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Questões: 1. Fernando foi contratado para trabalhar na época de Natal como Vendedor de uma loja de departamentos, a priori seu contrato seria de 90 dias (experiência). Seu horário de trabalho era das 8h00 às 18h00 com uma hora de intervalo para almoço e descanso, de segunda a sexta e no sábado trabalhava 6 horas com 15 minutos de intervalo. O empregado deveria registrar o ponto em seus devidos horários. Cumpre ressaltar que para prestação de serviço Fernando receberia sempre comissões e nenhum salário fixo. Diante da situação acima responda acima exposta responda: a. É possível visualizar alguma irregularidade no contrato de Fernando, quanto a seu horário de trabalho? (explique e fundamente sua resposta). Fernando pode receber somente comissões? Qual a garantia mínima salarial do trabalhador brasileiro regido pelas normas trabalhistas? Explique e fundamente juridicamente sua resposta. Conforme caso em tela, existe irregularidade quanto ao horário de trabalho de Fernando, pois ele trabalha de 2ª a 6ª feira, das 8h às 18h, com 1h de intervalo, totalizando em 9h diárias e 45h semanais, além de trabalhar aos sábados por 6h com apenas 15 minutos de intervalo intrajornada, assim, ele trabalha num total de 51h semanais. Conforme previsto no art. 7º, XIII, CF/88, tem como limite 40h semanais, assim, Fernando trabalha 7h a mais do que o limite permitido, desta forma, deverá receber 7h semanais com acréscimo mínimo de 50%, conforme disposto no art. 59, § 1º, CLT. b. No caso acima Fernando está em experiência de 90 dias, é possível prorrogar esse contrato de experiência? Quantas vezes? Que modalidade de contratação se encaixa o contrato de experiência? Caso ultrapasse os 90 dias como fica a situação de Fernando – explique destacando o princípio a ser aplicado no caso? Fernando não poderá ter seu contrato de trabalho prorrogado, pois conforme previsto no art. 451, § único, CLT e a súmula 188, TST, o prazo máximo para a prorrogação do contrato por experiência é de 90 dias. 2. O empregado Walmir tomou conhecimento, por meio de seus colegas de trabalho que durante reunião da CIPA o titular da empresa Fungos S/A afirmou que ele não era empregado merecedor de confiança, eis que costumeiramente apropriava-se de pequenos valores da tesouraria (fato inverídico). O empregado sentiu que sua honra fora maculada. Diante da situação acima responda: Walmir poderá ele reincidir o contrato de trabalho e garantir todas suas verbas rescisórias? Explique e fundamente juridicamente e legalmente sua resposta. 1 Walmir poderá rescindir o contrato garantindo as verbas rescisórias, pois conforme previsto no art. 483, alínea “e”, CLT, terá o direito da rescisão indireta do contrato de trabalho, pois o preposto da empresa ofendeu sua honra, durante reunião da CIPA. Desta forma, Walmir terá direito a todas as verbas rescisórias e indenizatórias referentes ao rompimento do contrato de trabalho sendo eles: aviso prévio indenizatório, saldo de salário, férias + ⅓, 13º salário, multa rescisória de 40% dos depósitos do FGTS. O fato ocorrido é caraterizado como dano extrapatrimonial (ofensa contra a honra), previsto no art. 223-C, CLT, desta forma, é possível que se tenha reparação ao dano moral. 3. A empregada Ocitelta sofre um acidente em piso molhado e escorregadio sem sinalização, nas dependências da empresa “Z”, a qual é funcionária a 6 meses. Em virtude do acidente a empregada ficará afastada do serviço por 8 meses. Pergunta-se: a. O contrato de Ocitelta deverá ser interrompido ou suspenso? Explique os dois institutos. b. A empresa “Z” pretende demiti-la sem justa causa logo no seu retorno. É possível essa demissão imediata? c. Ou a empregada possui alguma proteção legal que lhe preserve a condição de empregada? Responda esse último apontamento justificando jurídica e legalmente a questão. 2
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