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Brasil: A República das Oligarquias 
Thales Rogério
Características da República das Oligarquias
O poder político passou a ser controlado pelas oligarquias rurais (República do Café com Leite).
Acordos e alianças entre presidente e governadores dos estados ( Política dos governadores).
Prática do coronelismo (República dos coronéis).
República do Café com Leite
 A política do café com leite foi um acordo firmado entre as oligarquias estaduais e o governo federal durante a República Velha para que os presidentes da República fossem escolhidos entre os políticos de São Paulo e Minas Gerais. Portanto, ora o presidente seria paulista, ora mineiro.
O nome desse acordo era uma referência à economia de São Paulo e Minas, grandes produtores, respectivamente, de café e leite.
http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/politica-do-cafe-com-leite.jhtm 
O coronelismo
 O coronelismo é um fenômeno político-eleitoral que ocorre na instância municipal ou regional. O poder político das oligarquias agrárias se sustentava no controle do voto da população rural e nas máquinas eleitorais.
 A base da política café com leite tinha nome: coronelismo. Na época, os coronéis, grandes latifundiários, tinham o direito de formar milícias em suas propriedades e combater qualquer levante popular. Assim, trabalhadores e camponeses se viam subordinados ao poder militar e, sobretudo, político dos coronéis.
http://www.historiadetudo.com/politica-cafe-leite.html
Coronéis / voto/ fraudes eleitorais
 Com a capacidade de exercer grande comando sobre os trabalhadores de suas terras, os coronéis formavam regimes e tributos em suas regiões, estabelecendo impostos cobrados sobre a população. Era também a partir de tal meio de controle que se formavam os traços pelos quais se desenhava toda a realidade da política nacional. Os coronéis, em acordo com os governadores, determinavam em quem seus comandados iriam votar. Como naquela época o voto não era secreto, os trabalhadores tinham medo de desobedecer às ordens dos coronéis com receio de sofrerem punições físicas ou perderem suas fontes de sobrevivência, era o chamado Voto de Cabresto. Desta forma, se dava a exclusão política e o controle dos espaços de representação da sociedade, período marcado por práticas autoritárias e violentas.
http://www.historiabrasileira.com/brasil-republica/coronelismo/
Imagem: Storni/ Domínio Público.
INEP - 2010 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL
Para os amigos pão, para os inimigos pau; aos amigos se faz justiça, aos inimigos aplica-se a lei.
LEAL, V N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa Omega.
Esse discurso, típico do contexto histórico da República Velha e usado por chefes políticos, expressa uma realidade caracterizada
pela força política dos burocratas do nascente Estado republicano, que utilizavam de suas prerrogativas para controlar e dominar o poder nos municípios.
pelo controle político dos proprietários no interior do país, que buscavam, por meio dos seus currais eleitorais, enfraquecer a nascente burguesia brasileira.
pelo mandonismo das oligarquias no interior do Brasil, que utilizavam diferentes mecanismos assistencialistas e de favorecimento para garantir o controle dos votos.
pelo domínio político de grupos ligados às velhas instituições monárquicas e que não encontraram espaço de ascensão política na nascente república.
pela aliança política Armada entre as oligarquias do Norte e Nordeste do Brasil, que garantiria uma alternância no poder federal de presidentes originários dessas regiões.
Imagem: André Koehne/ GNU Free Documentation License.
Mapa dos Conflitos Brasileiros na Virada dos Séculos XIX e XX: 
Cangaço
Guerra de Canudos
Revolta da Vacina
Greves operárias
Guerra do Contestado
Realidade do sertão nordestino: movimentos sociais na primeira República
 O problema da exclusão socioeconômica atingiu as populações do campo e da cidade. No meio rural, o domínio opressor dos coronéis impulsionavam os camponeses a se aproximarem das alternativas oferecidas pelos líderes messiânicos como José Maria (Contestado/SC), Antônio Conselheiro (Vaza-Barris/BA). Em situações mais extremas, o chamado banditismo social impulsionava a formação de grupos de cangaceiros que não reconheciam nenhum tipo de autoridade.
O Cangaço
 Entre o final do século XIX e começo do XX (início da República), surgiu, no nordeste brasileiro, grupos de homens armados conhecidos como cangaceiros. Estes grupos apareceram em função, principalmente, das péssimas condições sociais da região nordestina. O latifúndio, que concentrava terra e renda nas mãos dos fazendeiros, deixava as margens da sociedade a maioria da população.
 
 
Imagem: Benjamin Abrahão Botto/ Retratos do cangaço - Virgulino Ferreira, Lampião/ Domínio Público.
 Como não seguiam as leis estabelecidas pelo governo, eram perseguidos constantemente pelos policiais. Usavam roupas e chapéus de couro para protegerem os corpos, durante as fugas, da vegetação cheia de espinhos da caatinga. 
Existiram diversos bandos de cangaceiros. Porém, o mais conhecido e temido da época foi o comandado por Lampião (Virgulino Ferreira da Silva), também conhecido pelo apelido de “Rei do Cangaço”. O bando de Lampião atuou pelo sertão nordestino durante as décadas de 1920 e 1930. Morreu numa emboscada armada por uma volante, junto com a mulher Maria Bonita e outros cangaceiros, em 29 de julho de 1938. Tiveram suas cabeças decepadas e expostas em locais públicos, pois o governo queria assustar e desestimular esta prática na região. 
Imagem: Benjamin Abrahão Botto/ Retratos do cangaço - Virgulino Ferreira, Lampião/ Domínio Público.
Canudos
 A história de Canudos começa por volta de 1893. Nesta época, no arraial de Canudos, no vale do rio Vaza-Barris, no interior da Bahia, reuniu-se um grupo de fiéis seguidores do beato Antônio Conselheiro, que pregava a salvação e dias melhores para quem o seguisse. Em 1896 o arraial já possuía cerca de 15 mil sertanejos que viviam de modo comunitário. Sobreviviam com a criação de animais e plantações. O rápido crescimento da comunidade de Canudos passou a incomodar os coronéis locais e a Igreja católica. Os latifundiários perdiam mão de obra enquanto a Igreja perdia seus adeptos.
Imagem:  Rsabbatini / Vila de Canudos/ Public Domain.
Padres e coronéis faziam pressão para que o governador da Bahia acabasse com Canudos. Na imprensa, os intelectuais e jornalistas condenavam os habitantes da comunidade sob a acusação de quererem restabelecer o regime monárquico e chamando os sertanejos de bandos de "fanáticos" e "degenerados".
O governo da Bahia organizou expedições militares para destruir Canudos. Com a terceira derrota, a resolução do problema passou para a competência do governo federal. 
O arraial foi completamente destruído em 5 de outubro de 1897. Os sertanejos de Canudos, homens, mulheres, velhos e crianças foram massacrados pelos soldados, que tinham ordens para não fazer nenhum prisioneiro. 
Guerra de Canudos é um filme brasileiro de 1997, dirigido por Sérgio Rezende
Enquanto isso, no sul do país...
 A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo. Para a construção da estrada de ferro, milhares de famílias de camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.
Outro motivo da revolta, foi a compra de uma grande área da região por um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.
O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partesdo Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/guerra_contestado.htm
Guerra do Contestado
 A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do Parará e Santa Catarina.
 Na área do Contestado, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.
Imagem: Edson L. Pedrassani/ GNU Free Documentation License.
Revolta da Vacina
A campanha de vacinação é obrigatória e colocada em prática em novembro de 1904. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força, provocando revolta nas pessoas. Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois grande parte das pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos.
Revolta popular 
As manifestações populares e conflitos espalham-se pelas ruas da capital brasileira. Populares destroem bondes, apedrejam prédios públicos e espalham a desordem pela cidade. Em 16 de novembro de 1904, o presidente Rodrigues Alves revoga a lei da vacinação obrigatória, colocando nas ruas o exército, a marinha e a polícia para acabar com os tumultos. Em poucos dias a cidade voltava a calma e a ordem.
Imagem: A Revista da Semana, publicada em 27/11/1904/ Revolta da Vacina/ Domínio Público.
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/revolta_da_vacina.htm
A Revolta da Vacina (1904) mostrou claramente o aspecto defensivo, desorganizado, fragmentado da ação popular. Não se negava o Estado, não se reivindicava participação nas decisões políticas; defendiam-se valores e direitos considerados acima da intervenção do Estado.
CARVALHO, J. M. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Cia. das Letras, 1987 (adaptado).
A mobilização analisada representou um alerta, na medida em que a ação popular questionava
a alta de preços.
a política clientelista.
as reformas urbanas.
o arbítrio governamental.
as práticas eleitorais.
INEP - 2019 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro Dia e Segundo Dia
Os seus líderes terminaram presos e assassinados. A “marujada” rebelde foi inteiramente expulsa da esquadra. Num sentido histórico, porém, eles foram vitoriosos. A “chibata” e outros castigos físicos infamantes nunca mais foram oficialmente utilizados; a partir de então, os marinheiros - agora respeitados - teriam suas condições de vida melhoradas significativamente. Sem dúvida fizeram avançar a História.
MAESTRI, M. 1910: a revolta dos marinheiros-um a saga negra. São Paulo: Global, 1982.
A eclosão desse conflito foi resultado da tensão acumulada na Marinha do Brasil pelo(a)
engajamento de civis analfabetos após a emergência de guerras externas.
insatisfação de militares positivistas após a consolidação da política dos governadores.
rebaixamento de comandantes veteranos após a repressão a insurreições milenaristas.
sublevação das classes populares do campo após a instituição do alistamento obrigatório.
manutenção da mentalidade escravocrata da oficialidade após a queda do regime imperial.
INEP - 2018 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia
Revolta da Chibata
 A maior revolta ocorrida na Marinha durante o início da República teve como protagonistas os marinheiros, quase todos negros e mulatos, recrutados entre as camadas mais pobres da população. Na Revolta da Chibata, os participantes não queriam derrubar o governo, mas acabar com os maus tratos e a violência dos castigos físicos a que eram submetidos. Os integrantes sofreram intensa repressão. E João Cândido, líder do movimento, foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital dos Alienados. 
Imagem: Autor desconhecido/ Disponibilizado por Quibik/ Public Domain

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