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Contestação Trabalhista - Tecelagem Fio de Ouro S.A.

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PAULO CEZAR LINZ JUNIOR
MATRICULA 201902056991
Peça trabalhista 2 contestação
Defesa:
A sociedade empresária Tecelagem Fio de Ouro S.A. procura você, como advogado(a), afirmando que Joana da Silva, que foi empregada da Tecelagem de 10/05/2008 a 29/09/2018, ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade empresária, em 15/10/2018, com pedido certo, determinado e com indicação de seu valor. O processo tramita na 80ª Vara do Trabalho de Cuiabá, sob o número 1000/2018. Joana requereu da ex-empregadora o pagamento de indenização por dano moral, alegando ser vítima de doença profissional, já que o mobiliário da empresa, segundo diz, não respeitava as normas de ergonomia. Disse, ainda, que a empresa fornecia plano odontológico gratuitamente, requerendo, então, a sua integração, para todos os fins, como salário utilidade. Afirma que, nos últimos dois anos, a sociedade empresária fornecia, a todos os empregados, uma cesta básica mensal, suprimida a partir de 1º de agosto de 2018, violando direito adquirido, pelo que requer o seu pagamento nos meses de agosto e setembro de 2018. Relata que, no ano de 2018, permanecia, duas vezes na semana, por mais uma hora na sede da sociedade empresária para participar de um culto ecumênico, caracterizando tempo à disposição do empregador, que deve ser remunerado como hora extra, o que requereu. Joana afirma que foi coagida moralmente a pedir demissão, pois, se não o fizesse, a sociedade empresária alegaria dispensa por justa causa, apesar de ela nada ter feito de errado. Assim, requer a anulação do pedido de demissão e o pagamento dos direitos como sendo uma dispensa sem justa causa. Ela reclama que foi contratada como cozinheira, mas que era obrigada, desde o início do contrato, após preparar os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar a refeição para os 5 empregados do setor. Esse procedimento caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de garçom, pelo que ela requer o pagamento de um plus salarial de 30% sobre o valor do seu salário. Por fim, formulou um pedido de adicional de periculosidade, mas não o fundamentou na causa de pedir. Joana juntou, com a petição inicial, os laudos de ressonância magnética da coluna vertebral, com o diagnóstico de doença degenerativa, e a cópia do cartão do plano odontológico, que lhe foi entregue pela empresa na admissão. Juntou, ainda, a cópia da convenção coletiva, que vigorou de julho de 2016 a julho de 2018, na qual consta a obrigação de os empregadores fornecerem uma cesta básica aos seus colaboradores a cada mês, e, como não foi entabulada nova convenção desde então, advoga que a anterior prorrogou-se automaticamente. Por fim, juntou a circular da empresa que informava a todos os empregados que eles poderiam participar de um culto na empresa, que ocorreria todos os dias ao fim do expediente. A ex-empregadora entregou a você o pedido de demissão escrito de próprio punho pela autora e o documento com a quitação dos direitos da ruptura considerando um pedido de demissão. Diante da situação, elabore a peça processual adequada à defesa dos interesses de seu cliente.
AO JUÍZO DA 80ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE CUIABÁ – ESTADO DE MATO GROSSO
Processo n.º: 1000/2018
TECELAGEM FIO DE OURO S.A. CNPJ n°..., situada na Rua..., n°..., bairro: .., CEP:..., por meio de seu advogado que esta subscreve, nos termos da procuração (anexa), com escritório à Rua ...., n°...., bairro: ..., CEP:.... vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no artigos 847, da CLT ,vem apresentar CONTESTAÇÃO à Reclamatória Trabalhista que move JOANA DA SILVA, brasileira, estado civil nascida em, cozinheira, , portadora da carteira de identidade n°, com o CPF/MF n°, CTPS n°, Serie..., PIS n°, residente e domiciliada à Rua ... , n° , bairro, cidade/estado, pelas razões de fato e de direito a seguir expor
1. Preliminarmente.
1.1. Inépcia da inicial – Ausência de causa de pedir – Adicional de periculosidade.
Na petição inicial, a reclamante pede o adicional de periculosidade, sem, contudo, comentar os fundamentos de fato e de direito que amparam sua pretensão. Neste caso está ausente a causa de pedir.
Logo, requer a extinção do processo sem resolução do mérito quanto a este pedido, com fundamento nos artigos, 485, inciso I, 337, inciso IV e art. 330, § 1º, inciso I, ambos do CPC.
 
2. Prejudicial de Mérito
2.1. Prescrição Quinquenal Parcial
A reclamante iniciou seu contrato no dia 10/05/2008 até a data de 29/09/2018, a reclamação trabalhista foi ajuizada na data de 15/10/2018, totalizando mais de 10 (dez) anos, ou seja, ultrapassando o período prescricional de 5 (cinco) anos, isto é, ocorreu a prescrição quinquenal parcial no dia 15/10/2013.
Assim, requer o acolhimento da prescrição quinquenal parcial, para todos os pedidos anteriores a data de 15/10/2013, com base no art. 11, CLT e Súmula 308, I, TST.
3. Do Mérito
3.1. Da Inexistência De Dano Moral / Doença Profissional.
Na petição inicial a reclamante alega ser vítima de doença profissional, ela juntou os laudos de ressonância magnética da coluna vertebral, com o diagnóstico de doença degenerativa.
A luz do artigo 20, § 1º, a, da Lei 8.213/fica bem claro sobre as doenças degenerativas, essas doenças provenientes de lesões nas células, não serão caracterizadas como doença de trabalho.
Desta forma, requer seja julgado improcedente o pedido de indenização por dano moral, proveniente de doença profissional.
3.2. Da não integração do plano odontológico
Na peça a reclamante requer a integração do plano odontológico como salário utilidade, porém o benefício disponibilizado não está caracterizado como possível prestação ou assistência que poderia ser incluída no salário utilidade, conforme art. 458, caput, da CLT.
Entretanto esse pedido está vedado legalmente, pois o art. 458, § 2º, IV, e § 5º da CLT, não permite que o plano odontológico ou assistência odontológica seja considerada salário do empregado.
Logo, requer seja julgado improcedente o pedido da Reclamante, com fulcro no art. 458, § 2º, IV, e § 5º da CLT.
3.3. Do não cabimento do pagamento de cesta básica.
A reclamante requer o pagamento das cestas básicas referentes aos meses de agosto e setembro de 2018, direito esse adquirido pela convenção coletiva. Ademais juntou cópia da convenção coletiva que teve seu período de vigência entre 1º de Julho de 2016 a 1º de Julho de 2018, embora não houvesse nova convenção coletiva que preside o pagamento de cesta básica aos colaboradores, sustenta o pedido com renovação automática da convenção.
A reclamada cumpriu com o pagamento durante toda vigência da convenção coletiva, há não continuação do pagamento do benefício aos colaboradores está amplamente amparado por lei, o artigo 614, § 3º, CLT, incluído pela reforma trabalhista com a Lei 13.467/2017, dispõe a proibição de convenção ou acordo coletivo por mais de 2 (dois) anos, sendo vedada a ultratividade.
Desta forma, requer seja julgado improcedente o pedido da Reclamante, com base no artigo 614, § 3º, CLT, tendo em vista que a reclamada agiu conforme a lei.
3.4. Do não cabimento de horas extras.
Relata a reclamante no pedido da inicial o direito ao pagamento de 2 (duas) horas extras, provenientes de participação em cultos ecumênicos por 2 (duas) vezes na semana, com duração de 1h (uma) hora cada.
Além do mais, juntou a circular da empresa que informava a todos os empregados tinham a opção que eles poderiam participar de um culto na empresa, que ocorreria todos os dias ao fim do expediente
A empresa não obrigava a participação da funcionária, ficando a sua única escolha participar de tal evento fora do horário de trabalho.
Pelo fato de a participação ser facultativa pela parte do empregado não se caracteriza como tempo à disposição do empregador, nos termos do art. 4º, § 2º, I, CLT.
Deste modo, requer seja julgado improcedente o pedido da Reclamante, com fulcro no artigo 4º, § 2º, I, CLT.
3.5. Da inexistência de coação.
A reclamante pede pela anulação dopedido de demissão, pois alega ter sido coagida pela Reclamada, caso não fizesse seria demitida por justa causa.
Conforme pedido de demissão escrito de próprio punho pela reclamante, não há o que se falar em coação.
A trabalhadora deve comprovar que sofreu coação moral, o que causou seu pedido de demissão, sendo que ela não comprovou qualquer fato neste sentido art. 818, I, CLT e art. 373, I, CPC.
Ante o exposto, requer seja julgado improcedente o pedido da Reclamante, com fulcro no art. 818, I, CLT e art. 373, I, CPC.
3.6. Da inexistência de acúmulo de função.
A reclamante alega acúmulo de função, pois fora contratada para o cargo de cozinheira, mas era obrigada, desde o início do contrato, após preparar os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar a refeição para os 5 empregados do setor, sendo caracterizado como outra função, a de garçom.
A segunda função apresentada pela reclamante, é compatível ao cargo profissional e sua condição pessoal não existindo acúmulo de função.
Assim o julgamento é considerado improcedente do pedido da Reclamante, com base no art. O artigo 456, parágrafo único, da CLT.
4. Dos Pedidos
Assim, diante dos fatos a reclamante requer: 
a) Acolhimento da preliminar de inépcia;
b) Pronúncia da prescrição;
c) Improcedência dos pedidos;
d) Protesto por provas;
e) Honorários advocatícios sucumbenciais (art. 791-A, CLT).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Rondonópolis/MT, em 21 de novembro de 2020.

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