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1…. ➜Na cervical: acessos da parótida, submaxilar, cistos branquiais, cistos tireoglossos, tireóide e paratireóide, e lesões traumáticas cervicais ➜Parótida: é uma via de acesso em “Y”, posterior ao conduto auditivo externo e aproximadamente 2 cm acima da apó�se mastóide, descendo até o ân gulo da mandíbula. Anteriormente, esta incisão situa-se na frente da orelha e desce verticalmente, encontrando a incisão inicial Obs: elevam-se os retalhos cutâneos e identi�ca-se o grande nervo auricular, em íntima relação com a carótida. O nervo facial é encontrado anteriormente à apó�se mastóide. A partir de sua sua identi�cação e dissecção de seus ramos, torna-se mais fácil a mobilização dos lobos super�cial e profundo da glândula parótida ➜Submaxilar: é uma via de acesso da ponta do mastóide ao mento, à altura do osso hióide. Esta incisão ampla permite dissecção segura da glândula e foi descrita como incisão de Sebileau. Com a separação dos retalhos, é feita identi�cação da vida jugular externa, artéria e veia facial, ramos mandibular do facial e canal de Warthon, permitindo a retirada de tumores dessa glândula salivar ➜Cistos Branquiais: é intimamente relacionado com anomalias da primeira, segunda e terceira fendas branquiais, seus acessos apresentam características especiais de acordo com suas localizações. Assim, anomalias da primeira fenda estão localizadas na região pré-auricular ou no terço médio da mandíbula. A via de acesso, neste caso, é semelhante àquela para glândula parótida, e suas relações estão intimamente ligadas ao nervo facial e à própria glândula. As anomalias da segunda e terceira fendas estão localizadas na borda anterior do músculo esternocleidomastóideo e intimamente relacionadas com carótida, nervos espinhal acessório e hipoglosso. A dissecção dessas anomalias deve ser feita cuidadosamente, por incisão transversa elíptica em escada, como preconiza Bailey, ou em zetaplastia, até a fosseta de Rosenmu�er, na faringe. ➜Cistos tireoglossos: localizados frequentemente ao longo do canal tireoglosso, esses cistos situam-se na linha média cervical, na projeção do osso hióide, e estão em íntima relação com o forâmen ceco (base da língua). Para sua exploração, realiza-se incisão transversa, dissecando-se o pedículo, seccionando-se um segmento do osso hióide e alcançando-se a base da língua ➜Tireóide e paratireóide: via de acesso transversa em colar, dois dedos acima da fúrcula esternal, descolando-se os retalhos, para cima até o osso hióide, e, para baixo, até a fúrcula esternal. Essa dissecção abaixo do platisma, porém pode ser realizada acima deste plano. Abertura da linha média 2…. e identi�cação da tireóide e paratireóides, dependendo do caso. Cuidados especí�cos com os nervos laríngeo superior e inferior (recorrente), intimamente relacionados com os pedículos tireóideos. Em raras ocasiões, é necessário associar esternotomia, no caso de bócios mediastínicos ou tumores das paratireóides localizados no mediastino. Em casos de dissecções radicais, como em algumas neoplasia malignas, pode ser feito um prolongamento superior na borda anterior do esternocleidomastoideo que permite cuidadosa dissecção de linfonodos. Vários tipos de incisões têm sido propostos para esta ampliação, como “duplo Y”, eM “t”, lembrando sempre a importância do conhecimento anatômico dos triângulos cervicais (submentonianao, digástrico, carotídeo superior e carotídeo inferior, posterior, occipital e subclávio.) Biópsias para diagnóstico de adenomegalias podem ser feitas com acesso ao local da tumoração palpável ou biópsias de ângulo venoso ou pré-escalênico à esquerda, cuidando-se para não lesar o ducto linfático principal (ducto torácico) ➜Lesões traumáticas cervicais: o pescoço é divido em 3 áreas anatômicas (1): zona 1- da clavícula à cartilagem cricóide; (2) zona II - da cartilagem cricóide ao ângulo da mandíbula; e (3) zona III- do ângulo da mandíbula à base do crânio. Este conceito anatômico permite ao cirurgião avaliar a gravidade de lesões, pelo seu sítio anatômico. Assim, zonas I e III constituem casos de maior complexidade, ao passo que zona II parece de melhor resolução 3…. Em caso de trauma, dependendo da localização, podemos utilizar incisão transversa com prolongamentos superiores laterais ou inferiores, com esternotomia ou clidotomia, permitindo acesso a estruturas vasculares nobres. ➜Vias de acesso ao tórax: Toracotomia, compreende ultrapassagem do gradil,costoesternal, com penetração nas estruturas intratorácicas. Desse modo, a abertura do espaço pleural não pode ser incluída como toracotomia, por ser extrapleural. Assim todas as incisões em que não haja penetração na cavidade torácica seriam por consequência vias de acesso extratorácicas As toracotomias com grandes secções musculares devem ser, sempre que possível, evitadas, por causarem transtoros dolorosos no pós-operatório. sob esse aspecto, a videotoracoscopia apresenta vantagem sobre a cirurgia aberta As toracotomias podem ser divididos em: 1. Anteriores 2. Laterais - ântero-lateral e póstero-lateral 3. Posteriores - paravertebral e interescápulo-vertebral 4. Axilares- vertical e transversal 5. Esternotomia mediana 6. Paraesternais - vertical e tranversa 7. Combinadas, com prolongamento transesternal ou posterior 8. Combinadas com incisões abdominais ➜Toracotomia anterior: constitui incisão básica, utilizada em urgência, normalmente quarto, quinta ou sexto espaço intercostal, podendo ser prolongada, de acordo com a necessidade, em ântero-lateral, ântero-posterior ou mesmo transesternal. É mais estética permite bom acesso ao hilo pulmonar, com facilidade e em menor tempo. Causa menor transtorno funcional, porém não facilita bom acesso ao lobo inferior, especialmente à esquerda ➜Toracotomia lateral: pode ser subdivida em ântero-lateral e póstero-lateral. A toracotomia ântero-lateral facilita a lobectomia inferior e permite acesso às estruturas mediastinais. Pode ser prolongamento da toracotomia anterior. a toracotomia póstero-lateral é a incisão usual para acesso à cavidade torácica, permitindo amplo trabalho no hemitórax escolhido, bem como ao mediastino, do mesmo lado da incisão ➜Toracotomia posterior: permite acesso a cavidades residuais da tuberculose associadas a toracoplastias. Tem o inconveniente do posicionamento do paciente em decúbito ventral, porém com a vantagem de não permitir 4…. broncoaspiração de secreções infectadas no lado oposto ao operado. Atualmente, com as sondas de duplo lúmen (Carlen) está caindo em desuso. Pode ser dividida em toracotomía paravertebral e interescápulo-vertebral. A primeira é comumente utilizada em associação com laminectomias (para tumores neurológicos) e a última, em empiemas e toracoplastias apicais. ➜Toracotomia axilar: pode ser vertical ou transversal. Usada em cirurgia vídeo-assistida e doença bolhosa pulmonar do ápice. Causa menor intensidade de dor, pelo menor trauma. Pode ou não ser acompanhada de ressecção de arco costal. Pelo limite de exposição, não é indicada para procedimentos de grande porte, como pneumonectomia. ➜Esternotomia mediana: esta incisão longitudinal permite acesso às estruturas cardíacas e tumorais do mediastino, bem como a qualquer tipo de procedimento pulmonar bilateral, como bolhos pulmonares. Entretanto, oferece di�culdade para segmentos posteriores do pulmão. Não é indicada de rotina nos pacientes com trauma não-estáveis, pela demora na abertura do eterno com serra de Gigli, circular oscilatória ou faca de Lebsche. Não deve ser prolongada para região cervical, pela possibilidade posterior de traqueostomia, evitando-se, com isso, contaminação. Cuidados devem ser tomados com a hemostasia, sendo, por vezes, necessário o uso de cera de osso. Caso ocorram lesões pleurais durante as manobras cirúrgicas, veri�car se a sutura com insu�ação resolverá o problema ou haverá necessidade de drenagem do espaço pleural. ➜Paraesternal: pode ser vertical ou transversa. Usada para mediastinoscopia ou mesmo para biópsias mediastinais, geralmente no segundo e terceirosespaços intercostais. ➜Toracotomia combinada com prolongamento transesternal ou posterior: principalmente em operações em regime de urgência, em que a incisão inicial é anterior e se necessita de um prolongamento transesternal para acesso ao lado oposto ou prolongamento posterior, para melhor visualização das estruturas comprometidas. ➜Toracotomia combinada com acesso abdominal: permite exploração simultânea da cavidade abdominal e torácica através de toracofrenolaparotomia ou, inversamente, acesso ao tórax (mediastino) por via transiatal. Duas observações se fazem importantes. Todos os procedimentos sobre o tórax, com raras excessões (microtoracotomia com biópsia pleural, sem lesão pulmonar), exigem drenagem fechada em selo d’água. A segunda observação é saber diferenciar toracotomia mínima (incisões de, no máximo, 2cm) para pleurocospia e drenagem pleural, de minitoracotomia (incisões de 8 a 10 cm), para pquenos procedimentos como retirada de coágulos pós-trauma. ➜Vias de acesso ao abdome: A melhor via de acesso é aquela em que o cirurgião está mais familiarizado, porque o compromisso 5…. maior é com a vida do paciente, e não com a estética. Não se podem permitir comodidade e facilidade da execução do propósito cirúrgico em prol da estética, principalmente em cirurgias de emergência, em que o acesso rápido à cavidade é fator primordial. As incisões devem obedecem a princípios anatômicos, preservando, sempre que possível, a musculatura e a inervação, evitando-se, ao máximo, a sua secção. Podemos dividir o acesso abdominal em incisões: 1. Longitudinais - medianas, pararretais e transretais; 2. Transversais 3. Oblíquas; 4. Combinadas; 5. Videolaparoscópicas ➜Longitudinais: As incisões medianas são usadas preferencialmente em exploração de urgência. São de rápido acesso e permitem uma visão ampla da cavidade. Sua cicatrização é mais demorada (aproximadamente, 8 meses) e exige fechamento com �o-não absorbível. Esta última é uma das desvantagens pelo aspecto anti estético e também pelo fato de se fechar em plano único (linha média). Podem ser supra - e/ou infra-umbilicais. Quando prolongadas, devem contornar o umbigo pela esquerda para não seccionar o ligamento redondo. As laparotomias pararretais externas devem ser evitadas pelo comprometimento da inervação muscular do reto abdominal; as transretais longitudinais sacri�cam apenas parte da inervação deste músculo. ➜Transversais: As incisões transversais são limitadas quanto à visualização do campo operatório, mais sangrativas e exigem fechamento com vários planos de sutura. Podem ser limitadas ao quadrante superior, inferior ou médio do abdome, prolongadas lateralmente ou podem cruzar a linha média do abdome, permitindo melhor visualização das estruturas da cavidade abdominal. As incisões transversais ântero-laterais no médio abdome permitem acesso à supra-renal, rim ou nervo simpátifo (simpatectomia). As principais são as de Davis, Pfannestiel, Kustner, Cherney, Bazy. Em crianças, a incisão preferida é a transversal, por permitir melhor campo operatório, segurança no fechamento, apresentar menor índice de complicação pós-operatória (por exemplo evisceração) e por oferecer resultado estético melhor. ➜Oblíquas: Procuram poupar a inervação abdominal, em alguns casos, quando acompanham trajetos nervosos. As principais são as de Mc Burney, Kocher, Clairmont, Druner, Leclerc, Auvert e as incisões para cirurgias de hérnias inguinais, paralelas à arcada crural ou na bissetriz da borda externa do músculo reto abdominal com a arcada crural ➜Combinadas: Estas incisões constituem prolongamento das incisões anteriores, com intuito de permitir melhor visualização do órgão a ser tratado. Incluem, neste caso, prolongamentos para o tórax, região lombar e lado oposto do abdome. As incisões de Davis e Mc Burney são usadas para apendicectomias sem peritonite generalizada. A incisão transversal de Davis é realizada no econtro do terço externo com os dois terços internos de uma linha do umbigo à espinha ilíaca anterior, com abertura das folhas da bainha do reto abdominal. A incisão oblíqua de Mc Burney é oblíqua para baixo e para dentro, quase horizontal, com cerca de 7 cm, com seu ponto médio 2cm acima e medialmente da espinha ilíaca ântero-superior. Deve-se ter cuidado para não lesar os nervos ílio-inguinal e abdômino-genital, principalmente se for necessário prolongá-la até a região inguinal As incisões de Kocher e Clairmont são usadas para exploração de vias biliares em pacientes obesos com 6…. ângulo costo-esternal aberto e com incisões prévias em linha média ou pararretal. A incisão de Kosher inicia-se 5 cm abaixo do apêndice xifóide, desce obliquamente subcostal, 2 cm abaixo da reborda costal e segue paralela a ela, com comprimento aproximado de 12 cm. Cuidados devem ser tomados para preservação, sempre que possível, 8 e 9° nervos dorsais. Pode ser prolongadas por secção dos músculos retos abdominais. A incisão de Pribam corresponde à incisão de Kocher subcostal esquerda. As incisões de Pfannestiel, Kustner e Cherney são usadas para operações pélvicas. A primeira incisa a pele transversalmente na região suprapúbica, assim como o plano aponeurótico, descolando os retalhos superior e inferior, com afastamento lateral dos retos e secção peritoneal na linha média. A incisão de Kustner, incisa a pele transversalmente e os outros planos verticalmente, di�cultando o acesso. A incisão de Cherney inicia-se com a de Pfannestiel, porém secciona a parte tendinosa dos retos junto ao púbis, facilitando o acesso Incisões transversais pélvicas ao púbis não devem ser utilizadas em casos de neoplasias que necessitem de exploração ampla do abdome com linfadenectomías aórticas, omentectomias e biopsias sub diafragmáticas. Também em casos de reintervenções em paciente com várias operações anteriores, o acesso muitas vezes se torna di�cultado pelo risco de lesões viscerais, exigindo variantes nem sempre anatômicas ou �siológicas, e que, frequentemente, necessitam do uso de próteses para sua reconstituição
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