMINAR ACOLHIDA. SENTENÇA CASSADA. PARA FAZER JUS A INDENIZAÇÃO DE SEGURO OBRIGATÓRIO POR DANO DECORRENTE DE ACIDENTE DE TRANSITO (SEGURO DPVAT), COM RESULTADO MORTE, DEVE O BENEFICIÁRIO DEMONSTRAR, POR MEIO HABIL, O NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O SINISTRO E A MORTE DA VITIMA, SEM O QUE TORNA-SE IMPERATIVA A EXTINÇÃO DO PROCESSO, SEM RESOLUÇÃO DO MERITO, DADA A AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTO DE CONSTITUIÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO VÁLIDO E REGULAR DO PROCESSO (ART. 267, IV, DO CPC). (TJ-GO; AC 119377-8/188; GOIATUBA; REL. DES. ZACARIAS NEVES COELHO; DJGO 21/11/2008; PÁG. 246) CPC, ART. 267”. _________________________________ INDENIZAÇÃO. SEGURO OBRIGATÓRIO. DPVAT. MORTE. AUSÊNCIA DE PROVAS QUANTO AO NEXO CAUSAL. INERTE A PARTE QUANTO À COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DO NEXO CAUSAL ENTRE A MORTE E O ACIDENTE DE TRÂNSITO SOFRIDO PELA VÍTIMA, DEVE SER JULGADA IMPROCEDENTE A PRETENSÃO RESSARCITÓRIA. (TJ-MG; APCV 1.0024.06.251696-8/0011; BELO HORIZONTE; DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL; RELª DESª CLÁUDIA MAIA; JULG. 26/06/2008; DJEMG 19/07/2008) ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 67 Portanto, os demandantes deixaram de comprovar os fatos constitutivos de seu direito, ônus que lhes incumbia, conforme o inciso I do art. 333 do Código de Processo Civil, o que era indispensável para o acolhimento de seu pleito. Ante o exposto, não merece procedência o pedido da inicial devido a INEXISTÊNCIA DE NEXO CAUSAL entre acidente causado por veículo automotor e a morte da suposta genitora das requerentes. IV. 3. DA IMPROCEDÊNCIA – DA AUSÊNCIA DE PROVAS QUANTO À INVALIDEZ PERMANENTE DO FALECIDO – DO DIREITO PERSONALÍSSIMO PARA PLEITEAR INDENIZAÇÃO POR INVALIDEZ Seguindo, cumpre observar que sem procedência alguma a pretensão inaugural, mormente porque inexiste no feito prova contundente de que o falecido efetivamente estava inválido de forma permanente e definitiva quando de seu óbito, devendo-se repisar que os documentos acostados à prefacial não têm o condão de amparar o pagamento da cobertura pretendida, o que certamente será reconhecido por este r. Juízo quando da prolação da decisão. Para ser mais preciso, era imperativo para confortar a tese inicial que fosse juntado laudo do IML que demonstrasse efetivamente que o falecido estava incapacitado, bem como de que ela era permanente e definitiva, sem qualquer possibilidade de melhora por via de tratamento médico-fisioterápico. No caso, diferentemente do que acredita os postulantes, os documentos alocados à inicial não têm valor algum, sobretudo porque não existem neles sequer indícios de que o mesmo estava incapacitado, na ocasião da morte, de forma permanente e definitiva em alguma de suas funções como narrado na exordial, o que é indispensável ao fim perseguido na inicial. ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi talm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 68 Lembre-se, segundo estabelece a própria Lei Federal 6.194/74, mais especificamente nos §§4.º e 5.º, do art. 5º, que deverá a parte beneficiária obter junto ao Instituto Médico Legal - IML - da jurisdição do acidente o competente LAUDO PERICIAL COM O FIM DE QUANTIFICAR AS LESÕES PARA FINS DE SEGURO ABRANGIDO PELA LEI e demonstrar se efetivamente está inválida em caráter permanente e definitivo, procedimento este que, diga-se de passagem, não foi observado pelos demandantes. A bem da verdade, os autores não cumpriram com a determinação legal e muito menos com o ônus previsto no artigo 333, inciso I do CPC, pois não trouxe aos autos qualquer laudo pericial com possibilidades a comprovar a invalidez do Sr. João. A jurisprudência sustenta o posicionamento ora adotado, senão vejamos nos seguintes arestos: “APELAÇÃO CÍVEL - SUMÁRIO- N. 2003.001464-0/0000-00 – CAMPO GRANDE. RELATOR - EXMO. SR. DÊS. ELPÍDIO HELVÉCIO CHAVES MARTINS APELANTE - BRADESCO SEGUROS S.A. ADVOGADOS - EDYEN VALENTE CALEPIS E OUTROS. APELADO - CLAUDEMILSON ROSA DA ROCHA. ADVOGADOS - JOÃO CATARINO TENÓRIO NOVAES E OUTRO. AÇÃO DE COBRANÇA – ACIDENTE DE TRÂNSITO – SEGURO OBRIGATÓRIO – INVALIDEZ PERMANENTE NÃO CONFIGURADA – IMPROCEDÊNCIA. JULGA-SE IMPROCEDENTE A PRETENSÃO DE INDENIZAÇÃO PELOS DANOS PESSOAIS COBERTOS PELO SEGURO OBRIGATÓRIO, SE NÃO CONSTATADA A INVALIDEZ PERMANENTE DA VÍTIMA. HONORÁRIOS - SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. HAVENDO SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA, CADA UMA DAS PARTES DEVE ARCAR COM OS HONORÁRIOS DE SEU PRÓPRIO PATRONO E PAGAR METADE DAS CUSTAS DO PROCESSO, NOS TERMOS DO ART. 21, CAPUT, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ACÓRDÃO VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS ESTES AUTOS, ACORDAM OS JUÍZES DA 4.ª TURMA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA, NA CONFORMIDADE DA ATA DE JULGAMENTOS E DAS NOTAS TAQUIGRÁFICAS, DAR PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME. ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 69 CAMPO GRANDE, 02 DE MARÇO DE 2004. DES. RÊMOLO LETTERIELLO – PRESIDENTE DES. ELPIDIO HELVÉCIO CHAVES MARTINS - RELATOR”. _______________________________________ “AÇÃO DE COBRANÇA. DPVAT. INVALIDEZ PERMANENTE. AUSÊNCIA. LAUDO PERICIAL. AUSÊNCIA DE PEDIDO. IMPROCEDÊNCIA. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. MANTÉM-SE A SENTENÇA QUE JULGOU IMPROCEDENTE O PEDIDO DE COBRANÇA DE SEGURO DPVAT SE NÃO HÁ COMPROVAÇÃO DE INVALIDEZ PERMANENTE, DIANTE DA AUSÊNCIA DE LAUDO CONCLUSIVO QUE CONSTATA A ALEGADA INVALIDEZ. (TJ-RO; APL 0008090-12.2008.8.22.0007; SEGUNDA CÂMARA CÍVEL; REL. DES. MIGUEL MONICO NETO; JULG. 16/06/2010; DJERO 29/06/2010)”. Ademais, cumpre salientar que os autores não são ilegítimos para figurarem no pólo ativo da ação que pede indenização por invalidez permanente, sobretudo porque não existe a menor possibilidade deles cobrarem o seguro DPVAT por invalidez, ainda mais que inexiste prova de que o de cujus estava inválido. No caso, pode-se dizer que não se encontra presente a legitimidade ad causum, dos demandantes em cobrares da seguradora o valor da cobertura perseguida, a título de invalidez permanente, uma vez que a mesma só poderia ser realizada pela PRÓPRIA VÍTIMA, tendo em vista que o mérito discutido se refere a cobrança do seguro DPVAT, em virtude de invalidez permanente. Confortando a assertiva, segue o disposto §3º do art. 4º da Lei 6.194/74, in verbis: “ART. 4O A INDENIZAÇÃO NO CASO DE MORTE SERÁ PAGA DE ACORDO COM O DISPOSTO NO ART. 792 DA LEI NO 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 - CÓDIGO CIVIL. §3O NOS DEMAIS CASOS, O PAGAMENTO SERÁ FEITO DIRETAMENTE À VÍTIMA NA FORMA QUE DISPUSER O CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS - CNSP.” Assim, quando o dispositivo acima transcrito menciona “nos demais casos”, está se referindo aos casos de invalidez permanente e às despesas de ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 70 assistência médica e suplementares, já que para os casos de morte consta previsão expressa no caput do artigo, concluindo que aqueles CONSTITUEM DIREITO PERSONALÍSSIMO DA VÍTIMA E SOMENTE ELA DETÉM LEGITIMIDADE PARA RECLAMAR A COBERTURA PELA SEGURADORA, NÃO COGITANDO A TRANSFERÊNCIA PARA OS SUCESSORES. Assim, que o pedido de indenização por invalidez deverá ser julgado improcedente, uma vez que não há provas nos autos de que o falecido estava inválido na ocasião da morte, bem como que para as AÇÕES DE COBRANÇA DO SEGURO DPVAT POR INVALIDEZ SOMENTE PODE SER REQUERIDA PELO PRÓPRIO BENEFICIÁRIO, POIS SE TRATA DE UM DIREITO PERSONALÍSSIMO, que, diga-se, não admite sequer cessão. V. PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE V. 1. DO VALOR INDENIZATÓRIO EVENTUALMENTE DEVIDO - DA APLICAÇÃO DA LEI 11.482/2007 Em observância ao princípio da eventualidade, considerando a remota hipótese deste Juízo reconhecer a existência de direito da parte demandante ao recebimento do valor indenizatório, que seja estabelecido de acordo com o importe vigente nesta data, R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais), para casos de morte de acordo com a Lei 11.482/07. Ressalte-se, por ser de extrema relevância, que o art. 3º da Lei 6.194/74 foi revogado pela Lei 11.482 de 31 de maio de 2007, de modo que não há a menor possibilidade de adoção de critério diverso para o caso de pagamento do seguro DPVAT. Para melhor visualização da questão ora articulada, seguem disposições insertasno art. 8.º da referida Lei: ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 71 “ART. 8º OS ARTS. 3º, 4º, 5º E 11 DA LEI NO 6.194, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1974, PASSAM A VIGORAR COM AS SEGUINTES ALTERAÇÕES: “ART. 3º OS DANOS PESSOAIS COBERTOS PELO SEGURO ESTABELECIDO NO ART. 2º DESTA LEI COMPREENDEM AS INDENIZAÇÕES POR MORTE, INVALIDEZ PERMANENTE E DESPESAS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA E SUPLEMENTARES, NOS VALORES QUE SE SEGUEM, POR PESSOA VITIMADA: A) (REVOGADA); B) (REVOGADA); C) (REVOGADA); I - R$ 13.500,00 (TREZE MIL E QUINHENTOS REAIS) - NO CASO DE MORTE; II - ATÉ R$ 13.500,00 (TREZE MIL E QUINHENTOS REAIS) - NO CASO DE INVALIDEZ PERMANENTE; E III - ATÉ R$ 2.700,00 (DOIS MIL E SETECENTOS REAIS) - COMO REEMBOLSO À VÍTIMA - NO CASO DE DESPESAS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA E SUPLEMENTARES DEVIDAMENTE COMPROVADAS. ........................................ ART. 24. ESTA LEI ENTRA EM VIGOR NA DATA DE SUA PUBLICAÇÃO, PRODUZINDO EFEITOS EM RELAÇÃO: I - AOS ARTS. 1º A 3º, A PARTIR DE 1O DE JANEIRO DE 2007; II - AOS ARTS. 20 A 22, APÓS DECORRIDOS 90 (NOVENTA) DIAS DA PUBLICAÇÃO DESTA LEI; III - AOS DEMAIS ARTIGOS, A PARTIR DA DATA DE PUBLICAÇÃO DESTA LEI.” Posto isto, requer-se, desde já, o acolhimento da tese ora defendida, devendo, por consequência, ser utilizado por este r. Juízo os argumentos ora defendidos. V. 2. DOS JUROS, DA CORREÇÃO MONETÁRIA E HONORÁRIOS Em caso de eventual condenação, hipoteticamente falando, deverão os juros de mora ser de 1% ao mês, contados a partir da citação válida ocorrida, consoante a súmula 426 do STJ, conforme segue: “SÚMULA N. 426-STJ. ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 72 OS JUROS DE MORA NA INDENIZAÇÃO DO SEGURO DPVAT FLUEM A PARTIR DA CITAÇÃO. REL. MIN. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, EM 10/3/2010.” Quanto à correção monetária, em caso de condenação, espera-se que seja observada a data de propositura da presente como termo inicial para a sua incidência, em observância ao disposto na Lei nº 6.899/81, bem como o índice utilizado seja o menos gravoso - INPC. Neste ponto, não se pode perder de vista que a relação existente as seguradoras e os possíveis beneficiários do seguro em questão são derivadas de um contrato de natureza estritamente social, motivo pelo qual se impõe a aplicação das regras estabelecidas na respectiva Lei Federal. Neste contexto, segue julgado pertinente: “RECURSO ESPECIAL Nº 1.008.556 - SP (2007/0275405-1) RELATOR: MINISTRO ALDIR PASSARINHO JUNIOR RECORRENTE: BRADESCO SEGUROS S/A ADVOGADO: PEDRO PAULO OSORIO NEGRINI E OUTRO(S) RECORRIDO: IZABEL VIANA DAMACENO ADVOGADO: KELLY CRISTINA PEREZ E OUTRO(S) EMENTA CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO OBRIGATÓRIO (DPVAT). RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS MORATÓRIOS. TERMOS INICIAIS. AJUIZAMENTO E CITAÇÃO, RESPECTIVAMENTE. I. NO CASO DE ILÍCITO CONTRATUAL, SITUAÇÃO DO DPVAT, OS JUROS DE MORA SÃO DEVIDOS A CONTAR DA CITAÇÃO E A CORREÇÃO MONETÁRIA DESDE O AJUIZAMENTO. PRECEDENTES. II. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E PROVIDO. ACÓRDÃO VISTOS E RELATADOS ESTES AUTOS, EM QUE SÃO PARTES AS ACIMA INDICADAS, DECIDE A QUARTA TURMA, POR UNANIMIDADE, CONHECER DO RECURSO ESPECIAL E DAR-LHE PROVIMENTO, NOS TERMOS DO VOTO DO SR. MINISTRO RELATOR. OS SRS. MINISTROS JOÃO OTÁVIO DE NORONHA E FERNANDO GONÇALVES VOTARAM COM O SR. MINISTRO RELATOR. BRASÍLIA (DF), 20 DE MAIO DE 2008 (DATA DO JULGAMENTO) ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 73 MINISTRO ALDIR PASSARINHO JUNIOR - RELATOR.” (G. N.) Derradeiramente, caso seja provido o pedido, que sejam os honorários arbitrados até o máximo de 15%, pretensão esta que tem alicerce o §1.º, art. 11, da Lei 1.060/50, senão vejamos: “ART. 11. OS HONORÁRIOS DE ADVOGADOS E PERITOS, AS CUSTAS DO PROCESSO, AS TAXAS E SELOS JUDICIÁRIOS SERÃO PAGOS PELO VENCIDO, QUANDO O BENEFICIÁRIO DE ASSISTÊNCIA FOR VENCEDOR NA CAUSA. §1º. OS HONORÁRIOS DO ADVOGADO SERÃO ARBITRADOS PELO JUIZ ATÉ O MÁXIMO DE 15% (QUINZE POR CENTO) SOBRE O LÍQUIDO APURADO NA EXECUÇÃO DA SENTENÇA.” VI. REQUERIMENTOS Por todo exposto, requer-se a Vossa Excelência: Seja deferida a exclusão da lide a seguradora demandada e incluída a SEGURADORA LÍDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S.A, nos termos do item I da presente defesa; O acolhimento da preliminar arguida, devendo o processo ser extinto sem julgamento do mérito, nos termos do art. 267, inciso VI, do Código de Processo Civil, pela ilegitimidade das partes postulantes em pleiteares o seguro em testilha. Acaso não seja acolhida apreliminar suscitada, no mérito, que se digne julgar integralmente IMPROCEDENTE o pedido inicial, tendo em vista que os autores não lograram êxito em comprovar os fatos constitutivos de seu direito, devendo, ainda, ser condenados no ônus da sucumbência, no que estará sendo realizada a mais lídima e escorreita JUSTIÇA! Ultrapassada tal questão, que a cobertura seja paga de acordo com os critérios defendidos na presente, mais precisamente conforme o disposto no item V da presente. ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 74 A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial depoimento pessoal da parte autora e expedição de ofício ao INSS para verificação acerca da existência de outros beneficiários. Derradeiramente, que seja anotado na capa do feito o nome do DR. RENATO CHAGAS CORRÊA DA SILVA, OAB/MS 5.871, com o fim de recebimento das intimações de estilo, sob pena, caso assim não seja feito, de nulidade das mesmas. Pede-se deferimento. Campo Grande – MS, 14 de maio de 2014. EDYEN VALENTE CALEPIS - OAB/MS 8.767 ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 75 INSTRUMENTOS DE MANDATO ht tp s: //e sa j.tj ms .ju s.b r/p as tad igi tal /pg /ab rirC on fer en cia Do cu me nto .do , in for me o pro ce ss o 0 81 10 75 -05 .20 14 .8. 12 .00 01 e o c ód igo B 79 50 0. W CG R1 48 00 96 30 60 , e lib er ad o no s au to s di gi ta is po r U su ár io p ad rã o pa ra a ce ss o SA J/ AT , e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 30 . P ar a ac es sa r o s au to s pr oc es su ai s, a ce ss e o sit e Es te d oc um en to é c op ia d o or ig in al a ss in ad o di gi ta lm en te p or E DY EN V AL EN TE C AL EP IS e T rib un al d e Ju st ica d o M at o G ro ss o do S ul . P ro to co la do e m 1 4/ 05 /2 01 4 às 2 1: 19 , s ob o n úm er o fls. 76
Compartilhar