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JECRIM E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

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JECRIM (JUIZADOS ESPECIAIS) E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
1. Crimes praticados por funcionários públicos (Art. 513 e ss do CPP)
Entre a denúncia e o recebimento da denúncia, o funcionário público será intimado
para apresentar defesa preliminar escrita no prazo de 15 dias (art. 514) - diferença
Se o funcionário público não for intimado para tal defesa, o processo é absolutamente
nulo por violação da defesa.
2. Crimes contra a honra (art. 519 e seguintes do CPP)
Crimes contra a honra:
● injúria - atribuir a alguém uma qualidade negativa, ainda que verdadeira (ex:
chamar a pessoa de burra, ladrão)
● difamação - atribuir a alguém um fato negativo, ainda que verdadeiro (ex: falar
que a pessoa fez algo negativo, como saiu durante a quarentena)
● calúnia - imputar a alguém falsamente um fato definido como crime (ex: falar
que alguém roubou algo de uma loja, quando não o fez)
Em regra, por serem infrações de menor potencial ofensivo, o procedimento é o da
Lei nº 9.099/95 - Juizado Especial Criminal (JECrim).
Salvo, se o crime contra a honra, tiver uma pena superior a 2 anos (pena máxima)
terá o procedimento especial do CPP (art. 519 e seguintes) - Exemplos: concurso
material de crimes contra a honra; calúnia com causa de aumento de pena - praticada
na internet por ex.;
a. Procedimento do CPP:
A principal diferença é que entre a queixa e o recebimento desta, haverá uma
audiência de tentativa de conciliação entre o querelante e o querelado (art. 520).
As partes serão ouvidas pelo Juiz separadamente, sem a presença de seus advogados.
Se for possível o acordo, o juiz fará a reconciliação em audiência com as duas partes.
Havendo acordo, a queixa será arquivada.
E se o querelante (quem fez a queixa) faltar? Ocorrerá a extinção da punibilidade pela
perempção (art. 60 CPP)
E se o querelado (acusado) faltar? O juiz receberá a queixa-crime, visto a
demonstração de falta de vontade em reconciliar.
b. Exceção da Verdade ou notoriedade
A defesa do querelado tenta provar que o fato atribuído é verdadeiro. É comum no
crime de calúnia.
Será feita no prazo da defesa de resposta à acusação - 10 dias a contar da citação.
O querelante poderá responder no prazo de 2 dias, podendo ouvir as testemunhas
arroladas na queixa ou outras, para completar o máximo legal (8 testemunhas).
!! Não se admite exceção da verdade na injúria, visto que não importa a qualidade
alegada ser verdadeira ou não !!
!! Só se admite exceção da verdade na difamação quando praticada por funcionário
público no exercício da função !! (alego que um juiz está proferindo decisões bêbado -
não é crime mas é uma ocorrência muito negativa)
3. Lei dos Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9099/95)
Cabe quando de infrações de menor potencial ofensivo (todas as contravenções
penais e os crimes cuja pena máxima não exceda 2 anos).
Não se aplica aos crimes praticados com violência doméstica ou familiar contra a
mulher (art. 41 - Lei Maria da Penha)
No procedimento em questão existem três fases da persecução penal:
a. Fase Policial
Nessa fase terá o termo circunstanciado (TC), que é um relato resumido da
ocorrência com o nome do suspeito, vítimas e testemunhas, contendo o resumo de
suas versões do fato (art. 69 da Lei).
Assumido o compromisso de comparecer no juizado, não haverá prisão em flagrante.
Em caso de violência doméstica, o juiz pode determinar cautelarmente o afastamento
do lar, do domicílio ou local de convivência com a vítima.
b. Audiência Preliminar
A audiência preliminar ocorre no Juizado Especial, estando presentes o juiz, MP, o
suspeito e seu advogado e a vítima.
Primeiro, será feita uma tentativa de composição dos danos entre o suspeito e a
vítima (quando houver vítima). A homologação do acordo entre suspeito e vítima,
implicará renúncia ao direito de queixa ou representação.
Em segundo lugar, haverá representação do ofendido, se for o caso (se o crime
depender disso, como quando de ameaça, lesão corporal leve ou culposa). Se a vítima
quiser, poderá representar posteriormente, dentro de 6 meses - prazo legal.
Por fim, ocorre a transação penal (art. 76 da Lei), acordo entre MP e suspeito para
que não haja processo penal. Consiste na aplicação imediata de pena de multa ou
restritiva de direitos. Não implicará reincidência, maus antecedentes ou
reconhecimento da autoria.
O agente não poderá ser beneficiado por outra transação penal no prazo de 5 anos.
Não sendo cumprido o acordo da transação penal, será processado criminalmente.
Se não houver transação penal, a audiência termina com queixa ou denúncia ORAL.
c. Rito Sumaríssimo
Sumaríssimo pois tudo ocorre numa só audiência (instrução, debates e julgamento),
na ordem apresentada:
I. Primeiramente ocorrerá a defesa preliminar oral do advogado,
II. seguida do recebimento da denúncia ou queixa.
III. Se o crime contar com ofendido/vítima, este será ouvido.
IV. serão ouvidas as testemunhas de acusação e defesa (o número de testemunhas
não é definido no código, havendo três linhas de pensamento)
V. Após, terá o interrogatório
VI. seguido dos debates orais (20 minutos, prorrogáveis por mais 10 min)
VII. visto tudo isso, é dada a sentença

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