Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Daniel Costa UNIDADE I Estudos Disciplinares Práticas Integrativas e Complementares no SUS Práticas Integrativas e Complementares no SUS Fonte: Ministério da Saúde. Histórico do SUS 1988: Constituição Federal – Artigo 196 “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” Níveis hierárquicos Nível terciário de atenção à saúde – Hospitais de referência – Resolvem 5% dos problemas de saúde Fonte: autoria própria. Política Nacional de Atenção Básica Fonte: Ministério da Saúde. É “um conjunto de ações de saúde desenvolvidas em âmbito individual e coletivo que abrangem a promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde”. É o primeiro ponto de contato do cidadão com o Sistema de Saúde. Princípios: universalidade, acessibilidade, coordenação, vínculo, continuidade, integração, responsabilidade, humanização, equidade e participação social. Considera o sujeito. Atenção básica em saúde NASF – Núcleo de Apoio à Saúde da Família Portaria GM nº 154, de 24 de janeiro de 2008, republicada em 04 de março de 2008. Visa: ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade. Fonte: Ministério da Saúde. 1986: 8ª Conferência Nacional de Saúde. 1988: Instituição da Comissão Interministerial de Planejamento e Coordenação (Ciplan). Resoluções Ciplan nº 4/5/6/7/8, 03/1988, SUS – Constituição de 1988. 1996: 10ª Conferência Nacional de Saúde. 2003: 12ª Conferência Nacional de Saúde. 2003: Constituição de Grupo de Trabalho no Ministério da Saúde com o objetivo de elaborar a Política Nacional de Medicina Natural e Práticas Complementares – PMNPC – no SUS (atual PNPIC). 2004: Realizado Levantamento Nacional da Inserção da PMNPC no SUS. Histórico de formulação da PNPIC Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS Fonte: Ministério da Saúde. A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares está inserida no contexto de uma outra Política Nacional de extrema relevância no contexto da hierarquia do SUS, qual alternativa contempla a referida política? a) Política Nacional de Meio Ambiente. b) Política Nacional de Atenção Básica. c) Política Nacional de Assistência Social. d) Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência e) Política Nacional de Humanização. Interatividade A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares está inserida no contexto de uma outra Política Nacional de extrema relevância no contexto da hierarquia do SUS, qual alternativa contempla a referida política? a) Política Nacional de Meio Ambiente. b) Política Nacional de Atenção Básica. c) Política Nacional de Assistência Social. d) Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência e) Política Nacional de Humanização. Resposta Implementação que atende, sobretudo, à necessidade de se conhecer, apoiar, incorporar e implementar experiências na rede pública de muitos municípios e estados, entre as quais, destacam-se: Medicina Tradicional Chinesa (Acupuntura); Homeopatia; Fitoterapia; Medicina Antroposófica; Termalismo-crenoterapia. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS O campo das PICS contempla sistemas médicos complexos (racionalidade médica) e recursos terapêuticos, também denominados pela OMS de Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa (MT/MCA). A cultura médica ocidental, desde o século XVII, é assumida como única portadora de racionalidade, adotando como única verdade o saber científico (evidências). (LUZ, 1988) Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS Em 1993, o conceito de racionalidade médica foi assim definido: É racionalidade médica todo sistema médico complexo, construído racional e empiricamente em cinco dimensões: Uma morfologia humana (provisoriamente definida como ‘anatomia’). Uma dinâmica vital (provisoriamente definida como ‘fisiologia’). Uma doutrina médica (definidora do que é estar doente ou sadio, do que é tratável ou curável, de como tratar etc.). Um sistema diagnóstico. Um sistema terapêutico. Racionalidades médicas Racionalidade médica Medicina ocidental contemporânea Cosmologia Física newtoniana clássica-implícita Doutrina médica Teoria da casualidade da doença e seu combate Morfologia Morfologia dos sistemas macro e micro-orgânico Fisiologia ou dinâmica vital Fisiopatologia e fisiologia dos sistemas Sistema diagnóstico (Semiologia) Anamnese, exercício físico, exercícios complementares Sistema terapêutico Medicamentos, cirurgia e higiene Racionalidades médicas Racionalidade médica Medicina homeopática Cosmologia Cosmologia ocidental tradicional (alquímica) e clássica (newtoniana) Doutrina médica Teoria da força vital e seu desequilíbrio como causador de doenças no indivíduo Morfologia Organismo material e força vital Fisiologia ou dinâmica vital Fisiologia energética implícita Sistema diagnóstico (Semiologia) Anamnese do desequilíbrio individual diagnosticado e remédio da doença individual Sistema terapêutico Medicamentos e higiene Racionalidades médicas Racionalidade médica Medicina tradicional chinesa Cosmologia Cosmogonia taoísta (geração do microcosmo a partir do macrocosmo) Doutrina médica Teoria do Yin/Yang, cinco elementos, equilíbrio, harmonia nos sujeitos Morfologia Teoria dos meridianos dos pontos de acupuntura, órgão e vísceras Fisiologia ou dinâmica vital Dinâmica Yin/Yang no organismo e no ambiente Sistema diagnóstico (Semiologia) Anamnese do desequilíbrio individual Yin/Yang, suspeito-específico Sistema terapêutico Higiene, exercícios (Tai Chi, Qi Gong), dieta, massagens, fitoterapia, acupuntura, moxa Racionalidades médicas Racionalidade médica Medicina ayurvédica Cosmologia Cosmogonia védica (geração do microcosmo a partir do macrocosmo) Doutrina médica Teoria do cinco elementos e das constituições humanas Morfologia Teoria da densidade dos corpos, da constituição dos tecidos vitais, dos órgãos e dos sentidos Fisiologia ou dinâmica vital Circulação do prana nos diversos corpos, equilíbrio dos tridoshas Sistema diagnóstico (Semiologia) Anamnese do desequilíbrio dos tridoshas, sensibilidade dos pés Sistema terapêutico Dietética, eliminação, purificação, exercícios (yoga), massagem, fitoterapia Racionalidades médicas Segundo Luz: “É racionalidade médica todo sistema médico complexo, construído racional e empiricamente em cinco dimensões.” Qual das alternativas a seguir não é uma das dimensões às quais o autor de refere? a) Um sistema terapêutico. b) Um sistema diagnóstico. c) Uma morfologia humana/anatomia. d) Uma dinâmica espiritual. e) Uma dinâmica vital/fisiologia. Interatividade Segundo Luz: “É racionalidade médica todo sistema médico complexo, construído racional e empiricamente em cinco dimensões.” Qual das alternativas a seguir não é uma das dimensões às quais o autor de refere? a) Um sistema terapêutico. b) Um sistema diagnóstico. c) Uma morfologia humana/anatomia. d) Uma dinâmica espiritual. e) Uma dinâmica vital/fisiologia. Resposta Visam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias efetivas e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. Outros pontos compartilhados pelas diversas abordagens abrangidas nesse campo são a visão ampliada do processo saúde-doença e a promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS Todas as ações decorrentes das políticas nacionais voltadas à integração das práticas integrativas e complementares ao SUS, perpassam pelo entendimento e valorização da multiculturalidade e interculturalidade, por gestores e profissionais de saúde, para maior equidade e integralidade da atenção. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS Na relação intercultural, busca-se favorecer o entendimento de pessoas com culturas diferentes, em que a escuta e o enriquecimento dos diversos espaços de relação são facilitados e promovidos visando ao fortalecimento da identidade própria, do autocuidado, da autoestima, da valoração da diversidade e das diferenças, além de proporcionar o desenvolvimento de uma consciência de interdependência para o benefício e desenvolvimento comuns. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares tem como objetivos: Incorporar e implementar as Práticas Integrativas e Complementares no SUS, na perspectiva da prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na atenção básica, voltada ao cuidado continuado, humanizado e integral em saúde; Contribuir para o aumento da resolubilidade do Sistema e ampliação do acesso à PNPIC, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso; Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades e; Estimular as ações referentes ao controle/participação social, promovendo o envolvimento responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores nas diferentes instâncias de efetivação das políticas de saúde. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares tem como objetivos, exceto: a) Incorporar e implementar as Práticas Integrativas e Complementares no SUS. b) Contribuir para o aumento da resolubilidade do Sistema e ampliação do acesso. c) Estimular as ações referentes ao controle/participação social. d) Estimular a pesquisa de recursos terapêuticos para o setor privado. e) Promover a racionalização das ações de saúde. Interatividade A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares tem como objetivos, exceto: a) Incorporar e implementar as Práticas Integrativas e Complementares no SUS. b) Contribuir para o aumento da resolubilidade do Sistema e ampliação do acesso. c) Estimular as ações referentes ao controle/participação social. d) Estimular a pesquisa de recursos terapêuticos para o setor privado. e) Promover a racionalização das ações de saúde. Resposta Não rejeita a medicina convencional nem aceita acriticamente terapias alternativas. Boa medicina é baseada em boa ciência, orientada para a investigação de novos paradigmas. Juntamente com o conceito de tratamento, os conceitos mais amplos de promoção da saúde e prevenção da doença são fundamentais. Praticantes da medicina integrativa devem adotar os seus princípios e se comprometerem à autorreflexão, ao autodesenvolvimento e ao autocuidado (WEIL, 2013). Princípios das práticas integrativas Princípios das Práticas Integrativas Definição: “Medicina integrativa está associada a uma mudança de paradigma, e para exercê-la é necessário reorientar as crenças, práticas e experiências em relação à saúde; ou seja, é preciso reorientar os conceitos, as formas de intervenção e o modelo de atenção à saúde e abordagem do processo saúde-doença-cuidado”. (OTANI e BARROS, 2011) Práticas integrativas 2017 – Ampliação do escopo de práticas da PNPIC, através da PORTARIA GM n. 849. Fonte: Ministério da Saúde. 2018 – Ampliação do escopo de práticas da PNPIC, através da Portaria n. 702, de 21 de março de 2018. Fonte: acervo pessoal. A Portaria n. 702, de 21 de março de 2018, amplia o escopo de práticas da PNPIC. Qual prática não pertence a este bloco de inclusão? a) Apiterapia. b) Aromaterapia. c) Cromoterapia. d) Terapia floral. e) Homeopatia. Interatividade A Portaria n. 702, de 21 de março de 2018, amplia o escopo de práticas da PNPIC. Qual prática não pertence a este bloco de inclusão? a) Apiterapia. b) Aromaterapia. c) Cromoterapia. d) Terapia floral. e) Homeopatia. Resposta BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Relatório de Gestão 2006- 2010. Práticas Integrativas e Complementares no SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. LUZ , Madel, T. Natural racional social: razão médica e racionalidade científica moderna. Rio de Janeiro: Campus, 1988. OTANI, M.A.P; BARROS, N.F. A medicina integrativa e a construção de um novo modelo na saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro , v. 16, n. 3, p. 1801-1811, Mar. 2011. SOUSA, Islândia M. C. et al. Práticas integrativas e complementares: oferta e produção de atendimentos no SUS e em municípios selecionados. Cad. Saúde Pública, 28 (11): 2143-2154, nov. 2012. WEIL, A. What is integrative medicine? University of Arizona, 2013. WHO. World Health Organization. Traditional Medicine Strategy 2014-2013. Geneva: WHO, 2013. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar