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METABOLISMO

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2 
 
 SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2 METABOLISMO .......................................................................................... 5 
3 ROTAS METABÓLICAS ............................................................................. 7 
3.1 Anabolismo ou metabolismo construtivo .............................................. 7 
3.2 Catabolismo ou metabolismo oxidativo ................................................ 8 
4 TAXA METABÓLICA BASAL (TMB) ........................................................... 9 
5 FATORES QUE ALTERAM O TMB .......................................................... 11 
5.1 Relação entre o Metabolismo e a nutrição ......................................... 13 
5.2 Dieta e Metabolismo ........................................................................... 14 
5.3 Sucesso na perda de peso ................................................................. 16 
6 COMPONENTES DO GASTO ENERGÉTICO ......................................... 17 
6.1 Atividade física ................................................................................... 17 
Principais benefícios da Atividade Física: ................................................... 18 
6.2 Inatividade Física ............................................................................... 20 
Classificação da atividade física ................................................................. 20 
6.3 Termogênese ..................................................................................... 21 
7 VIAS METABÓLICAS ............................................................................... 22 
8 METABOLISMO DOS MACRONUTRIENTES .......................................... 24 
8.1 Carboidratos ....................................................................................... 24 
8.2 Lipídios ............................................................................................... 26 
8.3 Proteínas ............................................................................................ 29 
9 METABOLISMO X IDADE ........................................................................ 31 
10 PRINCIPAIS DISTÚRBIOS METABÓLICOS ......................................... 32 
10.1 Diabetes .......................................................................................... 34 
10.2 Hipertireoidismo .............................................................................. 37 
 
3 
 
10.3 Hipotireoidismo ............................................................................... 41 
11 PRINCIPAIS CONDUTAS NUTRICIONAIS ........................................... 44 
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
5 
 
2 METABOLISMO 
 
Fonte: www.mundoboaforma.com.br 
Nos dias de hoje é bastante comum ouvir expressões como “meu metabolismo 
é rápido”, “meu metabolismo é lento” ou suas diversas variações. Entretanto, é 
importante ressaltar que, muitas vezes, essas expressões não são usadas de maneira 
totalmente correta. Isso acontece porque relacionam o metabolismo apenas com o 
engordar ou emagrecer. 
Veja bem, durante todas as etapas do ciclo de vida de um organismo (nascer, 
se desenvolver, se reproduzir e morrer) ocorrem incontáveis reações bioquímicas em 
seu corpo. Dessa forma, essas reações visam realizar as alterações necessárias para 
a manutenção da vida, seja construindo ou desconstruindo moléculas. Assim, o 
metabolismo celular se trata, basicamente, do conjunto dessas reações de construção 
ou desconstrução de moléculas realizadas pela célula com o intuito de manter-se viva. 
Com base nessa informação é bastante claro o porquê muitas pessoas 
relacionam o metabolismo apenas com engordar ou emagrecer. Isso ocorre porque o 
corpo pode acumular ou queimar gordura com base nos processos metabólicos do 
organismo, tendo a alimentação e os hábitos de vida influência direta em tal fenômeno. 
O metabolismo se trata de diversas rotas metabólicas onde as moléculas 
podem realizar construção ou desconstrução das moléculas orgânicas básicas, ou 
seja, carboidratos, lipídeos e proteínas. Entretanto, mesmo existindo essas diversas 
 
6 
 
vias, o metabolismo pode ser dividido em apenas duas vias ou em dois grupos: 
o catabolismo e o anabolismo. 
O catabolismo, ou as vias catabólicas, se trata dos processos que visam a 
desconstrução ou a quebra das moléculas. Isso ocorre tanto para obter energia quanto 
para gerar pequenas moléculas que a célula utilizará posteriormente. Exemplos que 
ilustram bem o catabolismo são a quebra da glicose ou de gordura para gerar energia 
e a quebra de proteínas para se obter aminoácidos. 
O anabolismo, por sua vez, é o oposto, ou seja, os processos que visam a 
construção de moléculas. As vias anabólicas também são conhecidas como vias 
biossintéticas, e esse nome ilustra muito bem o que se trata essa via: as rotas tomadas 
pelas partículas que visam sintetizar biomoléculas. Exemplos do anabolismo são a 
construção de reservas, como acúmulo de gordura nos lipócitos ou grânulos 
de glicogênio, e a própria síntese de proteínas a partir de aminoácidos. 
Enfim, o metabolismo celular se trata de um complexo emaranhado de reações 
que visam o processamento de moléculas. Assim, a taxa metabólica está diretamente 
relacionada com engordar, emagrecer, aumentar ou diminuir a massa muscular, entre 
outros. Dessa forma, pode-se dizer que entender e saber seu próprio metabolismo 
podendo condicioná-lo se torna uma excelente ferramenta para a qualidade de vida. 
Para manter um metabolismo equilibrado, o organismo deve obter 
continuamente os chamados nutrientes, substâncias fornecidas pelos 
alimentos, os quais precisam ser consumidos em quantidade e variedade 
adequadas. Uma vez digeridos os alimentos, os seus nutrientes são 
absorvidos e distribuídos para todos os tecidos. Alguns nutrientes são usados 
para a construção e a reparação da matéria viva; outros são desdobrados 
para a liberação da energia indispensável às atividades vitais. (CESAR E 
SEZAR, 2006, apud, ALVES, 2014, p. 6). 
O termo metabolismo é usado para descrever as várias reações químicas 
existentes no organismo que garantem as necessidades estruturais e energéticas de 
um ser vivo. Entre as finalidades dessas reações químicas, além da síntese e quebra 
de biomoléculas, pode-se citar a produção de energia e a conversão de moléculas dos 
nutrientes em unidades precursoras de macromoléculas. 
O metabolismo não é uma exclusividade dos seres humanos e ocorre em todos 
os seres vivos, seja ele unicelular ou pluricelular. 
 
7 
 
3 ROTAS METABÓLICAS 
3.1 Anabolismo ou metabolismo construtivo 
Denominamos anabolismo ou metabolismo construtivoas reações químicas 
relacionadas com a síntese de biomoléculas, ou seja, de moléculas precursoras 
simples e pequenas utilizadas na produção de novas substâncias necessárias para o 
organismo, tanto para seu crescimento como para sua manutenção. Essas 
reações ocorrem apenas quando uma célula apresenta energia suficiente. Elas são 
responsáveis, por exemplo, por formar as macromoléculas que compõem a célula. 
Na Biologia, é chamado de Anabolismo o conjunto de processos metabólicos 
que sintetizam as substâncias mais complexas a partir de outras mais simples. O 
termo tem origem grega e, neste contexto, "ana" significa acima. 
No metabolismo, chama-se de anabolismo a etapa construtiva, na qual os 
nutrientes são assimilados e utilizados nas sínteses de novas substâncias 
indispensáveis ao crescimento, à manutenção e à regeneração do 
organismo. (JUNIOR, 2005, apud, ALVES, 2014, p. 5). 
Então, o anabolismo, também conhecido como Biossíntese, é uma das partes 
do metabolismo que trata de desenvolver a função mencionada anteriormente e, 
portanto, é o processo oposto ao catabolismo, que é a transformação de moléculas 
complexas em outras muito mais simples, promovendo assim o armazenamento da 
energia química. 
Embora tratem de dois processos opostos, ambos, o anabolismo e o 
catabolismo funcionam de maneira organizada e afinada entre si, estabelecendo uma 
união difícil de romper ou separar. Entre suas principais funções se destacam as 
seguintes atribuições: é responsável pelo crescimento graças a sua determinante 
presença na hora da formação de componentes e tecidos celulares e também do 
armazenamento de energia através das ligações químicas. 
Três etapas envolvem o anabolismo, em primeiro lugar a produção de 
precursores, tais como os aminoácidos, monossacarídeos, entre outros. O próximo 
passo é a ativação de reagentes empregando energia de ATP e finalmente tornando 
as moléculas mais complexas, como as proteínas, os polissacáridos, lipídios e ácidos 
nucleicos. 
 
8 
 
No entanto, a famosa e necessária energia exigida nas células é obtida através 
de três fontes de energia diferentes, tais como a luz solar através do típico e natural 
processo de fotossíntese sofrido pelas plantas, de outros componentes orgânicos e 
de alguns outros inorgânicos. 
E este é o conjunto de processos chamado de anabolismo, formalmente, pode 
ser classificado de acordo com suas moléculas sintetizadas, tais como a duplicação 
de DNA, a síntese de RNA, a síntese de lipídios, de glucídios e proteínas. 
 Para encerrar, podemos destacar que a fotossíntese é um claro exemplo de 
processo anabólico. 
3.2 Catabolismo ou metabolismo oxidativo 
O catabolismo ou metabolismo oxidativo, por sua vez, são todas as reações 
químicas de caráter degradativo, ou seja, aquelas reações que têm por objetivo 
quebrar ou desdobrar moléculas. Nesses processos, há a liberação de energia 
necessária para a realização de diversas atividades. É no catabolismo que 
carboidratos, lipídios e proteínas, por exemplo, são quebrados em produtos menores 
e mais simples. 
O catabolismo pode ser classificado ainda em metabolismo catabólico 
aeróbico e anaeróbio. O metabolismo catabólico aeróbio é aquele em que as reações 
ocorrem na presença de oxigênio, que funciona como um aceitador final de elétrons 
na cadeia respiratória, combina-se com hidrogênio e forma água. No metabolismo 
catabólico anaeróbio, as reações ocorrem na ausência de oxigênio. 
O catabolismo, ao contrário do anabolismo, é a etapa destrutiva, que implica 
quebra ou desdobramento de moléculas com liberação de energia e 
eliminação de substâncias de excreção. A energia liberada no catabolismo é 
utilizada nos processos de anabolismo. Ao conjunto das reações que 
implicam trocas energéticas no organismo, dá-se o nome de metabolismo 
energético (JUNIOR, 2005, apud, ALVES, 2014, p. 5). 
Mesmo sendo reações opostas, o anabolismo e o catabolismo fornecem um 
equilíbrio perfeito no nosso organismo e, por isso, estão interligadas. Enquanto o 
catabolismo garante a liberação de energia, o anabolismo utiliza-a para sintetizar as 
biomoléculas. 
O organismo humano realiza, a cada segundo, milhares de diferentes reações 
químicas no interior de seus diferentes órgãos e tecidos. Nessas reações estão 
 
9 
 
incluídas as ações específicas de incontáveis enzimas, hormônios e mediadores 
químicos de transmissão dos impulsos nervosos. Há ainda, todas as reações de 
síntese e desdobramento das mais variadas substâncias que continuamente assimila-
se ou elimina-se. O conjunto de todas essas transformações químicas que ocorrem 
em um ser vivo é chamado metabolismo geral. 
4 TAXA METABÓLICA BASAL (TMB) 
 
Fonte: www.mundoboaforma.com.br 
Chamamos de taxa metabólica basal o mínimo de energia necessária para que 
o organismo consiga realizar suas atividades básicas em repouso, como proporcionar 
o funcionamento do coração e garantir a respiração. Essa taxa varia de uma pessoa 
para outra, uma vez que o gasto energético depende, entre outros fatores, da idade, 
gênero e nível de atividade realizado pelo indivíduo. 
A Taxa Metabólica Basal representa a maior parte do gasto energético diário 
em humanos (50 a 70%) e é a quantidade de energia necessária para o corpo 
humano manter os processos fisiológicos normais e a homeostase. Esses 
processos incluem as funções cardiovasculares e respiratórias em repouso, 
gastrointestinais e renais, a energia consumida pelo sistema nervoso central, 
a homeostase celular e as demais reações bioquímicas envolvidas na 
manutenção do metabolismo basal. (RUIZ JR, 2011; apud, LUSTOSA, 2013, 
p. 96). 
Todos os organismos vivos gastam energia na tentativa de manter a 
homeostase celular. O consumo diário de energia em humanos pode ser dividido em 
 
10 
 
três partes: a energia consumida em repouso responde por 60-75% do gasto 
energético total diário, o efeito térmico dos alimentos,10% e a atividade física 
aproximadamente 15-30%. O conhecimento dessa taxa é importante em aplicações 
clínicas, por definir o suporte nutricional adequado e determinar as necessidades 
calóricas para o balanço energético. Muitos estudos têm relatado que a TMB diminui 
com a idade, fato atribuído a fatores tais como a quantidade diminuída de massa 
magra e ao concomitante aumento da massa gorda, conteúdos alterados de fluidos 
corporais, alterações na temperatura corporal, alterações do humor e estresse, 
alterações hormonais, área corporal, inatividade física, genética individual e 
envelhecimento. Tem havido crescente preocupação com o estudo da taxa metabólica 
basal devido à sua relação com os riscos de ganho de massa gorda, especialmente 
em idosos, uma vez que uma baixa taxa metabólica pode contribuir para a prevalência 
de altas taxas de sobrepeso e obesidade neste grupo etário. Classicamente, 
exercícios de resistência têm sido utilizados para induzir alterações na composição 
corporal, basicamente pela sua habilidade de auxiliar o uso de energia, 
particularmente o uso de gorduras, mas muitos dos resultados relatados não são 
convincentes. Alguns estudos relataram maiores TMB após exercícios de resistência, 
enquanto outros estudos não encontraram alterações significantes e outra ainda 
pequena redução na TMB. 
Ela é diretamente influenciada pela massa livre de gordura, idade, sexo, 
composição corporal e fatores genéticos. Outros processos como a atividade 
do sistema nervoso, os hormônios tireoidianos, o turnover proteico e a bomba 
de sódio e potássio também contribuem para uma variação da TMB entre os 
indivíduos. (WEIJS; PJM, 2008, apud, LUSTOSA, 2013, p. 96). 
Considerando essas discrepâncias na literatura e a importância da TMB no 
envelhecimento, busca-se avaliar os efeitos de um programa de exercícios resistidos 
na intensidade do limiar ventilatório sobre o metabolismo basal e a composição 
corporal de idosos sedentários e saudáveis. 
O conjunto de transformações que compõemo metabolismo permite, por 
exemplo, que o alimento seja convertido em mais material vivo, que a célula obtenha 
energia necessária para crescer, dividir-se e movimentar-se, e que o material genético 
seja capaz de controlar tudo que acontece. Quando as reações do metabolismo param 
o organismo morre. 
 
11 
 
5 FATORES QUE ALTERAM O TMB 
 
Fonte: rumosaudeseguros.com.br 
Muitos fatores alteram o metabolismo, exemplo de idade, genética, gênero, 
peso, altura, nível de atividades físicas e nutrição. A idade avançada torna o 
metabolismo mais lento e, de forma geral, os homens possuem metabolismo mais 
acelerado do que as mulheres e a prática de exercícios físicos aumenta o 
metabolismo. A relação é simples: quanto mais músculos você tem, mais veloz será 
seu gasto calórico. 
Cada indivíduo possui sua própria taxa de metabolismo basal. Ela se refere à 
quantidade mínima de energia (calorias) que cada pessoa precisa para manter suas 
funções vitais em repouso. Para conhecer sua taxa de metabolismo basal e 
estabelecer uma dieta de acordo com seus objetivos, você deve procurar o 
acompanhamento de um profissional especializado, e realizar exames e testes que 
forneçam dados desse tipo. 
A TMB, por definição, deve ser medida controlando-se vários fatores, alguns 
óbvios, como a atividade física prévia, a ingestão alimentar, a temperatura e 
o nível de ruído ambiental; outros mais sutis, como o tabagismo e o período 
no ciclo menstrual. Quando a medição é realizada sem o controle destes 
fatores, costuma-se chamar o valor obtido de taxa metabólica de repouso. 
Entretanto, algumas características inerentes aos indivíduos sendo 
avaliados, como a idade, a aptidão física e a dimensão e composição 
corporais, podem explicar as diferenças interindividuais na TMB. (CENSI et 
al. 1998, apud WAHRLICH,2001, p.8-3). 
 
12 
 
A maioria das pessoas já ouviu falar que o correto é comer pequenas refeições 
ao longo do dia, mas qual o motivo da maioria das pessoas escolherem o jejum para 
perder peso? Ter refeições com alimentos ricos em fibras, como o brócolis, couve-
flor e abobrinha otimiza digestão e ajuda no metabolismo. Soluções rápidas tendem a 
não ser saudáveis para o corpo. Perda de peso por privação de comida pode significar 
mais uma flutuação nos níveis de líquido do seu corpo do que uma perda de gordura 
de fato. Quanto maior o intervalo entre suas refeições, mais lento é o seu metabolismo. 
Seu corpo reduz seu gasto calórico para poupar energia, e a perda pode ser de massa 
magra. Pois seu organismo procura a energia que precisa consumindo o seu próprio 
tecido muscular. 
Vale lembrar que 70% de nosso corpo é formado por água, então a ingestão 
do líquido é fundamental para todos os processos vitais de nosso corpo, inclusive a 
queima calórica, e a ingestão baixa de água prejudica o metabolismo. Por isso, 
certifique-se de manter sua ingestão de líquidos adequada. Uma boa dica para 
acelerar o metabolismo pela ingestão de água é consumindo-a gelada. O corpo 
precisa gastar energia para igualar a água à temperatura do corpo, e por isso passa 
pelo processo de termogênese, onde o corpo gasta mais energia queimando calorias. 
A falta de sono também torna o metabolismo mais lento, sendo indicado de sete 
a oito horas de sono por noite para regular os níveis hormonais, do contrário ficar sem 
dormir pode prejudicar a perda de peso. 
Muitas pessoas que desejam perder peso rapidamente recorrem a alimentos 
termogênicos para acelerar esse processo. Alguns deles são a cafeína (café e chá 
verde), a canela, o gengibre, cúrcuma, dentre outros, contudo, o excesso de alimentos 
termogênicos pode dar efeito rebote, por interferir no sono, que é essencial para 
manter o metabolismo rápido. 
Outro fator que prejudica seu metabolismo é o estresse, colocando o corpo em 
estado de tensão levando a ansiedade, onde as pessoas tendem a comer mais 
quando estão estressadas. Por isso, buscar métodos que auxiliem no relaxamento, 
não só fará bem para a saúde mental, como pode acelerar o metabolismo e ajudar na 
perda de peso. 
Dicas muito simples podem fazer toda a diferença na busca por uma vida mais 
saudável. Se há insatisfação com o corpo, no quesito peso é imprescindível conhecê-
lo e saber quais hábitos influenciam o modo como ele está. Logo na perda de peso, 
 
13 
 
esse quesito tem que serem levados em consideração: ingestão de alimentos, rotina 
de sono, ingestão de líquidos e os níveis hormonais. 
5.1 Relação entre o Metabolismo e a nutrição 
 
Fonte: www.saudedica.com.br 
O metabolismo é algo pessoal, como uma identidade corporal, logo nem tudo 
que funciona para um indivíduo, funciona para outro. 
São vários os fatores que podem influenciar esse conjunto de reações 
invisíveis, tanto de forma positiva, quanto negativa. Positivamente destacam-se 
atividades físicas, que dispendem de muita energia para manter e controlar o 
organismo durante o esforço, requerendo muita energia para manter a homeostase 
corporal. Em uma atividade física intensa, o fornecimento de energia é muito superior 
a moderada e leve atividade, portanto, o metabolismo tende a ficar mais ativo e 
queimar mais calorias para o conseguir manter o equilíbrio. 
O desequilíbrio alimentar leva a obesidade, que é uma doença crônica 
multifatorial consequente da correlação entre acumular e depletar energia, ou 
seja, o organismo necessita constantemente em obter e gastar energia, pela 
lógica deste processo contínuo, o ganho calórico e a não perda deste ganho 
gera o acúmulo no tecido adiposo tornando o indivíduo obeso, ou seja, a 
ingestão de alimentos é maior do que a capacidade de o organismo realizar 
o metabolismo da queima do excedente ingerido. Assim, o metabolismo 
perde a homeostase energética culminando em um processo inflamatório do 
tecido adiposo. (HALL; GUYTON, 2011, apud SANTOS, 2015, p. 5). 
 
 
14 
 
Pelo contrário, ao privar o organismo de alimentos seguindo dietas restritivas 
de forma repetida, o cérebro ordena a redução da atividade metabólica para que 
queime menos calorias e para que a glicose dos alimentos seja armazenada sob a 
forma de gordura, como uma estratégia de prevenção de futuras carências. Se a 
atividade física intensa for realizada sob essas condições, diversas funções corporais 
podem ser afetadas, levando a sincopes, alteração da pressão arterial e da glicemia, 
tendo o indivíduo que realizar e correção dessa condição alimentar, afim de normalizar 
os níveis pressóricos, glicêmicos, respiratórios e cardíacos, para prosseguimento nas 
atividades. O ideal ao se fazer restrição alimentar, é sempre ter o auxílio e orientação 
do profissional de nutrição. 
Esta é, portanto, a base da relação entre dieta e metabolismo e a razão pela 
qual, a longo prazo, as dietas pobres em calorias não são eficazes e produzem o 
conhecido efeito rebote, onde além de se recuperar o peso perdido há ainda o ganho 
de quilos a mais, devido a essa descida no ritmo do metabolismo. 
Outro fator importante que influencia o funcionamento do metabolismo é a 
massa muscular. Pessoas que têm mais massa muscular apresentam mais facilidade 
em queimar calorias porque a massa muscular é um tecido metabolicamente mais 
ativo do que a massa gorda. 
Para manter um metabolismo equilibrado, o organismo deve obter 
continuamente os chamados nutrientes, substâncias fornecidas pelos alimentos, os 
quais precisam ser consumidos em quantidades e variedades adequadas. 
Uma vez digeridos os alimentos, os seus nutrientes são absorvidos e 
distribuídos para todos os tecidos. Alguns nutrientes são usados para a construção e 
a reparação da matéria viva; outros são desdobrados para a liberação da energia 
indispensável às atividades vitais. 
5.2 Dieta e Metabolismo 
Quando diminui a ingestão energética, após algum tempo, o organismo adapta-
se a essa restrição, requerendo menos energia para as suas funções vitais e 
diminuindo o metabolismo, como já referido.15 
 
De fato, a perda de peso e a restrição energética desencadeiam uma série de 
adaptações homeostáticas, que culminam na diminuição da taxa metabólica basal e 
no aumento da ingestão alimentar. 
Esta adaptação metabólica assenta em três pilares fundamentais: 
-Adaptação hormonal; 
-Alterações no gasto energético; 
-Aumento da eficiência mitocondrial. 
Começando pela adaptação hormonal, existem algumas hormonas que 
desempenham um papel importante na regulação da composição corporal, da 
ingestão alimentar e do gasto energético. As hormonas tireóideas, a leptina, a 
insulina, a grelina, a testosterona e o cortisol, são as mais comumente avaliadas e 
citadas pelos profissionais envolvidos na orientação e processo de perda de peso. 
A adaptação hormonal à restrição alimentar envolve a diminuição dos 
hormônios tireoidianos, sobretudo o T3, da leptina, da insulina e da testosterona, e o 
concomitante aumento da grelina e do cortisol. 
De uma forma integrada, estas alterações promovem o aumento do apetite, 
diminuem a taxa metabólica basal e dificultam a manutenção da massa magra. 
Adicionalmente, e de acordo com alguns estudos, estas alterações hormonais 
persistem ao longo do tempo, mesmo depois da restrição energética ter terminado. 
Para além da resposta endócrina, um outro elo de ligação entre dieta e 
metabolismo é a diminuição da massa magra. A perda de peso resulta, 
invariavelmente, numa perda de massa muscular, um tecido metabolicamente muito 
ativo. 
Deste modo, e mesmo a que a massa gorda também diminua, ocorre uma 
diminuição da taxa metabólica basal. 
 
16 
 
5.3 Sucesso na perda de peso 
 
Fonte: rumosaudeseguros.com.br 
 
Para que o emagrecimento seja duradouro, a restrição calórica deve ser bem 
calculada e nunca inferior ao valor do seu metabolismo basal. Isto porque, além do 
que já foi referido, dietas de muito baixo valor energético, comprometem o aporte de 
vitaminas e minerais importantes para o bom funcionamento do 
metabolismo, conduzindo a uma estagnação do peso. 
Portanto, quanto mais lenta e equilibrada for a perda de peso, mais garantido 
será o sucesso da manutenção dessa mesma perda de peso. 
Outro aspeto crucial é não saltar refeições. Se o fizer, o organismo, irá entender 
que há privação de alimentos e a relação entre dieta e metabolismo será 
comprometida negativamente, e consequentemente, para compensar a falta de 
energia, o organismo irá armazenar gordura para assegurar reservas para o futuro em 
vez de queimá-las. 
Posto isto, e apesar do metabolismo ser influenciado pela genética, sabe-se 
que uma dieta equilibrada, com as proporções adequadas de alimentos e bem 
distribuída ao longo do dia, aliada à prática de atividade física, é um fator 
preponderante para acelerar o metabolismo, uma vez que as calorias não são todas 
iguais e os diferentes macronutrientes tem impactos metabólicos distintos. A exemplo 
disso, a proteína requer um gasto energético superior para a sua digestão e absorção 
e não se acumula no organismo sob a forma de gordura, é importante definir bem a 
contribuição de cada um deles para o valor energético total. 
 
17 
 
Assim sendo, para ultrapassar a adaptação metabólica, invista em alimentos e 
hábitos alimentares que aceleram o metabolismo, pratique exercício físico 
regularmente e faça uma cheat meal de vez em quando, que nada mais é, do que 
saciar a vontade de comer algo do qual se goste muito e que seja considerado calórico 
para a dieta em questão; usando uma refeição esporádica para tal alimentação, 
lembrando sempre que, essa refeição não deve se tornar um hábito frequente 
podendo pôr a perder todo o equilíbrio nutricional adquirido através da dieta. 
6 COMPONENTES DO GASTO ENERGÉTICO 
6.1 Atividade física 
 
Fonte: www.dicasdetreino.com.br 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a atividade física é definida 
como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos, que 
requer gasto de energia. A prática de atividades durante meia hora por dia já faz com 
que a pessoa deixe de ser sedentária. A atividade física inclui o exercício, bem como 
outras atividades que envolvem o movimento corporal e são feitas como parte de 
jogar, trabalhar, transporte ativo, tarefas domésticas e atividades recreativas. 
O processo de contração muscular é regulado de forma que a produção de 
energia é proporcional a demanda metabólica imposta pela atividade 
muscular. Porém, o sinal que regula a preferência do musculo esquelético por 
glicose ou ácidos graxos e complexo e pode ser determinado por diferentes 
 
18 
 
fatores, incluindo dieta, nível de treinamento, intensidade e duração do 
exercício. (ARKINSTALL; MJ, 2004, apud SILVEIRA, 2011, p.304). 
A aptidão física traz benefícios inegáveis para a saúde de todas as pessoas. 
Trata-se de uma prática que está relacionada com melhorias neuromusculares, 
metabólicas e psicológicas. Quem pratica exercícios moderados regularmente, corre 
menos risco de ter problemas crônicos de saúde como doenças cardíacas, obesidade, 
hipertensão, diabetes tipo II, certos tipos de câncer e outros distúrbios metabólicos. 
Em resumo, o exercício físico ativa os receptores B2-adrenergéticos 
modulando a atividade simpática aumentando a atuação da enzima lipase, 
fazendo a quebra (lipólise) da gordura obtendo maior gasto calórico. 
(NEGRÃO; BARRETTO, 2010, apud SANTOS, 2015, p.11). 
 A atividade física ajuda a ganhar músculos e a perder gordura, estimula a 
melhora na alimentação, melhora o humor, reduz o estresse e a ansiedade, aumenta 
o nível de energia, melhora a imunidade, torna as articulações mais flexíveis e melhora 
a qualidade de vida. 
Principais benefícios da Atividade Física: 
 Melhoria da aptidão cardíaca e pulmonar; 
 Melhoria da força muscular; 
 Prevenção de doença coronariana; 
 Regressão da aterosclerose; 
 Tratamento das doenças cardíacas; 
 Prevenção de acidentes vasculares encefálicos (avc); 
 
 Prevenção do Câncer de variados tipos e localizações, dentre outras 
 Melhora no sono e no rendimento diário. 
A atividade física não deve ser confundida com exercício. Exercício é uma 
subcategoria da atividade física que é planejada, estruturada, repetitiva e proposital 
com o objetivo da melhoria ou manutenção de um ou mais componentes da aptidão 
física, mais comumente usada para hipertrofia muscular e definição corporal. 
 
Quais são as opções de Atividade Física? 
 
19 
 
Não há motivo para ficar parado, mesmo para quem não gosta de academias, 
existem inúmeras atividades para movimentar seu corpo de acordo com seu estilo de 
vida como: Alongamento, bicicleta, caminhada, capoeira, circuitos, corrida, crossfit, 
dança de salão, escalada, ginástica olímpica, handball, vôlei, hidroginástica, natação, 
pilates, pole dance, slackline, stand up paddle, surf, tae-kwon-do, tênis, yoga, zumba, 
dentre outros. 
Durante a prática de atividades pode ocorrer redução na taxa de glicose do 
corpo, por isso o ideal é carregar sempre algum tipo de carboidrato rápido como 
prevenção, principalmente, em casos de diabetes. 
Níveis regulares e adequados de atividade física em adultos podem reduzir o 
risco de hipertensão, doença coronariana, acidente vascular cerebral, diabetes, 
câncer de mama e de cólon, depressão e do risco de quedas, além de melhorar a 
saúde óssea e funcional. Crianças e adolescentes devem realizar atividades 
aeróbicas durante cerca de 60 minutos por dia, três vezes por semana e de grande 
intensidade, não havendo restrição da mesma, porem evitando uso de peso e sempre 
assistidos. 
Crianças e adolescentes não possuem a mesma capacidade física que os 
adultos. Porém, os estágios metabólicos da obesidade, causas e os riscos 
decorrentes são os mesmos (NEGRÃO; BARRETO, 2010, apud SANTOS, 
2015, p. 7). 
Atividade Física durante a Gravidez e no Pós-parto 
Existem ginásticas para mulheres durante a gestação e no pós-parto. Trata-sede uma prática que desenvolve a musculatura e força, o que propicia melhora no 
trabalho de parto, na recuperação pós-parto e na realização do cuidado ao recém-
nascido, além de melhorar a autoestima da mulher. 
 
Atividade Física na Terceira idade 
Essa modalidade de atividade física é de suma importância na prevenção e 
controle de doenças e na promoção da saúde na terceira idade. Recomenda-se como 
escolha as caminhadas e corridas, pilates, danças de salão, treinamentos funcionais, 
musculação com foco em resistência e atividades na água, como natação e 
hidroginástica. A pratica de atividades na terceira idade faz com que a pessoa 
mantenha sua mobilidade articular para a realização de tarefas do dia a dia, alivie 
dores e controle a coordenação motora. 
 
20 
 
 
Principais mudanças no Organismo: 
 Melhoria do humor (por liberar a serotonina) 
 Redução do estresse; 
 Prevenção e alívio da depressão; 
 Redução da ansiedade; 
 Aumento da autoestima; 
 Adoção de hábitos saudáveis; com consequente melhoria da qualidade do 
sono; 
 Prevenção do[a obesidade e manutenção do peso. 
 Redução dos índices de procedimentos cirúrgicos como a Cirurgia Bariatrica. 
6.2 Inatividade Física 
A inatividade física é identificada como um fator de risco para a quarta maior 
mortalidade global, que representa aproximadamente 6% das mortes em todo o 
mundo. Além disso, inatividade física é estimada como a causa principal de 
aproximadamente 21-25% dos canceres do colo e da mama, 27% de diabetes e 
aproximadamente 30% das doenças cardíacas. O sedentarismo é também 
comumente citado como precursor de doenças como depressão, síndrome do pânico, 
transtornos obsessivos compulsivos, dentre outros, sendo indicado como parte da 
terapia de recuperação, a atividade física, principalmente ao ar livre. 
Classificação da atividade física 
Intensa: Ao ar livre, com intenso gasto de energia e exposição a agentes 
externos; como lixeiros, pedreiros, garis. 
Moderada: Em ambientes fechados com o indivíduo em pé, exigindo esforço 
moderado, como vendedores, professores. 
Leve: Em ambientes fechados, com o indivíduo sentado ou com pouca 
movimentação. Exemplo: escriturário, motorista. 
 
21 
 
6.3 Termogênese 
 
Fonte: planetadocorpo.com 
 O mesmo processo que mantém a temperatura do nosso corpo sempre em 
torno do 36ºC pode nos ajudar a emagrecer, se for usado corretamente. Trata-se do 
fenômeno da termogênese, ou seja, nossa capacidade de equilibrar a temperatura 
interna do corpo com a do meio ambiente. 
Esse processo é parte do mecanismo da termorregulação, que permite a certos 
seres vivos gastarem energia para produzir e dispersar calor de acordo com as 
mudanças no meio externo ou com as necessidades internas. A termogênese está 
estritamente associada ao metabolismo. 
Todas as células e tecidos do nosso corpo acabam gerando calor no processo 
de utilizar a energia disponível para seu funcionamento normal. Se o dia 
estiver quente, por exemplo, a pessoa transpira e perde calor para manter sua 
temperatura em 36ºC. Se estiver frio, por outro lado, a transpiração diminui, como uma 
forma de economia. Nesse caso, a pessoa pode sentir tremores, o que indica que 
está queimando energia para elevar a temperatura de volta ao normal. Tudo isso é o 
efeito da termogênese associada ao metabolismo. 
Existem dois tipos de termogênese, o primeiro é obrigatório, ou seja, o gasto 
do nosso metabolismo em repouso, responsável pelos processos 
fisiológicos como digestão, respiração, etc. 
O segundo é a termogênese facultativa, que acontece com atividades diárias e 
também com alimentação e adaptação a mudanças de temperatura ambiente. Delas, 
 
22 
 
a atividade física é a que queima mais energia, ficando próximo de 40% do total de 
energia gasta num período de vinte e quatro horas. 
 
Alimentos termogênicos 
A termogênese alimentar é a energia consumida para processar e digerir os 
alimentos. Em uma dieta com ingredientes hipercalóricos, nota-se a transpiração após 
a refeição, porque o organismo procura eliminar, sob a forma de calor, a energia que 
está sendo armazenada sob a forma de gordura. Mas existem alguns alimentos, 
chamados termogênicos, que tornam o processo da digestão mais lento, como as 
fibras, ou que aumentam a queima de calorias, como o café. 
A quantidade de calorias ingeridas é monitorada pela corrente sanguínea por 
uma região do cérebro chamada hipotálamo. Se as calorias forem excessivas, o 
hipotálamo emite sinais químicos para que o excesso seja queimado. Isso acontece 
porque o tecido adiposo produz leptina. Quando a produção é pequena, o hipotálamo 
é orientado a aumentar a sensação de fome e reduzir o gasto de calorias. Quando há 
muita leptina circulante no sangue, o hipotálamo produz sensação de saciedade e 
aumenta o gasto energético. O principal tecido onde ocorre esse tipo de termogênese 
é o músculo esquelético, que constitui 40% de todo o tecido muscular do corpo. 
O hipotálamo é um importante ativador para as necessidades neurais, 
constituindo o sítio de ação de hormônios ligados ao balanço energético 
(insulina e leptina), além de regular a demanda destes hormônios de acordo 
com a quantidade calórica ingerida. (SERRANO; TIMERMAN; STEFANINI, 
2009; NEGRÃO; BARRETTO, 2010, apud SANTOS, 2015, p. 10). 
Dentre os alimentos termogênicos muito indicados e popularmente conhecidos, 
destacam-se a canela, o gengibre, a cúrcuma, a pimenta, o chá de hibisco, o café, 
vinagre de maçã, chá verde e água gelada, sendo comumente indicados em dietas 
que necessitam de aumento do gasto calórico. 
7 VIAS METABÓLICAS 
Após entender do que se trata o metabolismo fica muito mais simples 
compreender o que são as vias metabólicas. Para facilitar ainda mais a compreensão, 
façamos uma pequena analogia. Imagine que o organismo se trata de um centro 
urbano. Quando se está em uma localização determinada e se quer chegar à outra, 
 
23 
 
existem caminhos distintos que podem ser tomados. As vias metabólicas seriam, 
exatamente, essas ruas que podem te levar ao seu destino final. Um detalhe que é 
importante deixar bastante claro é que esses caminhos ou ruas se tratam, na analogia, 
de reações bioquímicas que realizam modificações nas biomoléculas ou partículas. 
Existem milhares de reações bioquímicas conhecidas que compõem uma 
enorme diversidade de vias metabólicas. Assim, as principais rotas do organismo 
humano são: 
 Glicólise – A glicólise é degradação anaeróbica da glicose com o intuito 
de gerar energia. 
O principal local de consumo de glicose diário é o cérebro, através da via 
aeróbica. A maior parte da energia restante é utilizada por eritrócitos, 
músculos esquelético e cardíaco. O corpo obtém glicose através da dieta ou 
da via da gliconeogênese. A glicose obtida a partir destas duas fontes 
primárias permanece solúvel nos fluidos do corpo ou é estocado na forma 
polimérica denominada glicogênio. O glicogênio é considerado a principal 
forma de depósito de glicose e é encontrado, principalmente, no fígado e 
músculo e, secundariamente, nos rins e intestinos. (CAMPBELL, M. 2006, 
apud, GUERRA, 2011, p. 105). 
 Fosforilação oxidativa – Essa rota se trata da degradação aeróbica da 
glicose para, também, gerar energia. 
 
 Vias de pentoses – Tem como função a síntese de pentoses, a partir da 
glicose-6-fosfato, que será utilizada na produção de nucleotídeos e 
também de um substrato que atua no combate aos efeitos deletérios das 
espécies mais reativas de oxigênio. 
 Ciclo da ureia – Essa rota se ocupa com a eliminação de compostos 
nitrogenados tóxicos (tais como o amônio e a amônia) sob formas menos 
tóxicas. 
 Síntese de aminoácidos – É a responsável pela síntese dos 
aminoácidos que o organismo consegue produzir, ou seja, os 
aminoácidos não essenciais. 
 β-oxidação – Essa se trata do caminho responsável pela transformação 
de ácidos graxos gordos em acetilcoenzimaA (Acetil CoA). Assim, é 
importante mencionar a importância dessa via, também, para a geração 
de energia. Isso acontece pelo fato de seu produto, a Acetil-CoA, ser 
utilizada no ciclo de Krebs. 
 
24 
 
 Ciclo de Krebs - ou Ciclo do Ácido Cítrico é uma das etapas metabólicas 
da respiração celular aeróbica que ocorre na matriz mitocondrial de 
células animais. O complexo ciclo de Krebs possui várias funções que 
contribuem para o metabolismo das células. 
A função do ciclo de Krebs é promover a degradação de produtos finais do 
metabolismo dos carboidratos, lipídios e de diversos aminoácidos. Essas substâncias 
são convertidas em acetil-CoA, com a liberação de CO2 e H2O e síntese de ATP. 
Assim, realiza a produção de energia para a célula. 
Além disso, entre as diversas etapas do ciclo de Krebs são produzidos 
intermediários usados como precursores na biossíntese de aminoácidos e outras 
biomoléculas. 
Enfim, existem diversos caminhos metabólicos importantes que podem ser 
utilizados com as mais diversas finalidades. Essas vias, anabólicas ou catabólicas, se 
tratam das diversas reações bioquímicas que as moléculas sofrem, sendo 
processadas, para que, então, possam realizar sua função no organismo. 
8 METABOLISMO DOS MACRONUTRIENTES 
8.1 Carboidratos 
 
Fonte: brasilescola.uol.com.br 
 
25 
 
Os carboidratos são moléculas orgânicas formadas por carbono, hidrogênio e 
oxigênio. Glicídios, hidratos de carbono e açúcares são outros nomes que eles podem 
receber. São as principais fontes de energia dos sistemas vivos, uma vez que este é 
liberado durante o processo de oxidação e participam na formação de estruturas de 
células e de ácidos nucleicos. 
 
Classificação 
Carboidratos simples: 
-Monossacarídeos; São os carboidratos de constituição mais simples, possuem 
como fórmula geral (CH2O)n, sendo “n” o número de átomos de carbono. São, 
geralmente, de sabor adocicado e podem ser trioses, tetroses, pentoses, hexoses ou 
heptoses, quando constituídos de três, quatro, cinco, seis ou sete átomos de carbono, 
respectivamente. A glicose, monossacarídeo extremamente importante para a nossa 
vida como fonte de energia, é uma hexose de fórmula C6H12O6. A frutose e a 
galactose são, também, hexoses. 
-Dissacarídeos: são moléculas solúveis em água resultantes da união de dois 
monossacarídeos por uma ligação glicosídica. Quando ocorre esse evento, há a 
liberação de uma molécula de água (desidratação). Sacarose (glicose + frutose), 
lactose (glicose + galactose) e maltose (glicose + glicose) são três exemplos de 
dissacarídeos bastante conhecidos. 
 
Carboidratos complexos: 
-Polissacarídeos: são os carboidratos cuja formação é a união de diversos 
monossacarídeos, sendo a celulose, amido e glicogênio os mais conhecidos e os de 
maior importância biológica. São formados por cadeias longas e podem apresentar 
moléculas de nitrogênio ou enxofre. Não são solúveis em água. 
 
26 
 
8.2 Lipídios 
 
Fonte: www.todamateria.com.br 
Os triacilgliceróis são os lipídios mais abundantes da dieta e constituem a forma 
de armazenamento de todo o excesso de nutrientes, quer este excesso seja ingerido 
sob a forma de carboidratos, proteínas ou dos próprios lipídios. 
Representam, portanto, a principal reserva energética do organismo, 
perfazendo, em média, 20% do peso corpóreo, o que equivale a uma massa 100 vezes 
maior do que a do glicogênio hepático. 
Para avaliar o estado nutricional de um indivíduo e determinar se ele 
apresenta obesidade, usa-se a tabela que mede o índice de massa corporal 
(IMC), onde se divide o peso (kg) pela altura ao quadrado (alt²). Os valores 
para tanto, são acima de 20% do peso corporal em homens e 30% em 
mulheres. (NEGRÃO; BARRETTO, 2010, apud SANTOS, 2015, p.6). 
Os triacilgliceróis são armazenados nas células adiposas, sob forma anidra, e 
podem ocupar a maior parte do volume celular. 
A mobilização do depósito de triacilgliceróis é obtida por ação de lipases, 
presentes nos adipócitos, que hidrolisam os triacilgliceróis a ácidos graxos e glicerol, 
oxidados por vias diferentes. 
O glicerol não pode ser reaproveitado pelos adipócitos, que não têm glicerol 
quinase, sendo então liberado no sangue. No fígado, por ação do glicerol quinase, é 
convertido a glicerol 3-fosfato e transformado em diidroxiacetona fosfato, um 
intermediário da glicólise ou da gliconeogênese/ glicogênese. 
 
27 
 
Os ácidos graxos liberados pelos adipócitos são transportados pelo sangue 
ligados à albumina e utilizados, principalmente pelo fígado e músculos, como fonte de 
energia. Sua degradação, é feita por uma via especial, que se processa no interior 
das mitocôndrias. 
Ao contrário das reservas de carboidratos, as reservas de lipídios em 
humanos são ilimitadas proporcionando maior eficiência na produção final de 
energia em comparação aos carboidratos. A densidade energética dos 
lipídios e aproximadamente 10 vezes maior a que dos carboidratos, enquanto 
o peso relativo como estoque de energia e menor. Isso significa que, para 
estocarmos uma quantidade equivalente de energia fornecida pela gordura 
como glicogênio, o estoque de energia teria de ser cerca de 10 vezes mais 
pesado, o que seria crítico para a performance durante a contração muscular. 
(HAWLEY; JÁ,1994, apud SILVEIRA, 2011, p.307). 
 
Funções dos Lipídios 
-Reserva de energia: utilizada pelo organismo em momentos de necessidade, 
e está presente em animais e vegetais; 
-Isolante térmico: nos animais as células gordurosas formam uma camada que 
atua na manutenção da temperatura corporal, sendo fundamental para animais que 
vivem em climas frios; 
-Ácidos graxos: estão presentes nos óleos vegetais extraídos de sementes, 
como as de soja, de girassol, de canola e de milho, que são usados na síntese de 
moléculas orgânicas e das membranas celulares. 
-Absorção de vitaminas: auxiliam na absorção das vitaminas A, D, E e K que 
são lipossolúveis e se dissolvem nos óleos. Como essas moléculas não são 
produzidas no corpo humano é importante o consumo desses óleos na alimentação. 
 
Tipos de Lipídios 
-Carotenoides- São pigmentos alaranjados presentes nas células de todas as 
plantas que participam na fotossíntese junto com a clorofila, porém desempenha papel 
acessório. Um exemplo de fonte de caroteno é a cenoura, que ao ser ingerida, é usada 
como precursora da vitamina A, fundamental para a boa visão. 
Os carotenoides também trazem benefícios para o sistema imunológico e 
atuam como anti-inflamatório. 
-Ceras- Estão presentes nas superfícies das folhas de plantas, no corpo de 
alguns insetos, nas ceras de abelhas e até mesmo aquela que há dentro do ouvido 
 
28 
 
humano. Esse tipo de lipídeo é altamente insolúvel e evita a perda de água por 
transpiração. São constituídas por uma molécula de álcool (diferente do glicerol) e 1 
ou mais ácidos graxos. 
-Fosfolipídios- São os principais componentes das membranas das células, é 
um glicerídeo (um glicerol unido a ácidos graxos) combinado com um fosfato. 
-Glicerídeos- Podem ter de 1 a 3 ácidos graxos unidos a uma molécula de 
glicerol, um álcool, com 3 carbonos unidos a hidroxilas-OH. O exemplo mais 
conhecido é o triglicerídeo, que é composto por três moléculas de ácidos graxos. 
-Esteroides- São compostos por 4 anéis de carbonos interligados, unidos a 
hidroxilas, oxigênio e cadeias carbônicas. Como exemplos de esteroides, podemos 
citar os hormônios sexuais masculinos (testosterona), os hormônios sexuais femininos 
(progesterona e estrogênio), outros hormônios presentes no corpo e o colesterol. 
As moléculas de colesterol associam-se às proteínas sanguíneas 
(apoproteínas), formando as lipoproteínas HDL ou LDL, que são responsáveis pelo 
transporte dos esteroides. 
As lipoproteínas LDL carregam o colesterol, que se for consumido em excesso 
se acumula no sangue. Já as lipoproteínas HDL retiram o excesso de colesterol do 
sangue e levam até o fígado, onde serámetabolizado. Por fazer esse papel de 
"limpeza" as HDL são chamadas de colesterol bom. 
 
Alimentos ricos em lipídios 
Os alimentos de origem animal, considerados as maiores fontes de lipídios são: 
Carnes vermelhas, peixes, ovos, leite e manteiga. Os de origem vegetal mais 
conhecidos, importantes fontes de lipídios são: Coco, abacate, oleaginosas como 
castanhas, nozes, amêndoas e gergelim e o azeite de oliva. 
 
29 
 
8.3 Proteínas 
 
Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br 
As proteínas, são compostos orgânicos bastante abundantes, constituídas por 
aminoácidos que formam cadeias entre si por intermédio de ligações 
peptídicas. Esses aminoácidos são formados por um carbono, um ácido carboxílico, 
uma amina e um radical, o qual varia de aminoácido para aminoácido. Geralmente, 
para ser considerada uma proteína, a cadeia deve apresentar mais de setenta 
aminoácidos. Quando a cadeia é menor, o termo adequado é peptídeo. 
Existe uma infinidade de proteínas nos seres vivos, e elas variam de espécie 
para espécie. Organismos de um mesmo gênero apresentam mais proteínas 
semelhantes, o que não acontece com seres muito distintos. As proteínas se 
diferenciam principalmente pelo número de aminoácidos e pela sequência em que 
eles se dispõem nas cadeias polipeptídicas. 
As proteínas apresentam uma extensa lista de funções no organismo e são 
encontradas em todas as estruturas da célula, substâncias intersticiais, anticorpos, 
entre outros. Entre as funções que podem ser atribuídas às proteínas, destacam-se 
seu papel no transporte de oxigênio (hemoglobina), na proteção do corpo contra 
organismos patogênicos (anticorpos), como catalizadora de reações químicas 
(enzimas), receptora de membrana, atuação na contração muscular (actina e 
miosina), além de serem fundamentais para o crescimento e formação dos hormônios. 
Diante de tamanha importância, é fundamental que as proteínas sejam obtidas 
por meio de uma boa alimentação. Entre os alimentos que se destacam pela grande 
 
30 
 
quantidade desse nutriente, podemos citar as carnes, leite, ovos, cereais integrais, 
feijão, legumes e vegetais folhosos. 
 
Classificação 
As proteínas podem ser classificadas em dois grandes grupos: 
-Globulares: Formam estruturas com formato esferoide. Nesse grupo, são 
encontradas importantes proteínas, tais como as enzimas e anticorpos. 
- Fibrosas: Proteínas que se organizam em forma de fibras ou lâminas, e as cadeias 
de aminoácidos ficam dispostas paralelamente. Diferentemente das globulares, estas 
são pouco solúveis em água. 
Além dessa classificação, podemos considerar as proteínas como simples, 
conjugadas e derivadas. 
-Proteínas simples: Apresentam apenas aminoácidos. 
-Proteínas conjugadas: Apresentam além de aminoácidos, um radical de origem não 
peptídica, que é denominado de grupo prostético. 
 -Proteínas derivadas: Estas por sua vez, não são encontradas na natureza e são 
conseguidas graças a processos de degradação de proteínas simples ou conjugadas. 
Utilizando-se como base seus níveis de organização, as proteínas também 
podem ser classificadas em primárias, secundárias, terciárias e quaternárias. 
-Proteínas primárias: São as proteínas onde observa-se que a cadeia polipeptídica é 
linear e não apresenta, portanto, ramificações. 
-Proteínas secundárias: São as proteínas onde observa-se que a mesma não está 
esticada, e sim torcida e dobrada, o que muitas vezes lembra a estrutura do DNA. 
 -Proteínas terciárias: Observa-se uma organização tridimensional globosa exclusiva 
das proteínas globulares. 
-Proteínas quaternárias, que formam grandes enovelados. Uma proteína só pode ser 
classificada como quaternária se apresentar duas ou mais cadeias polipeptídicas. 
Uma característica importante das proteínas é sua capacidade 
de desnaturação. Ao serem submetidas, por exemplo, ao calor excessivo, agitação, 
radiação e pH extremo, observarmos que as estruturas secundárias e terciárias 
desses compostos orgânicos se alteram de maneira irreversível, o que causa a perda 
de suas propriedades. É por isso que, ao cozinhar alguns alimentos, perdemos muito 
do seu poder nutricional. 
 
31 
 
9 METABOLISMO X IDADE 
 
Fonte: saude.ig.com.br 
Os declínios das habilidades físicas começam, principalmente nas mulheres, a 
partir dos 30 anos, onde o metabolismo basal tende a ficar mais lento. O corpo passa 
a funcionar em outro ritmo, que vai diminuindo gradativamente até os 60-70 anos, 
quando tende a se estabilizar, condição que facilita a perda muscular e óssea e o 
ganho de gordura. 
A diminuição de massa magra propicia o maior acúmulo de tecido adiposo, que, 
por sua vez, pode ocorrer sem mesmo ter havido uma mudança significativa no padrão 
alimentar. Esse declínio no metabolismo decorrente na mudança da composição 
corporal é progressivo e potencializado pela diminuição dos hormônios sexuais e das 
transições que acontecem com o envelhecimento. 
A redução do ritmo do metabolismo fica evidente e ganha potência com a 
chegada da menopausa, quando as alterações hormonais podem fazer com que a 
gordura se acumule mais facilmente na região da barriga e quadril. A genética, nesse 
caso, tem um papel fundamental. Se houver tendência familiar, acumular gordura 
nessa região, é provável que essa característica seja herdada. 
Quanto à distribuição e localização, o excesso de gordura pode ser 
depositado na região abdominal, também denominada como gordura visceral 
com incidência maior entre os homens, global (generalizada), ou na região 
do quadril, comum entre as mulheres. Dependendo do grau e distribuição da 
gordura no organismo, há uma predisposição muito íntima com o surgimento 
 
32 
 
de morbidades (patologias) associadas à obesidade. (NEGRÃO; BARETTO, 
2010, apud SANTOS, 2015, p.6) 
Vitalidade em baixa 
Com a idade, a responsabilidade e as atribuições, como casa, família, e 
trabalho, passam a ser maiores e o tempo dedicado ao exercício diminui; a vitalidade 
também perde terreno e quem ganha espaço é o sedentarismo. Destaca-se ainda a 
chegada dos filhos, menos tempo para dormir, para se exercitar e consequentemente 
o ganho ponderal. 
Driblar o ganho de peso, no entanto, é possível. Entre os especialistas, o 
exercício físico é uma unanimidade. Além de melhorar a condição cardiorrespiratória 
e contribuir para uma vida mais saudável, a atividade física pode evitar a redução do 
metabolismo com a idade. Logo o declínio no metabolismo basal não é observado, 
tão evidente em pessoas que se exercitam regularmente. 
Os exercícios mais recomendados são a musculação, que evita a perda de 
massa muscular decorrente do envelhecimento, aliado à caminhada. Os músculos 
ajudam a manter o metabolismo funcionando por um tempo prolongado, além de 
serem importantes em áreas como equilíbrio, flexibilidade e estabilidade. 
A caminhada, por sua vez, aumenta o gasto calórico. Estudos revelam que em 
apenas 30 minutos de caminhada por dia, o indivíduo pode evitar o aumento de peso 
em aproximadamente 450 gramas por mês. 
10 PRINCIPAIS DISTÚRBIOS METABÓLICOS 
 
Fonte: www.equilibrium.med.br 
 
33 
 
O organismo tem formas adequadas de combater os radicais livres através de 
substâncias denominadas antioxidantes produzidas pelas próprias células, mas que 
algumas vezes são insuficientes. Sabe-se que vitaminas do tipo C e E são auxiliares 
no processo de combate aos radicais livres. 
Uma vida saudável, com atividade física regular, dieta bem equilibrada, e pouco 
estresse são os melhores trunfos contra a excessiva produção de radicais livres. 
Algumas situações são muito importantes para a manutenção 
do metabolismo durante a terceira idade principalmente, destacando-se o equilíbrio 
acidobásico do organismo, a quantidade de água do organismo e a temperatura 
ambiente. 
As principais alterações metabólicas importantes são a acidose, alcalose, 
a desidratação, as alterações de temperatura, as disfunçõesda tireoide e 
os distúrbios do metabolismo do açúcar, caracterizado pela diabetes. 
A acidose é uma situação que tem grande importância na. É um desequilíbrio 
metabólico caracterizado pela diminuição do pH do sangue podendo ser decorrente 
de problemas metabólicos ou respiratórios. O descontrole do diabetes é a principal 
causa de acidose metabólica, que se manifesta através de sonolência, distúrbios 
circulatórios e pode evoluir até para o estado de coma. Diarreias graves e 
a insuficiência dos rins são outras causas de acidose metabólica. 
A alcalose é um desequilíbrio metabólico que se caracteriza pelo aumento do 
pH do sangue (diminuição de ácidos). Pode surgir também em decorrência de 
distúrbios metabólicos ou de distúrbios respiratórios. O excesso de vômitos, o uso 
inadequado de diuréticos ou de cortisona são as principais causas metabólicas 
de alcalose. Alguns distúrbios neurológicos graves levam ao aumento do ritmo 
respiratório (hiperventilação) o que gera também um aumento do pH sanguíneo 
caracterizando a alcalose respiratória. Manifesta-se por agitação, ansiedade e 
fraqueza. 
A desidratação é a perda excessiva de água e de sais, destacando-se o sódio. 
É uma situação que pode levar ao estado de choque necessitando de cuidados 
intensivos. Na terceira idade a desidratação ocorre com muita facilidade e rapidez 
caracterizando situações de grande importância médica. 
 
34 
 
Vômitos e diarreia caracterizam a principal causa de desidratação. 
O diabetes não controlado e o uso abusivo de diuréticos também podem levar 
a desidratação. A doença renal crônica também pode contribuir para a desidratação. 
A sua manifestação é a sonolência, diminuição na eliminação de urina (oligúria) 
e secura das mucosas. Como escolha de tratamento, a reposição líquida rápida é 
indicada e em algumas situações deve ser feita via venosa. Esta reposição é 
constituída basicamente de água e sal. A correção do distúrbio desencadeante é 
fundamental. 
A temperatura ambiente tem grande importância nessas alterações 
metabólicas, quando o organismo diminui sua capacidade de se adaptar a longos 
períodos de exposição ao frio ou ao calor. A temperatura média do corpo é de 36*C, 
com variação diária de + ou - 0,6*C. 
A exposição prolongada ao frio pode levar uma situação 
denominada hipotermia, quando ocorre queda da temperatura a níveis de 35*C ou 
acamadas ou pessoas com muito pouca movimentação e ingestão precária de 
alimentos. A pessoa em geral não sente o frio e não se queixa, e também não há 
tremores. Essa situação pode evoluir para graves consequências. 
O excesso de calor em idades mais avançadas pode favorecer o acidente 
vascular cerebral e também pode levar a um estado de fraqueza, com sonolência e 
sudorese abundante. 
As disfunções da tireoide também podem levar ao descontrole metabólico. As 
doenças da tireoide são mais frequentes nas mulheres, e caracterizam 
o hipotireoidismo e o hipertireoidismo. 
10.1 Diabetes 
O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por 
hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários 
órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos. 
Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos 
patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta do pâncreas 
(produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da 
insulina, entre outros. 
 
35 
 
O acúmulo de gordura provoca o desequilíbrio dos níveis de glicose na 
corrente sanguínea (hiperinsulinemia), gerando uma reação metabólica ao 
nível endócrino no que tange a produção do hormônio insulina pelo pâncreas, 
que injeta maiores doses de insulina no sangue na tentativa de conter o 
excesso de glicose. Isso não ocorre, pois em indivíduos obesos onde a 
quebra e a transformação em glicogênio e utilização energética se encontra 
ineficiente, com isso a insulina aumentada passa a compor a estrutura do 
organismo atuando de forma prejudicial, com o surgimento do diabetes 
mellitus. (GUTTIERRES; MARINS, apud SANTOS, 2015, p.8). 
Diabetes tipo 1 
O termo Diabetes tipo 1 indica destruição das células beta pancreáticas que 
eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, tornando a 
administração de insulina necessária para prevenir cetoacidose, coma e morte. A 
destruição das células beta é geralmente causada por processo autoimune, que pode 
ser detectado por auto anticorpos circulantes como anti-descarboxilase do ácido 
glutâmico (anti-GAD), anti-ilhotas e anti-insulina, e, algumas vezes, está associado a 
outras doenças autoimunes como a tireoidite de Hashimoto, a doença de Addison e a 
Miastenia Gravis. Em menor proporção, a causa da destruição das células beta é 
desconhecida (tipo 1 idiopático). O desenvolvimento do diabetes tipo 1 pode ocorrer 
de forma rapidamente progressiva, principalmente, em crianças e adolescentes (pico 
de incidência entre 10 e 14 anos), ou de forma lentamente progressiva, geralmente 
em adultos, (LADA, doença autoimune latente em adultos). Esse último tipo de 
diabetes, embora assemelhando-se clinicamente ao diabetes tipo 1 autoimune, muitas 
vezes é erroneamente classificado como tipo 2 pelo seu aparecimento tardio. Estima-
se que 5-10% dos pacientes inicialmente considerados como tendo diabetes tipo 2 
podem, de fato, ter LADA. 
 
Diabetes tipo 2 
 O termo Diabetes tipo 2 é usado para designar uma deficiência relativa de 
insulina. A administração de insulina nesses casos, quando efetuada, não visa evitar 
cetoacidose, mas alcançar controle do quadro hiperglicêmico. A cetoacidose é rara e, 
quando presente, é acompanhada de infecção ou estresse muito grave. 
A maioria dos casos apresenta excesso de peso ou deposição central de 
gordura. Em geral, mostram evidências de resistência à ação da insulina e o defeito 
na secreção de insulina manifesta-se pela incapacidade de compensar essa 
 
36 
 
resistência. Em alguns indivíduos, no entanto, a ação da insulina é normal, e o defeito 
secretor mais intenso. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em um informativo sobre a situação 
global para mortes relacionadas às doenças crônicas não transmissíveis 
(DCNT) como a obesidade, diabetes, hipertensão arterial, doenças 
cardiovasculares (DCV), registrou que em 2012, 38 milhões de pessoas 
morreram em decorrência das DCNT e que destes, 16 milhões das mortes 
ocorreram antes dos 70 anos. (MENDIS et al., 2014, apud SANTOS, 2015, 
p.6) 
Diabetes gestacional 
 É a hiperglicemia diagnosticada na gravidez, de intensidade variada, 
geralmente se resolvendo no período pós-parto, mas retornando anos depois em 
grande parte dos casos. Seu diagnóstico é controverso. A OMS recomenda detectá-
lo com os mesmos procedimentos diagnósticos empregados fora da gravidez, 
considerando como diabetes gestacional valores referidos fora da gravidez como 
indicativos de diabetes ou de tolerância à glicose diminuída. 
Cerca de 80% dos casos de diabetes tipo 2 podem ser atendidos 
predominantemente na atenção básica, enquanto que os casos de diabetes tipo 1 
requerem maior colaboração com especialistas em função da complexidade de seu 
acompanhamento. Em ambos os casos, a coordenação do cuidado dentro e fora do 
sistema de saúde é responsabilidade da equipe de atenção básica. A diabetes 
gestacional deve ser monitorada severamente, podendo esta monitorização ser feita 
na unidade de saúde, com intervenção rápida de um especialista frente a qualquer 
descontrole glicêmico. 
 
37 
 
10.2 Hipertireoidismo 
 
Fonte: drricardoamim.site.med.br 
 A Tireoide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço abaixo da 
cartilagem que vulgarmente chamamos de pomo de adão ou gogó. Essa glândula é 
muito importante para o bom funcionamento de todas as células do nosso corpo, pois 
produz os hormônios chamados de triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4), queatuam na 
regulação corporal. Esses hormônios não têm uma ação específica, mas são 
considerados importantes auxiliares no trabalho de todas as células regulando assim 
o metabolismo. 
O hipertireoidismo é uma doença decorrente da alta produção dos hormônios 
tireoidianos, o que acarretam na aceleração do funcionalismo celular de forma 
desorganizada, aumentado o metabolismo. 
O hipotireoidismo central tem múltiplas causas (tumores, traumas, infecções 
vasculares, infiltrativas, inflamatórias ou congênitas). Além da perda de tecido 
funcional, o hipotireoidismo central também pode resultar de defeitos 
funcionais na biossíntese ou liberação do TSH devido tanto a mutações 
genéticas como a drogas como a dopamina e glicocorticoides. 
Hipotireoidismo periférico pode ser uma consequência de mutações em 
genes importantes na resposta dos hormônios tireoidianos em tecidos-alvo 
(resistência ao hormônio da tiroide), ou até mesmo devido ao consumo de 
hormônio tireoidiano em grandes hemangiomas em recém-natos, uma forma 
rara de hipotireoidismo (WIERSINGA W. 2010, apud BRENTA, 2013, p. 268). 
Subtipos: 
 Hipertireoidismo primário: É quando a disfunção em produzir excessivamente 
os hormônios tireoidianos está relacionado diretamente com a tireoide. 
 
38 
 
Hipertireoidismo secundário: É quando a disfunção em produzir 
excessivamente os hormônios tireoidianos tem relação com outra glândula chamada 
hipófise. Essa glândula comanda a tireoide e também várias outras glândulas do 
nosso organismo. O excesso do hormônio produzido pela hipófise chamado hormônio 
estimulador da tireoide (TSH), faz com que a glândula tireoide aumente a produção 
seus hormônios T3 e T4. 
Hipertireoidismo franco: É quando os exames laboratoriais acusam valores de 
T3 e/ou T4 acima da referência, e TSH abaixo dos valores normais de referência. 
Hipertireoidismo subclínico: É quando o exame de TSH está com valores abaixo 
do normal, mas com T3 e/ou T4 dentro dos valores de referência. Isso indica que 
glândula tireoide está trabalhando em excesso, mas não a ponto de produzir 
diariamente a quantidade aumentada dos seus hormônios. Nesta fase, geralmente, 
as pessoas têm poucos sintomas, ou não sentem em relação a disfunção tireoidiana. 
Na grande maioria das vezes a causa principal do hipertireoidismo é 
consequência de um desequilíbrio do nosso sistema imune, onde os anticorpos que 
deveriam defender nosso corpo contra organismos invasores, passam 
inadvertidamente a atacar as células da tireoide. Alguns desses anticorpos, exemplo 
do TRAB, tem afinidade pelos receptores do TSH ligando-se a eles, e fazendo com 
que a glândula tireoidiana entenda que é necessário aumentar a produção dos 
hormônios T3 e T4. A esse acometimento damos o nome de Doença de Graves, 
consequência de doença autoimune na tireoide. 
Alguns medicamentos como a amiodarona, que é rica em iodo, e o lítio, podem 
fazer com que a glândula funcione mais que o normal levando ao quadro de 
hipertireoidismo. Existem também alguns nódulos tireoidianos que produzem uma 
quantidade aumentada de hormônios T3 e T4, e por isso são ditos “quentes” ao exame 
de cintilografia tireoidiana. 
Outra situação que pode cursar com hipertireoidismo, pelo menos na fase inicial 
é a tireoidite crônica de Hashimoto, doença mais responsável pelo hipotireoidismo. 
Isso acontece quando o processo inflamatório inicial é intenso liberando assim na 
corrente sanguínea todos os hormônios que já foram fabricados e estavam estocados 
na glândula. 
 
39 
 
Outros processos inflamatórios da glândula como a tireoidite subaguda pode 
cursar com um período de hipertireoidismo que na maioria das vezes é transitório 
perdurando próximo de 3 a 6 meses. 
Por último, existem algumas situações as quais o paciente apresenta 
hipertireoidismo, mas não são detectadas as causas, sendo chamadas de 
hipertireoidismo idiopático. 
 
Sinais e Sintomas do hipertireoidismo 
O principal sintoma é o aumento acentuado do metabolismo com as seguintes 
queixas: perda de peso apesar de estar comendo mais que o habitual, agitação, 
nervosismo, fraqueza, intestino mais solto, pele oleosa, sudorese excessiva, calor 
acentuado, palpitações cardíacas da taquicardia, tremores nas mãos. No caso do 
hipertireoidismo pela Doença de Graves também poderá aparecer bócio e exoftalmia. 
No entanto, muitas vezes os pacientes podem não ter sintomas algum, ou 
apresentarem poucos sintomas como no caso dos idosos. 
O bócio, também conhecido como papo, é um aumento acentuado do volume 
da tireoide causando abaulamento do pescoço. No hipertireoidismo pode ocorrer 
bócio na Doença de Graves devido estímulo dos anticorpos que se ligam aos 
receptores do TSH, estimulando dessa forma o crescimento das células tireoidianas. 
 
 
Fonte: saude.culturamix.com 
A exoftalmia ou proptose significa abaulamento ou protrusão do globo ocular 
ou globo ocular. Se esta condição estiver ligada a patologias tireóideas como a 
 
40 
 
Doença de Graves, os sintomas comuns são: inflamação, dor, fotofobia, visão 
duplicada, e em casos extremos, a perda da visão. O tratamento desse sintoma é 
medicamentoso, de acordo com a patologia associada, podendo reverter-se ou 
reverter-se parcialmente. 
 
 
Fonte: www.mundoboaforma.com.br 
Tratamento 
Medicamentoso: existem 2 medicamentos que podem ser utilizados para 
bloquear a glândula tireoidiana na produção excessiva dos seus hormônios – o 
metimazol (tapazol) e o propiltiuracil. Em alguns casos também é importante usar 
medicações que diminuam os efeitos do excesso dos hormônios tireoidianos no 
organismo, tais como os betabloqueadores, como o propranolol, atenolol. Esse tipo 
de tratamento, chamado conservador geralmente leva dois ou mais anos em controlar 
até suspender todas medicações, e existe a possibilidade de retorno da doença em 
50% das vezes até 5 anos após a suspensão dos medicamentos. Há inconvenientes, 
pois alguns pacientes não tolerarem os efeitos adversos desses medicamentos. 
Iodo radioativo: Após ser detectada, que a causa do hipertireoidismo é a 
doença de Graves, o tratamento com iodo radioativo é o tratamento de escolha para 
remissão completa do hipertireoidismo. Ele consiste na ingestão de um líquido rico em 
iodo acoplado a moléculas radioativas que após serem absorvidos pelo organismo, se 
concentram na região tireoidiana levando a uma queima lenta e gradual de seu tecido, 
diminuindo dessa forma a produção excessiva de seus hormônios. O maior 
 
41 
 
inconveniente é o possível desenvolvimento do hipotireoidismo após seu tratamento. 
No entanto, o tratamento do hipotireoidismo é bem mais tranquilo e essa alteração 
traz menores consequências à saúde comparadas ao hipertireoidismo. 
Cirúrgico: Por trazer mais riscos que o tratamento com iodo, essa modalidade 
de tratamento está mais indicada nos pacientes que apresentam contraindicações ao 
tratamento medicamentoso e/ou ao iodo radioativo, bócio muito volumoso, exoftalmia 
severa, nódulos tireoidianos adjacentes. 
Nos demais pacientes que não apresentam qualquer sintoma de 
hipertireoidismo e que não foram detectadas as causas da alteração hormonal 
laboratorial, não há necessidade de tratamento. Faz-se somente acompanhamento 
evolutivo. Se houver durante o acompanhamento sintomas ou piora laboratorial 
significativa, então se institui o tratamento. 
10.3 Hipotireoidismo 
 
Fonte: saude.abril.com.bri- 
 O hipotireoidismo é caracterizado queda na produção dos hormônios da 
tireoide, a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4). É o distúrbio mais comum dessa 
glândula, e seu desempenho repercute em todo o organismo, interferindo nos 
batimentos cardíacos, no ritmo do intestino, no humor e no ciclo menstrual das 
mulheres. A liberação das substâncias tireoide é orquestrada a partir da hipófise. 
Embora produzido em menor quantidade, o T3 é o composto que atua no ritmo 
do funcionamento de nossos órgãos. O T4, fabricado em maiorvolume, é bem menos 
 
42 
 
potente. Durante seu trajeto pelo corpo, ele acaba transformado em T3 que é o agente 
das principais operações do organismo. 
A tireoide secreta dois importantes hormônios, a tiroxina (T4) e a 
triiodotironina (T3), ambas com efeito de controlar o crescimento, o 
metabolismo e o desenvolvimento corporal, desempenhando funções na 
produção de proteínas estruturais, enzimas e outros hormônios. Contudo, o 
papel mais importante dos hormônios é a estimulação do metabolismo, pois 
em geral eles aumentam o metabolismo das proteínas, dos lipídeos e dos 
carboidratos. Também elevam o consumo de oxigênio e a produção de calor, 
manifestada por uma elevação na taxa metabólica basal. (GOLDMAN, 2009; 
apud MEZZOMO, 2016, p. 429). 
O hipotireoidismo costuma ser associado a um leve ganho de peso 
(eminentemente por acúmulo de líquidos) e uma dificuldade para se livrar de quilos 
extras. Mas essas são apenas as consequências mais visíveis da crise. No déficit de 
T3 e T4, o coração diminui o bombeamento de sangue e pode sofrer com 
uma insuficiência cardíaca. Há dificuldade pelos rins para filtração sanguínea, o 
intestino fica mais lento e a pele resseca. Aos olhos, por sua vez, ocorre o risco 
aumentado de glaucoma. 
A tireoide lenta, pode afetar também as crianças. A falta dos hormônios 
prejudica o crescimento e pode levar à deficiência intelectual. Como nas primeiras 
semanas de vida é difícil perceber qualquer sinal do problema, o teste do pezinho, 
exame feito em até 48 horas após o parto, é um grande aliado para detectar tal 
patologia. Aí é possível iniciar o tratamento o quanto antes para afastar o risco de 
danos neurológicos. 
A causa mais frequente da baixa produção hormonal em crianças e 
adolescentes é a síndrome de Hashimoto. Ela pode aparecer em qualquer idade e, 
em geral, é notada nos mais jovens com baixo crescimento, atraso na puberdade, 
coceira e voz rouca. 
 
Sinais e sintomas do hipotireoidismo 
Os principais sintomas são sonolência, leve ganho de peso, cansaço, 
alterações no humor, perda de memória, pele seca, prisão de ventre, unhas fracas, 
queda de cabelo, pés e mãos gelados, sensação de frio excessivo, anemia, alteração 
na libido e dislipidemia. 
 
Fatores de risco 
 
43 
 
 Mulheres com mais de 30 anos, idade superior a 60 anos, fatores genéticos, 
menopausa, diabetes, gravidez, período pós-parto, poluição, excesso de iodo na 
alimentação, são destaques para predisposição ao hipotireoidismo. 
 
Prevenção 
O fator mais importante para a formação dos hormônios T3 e T4 é a ingestão 
adequada de iodo. Cerca de 150 microgramas do mineral é a quantidade perfeita para 
resguardar a tireoide. 
O composto está presente no sal de cozinha, nos frutos do mar e em peixes 
como cavala, salmão, pescada e bacalhau. Por outro lado, exagerar no uso do saleiro 
impacta a glândula e pode desencadear o hipotireoidismo. 
Para quem já sofre com os efeitos do descontrole hormonal, a recomendação 
na alimentação é o controle no uso de vegetais como repolho, nabo e couve, pois 
nestes vegetais está presente uma substância chamada tiocianato, que pode inibir o 
trabalho da tireoide. Há suspeitas também sobre a soja, devido a isoflavona presente 
nessa leguminosa, que pode alterar o ritmo tireoidiano e interferir na absorção do iodo. 
 
 Tratamento 
A reposição com uma versão sintética do hormônio T4 está indicada nesse 
caso. No organismo, ele é convertido em T3 para agir nas células e reproduzir o 
funcionamento ideal da tireoide. O medicamento deve ser usado todos os dias e a 
dose vai depender do grau de desequilíbrio na glândula, e não está indicado o uso do 
medicamento sem a indicação de um endocrinologista. Usado pela manhã, em jejum, 
cerca de meia hora antes do café, pelo fato do medicamento necessitar de um pH 
mais ácido no estômago para ser absorvido. Se algo é ingerido, a acidez se reduz e 
compromete o aproveitamento do fármaco. 
Em geral, o tratamento para o hipotireoidismo deve ser feito por toda a vida. 
Isso só não acontece nas formas transitórias de hipotireoidismo, como as que 
costumam se manifestar em algumas mulheres no pós-parto ou mesmo as 
ocasionadas por um efeito colateral de medicamentos. Nesses casos raros, a 
reposição hormonal nem sempre é necessária e as funções da tireoide tendem a se 
normalizar com o tempo ou com a suspensão do remédio causador do distúrbio. 
 
44 
 
11 PRINCIPAIS CONDUTAS NUTRICIONAIS 
 
Fonte: diariodeatleta.com.br 
Considerando o papel da alimentação como fator de proteção ou de risco para 
ocorrência de grande parte das doenças e das causas de morte atuais, entende-se 
que a inserção universal, sistemática e qualificada de ações de alimentação e 
nutrição, integrada às demais ações poderá ter um importante impacto na saúde de 
pessoas, famílias e comunidades. Os profissionais nutricionistas devem incorporar 
uma visão ampla que considere as próprias condições de vida dos sujeitos e 
comunidades e, ainda, o contexto social de manifestação do processo saúde-doença. 
O nutricionista atua diretamente junto a indivíduos, famílias e comunidades 
participando de ações de educação alimentar saudável adequada e da segurança 
alimentar e nutricional, além do incentivo a prática de esportes e atividades que 
requerem ganho ou perda de peso. 
A formação do nutricionista deverá primar por um processo de ensino e 
aprendizagem capaz de colocar no mercado de trabalho profissionais que, 
além da competência técnica, estejam preparados para compreender, 
analisar e intervir nos problemas sociossanitários dos locais e cenários onde 
atuam, tendo como referência a formação cidadã e a busca da justiça social. 
(SOARES, COTTA, 2012, apud JUNQUEIRA, 2013, p. 3). 
 
Os profissionais da Nutrição integram hoje, no cenário tanto público como 
privado, um importante integrante e aliado das demais classes profissionais, no 
 
45 
 
tratamento e prevenção de uma gama de patologias. Sua atuação é indispensável 
para orientação e educação de clientes com distúrbios alimentares e patologias que 
requerem drástica mudança de comportamento alimentar. Além, disso, hoje ele 
integra juntamente com outros profissionais, equipes de saúde pública, que atuam em 
situações e localidades extremas, sendo considerados de suma importância para a 
salvação de vidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
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