Trabalho 01 - Direito Imobiliário - Prazo. 14.10.2021

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TRABALHO - INSTRUÇÕES
ALUNO: VANESSA COELHO DE ANDRADE. 
PROFESSOR: MARCOS VINÍCIUS REZENDE DINIZ.
DISCIPLINA: DIREITO IMOBILIÁRIO.
PRAZO DE ENTREGA: 14/10/2021.
VALOR: 20,0 PONTOS.
FORMA DA ENTREGA: EMAIL: marcosrezendediniz@gmail.com Cada pergunta abaixo deve ser respondida de forma objetiva e precisa,
01) O artigo 108 do Código Civil estabeleceu, como regra geral, a obrigatoriedade de instrumento público para validade dos negócios jurídicos que visem a constituição, modificação, transferência ou renúncia de direitos reais sobre imóveis. Qual o motivo da formalidade comentada? (1,0).
Conferir maior segurança Jurídica aos negócios que envolvem a transferência da titularidade de bens imóveis. 
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02) Onde devem ser lavradas as escrituras públicas de negócios jurídicos que visem a constituição, modificação, transferência ou renúncia de direitos reais sobre imóveis? (1,0)
As escrituras públicas podem ser feitas em qualquer cartório de notas independente de onde esteja situado o imóvel ou de onde sejam domiciliadas as parte. Vale lembrar que também podem ser lavradas nos consulados brasileiros existentes em outros países.
03) O que é ITBI? Observação: Não é apenas para responder o que a sigla significa. (Qual competência, Fato Gerador, etc...) (1,0)
ITBI é um imposto de Transmissão de bens imóveis, um tributo exclusivo das negociações imobiliária. O fato gerador do ITBI, ocorre com a transferência da propriedade junto ao cartório de registro de imóveis (CRI), antes deste, não há que se falar em fato gerador. Portanto, o tributo só pode ser exigido após tal registro. Que incide sobre transmissão de bens imóveis, “inter vivos", seja a qualquer título na instituição de direitos reais sobre imóveis, excluindo os de garantia, bem como a cessão de direito de sua aquisição. Sendo um imposto de competência dos municípios por expressa atribuição do art.156 CF/88. A transferência de prioridade e demais direitos reais. A atual previsão constitucional sobre a competência do ITBI É precisa, de forma a evitar conflitos entre Estados e seus respectivos Municípios. 
04) Explique o que é a MATRÍCULA de um imóvel? (1,0)
A matrícula do imóvel é um documento retirado em um Cartório de Registro de Imóveis que tem a finalidade de individualizar a propriedade. Nela, estarão informações essenciais do bem, como a localização e a descrição. É nessa documentação que serão lançados o registro e averbação que mostra a situação jurídica real do propriedade. Vale ressaltar que, na matrícula, ficam registrados todos os acontecimentos ligados ao imóvel, como quem foram os proprietários antigos e quem é o atual, se já houve alguma movimentação, como hipoteca, penhora, construção, demolição ou inventário, além do número de cadastro da propriedade na Prefeitura Municipal.
05) Explique o que é o REGISTRO imobiliário? Em qual cartório é feito? Diferencie o registro da averbação (1,5)
O registro do negócio na matrícula do imóvel é feito no respectivo Cartório de Imóveis, sendo o principal instrumento apto a comprovar juridicamente que quem é o dono de um bem imóvel. A diferença entre Registro De Imóveis e a Averbação, é que o Registro de Imóveis é um documento que fica arquivada no Cartório de Registro de Imóveis, e a Averbação é uma anotação de alguma alteração ocorrida, seja em relação ao imóvel ou seu proprietário. 
06) Quando são concretizadas as transferências de bens móveis e de bens imóveis (qual o momento – explique de AMBOS)? (1,0)
A transferência de bens móveis se concretiza pela tradição, ocupação, invenção e destinação. Lembrando que a concretização da transferência não precisam de escritura pública, nem incide sobre eles cobrança de imposto de transmissão de bens como acontece na transferência de imóveis. 
Já os bens imóveis as transferências se são por transcrição, usucapião e acessao. Ressaltando que neste caso faz necessário a escritura pública, registro no cartório de Imóveis é incide sobre eles o ITBI.
07) Assinale “V” para verdadeiro e “F” para falso: (0,50 cada – 5,0 total)
(F ) O contrato de fiança é formal, pois sempre deve ser por escritura pública. (V ) A locação é um contrato informal, podendo, inclusive, ser verbal.
(F ) O contrato de compra e venda sempre deve ser formal, devendo sempre ser por meio de instrumento público, não importando se o objeto alienado é bem móvel ou imóvel.
(V ) O casamento é um negócio jurídico formal.
(V ) Em regra, os negócios jurídicos que visem a transferência da propriedade de um bem imóvel devem ser formais.
(V) O contrato de locação é informal, oneroso, de trato sucessivo e bilateral.
(F ) As doações são negócios jurídicos causa mortis, pois produzem efeitos após a morte de, pelo menos, um dos declarantes. Por isso, o imposto que incide sobre estas transações é o ITCMD.
(V) As permutas e compras e vendas são negócios jurídicos inter vivos, pois produzem efeitos desde sua celebração. Por isso, o imposto que incide sobre estas transações é o ITBI.
(V ) As escrituras públicas podem ser feitas em quaisquer cartórios de registro de imóveis do Brasil.
(F) O registro é feito apenas no Cartório de Registro de Imóveis da situação do imóvel.
08) Cite os pressupostos de existência dum negócio jurídico? (1,0)
i- Manifestação da vontade – É a declaração do agente que firma o negócio. 
ii- Agente – Diz respeito à pessoa ou pessoas que participam da relação jurídica. Importante destacar que nesse momento não é feita análise acerca da capacidade do agente, mas apenas se há agente presente no negócio. 	
iii- Objeto – Diz respeito ao bem jurídico que se busca com a realização do negócio. O objeto deve transparecer o objeto das partes. 
iv- Forma – É o meio pelo qual se exterioriza a vontade das partes. É a forma pela qual a vontade se manifesta.
09) Abaixo, assinale apenas uma alternativa a respeito do hipotético caso. Pablo Escobar vendeu 3 toneladas de cocaína para Muchado. Apenas com base nessas informações podemos concluir que: (1,0)
a) trata-se de compra e venda. Portanto, o negócio jurídico é inexistente, por deixar de observar a forma prevista em Lei.
b) O negócio jurídico é existente, pois há agente, forma, objeto e vontade exteriorizada consciente
c) O negócio jurídico é válido, pois há agente, forma, objeto e vontade exteriorizada consciente
d) O negócio jurídico é inexiste, pois não há objeto.
10) Em 2018, ano que ocorreu a eleição para o cargo de Presidente da República (e outros), Antônio locou seu imóvel para o PSL (Partido Político) colocar seu comité. As partes convencionaram o prazo de 3 meses, a começar em 07/07/2018, e terminar em 17/10/2018, mas colocaram uma cláusula com a seguinte redação: “Caso ocorra 2º (segundo) turno nas eleições de 2018 para o cargo de Presidente da República, fica prorrogado o prazo da presente locação para o dia 28/10/2020”. No caso hipotético acima, a cláusula configura um(a): (1,0)
a) termo final ao contrato, pois estipula o dia 28/10/2020 (evento futuro e certo) como dia final de vigência do contrato.
b) condição resolutiva, pois a locação será resolvida (acabará) quando ocorrer evento futuro e incerto.
c) termo inicial, pois renova o prazo da locação quando ocorrer(eu) o 2º (segundo) para o cargo de Presidente da República
d) condição suspensiva, pois o evento vinculado para a renovação do prazo é futuro e incerto e somente produzirá efeitos se ocorrer.
11) Cite 5 características dos Direitos Reais e, após, escolha 1 delas para explicar: (1,5)
Legalidade e tipicidade; taxatividade; publicidade; eficácia erga omnes; inércia ou aderência e sequela.
A taxatividade (numerus clausus) revela que não há direitos reais quando a lei não os declara. O art. 1.225 do CC é a referência para os que proclamam a taxatividade do número dos direitos reais. Todavia, tal não significa que só são direitos reais os apontados no referido dispositivo, mas também outros disciplinados de modo esparsos no mesmo diploma e os constituídos em diversas leis especiais. Em resumo,a enumeração legal dos direitos reais é taxativa, ou seja, não admite ampliação pela simples vontade das partes.
12) Explique os atributos (faculdade ou direitos) proprietário: (4,0)
i) usar a coisa (“ius utendi”): É o direito de tirar do bem todos os serviços que ele pode prestar, sem que haja alteração em sua substância.
ii) gozar ou fruir (“ius fruendi”): É atributo que permite ao proprietário alienar o carro ou imóvel ou mesmo dá-los em garantia. Pois faculta ao proprietário desfrutar da coisa, no sentido de tirar proveito econômico desta.
iii) dispor da coisa (“ius disponedi”): É a faculdade de transferir a coisa, gravá-la de ônus 
iv) reaver a coisa (“ius vindicato”): É o direito de reaver a coisa das mãos de quem quer que injustamente a possua ou detenha. É um direto exercido por meio de ação reinvidicatória