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Hemoterapia - resumo (anemia, hiv, hep )

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2 séries vermelhas (anemia ferropriva, desvio a esquerda) 
2 brancas (infecção e leucemia) 
6 HIV, hep + técnica 
 
Desenvolvimento 
➢ Fase primitiva, origem apenas a eritrócitos, inicia-se trinta dias após a formação do 
embrião. 
➢ Fase definitiva, capacidade de gerar todas as linhagens hematopoéticas e de 
autorrenovação das CTHs, inicia-se na quarta semana após o nascimento. 
➢ A medula óssea com atividade hematopoiética é conhecida como medula vermelha, 
enquanto o restante dos ossos possui medula óssea amarela (preenchida com tecido 
gorduroso). 
➢ Em condições patológicas como anemia grave ou comprometimento medular severo, o 
BAÇO e o FÍGADO podem voltar à sua atividade produtiva de células, processo denominado 
METAPLASIA MIELÓIDE (hematopoiese extramedular) ex: leucemia mielóide crônica 
 
 
DESVIO À ESQUERDA DOS NEUTRÓFILOS (DE) 
Aumento de formas jovens dos neutrófilos do sangue periférico. 
Indica aumento da mobilização das reservas medulares, sob estímulo metabólico. 
Siginificado clínico: Infecções agudas e sub agudas, hemorragias, toxemias 
 
MONONUCLEOSE INFECCIOSA 
Leucocitose 
 Desvio à esquerda após 4 a 5 dias 
 Linfocitose com elementos atípicos característicos 
 Monocitose marcante 
 
PROCESOS ALÉRGICOS 
Neutrófilos → leve neutrofilia relativa, às vezes absoluta, com pequeno desvio à esquerda 
Eosinófilos → Sempre presentes, eosinofilia relativa e absoluta. 
Linfócitos → Linfocitopenia relativa e valor absoluto normal. 
Monócitos → Existem desde a fase inicial do processo, o que contrasta com a maioria dos 
processos onde na luta ocorre monocitopenia 
PROCESOS INFECCIOSOS AGUDOS 
Neutrofilia com ou sem desvio à esquerda, granulações tóxicas, microvacúolos 
citoplasmáticos picnose nuclear. 
Desaparecimento de eosinófilos (reação de alarme). 
Linfocitopenia relativa. 
Monocitopenia relativa 
Formação de pus e febre, quanto maior a temperatura, maior a leucocitose 
 
 
 
PROCESOS INFECCIOSOS CRÔNICOS 
Leucocitose. 
Neutrofilia → em geral, existe neutrofilia relativa e absoluta 
Desvio à esquerda → não há, se houver é pequeno (indica progressão do processo ou 
agudização) 
Eosinófilos → presentes 
Linfócitos → Linfocitose relativa e/ou absoluta 
Monócitos → Monocitose absoluta por ação do SRE que têm ação de luta constante 
contra o agente agressor. 
 
DESVIO À DIREITA DOS NEUTRÓFILOS (DD) 
Aumento de formas polisegmentadas. (> que 3%) dos neutrófilos do sangue periférico. 
Significado Clínico: deficiência de vitamina B12 e ácido fólico, doenças crônicas (rins e fígado), 
uremia, drogas citotóxicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEMIA 
Concentração DIMINUIDA da massa eritrocitária 
❖ Deficiências na síntese de Hb ❑ (anemia ferropriva, talassemia, sideroblástica). 
❖ Síntese deficiente de nucleoproteínas ❑ (def. de vit. B12 e ácido fólico). 
❖ Hematopoese deficiente ❑ (anemia aplásica, ...). 
❖ Anemias hemorrágicas 
❖ Alcoolismo, hepatopatias, neoplasias, HIV. 
 
Anemia microcitica - VCM menor que 80 fL  
Anemia normocítica - VCM entre 80 e 100 fL  
Anemia macrocítica - VCM maior que 100 Fl 
 
HCM = HEMOGLOBINA CORPOSCULAR MÉDIA 
Indica a quantidade média de hemoglobina (Hb) presente em cada eritrócito – (proteína que 
pode ser encontrada no interior das hemácias, função de transporte de O2 e CO2 dos pulmões 
para os tecidos do corpo humano) 
o Anemia hipercrômica  HCM maior que 32 picogramas: deficiência de vitamina B12 ou 
de ácido fólico. Também pode ser causado por doença hepática e após quimioterapia. 
o Anemia normocrômica  HCM entre 27 e 32 picogramas: indica que a causa da anemia 
é perda de sangue. Hemorragia, sangue nas fezes, hematêmese; linfomas, sepse e 
síndrome nefrítica. 
o Anemia hipocrômica:  HCM menor a 27 picogramas, pode ser causada por deficiência 
de ferro. 
 
CHCM = CONCENTRAÇÃO DE HEMOGLOBINA CORPOSCULAR MÉDIA 
Indica a concentração média de hemoglobina (Hb) baseado em um volume (100 mL) de 
eritrócitos (Ht%). 
Valor normal: 32 a 37 g/dL (grama por decilitro) 
 
RDW = Amplitude de Distribuição dos Eritrócitos 
▪ Mede a variação no tamanho das hemácias. 
▪ Quando muito diferentes, indica uma heterogenicidade no tamanho celular que é 
denominada anisocitose. 
▪ Valor de Referência = 10,0 – 14,0% 
 
ANORMALIDADES DOS ERITRÓCITOS 
Anisocitose → variação em tamanho da célula 
 Microcitose: menor que o tamanho normal 
 Macrocitose: maior que o tamanho normal 
Poiquilocitose → variação na forma da célula 
Policromasia → Alteração na coloração da célula 
 Hipocromia: diminuição da concentração de hemoglobina 
 
FERROPRIVA 
A molécula de hemoglobina é um tetrâmero formado por quatro subunidades. Cada 
subunidade é composta de duas partes: a globina, e a heme, grupo prostético que consiste em 
um átomo de ferro situado no centro de um anel de porfirina. 
O HEME, é sintetizado nas células aeróbicas através de uma cadeia complexa de enzimas, a via 
das PORFIRINAS. 
Anemia por falta de nutrientes: essenciais à produção dos eritrócitos, como ferro, vitamina B12 
e ácido fólico. 
 
HEMORRAGIA: Decorrem de perdas agudas ou crônicas de sangue. As perdas crônicas causam 
espoliação de ferro e, conseqüentemente, anemia ferropênica 
MICROCÍTICA E HIPOCRÔMICA: Na maioria dos casos a diminuição de síntese do grupo heme é 
decorrente da deficiência de ferro, a causa mais comum de anemia hipocrômica e microcítica. 
Outras condições que causam alterações morfológicas semelhantes são as talassemias, que 
decorrem de um desequilíbrio de síntese das cadeias globínicas da molécula de hemoglobina. 
DIAGNÓSTICO FERRO: Ferritina, Fe, Saturação da transferrina 
TESTES SOROLÓGICOS: 
São testes realizados com base nas reações Antígeno-Anticorpo in vitro 
Testes qualitativos: Resultados: + ou –Reagente ou Não-reagente 
Testes quantitativos: Resultados: Em título do soro ou diluição 
 
Uso dos testes: 
o Como exames complementares no fechamento de diagnóstico 
o Para diferenciar a fase da doença 
o Para avaliar o prognóstico da doença 
o Na avaliação de tratamento de doenças 
o Na avaliação da resposta imune adquirida de forma natural ou artificial 
o Para estabelecer prevalência da doença em inquéritos epidemiológicos 
 
 
 
ELISA: 
• Os ensaios imunoenzimáticos (ELISA) são testes que utilizam anticorpos ligados às 
enzimas. 
• O teste ELISA (Enzyme-Linked ImmunoSorbent Assay) é um ensaio imunoenzimático 
ligado à enzima. 
• Como a sensibilidade da maioria dos imunoensaios enzimáticos é alta, eles costumam 
ser utilizados para triagem. 
ELISA Direto (sanduíche) → busca de antígeno 
ELISA Indireto → busca de anticorpo 
 
IMUNOFLUORESCÊNCIA: 
Utiliza Anticorpo ou Antígeno conjugados a moléculas reveladoras chamadas fluorocromos 
- Detecção direta de microrganismos (secreções, urina, cortes de tecidos); 
- Identificação de subpopulações de linfócitos em tecidos; 
- Fenotipagem de células tumorais 
 
AGLUTINAÇÃO: 
• Nos testes de aglutinação (p. ex., aglutinação do látex; coagregação), uma partícula 
(gota de látex ou bactéria) é adicionada a um antígeno ou anticorpo reagente. 
• O complexo resultante é misturado ao espécime (p. ex., líquor, soro); se o anticorpo ou 
antígeno-alvo estiver presente no espécime, liga-se às partículas, produzindo 
aglutinação mensurável 
• menos sensíveis do que outros métodos. Podem determinar também sorotipos de 
algumas bactérias 
Direta → eritrócitos (hemaglutinação), bactérias, fungos 
O antígeno faz parte naturalmente da célula, e haverá aglutinação dessas células 
promovida por anticorpos contra esses antígeno. 
Células bacterianas também podem ser utilizadas como antígeno para a pesquisa de 
anticorpos em amostras de soro de pacientes, como por exemplo na leptospirose, 
brucelose e salmonelose 
Indireta → latex (antígenos ou anticorpos adsorvidos) 
Adsorção de anticorpos ou antígenos solúveis proteicos ou polissacarídeosna superfície de 
micropartículas inertes (suportes) que não interferem na interação antígeno-anticorpo, 
como plásticos, gelatina, carvão e hemácias formolizadas de aves e carneiros. 
 
IMUNOCROMATOGRAFIA: 
• Testes dispensam o uso de reagente adicional ou equipamentos. 
• São testes de triagem → elevada sensibilidade. 
• Os testes são imunológicos (pesquisa de Ag ou Ac) como para o teste de gravidez. 
O sistema é realizado em uma matriz constituída de membrana de nitrocelulose ou de náilon 
coberta por acetato transparente para facilitar a visualização do teste. 
O antígeno ou o anticorpo é fixado na membrana na forma de linhas ou pontos e o restante 
da membrana é bloqueado com proteína inerte como nos testes imunoenzimáticos (ELISA). 
 
Sensibilidade: 
Uma sensibilidade de 95% significa que 95% dos pacientes com a infecção serão identificados 
e que 5% dos pacientes terão um resultado “falso negativo” 
 
Especificidade: 
Uma especificidade de 95% significa que 95% dos animais sem infecção serão identificados 
como negativos e que 5% terão um resultado “falso positivo” 
 
HEPATITE: 
Bilirrubina indireta – não conjugada a albumina 
Bilirrubina direta – conjugada (aumentada em hepatites virais) 
 
 Quatro fases: 
 1. Período de incubação (tempo de penetração do vírus e início de sintomas, elevação 
das transaminases no final) 
 2. Fase prodrômica (sintomas inespecíficos que antecedem a icterícia) 
 3. Fase ictérica (icterícia, com diminuição dos sintomas prodrômicos) 
 4. Fase convalescente (desaparecimento da icterícia, recuperação completa) 
 5. Fase crônica ??? (lesão hepática por mais de 6 meses) 
 
Hepatite A: 
 Picornavírus (família Picornaviridae), do gênero Hepatovirus 
 Pequeno vírus de capsídeo, icosaédrico, não envelopado, 27 nm, hélice simples de 
RNA 
Patogenia: 
• Vírus penetra via TGI 
• Veias mesentéricas, fígado pelo sistema porta 
• Replicação viral no hepatócito 
• Atingindo intestino pela bile 
• Vírus eliminados nas fezes 2 semanas antes dos sintomas 
• Nenhum efeito citopático aparente 
 
Diagnóstico: 
• Alterações laboratoriais inespecíficas: elevação de bilirrubinas, fosfatase alcalina, 
ALT>AST, linfocitose com atipia linfocitária 
• Vírus não cultivável rotineiramente 
• Anticorpos anti- HAV da classe IgM 
 
HEPATITE B: 
• Família Hepadnaviridae 
• Alta complexidade antigênica 
• Partículas de Dane – vírion completo, 42 nm, antígenos e DNA HBV 
• Somente afeta humanos 
 
Antígenos: 
• HBsAg – antígeno de superfície, esférica, 22nm, grande quantidade durante infecção 
viral 
• HBcAg – região nuclear densa da partícula, não secretado 
• HBeAg – parte central do vírus, secretado, indica replicação e infectividade 
 
• Anti-HBs: imunidade ao HBV 
• Anti-HBc IgG: contato prévio com o vírus 
• Anti-HBc IgM: infecção recente 
• Anti-Hbe: fim da fase replicativa 
 
Diagnóstico: 
o Pesquisa de antígenos: HBsAg e HBeAg 
o Pesquisa de anticorpos: anti- HBc IgM e IgG, anti-Hbs e anti- HBe 
o Pesquisa qualitativa e quantitativa do DNA do HBV 
o HbeAg = replicação e alta infectividade 
 
 
 
Tratamento: Interferon, Lamivudina, Adefovir, Entecavir, Tenofovir 
Profilaxia: Vacina HbsAg recombinante (3 doses – 95% reagentes) 
 
HEPATITE C: 
o Flavivírus (família Flaviridae) 
o Gênero Hepacivírus 
o Globulares (50 nm) 
o Envelopado 
o RNA de fita simples 
 
Diagnóstico: 
o Anti-HCV: recomendado com teste inicial, indicando contato prévio com vírus C, 
mas não define se recente ou tardio 
o HCV-RNA qualitativo: confirmação diagnóstica 
o HCV-RNA quantitativo: importante na avaliação de resposta ao tratamento 
o Genotipagem 
Tratamento: Interferon + ribavirina ou Boceprevir (inibidor de protease) 
AIDS: 
Infecta células T, macrófagos e CD4 
 
 
 
 
 
Diagnóstico: 
• IMUNOENSAIOS 
• 1ª GERAÇÃO 
O ensaio de primeira geração tem o formato indireto, ou seja, a presença de 
anticorpos específicos é detectada por um conjugado constituído por um 
anticorpo anti-IgG humana. Na fase sólida, os antígenos são originados de um 
lisado viral de HIV. 
• 2ª GERAÇÃO 
O ensaio de segunda geração também tem formato indireto; porém, utiliza 
antígenos recombinantes ou peptídeos sintéticos derivados de proteínas do 
HIV. 
• 3ª GERAÇÃO 
O ensaio de terceira geração tem o formato “sanduíche” (ou imunométrico). A 
característica desse ensaio é utilizar antígenos recombinantes ou peptídeos 
sintéticos tanto na fase sólida quanto sob a forma de conjugado. Esse formato 
permite a detecção simultânea de anticorpos anti-HIV IgM e IgG 
• 4ª GERAÇÃO 
O ensaio de quarta geração detecta simultaneamente o antígeno p24 e 
anticorpos específicos anti-HIV. 
Em média, a janela diagnóstica dos ensaios de quarta geração é de 
aproximadamente 15 dias, dependendo do ensaio utilizado 
• Testes complementares: 
• Western blot (WB); 
Positivo para duas das seguintes proteínas: p24; gp41; gp120/gp160. 
• Imunoblot (IB); 
• Imunofluorescência indireta (IFI). 
• Testes de amplificação de ácidos nucleicos (NAT) 
• PCR (reação em cadeia da polimerase) 
• Qualitativo 
• Quantitativo – carga viral 
 
TRATAMENTO: 
A terapia inicial deve sempre incluir combinações de três antirretrovirais sendo 2 inibidores de 
transcriptase reversa análogos de nucleosídeos e uma medicação não-análoga. 
A 2° parte, se dá por 1 inibidores de transcriptase reversa análogos de nucleosídeos e 1 
inibidor de proteáse

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