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Resumo Hemoterapia
TRIAGEM SOROLÓGICA DE DOADORES DE SANGUE 07.10
A triagem laboratorial para doenças transmissíveis por transfusão (DTT) é uma das ferramentas mais poderosas na garantia da segurança transfusional. 
• Entretanto, é importante afirmar que, sozinha, ela não é garantia de um hemocomponente seguro. Todos os processos que envolvem a doação de sangue devem ser realizados de forma estruturada e padronizada, com o objetivo de minimizar os riscos transfusionais.
• A triagem laboratorial e todos os demais processos que envolvem a transfusão de sangue são regulamentados pela Portaria de Consolidação no 5/ 2017, Anexo IV. 
• As demais padronizações da instituição devem estar descritas em Procedimentos Operacionais Padrão (POP) que são baseados nas técnicas descritas pelos fabricantes e nos conceitos de Boas Práticas de cada laboratório.
É obrigatória a triagem laboratorial para DTT de todos os doadores a cada doação. Deverão ser pesquisadas as seguintes doenças: 
a) Hepatite B: a testagem é realizada por meio da pesquisa do HBsAg, Antígeno (Ag) de superfície do Vírus da Hepatite B (VHB) e do anticorpo (Ac) contra o capsídeo (core) do VHB (Anti-HBc). Podem ser pesquisados Acs do tipo IgG ou IgG e IgM, sendo esta segunda metodologia também chamada de Acs totais (IgG+IgM). TRIAGEM SOROLÓGICA DE DOADORES DE SANGUE Fonte: Técnico em Hemoterapia: Livro Texto, MS, 2013 A utilização de testes com alta sensibilidade reduz o risco de transmissão dessas doenças.
 b) Hepatite C: a triagem pode ser feita utilizando a pesquisa de Acs contra o Vírus da Hepatite C (VHC) ou a pesquisa simultânea de Ag e Ac contra o VHC.
 c) Infecção por HTLV I/II, Vírus T-Linfotrópico Humano I e II. d) Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV): a triagem deve ser feita, obrigatoriamente, por duas metodologias e/ou Ags diferentes.
 e) Doença de Chagas.
 f) Sífilis
A utilização de testes com alta sensibilidade reduz o risco de transmissão dessas doenças.
Teste do Ácido Nucleico – NAT
No Brasil, a triagem molecular para DTT é realizada para o HIV 1, Hepatites B e C. Os fabricantes utilizam técnicas baseadas na reação em cadeia da polimerase (PCR) para amplificar o material genético dos vírus.
A amplificação do material genético permite detectar uma quantidade muito pequena de vírus, antes do aparecimento dos Acs, ou mesmo de Ags.
A técnica molecular não substitui a sorologia e deve ser utilizada obrigatoriamente associada a ela.
• A pesquisa de antígeno, os ensaios combinados (antígeno/anticorpo) e as técnicas de amplificação do material genético têm o objetivo de diminuir o período de janela. 
• Neste período, os testes não têm sensibilidade analítica suficiente para detectar a presença de anticorpos, antígeno ou material genético.
Técnicas e Conceitos em Sorologia
• Diversas técnicas podem ser utilizadas para realizar a triagem sorológica, mas precisam apresentar uma característica fundamental: altíssima sensibilidade. 
• Denominados Imunoensaios (IE), atualmente só os Ensaios Imunoenzimáticos (EIE) e Quimiluminescentes (QIA) conseguem garantir a sensibilidade analítica adequada para a triagem sorológica.
 • A única exceção a esta regra é a triagem para sífilis, que pode ser realizada por meio de técnicas de precipitação.
Os testes utilizados nos bancos de sangue são geralmente qualitativos ou semiquantitativos para a detecção de Acs e Ags.
 • O princípio básico desses ensaios é a formação do complexo antígeno-anticorpo. Em um teste em que se deseja pesquisar a presença de Ac na amostra (analito), o reagente principal da reação será o Ag correspondente ao Ac.
 • O reagente principal fica aderido à fase sólida da reação. O reagente secundário é geralmente adicionado em um segundo passo, e tem o objetivo de sinalizar a presença do analito pela formação de cor ou emissão de luz.
A fase sólida é assim denominada porque está aderida à placa, pocinho de reação ou partícula de reação. Nos QIA mais modernos, a fase sólida está aderida a uma partícula que se torna fixa nos momentos das lavagens por um mecanismo físico. 
• A fase sólida é essencial para impedir que os reagentes e o complexo antígeno-anticorpo que se forma durante a realização dos testes sejam lavados, levando a resultados falso-negativos.
Imunoensaios
• Existem diversas padronizações de IE, que variam consideravelmente de acordo com os diferentes fabricantes dos kits. Tempo e temperatura de incubação são provavelmente os fatores mais importantes na padronização dos IE e devem ser seguidos exatamente como determinados pelo fabricante.
 • Outras questões que devem ser observadas com relação à temperatura são:
 • conservação dos kits, 
• a temperatura do kit no momento de realização dos testes e
 • temperatura ambiente do laboratório. 
• Os procedimentos de lavagem entre os passos de realização dos IE podem influenciar os resultados dos testes laboratoriais – excesso ou falta de lavagem podem levar a resultados falso-positivos e, o mais grave, resultados falso-negativos.
• Os dois tipos de IE mais comuns são os competitivos e os ensaios duplo sanduíche. São técnicas muito sensíveis, capazes de detectar quantidades muito pequenas de antígenos e anticorpos. 
• Nos ensaios competitivos, um excesso de antígeno (Figura 1), marcado com uma enzima (reagente secundário), é adicionado à fase sólida da reação e compete para se ligar ao anticorpo aí presente. Quando a reação é positiva, somente o analito (antígeno presente na amostra) se liga à fase sólida (Figura 2). Nesta situação, não há mudança de cor nos ensaios enzimáticos ou emissão de luz nos ensaios quimiluminescentes.

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