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Sistema complemento É um conjunto de proteínas plasmáticas que podem ser ativadas através de uma reação em cascata, isto é, cada componente ativado é capaz de ativar outro componente do sistema complemento; • Início de síntese no primeiro trimestre da vida fetal; • Proteínas produzidas no fígado e por outras células teciduais; • Há 3 maneiras para ocorrer a ativação: o Via Clássica; o Via Alternativa; o Via Lectina; • Em caso de hepatopatias, o sistema complemento apresenta função deficiente; Nomenclatura • Letra C seguida do número, por exemplo C1, C2, C4, C3, C5, C6, C7, C8 e C9; • Na via alternativa de ativação do complemento, os componentes são denominados por letras B, D e P; • À medida que vai ocorrendo a ativação, fragmentos são gerados; o Os fragmentos maiores recebem a denominação b e continuam na cascata; o Os fragmentos menores recebem a denominação a e saem da cascata; Três vias ativam o Sistema Complemento • Diferenciação se dá pelo início das vias; VIA CLÁSSICA. • São necessários o patógeno/antígeno e o anticorpo; • O primeiro componente que se insere no patógeno é o componente C1; VIA DAS LECTINAS. • Seu processo de ativação necessita da presença de um patógeno que possua a manose; • O primeiro fragmento a ser inserido é a MDL (Lectina Ligadora de Manose); VIA ALTERNATIVA. • Só é necessário haver o patógeno; • O fragmento de C3b (livre por conta do excesso de produção de C3) é o primeiro a reconhecer o patógeno nessa via; CASCATA ATIVADA – produtos da ativação do sistema complemento: • Processo inflamatório; • Processo de fagocitose; • Lise dos patógenos; Via Clássica • É ativada por uma interação Ag-Ac (antígeno- anticorpo); • A ligação Ag-Ac provoca uma mudança conformacional no Ac, que abre um sítio de ligação para C1; • C1: 6 moléculas C1q, 2 C1s, 2C1r • C1qr2s2 liga-se a 1 IgM ou 2 IgG; • Avidez: IgM > IgG3 > IgG1 > IgG2 (IgM é o melhor ativador); CASCATA/FASE DE ATIVAÇÃO: 1. Antígeno opsonizado pelo anticorpo – o anticorpo permite a ativação de C1, sendo que C1q se liga ao anticorpo e ativa C1r, que ativa C1s; 2. C1s cliva a molécula de C4 em C4a e C4b; 3. C4b se fixa à superfície do patógeno; 4. C4b permite a ligação de C2 com ele, porém é necessário ativá-lo; 5. C1s cliva C2, gerando C2a e C2b; 6. C4b se liga a um dos fragmentos de C2 (a ou b, depende do livro; gravar como a sendo o fragmento livre); 7. Fragmento C4b + C2b é chamado C3 convertase (enzima); 8. C3 convertase cliva a molécula de C3 para ativá-la, gerando o fragmento C3b e liberando o fragmento C3a; 9. C3b se liga ao fragmento C4b + C2b, formando o fragmento C5 convertase (enzima); 10. C3a liberado vai atuar como fator quimiotático, ou seja, vai ajudar atraindo células para aquele local para ajudar no combate ao patógeno; 11. C5 convertase cliva a molécula de C5 em C5a, liberado para atuar como fator quimiotático, e C5b, que vai formar o próximo componente; Via Alternativa • Não há formação do complexo Ag-Ac; • Ocorre ativação espontânea de C3; • C3 se liga diretamente à parede do patógeno; • Vigilância: clivagem de C3 em uma taxa lenta que atua nas células próprias e patógenos (tickover); CASCATA/FASE DE ATIVAÇÃO: 1. C3b se deposita na superfície do patógeno, permitindo que o fator B se ligue a ele; 2. Para ativar o fator B, o fator D o cliva, formando o fragmento C3b + Bb e liberando o fragmento Ba; 3. C3b + Bb é chamado C3 convertase; 4. Fator P é uma enzima que atua estabilizando a C3 convertase; 5. C3 convertase atua clivando C3 em C3b, que também se liga à superfície do patógeno, e C3a, um fator quimiotático; 6. C3b + Bb + C3b forma C5 convertase; 7. C5 convertase vai clivar C5, gerando C5b, que vai seguir para a via lítica, e C5a, liberado para atuar como fator quimiotático; Via da Lectina • Similar à via clássica; • É a via mais recente descrita, porém evolutivamente é mais antiga; • MBL (lectina que se liga à manose); • MBL se liga a resíduos de carboidratos na superfície de bactérias e passa por uma mudança conformacional; • MASP1: cliva C4 e C2 = C4b2b; • MASP2: cliva C3 diretamente; CASCATA/FASE DE ATIVAÇÃO: 1. Patógeno com manose permite a ativação da MBL, que apresenta MASP1 e MASP2; 2. MASP1 atua clivando C4 e C2; 3. C4b e C2a se inserem na superfície do patógeno, formando a C3 convertase; 4. MASP2 e C3 convertase atuam na clivagem de C3, formando C3b, que se deposita na superfície do patógeno, e C3a, liberado para atuar como fator quimiotático; 5. C4b + C2a + C3b formam C5 convertase; 6. C5 convertase vai clivar C5, gerando C5b, que vai seguir para a via lítica, e C5a, liberado para atuar como fator quimiotático; Via Comum ou Efetora 1. C5b permite que os demais fragmentos se liguem – C5b liga ao C6, que permite a ligação com C7, que permite a ligação com C8; 2. Esse fragmento se insere na superfície do patógeno por meio de C7 e C8; 3. C5b atua como âncora para a ligação de C9 (poli-C9: união de moléculas de C9); 4. Formação do MAC (Complexo de Ataque à Membrana); Regulação do Complemento • Realizada por proteínas solúveis e ligadas à membrana de diferentes tipos de células; • As proteínas regulatórias inativam vários componentes do SC; • Algumas proteínas de membrana impedem a formação do poro se os componentes do SC forem da mesma espécie que a célula-alvo; VIA CLÁSSICA E LECTINAS MEDIADORES SOLÚVEIS: • Inibidor de C1 (liga-se C1r e C1s dissocia); • Fator I (cliva C4b e C3b usando Fator H, MCP, C4BP ou CR1 como cofator); • Fator H (liga-se C3b e desloca Bb -via alternativa- e atua como cofator para Fator I); • Proteína C4BP (liga-se C3b e desloca Bb -via alternativa- e atua como cofator para Fator I); RECEPTORES E PROTEÍNAS DE MEMBRANA: • DAF, MCP, CR1 (desfazem o complexo C4bC2b); VIA ALTERNATIVA MEDIADORES SOLÚVEIS: • Fator I (cliva C3b utilizando Fator H, MCP ou CR1 como cofator); • Fator H (liga-se a C3b e desloca o fragmento Bb); RECEPTORES E PROTEÍNAS DE MEMBRANA: • DAF, CR1, MCP (ligam-se a C3b e deslocam o fragmento Bb); VIA COMUM • CD59 inibe a ligação do poli-C9; • Proteína S se liga a C7 e impede a inserção na membrana; Receptores e Função do Complemento FUNÇÕES IMUNIDADE INATA: • Opsonização; • Lise celular; • Quimiotaxia; • Inflamação; • Ativação celular; HOMEOSTASE: • Retirada de imuno-complexo e células apoptóticas; IMUNIDADE ADAPTATIVA: • Amplificação da resposta por anticorpos; • Promoção da resposta por célula T; HIPERCOMPLEMENTEMIA • Inflamação sistêmica; • IL-6; • Fígado; • Reatores de fase aguda: o Complemento; o Coagulação; o Fibrinólise; o Cininas; HIPOCOMPLEMENTEMIA • Hepatites crônicas; • LUPUS; • Doença do Soro; • Consumo exacerbado dos elementos do sistema complemento;
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