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2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 METABOLISMO .......................................................................................... 5 3 ROTAS METABÓLICAS ............................................................................. 7 3.1 Anabolismo ou metabolismo construtivo .............................................. 7 3.2 Catabolismo ou metabolismo oxidativo ................................................ 8 4 TAXA METABÓLICA BASAL (TMB) ........................................................... 9 5 FATORES QUE ALTERAM O TMB .......................................................... 11 5.1 Relação entre o Metabolismo e a nutrição ......................................... 13 5.2 Dieta e Metabolismo ........................................................................... 14 5.3 Sucesso na perda de peso ................................................................. 16 6 COMPONENTES DO GASTO ENERGÉTICO ......................................... 17 6.1 Atividade física ................................................................................... 17 Principais benefícios da Atividade Física: ................................................... 18 6.2 Inatividade Física ............................................................................... 20 Classificação da atividade física ................................................................. 20 6.3 Termogênese ..................................................................................... 21 7 VIAS METABÓLICAS ............................................................................... 22 8 METABOLISMO DOS MACRONUTRIENTES .......................................... 24 8.1 Carboidratos ....................................................................................... 24 8.2 Lipídios ............................................................................................... 26 8.3 Proteínas ............................................................................................ 29 9 METABOLISMO X IDADE ........................................................................ 31 10 PRINCIPAIS DISTÚRBIOS METABÓLICOS ......................................... 32 10.1 Diabetes .......................................................................................... 34 10.2 Hipertireoidismo .............................................................................. 37 3 10.3 Hipotireoidismo ............................................................................... 41 11 PRINCIPAIS CONDUTAS NUTRICIONAIS ........................................... 44 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 46 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 METABOLISMO Fonte: www.mundoboaforma.com.br Nos dias de hoje é bastante comum ouvir expressões como “meu metabolismo é rápido”, “meu metabolismo é lento” ou suas diversas variações. Entretanto, é importante ressaltar que, muitas vezes, essas expressões não são usadas de maneira totalmente correta. Isso acontece porque relacionam o metabolismo apenas com o engordar ou emagrecer. Veja bem, durante todas as etapas do ciclo de vida de um organismo (nascer, se desenvolver, se reproduzir e morrer) ocorrem incontáveis reações bioquímicas em seu corpo. Dessa forma, essas reações visam realizar as alterações necessárias para a manutenção da vida, seja construindo ou desconstruindo moléculas. Assim, o metabolismo celular se trata, basicamente, do conjunto dessas reações de construção ou desconstrução de moléculas realizadas pela célula com o intuito de manter-se viva. Com base nessa informação é bastante claro o porquê muitas pessoas relacionam o metabolismo apenas com engordar ou emagrecer. Isso ocorre porque o corpo pode acumular ou queimar gordura com base nos processos metabólicos do organismo, tendo a alimentação e os hábitos de vida influência direta em tal fenômeno. O metabolismo se trata de diversas rotas metabólicas onde as moléculas podem realizar construção ou desconstrução das moléculas orgânicas básicas, ou seja, carboidratos, lipídeos e proteínas. Entretanto, mesmo existindo essas diversas 6 vias, o metabolismo pode ser dividido em apenas duas vias ou em dois grupos: o catabolismo e o anabolismo. O catabolismo, ou as vias catabólicas, se trata dos processos que visam a desconstrução ou a quebra das moléculas. Isso ocorre tanto para obter energia quanto para gerar pequenas moléculas que a célula utilizará posteriormente. Exemplos que ilustram bem o catabolismo são a quebra da glicose ou de gordura para gerar energia e a quebra de proteínas para se obter aminoácidos. O anabolismo, por sua vez, é o oposto, ou seja, os processos que visam a construção de moléculas. As vias anabólicas também são conhecidas como vias biossintéticas, e esse nome ilustra muito bem o que se trata essa via: as rotas tomadas pelas partículas que visam sintetizar biomoléculas. Exemplos do anabolismo são a construção de reservas, como acúmulo de gordura nos lipócitos ou grânulos de glicogênio, e a própria síntese de proteínas a partir de aminoácidos. Enfim, o metabolismo celular se trata de um complexo emaranhado de reações que visam o processamento de moléculas. Assim, a taxa metabólica está diretamente relacionada com engordar, emagrecer, aumentar ou diminuir a massa muscular, entre outros. Dessa forma, pode-se dizer que entender e saber seu próprio metabolismo podendo condicioná-lo se torna uma excelente ferramenta para a qualidade de vida. Para manter um metabolismo equilibrado, o organismo deve obter continuamente os chamados nutrientes, substâncias fornecidas pelos alimentos, os quais precisam ser consumidos em quantidade e variedade adequadas. Uma vez digeridos os alimentos, os seus nutrientes são absorvidos e distribuídos para todos os tecidos. Alguns nutrientes são usados para a construção e a reparação da matéria viva; outros são desdobrados para a liberação da energia indispensável às atividades vitais. (CESAR E SEZAR, 2006, apud, ALVES, 2014, p. 6). O termo metabolismo é usado para descrever as várias reações químicas existentes no organismo que garantem as necessidades estruturais e energéticas de um ser vivo. Entre as finalidades dessas reações químicas, além da síntese e quebra de biomoléculas, pode-se citar a produção de energia e a conversão de moléculas dos nutrientes em unidades precursoras de macromoléculas. O metabolismo não é uma exclusividade dos seres humanos e ocorre em todos os seres vivos, seja ele unicelular ou pluricelular. 7 3 ROTAS METABÓLICAS 3.1 Anabolismo ou metabolismo construtivo Denominamos anabolismo ou metabolismo construtivoas reações químicas relacionadas com a síntese de biomoléculas, ou seja, de moléculas precursoras simples e pequenas utilizadas na produção de novas substâncias necessárias para o organismo, tanto para seu crescimento como para sua manutenção. Essas reações ocorrem apenas quando uma célula apresenta energia suficiente. Elas são responsáveis, por exemplo, por formar as macromoléculas que compõem a célula. Na Biologia, é chamado de Anabolismo o conjunto de processos metabólicos que sintetizam as substâncias mais complexas a partir de outras mais simples. O termo tem origem grega e, neste contexto, "ana" significa acima. No metabolismo, chama-se de anabolismo a etapa construtiva, na qual os nutrientes são assimilados e utilizados nas sínteses de novas substâncias indispensáveis ao crescimento, à manutenção e à regeneração do organismo. (JUNIOR, 2005, apud, ALVES, 2014, p. 5). Então, o anabolismo, também conhecido como Biossíntese, é uma das partes do metabolismo que trata de desenvolver a função mencionada anteriormente e, portanto, é o processo oposto ao catabolismo, que é a transformação de moléculas complexas em outras muito mais simples, promovendo assim o armazenamento da energia química. Embora tratem de dois processos opostos, ambos, o anabolismo e o catabolismo funcionam de maneira organizada e afinada entre si, estabelecendo uma união difícil de romper ou separar. Entre suas principais funções se destacam as seguintes atribuições: é responsável pelo crescimento graças a sua determinante presença na hora da formação de componentes e tecidos celulares e também do armazenamento de energia através das ligações químicas. Três etapas envolvem o anabolismo, em primeiro lugar a produção de precursores, tais como os aminoácidos, monossacarídeos, entre outros. O próximo passo é a ativação de reagentes empregando energia de ATP e finalmente tornando as moléculas mais complexas, como as proteínas, os polissacáridos, lipídios e ácidos nucleicos. 8 No entanto, a famosa e necessária energia exigida nas células é obtida através de três fontes de energia diferentes, tais como a luz solar através do típico e natural processo de fotossíntese sofrido pelas plantas, de outros componentes orgânicos e de alguns outros inorgânicos. E este é o conjunto de processos chamado de anabolismo, formalmente, pode ser classificado de acordo com suas moléculas sintetizadas, tais como a duplicação de DNA, a síntese de RNA, a síntese de lipídios, de glucídios e proteínas. Para encerrar, podemos destacar que a fotossíntese é um claro exemplo de processo anabólico. 3.2 Catabolismo ou metabolismo oxidativo O catabolismo ou metabolismo oxidativo, por sua vez, são todas as reações químicas de caráter degradativo, ou seja, aquelas reações que têm por objetivo quebrar ou desdobrar moléculas. Nesses processos, há a liberação de energia necessária para a realização de diversas atividades. É no catabolismo que carboidratos, lipídios e proteínas, por exemplo, são quebrados em produtos menores e mais simples. O catabolismo pode ser classificado ainda em metabolismo catabólico aeróbico e anaeróbio. O metabolismo catabólico aeróbio é aquele em que as reações ocorrem na presença de oxigênio, que funciona como um aceitador final de elétrons na cadeia respiratória, combina-se com hidrogênio e forma água. No metabolismo catabólico anaeróbio, as reações ocorrem na ausência de oxigênio. O catabolismo, ao contrário do anabolismo, é a etapa destrutiva, que implica quebra ou desdobramento de moléculas com liberação de energia e eliminação de substâncias de excreção. A energia liberada no catabolismo é utilizada nos processos de anabolismo. Ao conjunto das reações que implicam trocas energéticas no organismo, dá-se o nome de metabolismo energético (JUNIOR, 2005, apud, ALVES, 2014, p. 5). Mesmo sendo reações opostas, o anabolismo e o catabolismo fornecem um equilíbrio perfeito no nosso organismo e, por isso, estão interligadas. Enquanto o catabolismo garante a liberação de energia, o anabolismo utiliza-a para sintetizar as biomoléculas. O organismo humano realiza, a cada segundo, milhares de diferentes reações químicas no interior de seus diferentes órgãos e tecidos. Nessas reações estão 9 incluídas as ações específicas de incontáveis enzimas, hormônios e mediadores químicos de transmissão dos impulsos nervosos. Há ainda, todas as reações de síntese e desdobramento das mais variadas substâncias que continuamente assimila- se ou elimina-se. O conjunto de todas essas transformações químicas que ocorrem em um ser vivo é chamado metabolismo geral. 4 TAXA METABÓLICA BASAL (TMB) Fonte: www.mundoboaforma.com.br Chamamos de taxa metabólica basal o mínimo de energia necessária para que o organismo consiga realizar suas atividades básicas em repouso, como proporcionar o funcionamento do coração e garantir a respiração. Essa taxa varia de uma pessoa para outra, uma vez que o gasto energético depende, entre outros fatores, da idade, gênero e nível de atividade realizado pelo indivíduo. A Taxa Metabólica Basal representa a maior parte do gasto energético diário em humanos (50 a 70%) e é a quantidade de energia necessária para o corpo humano manter os processos fisiológicos normais e a homeostase. Esses processos incluem as funções cardiovasculares e respiratórias em repouso, gastrointestinais e renais, a energia consumida pelo sistema nervoso central, a homeostase celular e as demais reações bioquímicas envolvidas na manutenção do metabolismo basal. (RUIZ JR, 2011; apud, LUSTOSA, 2013, p. 96). Todos os organismos vivos gastam energia na tentativa de manter a homeostase celular. O consumo diário de energia em humanos pode ser dividido em 10 três partes: a energia consumida em repouso responde por 60-75% do gasto energético total diário, o efeito térmico dos alimentos,10% e a atividade física aproximadamente 15-30%. O conhecimento dessa taxa é importante em aplicações clínicas, por definir o suporte nutricional adequado e determinar as necessidades calóricas para o balanço energético. Muitos estudos têm relatado que a TMB diminui com a idade, fato atribuído a fatores tais como a quantidade diminuída de massa magra e ao concomitante aumento da massa gorda, conteúdos alterados de fluidos corporais, alterações na temperatura corporal, alterações do humor e estresse, alterações hormonais, área corporal, inatividade física, genética individual e envelhecimento. Tem havido crescente preocupação com o estudo da taxa metabólica basal devido à sua relação com os riscos de ganho de massa gorda, especialmente em idosos, uma vez que uma baixa taxa metabólica pode contribuir para a prevalência de altas taxas de sobrepeso e obesidade neste grupo etário. Classicamente, exercícios de resistência têm sido utilizados para induzir alterações na composição corporal, basicamente pela sua habilidade de auxiliar o uso de energia, particularmente o uso de gorduras, mas muitos dos resultados relatados não são convincentes. Alguns estudos relataram maiores TMB após exercícios de resistência, enquanto outros estudos não encontraram alterações significantes e outra ainda pequena redução na TMB. Ela é diretamente influenciada pela massa livre de gordura, idade, sexo, composição corporal e fatores genéticos. Outros processos como a atividade do sistema nervoso, os hormônios tireoidianos, o turnover proteico e a bomba de sódio e potássio também contribuem para uma variação da TMB entre os indivíduos. (WEIJS; PJM, 2008, apud, LUSTOSA, 2013, p. 96). Considerando essas discrepâncias na literatura e a importância da TMB no envelhecimento, busca-se avaliar os efeitos de um programa de exercícios resistidos na intensidade do limiar ventilatório sobre o metabolismo basal e a composição corporal de idosos sedentários e saudáveis. O conjunto de transformações que compõemo metabolismo permite, por exemplo, que o alimento seja convertido em mais material vivo, que a célula obtenha energia necessária para crescer, dividir-se e movimentar-se, e que o material genético seja capaz de controlar tudo que acontece. Quando as reações do metabolismo param o organismo morre. 11 5 FATORES QUE ALTERAM O TMB Fonte: rumosaudeseguros.com.br Muitos fatores alteram o metabolismo, exemplo de idade, genética, gênero, peso, altura, nível de atividades físicas e nutrição. A idade avançada torna o metabolismo mais lento e, de forma geral, os homens possuem metabolismo mais acelerado do que as mulheres e a prática de exercícios físicos aumenta o metabolismo. A relação é simples: quanto mais músculos você tem, mais veloz será seu gasto calórico. Cada indivíduo possui sua própria taxa de metabolismo basal. Ela se refere à quantidade mínima de energia (calorias) que cada pessoa precisa para manter suas funções vitais em repouso. Para conhecer sua taxa de metabolismo basal e estabelecer uma dieta de acordo com seus objetivos, você deve procurar o acompanhamento de um profissional especializado, e realizar exames e testes que forneçam dados desse tipo. A TMB, por definição, deve ser medida controlando-se vários fatores, alguns óbvios, como a atividade física prévia, a ingestão alimentar, a temperatura e o nível de ruído ambiental; outros mais sutis, como o tabagismo e o período no ciclo menstrual. Quando a medição é realizada sem o controle destes fatores, costuma-se chamar o valor obtido de taxa metabólica de repouso. Entretanto, algumas características inerentes aos indivíduos sendo avaliados, como a idade, a aptidão física e a dimensão e composição corporais, podem explicar as diferenças interindividuais na TMB. (CENSI et al. 1998, apud WAHRLICH,2001, p.8-3). 12 A maioria das pessoas já ouviu falar que o correto é comer pequenas refeições ao longo do dia, mas qual o motivo da maioria das pessoas escolherem o jejum para perder peso? Ter refeições com alimentos ricos em fibras, como o brócolis, couve- flor e abobrinha otimiza digestão e ajuda no metabolismo. Soluções rápidas tendem a não ser saudáveis para o corpo. Perda de peso por privação de comida pode significar mais uma flutuação nos níveis de líquido do seu corpo do que uma perda de gordura de fato. Quanto maior o intervalo entre suas refeições, mais lento é o seu metabolismo. Seu corpo reduz seu gasto calórico para poupar energia, e a perda pode ser de massa magra. Pois seu organismo procura a energia que precisa consumindo o seu próprio tecido muscular. Vale lembrar que 70% de nosso corpo é formado por água, então a ingestão do líquido é fundamental para todos os processos vitais de nosso corpo, inclusive a queima calórica, e a ingestão baixa de água prejudica o metabolismo. Por isso, certifique-se de manter sua ingestão de líquidos adequada. Uma boa dica para acelerar o metabolismo pela ingestão de água é consumindo-a gelada. O corpo precisa gastar energia para igualar a água à temperatura do corpo, e por isso passa pelo processo de termogênese, onde o corpo gasta mais energia queimando calorias. A falta de sono também torna o metabolismo mais lento, sendo indicado de sete a oito horas de sono por noite para regular os níveis hormonais, do contrário ficar sem dormir pode prejudicar a perda de peso. Muitas pessoas que desejam perder peso rapidamente recorrem a alimentos termogênicos para acelerar esse processo. Alguns deles são a cafeína (café e chá verde), a canela, o gengibre, cúrcuma, dentre outros, contudo, o excesso de alimentos termogênicos pode dar efeito rebote, por interferir no sono, que é essencial para manter o metabolismo rápido. Outro fator que prejudica seu metabolismo é o estresse, colocando o corpo em estado de tensão levando a ansiedade, onde as pessoas tendem a comer mais quando estão estressadas. Por isso, buscar métodos que auxiliem no relaxamento, não só fará bem para a saúde mental, como pode acelerar o metabolismo e ajudar na perda de peso. Dicas muito simples podem fazer toda a diferença na busca por uma vida mais saudável. Se há insatisfação com o corpo, no quesito peso é imprescindível conhecê- lo e saber quais hábitos influenciam o modo como ele está. Logo na perda de peso, 13 esse quesito tem que serem levados em consideração: ingestão de alimentos, rotina de sono, ingestão de líquidos e os níveis hormonais. 5.1 Relação entre o Metabolismo e a nutrição Fonte: www.saudedica.com.br O metabolismo é algo pessoal, como uma identidade corporal, logo nem tudo que funciona para um indivíduo, funciona para outro. São vários os fatores que podem influenciar esse conjunto de reações invisíveis, tanto de forma positiva, quanto negativa. Positivamente destacam-se atividades físicas, que dispendem de muita energia para manter e controlar o organismo durante o esforço, requerendo muita energia para manter a homeostase corporal. Em uma atividade física intensa, o fornecimento de energia é muito superior a moderada e leve atividade, portanto, o metabolismo tende a ficar mais ativo e queimar mais calorias para o conseguir manter o equilíbrio. O desequilíbrio alimentar leva a obesidade, que é uma doença crônica multifatorial consequente da correlação entre acumular e depletar energia, ou seja, o organismo necessita constantemente em obter e gastar energia, pela lógica deste processo contínuo, o ganho calórico e a não perda deste ganho gera o acúmulo no tecido adiposo tornando o indivíduo obeso, ou seja, a ingestão de alimentos é maior do que a capacidade de o organismo realizar o metabolismo da queima do excedente ingerido. Assim, o metabolismo perde a homeostase energética culminando em um processo inflamatório do tecido adiposo. (HALL; GUYTON, 2011, apud SANTOS, 2015, p. 5). 14 Pelo contrário, ao privar o organismo de alimentos seguindo dietas restritivas de forma repetida, o cérebro ordena a redução da atividade metabólica para que queime menos calorias e para que a glicose dos alimentos seja armazenada sob a forma de gordura, como uma estratégia de prevenção de futuras carências. Se a atividade física intensa for realizada sob essas condições, diversas funções corporais podem ser afetadas, levando a sincopes, alteração da pressão arterial e da glicemia, tendo o indivíduo que realizar e correção dessa condição alimentar, afim de normalizar os níveis pressóricos, glicêmicos, respiratórios e cardíacos, para prosseguimento nas atividades. O ideal ao se fazer restrição alimentar, é sempre ter o auxílio e orientação do profissional de nutrição. Esta é, portanto, a base da relação entre dieta e metabolismo e a razão pela qual, a longo prazo, as dietas pobres em calorias não são eficazes e produzem o conhecido efeito rebote, onde além de se recuperar o peso perdido há ainda o ganho de quilos a mais, devido a essa descida no ritmo do metabolismo. Outro fator importante que influencia o funcionamento do metabolismo é a massa muscular. Pessoas que têm mais massa muscular apresentam mais facilidade em queimar calorias porque a massa muscular é um tecido metabolicamente mais ativo do que a massa gorda. Para manter um metabolismo equilibrado, o organismo deve obter continuamente os chamados nutrientes, substâncias fornecidas pelos alimentos, os quais precisam ser consumidos em quantidades e variedades adequadas. Uma vez digeridos os alimentos, os seus nutrientes são absorvidos e distribuídos para todos os tecidos. Alguns nutrientes são usados para a construção e a reparação da matéria viva; outros são desdobrados para a liberação da energia indispensável às atividades vitais. 5.2 Dieta e Metabolismo Quando diminui a ingestão energética, após algum tempo, o organismo adapta- se a essa restrição, requerendo menos energia para as suas funções vitais e diminuindo o metabolismo, como já referido.15 De fato, a perda de peso e a restrição energética desencadeiam uma série de adaptações homeostáticas, que culminam na diminuição da taxa metabólica basal e no aumento da ingestão alimentar. Esta adaptação metabólica assenta em três pilares fundamentais: -Adaptação hormonal; -Alterações no gasto energético; -Aumento da eficiência mitocondrial. Começando pela adaptação hormonal, existem algumas hormonas que desempenham um papel importante na regulação da composição corporal, da ingestão alimentar e do gasto energético. As hormonas tireóideas, a leptina, a insulina, a grelina, a testosterona e o cortisol, são as mais comumente avaliadas e citadas pelos profissionais envolvidos na orientação e processo de perda de peso. A adaptação hormonal à restrição alimentar envolve a diminuição dos hormônios tireoidianos, sobretudo o T3, da leptina, da insulina e da testosterona, e o concomitante aumento da grelina e do cortisol. De uma forma integrada, estas alterações promovem o aumento do apetite, diminuem a taxa metabólica basal e dificultam a manutenção da massa magra. Adicionalmente, e de acordo com alguns estudos, estas alterações hormonais persistem ao longo do tempo, mesmo depois da restrição energética ter terminado. Para além da resposta endócrina, um outro elo de ligação entre dieta e metabolismo é a diminuição da massa magra. A perda de peso resulta, invariavelmente, numa perda de massa muscular, um tecido metabolicamente muito ativo. Deste modo, e mesmo a que a massa gorda também diminua, ocorre uma diminuição da taxa metabólica basal. 16 5.3 Sucesso na perda de peso Fonte: rumosaudeseguros.com.br Para que o emagrecimento seja duradouro, a restrição calórica deve ser bem calculada e nunca inferior ao valor do seu metabolismo basal. Isto porque, além do que já foi referido, dietas de muito baixo valor energético, comprometem o aporte de vitaminas e minerais importantes para o bom funcionamento do metabolismo, conduzindo a uma estagnação do peso. Portanto, quanto mais lenta e equilibrada for a perda de peso, mais garantido será o sucesso da manutenção dessa mesma perda de peso. Outro aspeto crucial é não saltar refeições. Se o fizer, o organismo, irá entender que há privação de alimentos e a relação entre dieta e metabolismo será comprometida negativamente, e consequentemente, para compensar a falta de energia, o organismo irá armazenar gordura para assegurar reservas para o futuro em vez de queimá-las. Posto isto, e apesar do metabolismo ser influenciado pela genética, sabe-se que uma dieta equilibrada, com as proporções adequadas de alimentos e bem distribuída ao longo do dia, aliada à prática de atividade física, é um fator preponderante para acelerar o metabolismo, uma vez que as calorias não são todas iguais e os diferentes macronutrientes tem impactos metabólicos distintos. A exemplo disso, a proteína requer um gasto energético superior para a sua digestão e absorção e não se acumula no organismo sob a forma de gordura, é importante definir bem a contribuição de cada um deles para o valor energético total. 17 Assim sendo, para ultrapassar a adaptação metabólica, invista em alimentos e hábitos alimentares que aceleram o metabolismo, pratique exercício físico regularmente e faça uma cheat meal de vez em quando, que nada mais é, do que saciar a vontade de comer algo do qual se goste muito e que seja considerado calórico para a dieta em questão; usando uma refeição esporádica para tal alimentação, lembrando sempre que, essa refeição não deve se tornar um hábito frequente podendo pôr a perder todo o equilíbrio nutricional adquirido através da dieta. 6 COMPONENTES DO GASTO ENERGÉTICO 6.1 Atividade física Fonte: www.dicasdetreino.com.br Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos, que requer gasto de energia. A prática de atividades durante meia hora por dia já faz com que a pessoa deixe de ser sedentária. A atividade física inclui o exercício, bem como outras atividades que envolvem o movimento corporal e são feitas como parte de jogar, trabalhar, transporte ativo, tarefas domésticas e atividades recreativas. O processo de contração muscular é regulado de forma que a produção de energia é proporcional a demanda metabólica imposta pela atividade muscular. Porém, o sinal que regula a preferência do musculo esquelético por glicose ou ácidos graxos e complexo e pode ser determinado por diferentes 18 fatores, incluindo dieta, nível de treinamento, intensidade e duração do exercício. (ARKINSTALL; MJ, 2004, apud SILVEIRA, 2011, p.304). A aptidão física traz benefícios inegáveis para a saúde de todas as pessoas. Trata-se de uma prática que está relacionada com melhorias neuromusculares, metabólicas e psicológicas. Quem pratica exercícios moderados regularmente, corre menos risco de ter problemas crônicos de saúde como doenças cardíacas, obesidade, hipertensão, diabetes tipo II, certos tipos de câncer e outros distúrbios metabólicos. Em resumo, o exercício físico ativa os receptores B2-adrenergéticos modulando a atividade simpática aumentando a atuação da enzima lipase, fazendo a quebra (lipólise) da gordura obtendo maior gasto calórico. (NEGRÃO; BARRETTO, 2010, apud SANTOS, 2015, p.11). A atividade física ajuda a ganhar músculos e a perder gordura, estimula a melhora na alimentação, melhora o humor, reduz o estresse e a ansiedade, aumenta o nível de energia, melhora a imunidade, torna as articulações mais flexíveis e melhora a qualidade de vida. Principais benefícios da Atividade Física: Melhoria da aptidão cardíaca e pulmonar; Melhoria da força muscular; Prevenção de doença coronariana; Regressão da aterosclerose; Tratamento das doenças cardíacas; Prevenção de acidentes vasculares encefálicos (avc); Prevenção do Câncer de variados tipos e localizações, dentre outras Melhora no sono e no rendimento diário. A atividade física não deve ser confundida com exercício. Exercício é uma subcategoria da atividade física que é planejada, estruturada, repetitiva e proposital com o objetivo da melhoria ou manutenção de um ou mais componentes da aptidão física, mais comumente usada para hipertrofia muscular e definição corporal. Quais são as opções de Atividade Física? 19 Não há motivo para ficar parado, mesmo para quem não gosta de academias, existem inúmeras atividades para movimentar seu corpo de acordo com seu estilo de vida como: Alongamento, bicicleta, caminhada, capoeira, circuitos, corrida, crossfit, dança de salão, escalada, ginástica olímpica, handball, vôlei, hidroginástica, natação, pilates, pole dance, slackline, stand up paddle, surf, tae-kwon-do, tênis, yoga, zumba, dentre outros. Durante a prática de atividades pode ocorrer redução na taxa de glicose do corpo, por isso o ideal é carregar sempre algum tipo de carboidrato rápido como prevenção, principalmente, em casos de diabetes. Níveis regulares e adequados de atividade física em adultos podem reduzir o risco de hipertensão, doença coronariana, acidente vascular cerebral, diabetes, câncer de mama e de cólon, depressão e do risco de quedas, além de melhorar a saúde óssea e funcional. Crianças e adolescentes devem realizar atividades aeróbicas durante cerca de 60 minutos por dia, três vezes por semana e de grande intensidade, não havendo restrição da mesma, porem evitando uso de peso e sempre assistidos. Crianças e adolescentes não possuem a mesma capacidade física que os adultos. Porém, os estágios metabólicos da obesidade, causas e os riscos decorrentes são os mesmos (NEGRÃO; BARRETO, 2010, apud SANTOS, 2015, p. 7). Atividade Física durante a Gravidez e no Pós-parto Existem ginásticas para mulheres durante a gestação e no pós-parto. Trata-sede uma prática que desenvolve a musculatura e força, o que propicia melhora no trabalho de parto, na recuperação pós-parto e na realização do cuidado ao recém- nascido, além de melhorar a autoestima da mulher. Atividade Física na Terceira idade Essa modalidade de atividade física é de suma importância na prevenção e controle de doenças e na promoção da saúde na terceira idade. Recomenda-se como escolha as caminhadas e corridas, pilates, danças de salão, treinamentos funcionais, musculação com foco em resistência e atividades na água, como natação e hidroginástica. A pratica de atividades na terceira idade faz com que a pessoa mantenha sua mobilidade articular para a realização de tarefas do dia a dia, alivie dores e controle a coordenação motora. 20 Principais mudanças no Organismo: Melhoria do humor (por liberar a serotonina) Redução do estresse; Prevenção e alívio da depressão; Redução da ansiedade; Aumento da autoestima; Adoção de hábitos saudáveis; com consequente melhoria da qualidade do sono; Prevenção do[a obesidade e manutenção do peso. Redução dos índices de procedimentos cirúrgicos como a Cirurgia Bariatrica. 6.2 Inatividade Física A inatividade física é identificada como um fator de risco para a quarta maior mortalidade global, que representa aproximadamente 6% das mortes em todo o mundo. Além disso, inatividade física é estimada como a causa principal de aproximadamente 21-25% dos canceres do colo e da mama, 27% de diabetes e aproximadamente 30% das doenças cardíacas. O sedentarismo é também comumente citado como precursor de doenças como depressão, síndrome do pânico, transtornos obsessivos compulsivos, dentre outros, sendo indicado como parte da terapia de recuperação, a atividade física, principalmente ao ar livre. Classificação da atividade física Intensa: Ao ar livre, com intenso gasto de energia e exposição a agentes externos; como lixeiros, pedreiros, garis. Moderada: Em ambientes fechados com o indivíduo em pé, exigindo esforço moderado, como vendedores, professores. Leve: Em ambientes fechados, com o indivíduo sentado ou com pouca movimentação. Exemplo: escriturário, motorista. 21 6.3 Termogênese Fonte: planetadocorpo.com O mesmo processo que mantém a temperatura do nosso corpo sempre em torno do 36ºC pode nos ajudar a emagrecer, se for usado corretamente. Trata-se do fenômeno da termogênese, ou seja, nossa capacidade de equilibrar a temperatura interna do corpo com a do meio ambiente. Esse processo é parte do mecanismo da termorregulação, que permite a certos seres vivos gastarem energia para produzir e dispersar calor de acordo com as mudanças no meio externo ou com as necessidades internas. A termogênese está estritamente associada ao metabolismo. Todas as células e tecidos do nosso corpo acabam gerando calor no processo de utilizar a energia disponível para seu funcionamento normal. Se o dia estiver quente, por exemplo, a pessoa transpira e perde calor para manter sua temperatura em 36ºC. Se estiver frio, por outro lado, a transpiração diminui, como uma forma de economia. Nesse caso, a pessoa pode sentir tremores, o que indica que está queimando energia para elevar a temperatura de volta ao normal. Tudo isso é o efeito da termogênese associada ao metabolismo. Existem dois tipos de termogênese, o primeiro é obrigatório, ou seja, o gasto do nosso metabolismo em repouso, responsável pelos processos fisiológicos como digestão, respiração, etc. O segundo é a termogênese facultativa, que acontece com atividades diárias e também com alimentação e adaptação a mudanças de temperatura ambiente. Delas, 22 a atividade física é a que queima mais energia, ficando próximo de 40% do total de energia gasta num período de vinte e quatro horas. Alimentos termogênicos A termogênese alimentar é a energia consumida para processar e digerir os alimentos. Em uma dieta com ingredientes hipercalóricos, nota-se a transpiração após a refeição, porque o organismo procura eliminar, sob a forma de calor, a energia que está sendo armazenada sob a forma de gordura. Mas existem alguns alimentos, chamados termogênicos, que tornam o processo da digestão mais lento, como as fibras, ou que aumentam a queima de calorias, como o café. A quantidade de calorias ingeridas é monitorada pela corrente sanguínea por uma região do cérebro chamada hipotálamo. Se as calorias forem excessivas, o hipotálamo emite sinais químicos para que o excesso seja queimado. Isso acontece porque o tecido adiposo produz leptina. Quando a produção é pequena, o hipotálamo é orientado a aumentar a sensação de fome e reduzir o gasto de calorias. Quando há muita leptina circulante no sangue, o hipotálamo produz sensação de saciedade e aumenta o gasto energético. O principal tecido onde ocorre esse tipo de termogênese é o músculo esquelético, que constitui 40% de todo o tecido muscular do corpo. O hipotálamo é um importante ativador para as necessidades neurais, constituindo o sítio de ação de hormônios ligados ao balanço energético (insulina e leptina), além de regular a demanda destes hormônios de acordo com a quantidade calórica ingerida. (SERRANO; TIMERMAN; STEFANINI, 2009; NEGRÃO; BARRETTO, 2010, apud SANTOS, 2015, p. 10). Dentre os alimentos termogênicos muito indicados e popularmente conhecidos, destacam-se a canela, o gengibre, a cúrcuma, a pimenta, o chá de hibisco, o café, vinagre de maçã, chá verde e água gelada, sendo comumente indicados em dietas que necessitam de aumento do gasto calórico. 7 VIAS METABÓLICAS Após entender do que se trata o metabolismo fica muito mais simples compreender o que são as vias metabólicas. Para facilitar ainda mais a compreensão, façamos uma pequena analogia. Imagine que o organismo se trata de um centro urbano. Quando se está em uma localização determinada e se quer chegar à outra, 23 existem caminhos distintos que podem ser tomados. As vias metabólicas seriam, exatamente, essas ruas que podem te levar ao seu destino final. Um detalhe que é importante deixar bastante claro é que esses caminhos ou ruas se tratam, na analogia, de reações bioquímicas que realizam modificações nas biomoléculas ou partículas. Existem milhares de reações bioquímicas conhecidas que compõem uma enorme diversidade de vias metabólicas. Assim, as principais rotas do organismo humano são: Glicólise – A glicólise é degradação anaeróbica da glicose com o intuito de gerar energia. O principal local de consumo de glicose diário é o cérebro, através da via aeróbica. A maior parte da energia restante é utilizada por eritrócitos, músculos esquelético e cardíaco. O corpo obtém glicose através da dieta ou da via da gliconeogênese. A glicose obtida a partir destas duas fontes primárias permanece solúvel nos fluidos do corpo ou é estocado na forma polimérica denominada glicogênio. O glicogênio é considerado a principal forma de depósito de glicose e é encontrado, principalmente, no fígado e músculo e, secundariamente, nos rins e intestinos. (CAMPBELL, M. 2006, apud, GUERRA, 2011, p. 105). Fosforilação oxidativa – Essa rota se trata da degradação aeróbica da glicose para, também, gerar energia. Vias de pentoses – Tem como função a síntese de pentoses, a partir da glicose-6-fosfato, que será utilizada na produção de nucleotídeos e também de um substrato que atua no combate aos efeitos deletérios das espécies mais reativas de oxigênio. Ciclo da ureia – Essa rota se ocupa com a eliminação de compostos nitrogenados tóxicos (tais como o amônio e a amônia) sob formas menos tóxicas. Síntese de aminoácidos – É a responsável pela síntese dos aminoácidos que o organismo consegue produzir, ou seja, os aminoácidos não essenciais. β-oxidação – Essa se trata do caminho responsável pela transformação de ácidos graxos gordos em acetilcoenzimaA (Acetil CoA). Assim, é importante mencionar a importância dessa via, também, para a geração de energia. Isso acontece pelo fato de seu produto, a Acetil-CoA, ser utilizada no ciclo de Krebs. 24 Ciclo de Krebs - ou Ciclo do Ácido Cítrico é uma das etapas metabólicas da respiração celular aeróbica que ocorre na matriz mitocondrial de células animais. O complexo ciclo de Krebs possui várias funções que contribuem para o metabolismo das células. A função do ciclo de Krebs é promover a degradação de produtos finais do metabolismo dos carboidratos, lipídios e de diversos aminoácidos. Essas substâncias são convertidas em acetil-CoA, com a liberação de CO2 e H2O e síntese de ATP. Assim, realiza a produção de energia para a célula. Além disso, entre as diversas etapas do ciclo de Krebs são produzidos intermediários usados como precursores na biossíntese de aminoácidos e outras biomoléculas. Enfim, existem diversos caminhos metabólicos importantes que podem ser utilizados com as mais diversas finalidades. Essas vias, anabólicas ou catabólicas, se tratam das diversas reações bioquímicas que as moléculas sofrem, sendo processadas, para que, então, possam realizar sua função no organismo. 8 METABOLISMO DOS MACRONUTRIENTES 8.1 Carboidratos Fonte: brasilescola.uol.com.br 25 Os carboidratos são moléculas orgânicas formadas por carbono, hidrogênio e oxigênio. Glicídios, hidratos de carbono e açúcares são outros nomes que eles podem receber. São as principais fontes de energia dos sistemas vivos, uma vez que este é liberado durante o processo de oxidação e participam na formação de estruturas de células e de ácidos nucleicos. Classificação Carboidratos simples: -Monossacarídeos; São os carboidratos de constituição mais simples, possuem como fórmula geral (CH2O)n, sendo “n” o número de átomos de carbono. São, geralmente, de sabor adocicado e podem ser trioses, tetroses, pentoses, hexoses ou heptoses, quando constituídos de três, quatro, cinco, seis ou sete átomos de carbono, respectivamente. A glicose, monossacarídeo extremamente importante para a nossa vida como fonte de energia, é uma hexose de fórmula C6H12O6. A frutose e a galactose são, também, hexoses. -Dissacarídeos: são moléculas solúveis em água resultantes da união de dois monossacarídeos por uma ligação glicosídica. Quando ocorre esse evento, há a liberação de uma molécula de água (desidratação). Sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + galactose) e maltose (glicose + glicose) são três exemplos de dissacarídeos bastante conhecidos. Carboidratos complexos: -Polissacarídeos: são os carboidratos cuja formação é a união de diversos monossacarídeos, sendo a celulose, amido e glicogênio os mais conhecidos e os de maior importância biológica. São formados por cadeias longas e podem apresentar moléculas de nitrogênio ou enxofre. Não são solúveis em água. 26 8.2 Lipídios Fonte: www.todamateria.com.br Os triacilgliceróis são os lipídios mais abundantes da dieta e constituem a forma de armazenamento de todo o excesso de nutrientes, quer este excesso seja ingerido sob a forma de carboidratos, proteínas ou dos próprios lipídios. Representam, portanto, a principal reserva energética do organismo, perfazendo, em média, 20% do peso corpóreo, o que equivale a uma massa 100 vezes maior do que a do glicogênio hepático. Para avaliar o estado nutricional de um indivíduo e determinar se ele apresenta obesidade, usa-se a tabela que mede o índice de massa corporal (IMC), onde se divide o peso (kg) pela altura ao quadrado (alt²). Os valores para tanto, são acima de 20% do peso corporal em homens e 30% em mulheres. (NEGRÃO; BARRETTO, 2010, apud SANTOS, 2015, p.6). Os triacilgliceróis são armazenados nas células adiposas, sob forma anidra, e podem ocupar a maior parte do volume celular. A mobilização do depósito de triacilgliceróis é obtida por ação de lipases, presentes nos adipócitos, que hidrolisam os triacilgliceróis a ácidos graxos e glicerol, oxidados por vias diferentes. O glicerol não pode ser reaproveitado pelos adipócitos, que não têm glicerol quinase, sendo então liberado no sangue. No fígado, por ação do glicerol quinase, é convertido a glicerol 3-fosfato e transformado em diidroxiacetona fosfato, um intermediário da glicólise ou da gliconeogênese/ glicogênese. 27 Os ácidos graxos liberados pelos adipócitos são transportados pelo sangue ligados à albumina e utilizados, principalmente pelo fígado e músculos, como fonte de energia. Sua degradação, é feita por uma via especial, que se processa no interior das mitocôndrias. Ao contrário das reservas de carboidratos, as reservas de lipídios em humanos são ilimitadas proporcionando maior eficiência na produção final de energia em comparação aos carboidratos. A densidade energética dos lipídios e aproximadamente 10 vezes maior a que dos carboidratos, enquanto o peso relativo como estoque de energia e menor. Isso significa que, para estocarmos uma quantidade equivalente de energia fornecida pela gordura como glicogênio, o estoque de energia teria de ser cerca de 10 vezes mais pesado, o que seria crítico para a performance durante a contração muscular. (HAWLEY; JÁ,1994, apud SILVEIRA, 2011, p.307). Funções dos Lipídios -Reserva de energia: utilizada pelo organismo em momentos de necessidade, e está presente em animais e vegetais; -Isolante térmico: nos animais as células gordurosas formam uma camada que atua na manutenção da temperatura corporal, sendo fundamental para animais que vivem em climas frios; -Ácidos graxos: estão presentes nos óleos vegetais extraídos de sementes, como as de soja, de girassol, de canola e de milho, que são usados na síntese de moléculas orgânicas e das membranas celulares. -Absorção de vitaminas: auxiliam na absorção das vitaminas A, D, E e K que são lipossolúveis e se dissolvem nos óleos. Como essas moléculas não são produzidas no corpo humano é importante o consumo desses óleos na alimentação. Tipos de Lipídios -Carotenoides- São pigmentos alaranjados presentes nas células de todas as plantas que participam na fotossíntese junto com a clorofila, porém desempenha papel acessório. Um exemplo de fonte de caroteno é a cenoura, que ao ser ingerida, é usada como precursora da vitamina A, fundamental para a boa visão. Os carotenoides também trazem benefícios para o sistema imunológico e atuam como anti-inflamatório. -Ceras- Estão presentes nas superfícies das folhas de plantas, no corpo de alguns insetos, nas ceras de abelhas e até mesmo aquela que há dentro do ouvido 28 humano. Esse tipo de lipídeo é altamente insolúvel e evita a perda de água por transpiração. São constituídas por uma molécula de álcool (diferente do glicerol) e 1 ou mais ácidos graxos. -Fosfolipídios- São os principais componentes das membranas das células, é um glicerídeo (um glicerol unido a ácidos graxos) combinado com um fosfato. -Glicerídeos- Podem ter de 1 a 3 ácidos graxos unidos a uma molécula de glicerol, um álcool, com 3 carbonos unidos a hidroxilas-OH. O exemplo mais conhecido é o triglicerídeo, que é composto por três moléculas de ácidos graxos. -Esteroides- São compostos por 4 anéis de carbonos interligados, unidos a hidroxilas, oxigênio e cadeias carbônicas. Como exemplos de esteroides, podemos citar os hormônios sexuais masculinos (testosterona), os hormônios sexuais femininos (progesterona e estrogênio), outros hormônios presentes no corpo e o colesterol. As moléculas de colesterol associam-se às proteínas sanguíneas (apoproteínas), formando as lipoproteínas HDL ou LDL, que são responsáveis pelo transporte dos esteroides. As lipoproteínas LDL carregam o colesterol, que se for consumido em excesso se acumula no sangue. Já as lipoproteínas HDL retiram o excesso de colesterol do sangue e levam até o fígado, onde serámetabolizado. Por fazer esse papel de "limpeza" as HDL são chamadas de colesterol bom. Alimentos ricos em lipídios Os alimentos de origem animal, considerados as maiores fontes de lipídios são: Carnes vermelhas, peixes, ovos, leite e manteiga. Os de origem vegetal mais conhecidos, importantes fontes de lipídios são: Coco, abacate, oleaginosas como castanhas, nozes, amêndoas e gergelim e o azeite de oliva. 29 8.3 Proteínas Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br As proteínas, são compostos orgânicos bastante abundantes, constituídas por aminoácidos que formam cadeias entre si por intermédio de ligações peptídicas. Esses aminoácidos são formados por um carbono, um ácido carboxílico, uma amina e um radical, o qual varia de aminoácido para aminoácido. Geralmente, para ser considerada uma proteína, a cadeia deve apresentar mais de setenta aminoácidos. Quando a cadeia é menor, o termo adequado é peptídeo. Existe uma infinidade de proteínas nos seres vivos, e elas variam de espécie para espécie. Organismos de um mesmo gênero apresentam mais proteínas semelhantes, o que não acontece com seres muito distintos. As proteínas se diferenciam principalmente pelo número de aminoácidos e pela sequência em que eles se dispõem nas cadeias polipeptídicas. As proteínas apresentam uma extensa lista de funções no organismo e são encontradas em todas as estruturas da célula, substâncias intersticiais, anticorpos, entre outros. Entre as funções que podem ser atribuídas às proteínas, destacam-se seu papel no transporte de oxigênio (hemoglobina), na proteção do corpo contra organismos patogênicos (anticorpos), como catalizadora de reações químicas (enzimas), receptora de membrana, atuação na contração muscular (actina e miosina), além de serem fundamentais para o crescimento e formação dos hormônios. Diante de tamanha importância, é fundamental que as proteínas sejam obtidas por meio de uma boa alimentação. Entre os alimentos que se destacam pela grande 30 quantidade desse nutriente, podemos citar as carnes, leite, ovos, cereais integrais, feijão, legumes e vegetais folhosos. Classificação As proteínas podem ser classificadas em dois grandes grupos: -Globulares: Formam estruturas com formato esferoide. Nesse grupo, são encontradas importantes proteínas, tais como as enzimas e anticorpos. - Fibrosas: Proteínas que se organizam em forma de fibras ou lâminas, e as cadeias de aminoácidos ficam dispostas paralelamente. Diferentemente das globulares, estas são pouco solúveis em água. Além dessa classificação, podemos considerar as proteínas como simples, conjugadas e derivadas. -Proteínas simples: Apresentam apenas aminoácidos. -Proteínas conjugadas: Apresentam além de aminoácidos, um radical de origem não peptídica, que é denominado de grupo prostético. -Proteínas derivadas: Estas por sua vez, não são encontradas na natureza e são conseguidas graças a processos de degradação de proteínas simples ou conjugadas. Utilizando-se como base seus níveis de organização, as proteínas também podem ser classificadas em primárias, secundárias, terciárias e quaternárias. -Proteínas primárias: São as proteínas onde observa-se que a cadeia polipeptídica é linear e não apresenta, portanto, ramificações. -Proteínas secundárias: São as proteínas onde observa-se que a mesma não está esticada, e sim torcida e dobrada, o que muitas vezes lembra a estrutura do DNA. -Proteínas terciárias: Observa-se uma organização tridimensional globosa exclusiva das proteínas globulares. -Proteínas quaternárias, que formam grandes enovelados. Uma proteína só pode ser classificada como quaternária se apresentar duas ou mais cadeias polipeptídicas. Uma característica importante das proteínas é sua capacidade de desnaturação. Ao serem submetidas, por exemplo, ao calor excessivo, agitação, radiação e pH extremo, observarmos que as estruturas secundárias e terciárias desses compostos orgânicos se alteram de maneira irreversível, o que causa a perda de suas propriedades. É por isso que, ao cozinhar alguns alimentos, perdemos muito do seu poder nutricional. 31 9 METABOLISMO X IDADE Fonte: saude.ig.com.br Os declínios das habilidades físicas começam, principalmente nas mulheres, a partir dos 30 anos, onde o metabolismo basal tende a ficar mais lento. O corpo passa a funcionar em outro ritmo, que vai diminuindo gradativamente até os 60-70 anos, quando tende a se estabilizar, condição que facilita a perda muscular e óssea e o ganho de gordura. A diminuição de massa magra propicia o maior acúmulo de tecido adiposo, que, por sua vez, pode ocorrer sem mesmo ter havido uma mudança significativa no padrão alimentar. Esse declínio no metabolismo decorrente na mudança da composição corporal é progressivo e potencializado pela diminuição dos hormônios sexuais e das transições que acontecem com o envelhecimento. A redução do ritmo do metabolismo fica evidente e ganha potência com a chegada da menopausa, quando as alterações hormonais podem fazer com que a gordura se acumule mais facilmente na região da barriga e quadril. A genética, nesse caso, tem um papel fundamental. Se houver tendência familiar, acumular gordura nessa região, é provável que essa característica seja herdada. Quanto à distribuição e localização, o excesso de gordura pode ser depositado na região abdominal, também denominada como gordura visceral com incidência maior entre os homens, global (generalizada), ou na região do quadril, comum entre as mulheres. Dependendo do grau e distribuição da gordura no organismo, há uma predisposição muito íntima com o surgimento 32 de morbidades (patologias) associadas à obesidade. (NEGRÃO; BARETTO, 2010, apud SANTOS, 2015, p.6) Vitalidade em baixa Com a idade, a responsabilidade e as atribuições, como casa, família, e trabalho, passam a ser maiores e o tempo dedicado ao exercício diminui; a vitalidade também perde terreno e quem ganha espaço é o sedentarismo. Destaca-se ainda a chegada dos filhos, menos tempo para dormir, para se exercitar e consequentemente o ganho ponderal. Driblar o ganho de peso, no entanto, é possível. Entre os especialistas, o exercício físico é uma unanimidade. Além de melhorar a condição cardiorrespiratória e contribuir para uma vida mais saudável, a atividade física pode evitar a redução do metabolismo com a idade. Logo o declínio no metabolismo basal não é observado, tão evidente em pessoas que se exercitam regularmente. Os exercícios mais recomendados são a musculação, que evita a perda de massa muscular decorrente do envelhecimento, aliado à caminhada. Os músculos ajudam a manter o metabolismo funcionando por um tempo prolongado, além de serem importantes em áreas como equilíbrio, flexibilidade e estabilidade. A caminhada, por sua vez, aumenta o gasto calórico. Estudos revelam que em apenas 30 minutos de caminhada por dia, o indivíduo pode evitar o aumento de peso em aproximadamente 450 gramas por mês. 10 PRINCIPAIS DISTÚRBIOS METABÓLICOS Fonte: www.equilibrium.med.br 33 O organismo tem formas adequadas de combater os radicais livres através de substâncias denominadas antioxidantes produzidas pelas próprias células, mas que algumas vezes são insuficientes. Sabe-se que vitaminas do tipo C e E são auxiliares no processo de combate aos radicais livres. Uma vida saudável, com atividade física regular, dieta bem equilibrada, e pouco estresse são os melhores trunfos contra a excessiva produção de radicais livres. Algumas situações são muito importantes para a manutenção do metabolismo durante a terceira idade principalmente, destacando-se o equilíbrio acidobásico do organismo, a quantidade de água do organismo e a temperatura ambiente. As principais alterações metabólicas importantes são a acidose, alcalose, a desidratação, as alterações de temperatura, as disfunçõesda tireoide e os distúrbios do metabolismo do açúcar, caracterizado pela diabetes. A acidose é uma situação que tem grande importância na. É um desequilíbrio metabólico caracterizado pela diminuição do pH do sangue podendo ser decorrente de problemas metabólicos ou respiratórios. O descontrole do diabetes é a principal causa de acidose metabólica, que se manifesta através de sonolência, distúrbios circulatórios e pode evoluir até para o estado de coma. Diarreias graves e a insuficiência dos rins são outras causas de acidose metabólica. A alcalose é um desequilíbrio metabólico que se caracteriza pelo aumento do pH do sangue (diminuição de ácidos). Pode surgir também em decorrência de distúrbios metabólicos ou de distúrbios respiratórios. O excesso de vômitos, o uso inadequado de diuréticos ou de cortisona são as principais causas metabólicas de alcalose. Alguns distúrbios neurológicos graves levam ao aumento do ritmo respiratório (hiperventilação) o que gera também um aumento do pH sanguíneo caracterizando a alcalose respiratória. Manifesta-se por agitação, ansiedade e fraqueza. A desidratação é a perda excessiva de água e de sais, destacando-se o sódio. É uma situação que pode levar ao estado de choque necessitando de cuidados intensivos. Na terceira idade a desidratação ocorre com muita facilidade e rapidez caracterizando situações de grande importância médica. 34 Vômitos e diarreia caracterizam a principal causa de desidratação. O diabetes não controlado e o uso abusivo de diuréticos também podem levar a desidratação. A doença renal crônica também pode contribuir para a desidratação. A sua manifestação é a sonolência, diminuição na eliminação de urina (oligúria) e secura das mucosas. Como escolha de tratamento, a reposição líquida rápida é indicada e em algumas situações deve ser feita via venosa. Esta reposição é constituída basicamente de água e sal. A correção do distúrbio desencadeante é fundamental. A temperatura ambiente tem grande importância nessas alterações metabólicas, quando o organismo diminui sua capacidade de se adaptar a longos períodos de exposição ao frio ou ao calor. A temperatura média do corpo é de 36*C, com variação diária de + ou - 0,6*C. A exposição prolongada ao frio pode levar uma situação denominada hipotermia, quando ocorre queda da temperatura a níveis de 35*C ou acamadas ou pessoas com muito pouca movimentação e ingestão precária de alimentos. A pessoa em geral não sente o frio e não se queixa, e também não há tremores. Essa situação pode evoluir para graves consequências. O excesso de calor em idades mais avançadas pode favorecer o acidente vascular cerebral e também pode levar a um estado de fraqueza, com sonolência e sudorese abundante. As disfunções da tireoide também podem levar ao descontrole metabólico. As doenças da tireoide são mais frequentes nas mulheres, e caracterizam o hipotireoidismo e o hipertireoidismo. 10.1 Diabetes O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos. Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros. 35 O acúmulo de gordura provoca o desequilíbrio dos níveis de glicose na corrente sanguínea (hiperinsulinemia), gerando uma reação metabólica ao nível endócrino no que tange a produção do hormônio insulina pelo pâncreas, que injeta maiores doses de insulina no sangue na tentativa de conter o excesso de glicose. Isso não ocorre, pois em indivíduos obesos onde a quebra e a transformação em glicogênio e utilização energética se encontra ineficiente, com isso a insulina aumentada passa a compor a estrutura do organismo atuando de forma prejudicial, com o surgimento do diabetes mellitus. (GUTTIERRES; MARINS, apud SANTOS, 2015, p.8). Diabetes tipo 1 O termo Diabetes tipo 1 indica destruição das células beta pancreáticas que eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, tornando a administração de insulina necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte. A destruição das células beta é geralmente causada por processo autoimune, que pode ser detectado por auto anticorpos circulantes como anti-descarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD), anti-ilhotas e anti-insulina, e, algumas vezes, está associado a outras doenças autoimunes como a tireoidite de Hashimoto, a doença de Addison e a Miastenia Gravis. Em menor proporção, a causa da destruição das células beta é desconhecida (tipo 1 idiopático). O desenvolvimento do diabetes tipo 1 pode ocorrer de forma rapidamente progressiva, principalmente, em crianças e adolescentes (pico de incidência entre 10 e 14 anos), ou de forma lentamente progressiva, geralmente em adultos, (LADA, doença autoimune latente em adultos). Esse último tipo de diabetes, embora assemelhando-se clinicamente ao diabetes tipo 1 autoimune, muitas vezes é erroneamente classificado como tipo 2 pelo seu aparecimento tardio. Estima- se que 5-10% dos pacientes inicialmente considerados como tendo diabetes tipo 2 podem, de fato, ter LADA. Diabetes tipo 2 O termo Diabetes tipo 2 é usado para designar uma deficiência relativa de insulina. A administração de insulina nesses casos, quando efetuada, não visa evitar cetoacidose, mas alcançar controle do quadro hiperglicêmico. A cetoacidose é rara e, quando presente, é acompanhada de infecção ou estresse muito grave. A maioria dos casos apresenta excesso de peso ou deposição central de gordura. Em geral, mostram evidências de resistência à ação da insulina e o defeito na secreção de insulina manifesta-se pela incapacidade de compensar essa 36 resistência. Em alguns indivíduos, no entanto, a ação da insulina é normal, e o defeito secretor mais intenso. A Organização Mundial da Saúde (OMS), em um informativo sobre a situação global para mortes relacionadas às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como a obesidade, diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares (DCV), registrou que em 2012, 38 milhões de pessoas morreram em decorrência das DCNT e que destes, 16 milhões das mortes ocorreram antes dos 70 anos. (MENDIS et al., 2014, apud SANTOS, 2015, p.6) Diabetes gestacional É a hiperglicemia diagnosticada na gravidez, de intensidade variada, geralmente se resolvendo no período pós-parto, mas retornando anos depois em grande parte dos casos. Seu diagnóstico é controverso. A OMS recomenda detectá- lo com os mesmos procedimentos diagnósticos empregados fora da gravidez, considerando como diabetes gestacional valores referidos fora da gravidez como indicativos de diabetes ou de tolerância à glicose diminuída. Cerca de 80% dos casos de diabetes tipo 2 podem ser atendidos predominantemente na atenção básica, enquanto que os casos de diabetes tipo 1 requerem maior colaboração com especialistas em função da complexidade de seu acompanhamento. Em ambos os casos, a coordenação do cuidado dentro e fora do sistema de saúde é responsabilidade da equipe de atenção básica. A diabetes gestacional deve ser monitorada severamente, podendo esta monitorização ser feita na unidade de saúde, com intervenção rápida de um especialista frente a qualquer descontrole glicêmico. 37 10.2 Hipertireoidismo Fonte: drricardoamim.site.med.br A Tireoide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço abaixo da cartilagem que vulgarmente chamamos de pomo de adão ou gogó. Essa glândula é muito importante para o bom funcionamento de todas as células do nosso corpo, pois produz os hormônios chamados de triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4), queatuam na regulação corporal. Esses hormônios não têm uma ação específica, mas são considerados importantes auxiliares no trabalho de todas as células regulando assim o metabolismo. O hipertireoidismo é uma doença decorrente da alta produção dos hormônios tireoidianos, o que acarretam na aceleração do funcionalismo celular de forma desorganizada, aumentado o metabolismo. O hipotireoidismo central tem múltiplas causas (tumores, traumas, infecções vasculares, infiltrativas, inflamatórias ou congênitas). Além da perda de tecido funcional, o hipotireoidismo central também pode resultar de defeitos funcionais na biossíntese ou liberação do TSH devido tanto a mutações genéticas como a drogas como a dopamina e glicocorticoides. Hipotireoidismo periférico pode ser uma consequência de mutações em genes importantes na resposta dos hormônios tireoidianos em tecidos-alvo (resistência ao hormônio da tiroide), ou até mesmo devido ao consumo de hormônio tireoidiano em grandes hemangiomas em recém-natos, uma forma rara de hipotireoidismo (WIERSINGA W. 2010, apud BRENTA, 2013, p. 268). Subtipos: Hipertireoidismo primário: É quando a disfunção em produzir excessivamente os hormônios tireoidianos está relacionado diretamente com a tireoide. 38 Hipertireoidismo secundário: É quando a disfunção em produzir excessivamente os hormônios tireoidianos tem relação com outra glândula chamada hipófise. Essa glândula comanda a tireoide e também várias outras glândulas do nosso organismo. O excesso do hormônio produzido pela hipófise chamado hormônio estimulador da tireoide (TSH), faz com que a glândula tireoide aumente a produção seus hormônios T3 e T4. Hipertireoidismo franco: É quando os exames laboratoriais acusam valores de T3 e/ou T4 acima da referência, e TSH abaixo dos valores normais de referência. Hipertireoidismo subclínico: É quando o exame de TSH está com valores abaixo do normal, mas com T3 e/ou T4 dentro dos valores de referência. Isso indica que glândula tireoide está trabalhando em excesso, mas não a ponto de produzir diariamente a quantidade aumentada dos seus hormônios. Nesta fase, geralmente, as pessoas têm poucos sintomas, ou não sentem em relação a disfunção tireoidiana. Na grande maioria das vezes a causa principal do hipertireoidismo é consequência de um desequilíbrio do nosso sistema imune, onde os anticorpos que deveriam defender nosso corpo contra organismos invasores, passam inadvertidamente a atacar as células da tireoide. Alguns desses anticorpos, exemplo do TRAB, tem afinidade pelos receptores do TSH ligando-se a eles, e fazendo com que a glândula tireoidiana entenda que é necessário aumentar a produção dos hormônios T3 e T4. A esse acometimento damos o nome de Doença de Graves, consequência de doença autoimune na tireoide. Alguns medicamentos como a amiodarona, que é rica em iodo, e o lítio, podem fazer com que a glândula funcione mais que o normal levando ao quadro de hipertireoidismo. Existem também alguns nódulos tireoidianos que produzem uma quantidade aumentada de hormônios T3 e T4, e por isso são ditos “quentes” ao exame de cintilografia tireoidiana. Outra situação que pode cursar com hipertireoidismo, pelo menos na fase inicial é a tireoidite crônica de Hashimoto, doença mais responsável pelo hipotireoidismo. Isso acontece quando o processo inflamatório inicial é intenso liberando assim na corrente sanguínea todos os hormônios que já foram fabricados e estavam estocados na glândula. 39 Outros processos inflamatórios da glândula como a tireoidite subaguda pode cursar com um período de hipertireoidismo que na maioria das vezes é transitório perdurando próximo de 3 a 6 meses. Por último, existem algumas situações as quais o paciente apresenta hipertireoidismo, mas não são detectadas as causas, sendo chamadas de hipertireoidismo idiopático. Sinais e Sintomas do hipertireoidismo O principal sintoma é o aumento acentuado do metabolismo com as seguintes queixas: perda de peso apesar de estar comendo mais que o habitual, agitação, nervosismo, fraqueza, intestino mais solto, pele oleosa, sudorese excessiva, calor acentuado, palpitações cardíacas da taquicardia, tremores nas mãos. No caso do hipertireoidismo pela Doença de Graves também poderá aparecer bócio e exoftalmia. No entanto, muitas vezes os pacientes podem não ter sintomas algum, ou apresentarem poucos sintomas como no caso dos idosos. O bócio, também conhecido como papo, é um aumento acentuado do volume da tireoide causando abaulamento do pescoço. No hipertireoidismo pode ocorrer bócio na Doença de Graves devido estímulo dos anticorpos que se ligam aos receptores do TSH, estimulando dessa forma o crescimento das células tireoidianas. Fonte: saude.culturamix.com A exoftalmia ou proptose significa abaulamento ou protrusão do globo ocular ou globo ocular. Se esta condição estiver ligada a patologias tireóideas como a 40 Doença de Graves, os sintomas comuns são: inflamação, dor, fotofobia, visão duplicada, e em casos extremos, a perda da visão. O tratamento desse sintoma é medicamentoso, de acordo com a patologia associada, podendo reverter-se ou reverter-se parcialmente. Fonte: www.mundoboaforma.com.br Tratamento Medicamentoso: existem 2 medicamentos que podem ser utilizados para bloquear a glândula tireoidiana na produção excessiva dos seus hormônios – o metimazol (tapazol) e o propiltiuracil. Em alguns casos também é importante usar medicações que diminuam os efeitos do excesso dos hormônios tireoidianos no organismo, tais como os betabloqueadores, como o propranolol, atenolol. Esse tipo de tratamento, chamado conservador geralmente leva dois ou mais anos em controlar até suspender todas medicações, e existe a possibilidade de retorno da doença em 50% das vezes até 5 anos após a suspensão dos medicamentos. Há inconvenientes, pois alguns pacientes não tolerarem os efeitos adversos desses medicamentos. Iodo radioativo: Após ser detectada, que a causa do hipertireoidismo é a doença de Graves, o tratamento com iodo radioativo é o tratamento de escolha para remissão completa do hipertireoidismo. Ele consiste na ingestão de um líquido rico em iodo acoplado a moléculas radioativas que após serem absorvidos pelo organismo, se concentram na região tireoidiana levando a uma queima lenta e gradual de seu tecido, diminuindo dessa forma a produção excessiva de seus hormônios. O maior 41 inconveniente é o possível desenvolvimento do hipotireoidismo após seu tratamento. No entanto, o tratamento do hipotireoidismo é bem mais tranquilo e essa alteração traz menores consequências à saúde comparadas ao hipertireoidismo. Cirúrgico: Por trazer mais riscos que o tratamento com iodo, essa modalidade de tratamento está mais indicada nos pacientes que apresentam contraindicações ao tratamento medicamentoso e/ou ao iodo radioativo, bócio muito volumoso, exoftalmia severa, nódulos tireoidianos adjacentes. Nos demais pacientes que não apresentam qualquer sintoma de hipertireoidismo e que não foram detectadas as causas da alteração hormonal laboratorial, não há necessidade de tratamento. Faz-se somente acompanhamento evolutivo. Se houver durante o acompanhamento sintomas ou piora laboratorial significativa, então se institui o tratamento. 10.3 Hipotireoidismo Fonte: saude.abril.com.bri- O hipotireoidismo é caracterizado queda na produção dos hormônios da tireoide, a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4). É o distúrbio mais comum dessa glândula, e seu desempenho repercute em todo o organismo, interferindo nos batimentos cardíacos, no ritmo do intestino, no humor e no ciclo menstrual das mulheres. A liberação das substâncias tireoide é orquestrada a partir da hipófise. Embora produzido em menor quantidade, o T3 é o composto que atua no ritmo do funcionamento de nossos órgãos. O T4, fabricado em maiorvolume, é bem menos 42 potente. Durante seu trajeto pelo corpo, ele acaba transformado em T3 que é o agente das principais operações do organismo. A tireoide secreta dois importantes hormônios, a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3), ambas com efeito de controlar o crescimento, o metabolismo e o desenvolvimento corporal, desempenhando funções na produção de proteínas estruturais, enzimas e outros hormônios. Contudo, o papel mais importante dos hormônios é a estimulação do metabolismo, pois em geral eles aumentam o metabolismo das proteínas, dos lipídeos e dos carboidratos. Também elevam o consumo de oxigênio e a produção de calor, manifestada por uma elevação na taxa metabólica basal. (GOLDMAN, 2009; apud MEZZOMO, 2016, p. 429). O hipotireoidismo costuma ser associado a um leve ganho de peso (eminentemente por acúmulo de líquidos) e uma dificuldade para se livrar de quilos extras. Mas essas são apenas as consequências mais visíveis da crise. No déficit de T3 e T4, o coração diminui o bombeamento de sangue e pode sofrer com uma insuficiência cardíaca. Há dificuldade pelos rins para filtração sanguínea, o intestino fica mais lento e a pele resseca. Aos olhos, por sua vez, ocorre o risco aumentado de glaucoma. A tireoide lenta, pode afetar também as crianças. A falta dos hormônios prejudica o crescimento e pode levar à deficiência intelectual. Como nas primeiras semanas de vida é difícil perceber qualquer sinal do problema, o teste do pezinho, exame feito em até 48 horas após o parto, é um grande aliado para detectar tal patologia. Aí é possível iniciar o tratamento o quanto antes para afastar o risco de danos neurológicos. A causa mais frequente da baixa produção hormonal em crianças e adolescentes é a síndrome de Hashimoto. Ela pode aparecer em qualquer idade e, em geral, é notada nos mais jovens com baixo crescimento, atraso na puberdade, coceira e voz rouca. Sinais e sintomas do hipotireoidismo Os principais sintomas são sonolência, leve ganho de peso, cansaço, alterações no humor, perda de memória, pele seca, prisão de ventre, unhas fracas, queda de cabelo, pés e mãos gelados, sensação de frio excessivo, anemia, alteração na libido e dislipidemia. Fatores de risco 43 Mulheres com mais de 30 anos, idade superior a 60 anos, fatores genéticos, menopausa, diabetes, gravidez, período pós-parto, poluição, excesso de iodo na alimentação, são destaques para predisposição ao hipotireoidismo. Prevenção O fator mais importante para a formação dos hormônios T3 e T4 é a ingestão adequada de iodo. Cerca de 150 microgramas do mineral é a quantidade perfeita para resguardar a tireoide. O composto está presente no sal de cozinha, nos frutos do mar e em peixes como cavala, salmão, pescada e bacalhau. Por outro lado, exagerar no uso do saleiro impacta a glândula e pode desencadear o hipotireoidismo. Para quem já sofre com os efeitos do descontrole hormonal, a recomendação na alimentação é o controle no uso de vegetais como repolho, nabo e couve, pois nestes vegetais está presente uma substância chamada tiocianato, que pode inibir o trabalho da tireoide. Há suspeitas também sobre a soja, devido a isoflavona presente nessa leguminosa, que pode alterar o ritmo tireoidiano e interferir na absorção do iodo. Tratamento A reposição com uma versão sintética do hormônio T4 está indicada nesse caso. No organismo, ele é convertido em T3 para agir nas células e reproduzir o funcionamento ideal da tireoide. O medicamento deve ser usado todos os dias e a dose vai depender do grau de desequilíbrio na glândula, e não está indicado o uso do medicamento sem a indicação de um endocrinologista. Usado pela manhã, em jejum, cerca de meia hora antes do café, pelo fato do medicamento necessitar de um pH mais ácido no estômago para ser absorvido. Se algo é ingerido, a acidez se reduz e compromete o aproveitamento do fármaco. Em geral, o tratamento para o hipotireoidismo deve ser feito por toda a vida. Isso só não acontece nas formas transitórias de hipotireoidismo, como as que costumam se manifestar em algumas mulheres no pós-parto ou mesmo as ocasionadas por um efeito colateral de medicamentos. Nesses casos raros, a reposição hormonal nem sempre é necessária e as funções da tireoide tendem a se normalizar com o tempo ou com a suspensão do remédio causador do distúrbio. 44 11 PRINCIPAIS CONDUTAS NUTRICIONAIS Fonte: diariodeatleta.com.br Considerando o papel da alimentação como fator de proteção ou de risco para ocorrência de grande parte das doenças e das causas de morte atuais, entende-se que a inserção universal, sistemática e qualificada de ações de alimentação e nutrição, integrada às demais ações poderá ter um importante impacto na saúde de pessoas, famílias e comunidades. Os profissionais nutricionistas devem incorporar uma visão ampla que considere as próprias condições de vida dos sujeitos e comunidades e, ainda, o contexto social de manifestação do processo saúde-doença. O nutricionista atua diretamente junto a indivíduos, famílias e comunidades participando de ações de educação alimentar saudável adequada e da segurança alimentar e nutricional, além do incentivo a prática de esportes e atividades que requerem ganho ou perda de peso. A formação do nutricionista deverá primar por um processo de ensino e aprendizagem capaz de colocar no mercado de trabalho profissionais que, além da competência técnica, estejam preparados para compreender, analisar e intervir nos problemas sociossanitários dos locais e cenários onde atuam, tendo como referência a formação cidadã e a busca da justiça social. (SOARES, COTTA, 2012, apud JUNQUEIRA, 2013, p. 3). Os profissionais da Nutrição integram hoje, no cenário tanto público como privado, um importante integrante e aliado das demais classes profissionais, no 45 tratamento e prevenção de uma gama de patologias. Sua atuação é indispensável para orientação e educação de clientes com distúrbios alimentares e patologias que requerem drástica mudança de comportamento alimentar. Além, disso, hoje ele integra juntamente com outros profissionais, equipes de saúde pública, que atuam em situações e localidades extremas, sendo considerados de suma importância para a salvação de vidas. 46 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALEIXO, M. S. Metabolismo. Rev. Bras. De Ciências Biológicas, Grupo Educacional Verbo Jurídico, Taubaté. SP. 2014. ALEIXO, M. S. Vias metabólicas. Rev. Bras. de Ciências Biológicas, Grupo Educacional Verbo Jurídico, Taubaté, SP, 2014. ALVES, V. de M. Entendendo o metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios. Superintendência da Educação, IES-UEPG. Ponta Grossa, PR, 2013/2014. 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